ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00415</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Violência Obstétrica: o que ninguém fala</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Daniela Souza Gomes (UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES); Fábio Rocha Palodette (UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES); Melissa Roberta Ferreira da Silva (UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES); Ingrid Mariano da Silva (UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES); Wagner Barge Belmonte (UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário radiofônico "Violência obstétrica  o que ninguém fala" apresenta para o público o que é a violência obstétrica, como ela ocorre, suas consequências e fatores de risco, além de contar a história de cinco mulheres, vítimas de vários tipos de agressões durante o pré-parto, parto ou pós-parto, dentro da rede pública e privada de saúde do Brasil, mostrando, ainda, diferentes posicionamentos de profissionais especialistas na área. Segundo a OMS (2014), a violência obstétrica pode ser caracterizada por qualquer tipo de intervenção ou ato direcionado à gestante, parturiente (mulher em trabalho de parto) ou puérpera (mulher que está em fase de pós-parto) sem o seu consentimento, desrespeitando à sua autonomia, integridade física, mental ou emocional. Além de ser um termo relativamente novo, esse tipo de violência é tratado de formas diferentes ao redor do mundo, levando em consideração a medicina e cultura local. São poucos os dados levantados, o que dificulta o mapeamento e impede uma classificação internacional, ou até mesmo continental, de quais são as agressões mais recorrentes, por que ocorrem. O estudo "Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado", realizado pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC), em 2010, revela que uma em cada quatro mulheres já sofreu algum tipo de violência obstétrica no Brasil. Dentre elas, estão o exame de toque, de forma que cause dor na paciente, negar algum tipo de alívio para a sua dor, gritar com a mulher durante o trabalho de parto, não informá-la sobre algum procedimento realizado em seu corpo e até mesmo, amarrar a mulher no leito hospital, tirando sua autonomia. Informações sobre esse fenômeno não são apresentadas à grande massa e necessitam de um maior espaço na mídia e veículos de comunicação. Ao ter contato com histórias de mulheres que sofreram violência durante o parto, e entender o quão isto é recorrente e naturalizado, nos sensibilizamos com a importância de trazer o tema para discussão em um documentário radiofônico. A escolha do formato se justifica pelo alcance e dinamismo proporcionados pelo rádio quando comparado a outras mídias como livros, revistas ou jornais. No rádio, a identidade e a imagem da vítima são preservadas, o que possibilita maior segurança, conforto e tranquilidade para a mulher compartilhar o relato. O rádio, como veículo de comunicação de massa, possibilita alcançar pessoas em todos os níveis sociais, alfabetizados ou não. Levar temas sociais para debate nesse meio é extremamente importante como afirma Oswaldo Francisco Almeida Junior, no livro A informação no rádio como estímulo à produção do conhecimento no ouvinte (DataGramaZero, 2013). "O rádio informativo sintonizado com o dia a dia político e social pode gerar o debate social, transmitir informações, ampliar a educação e despertar o interesse dos ouvintes pelos problemas que surgem no seu ambiente social." Para a produção do documentário radiofônico, tivemos como objetivos específicos: contar histórias de mulheres e famílias que sofreram violência física ou psicológica durante o pré-parto, parto ou pós-parto; apresentar os perigos dos procedimentos médicos desnecessários que ferem a integridade física e emocional da mulher; mostrar os benefícios do parto humanizado, no qual a mãe se torna protagonista do nascimento de seu filho; e também, alertar mulheres sobre os seus direitos na hora do parto. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como fonte de pesquisa para o desenvolvimento do documentário radiofônico, utilizamos a pesquisa qualitativa para entender e apresentar a violência obstétrica como um fenômeno social recorrente em hospitais públicos e particulares do Brasil. Mário Cardano afirma em seu livro Manual da Pesquisa qualitativa (Editora Vozes, 2017) que "O primeiro traço que une as técnicas de pesquisa qualitativa tem a ver com a adoção de um estilo de pesquisa que prefere o aprofundamento do detalhe à reconstrução do todo, os estudos intensivos (sobre um pequeno número) aos extensivos (sobre um grande número). Com essa escolha metodológica, a pesquisa qualitativa responde de forma específica a uma exigência geral que recorre o inteiro domínio da pesquisa social, aquela de guiar a complexidade dos fenômenos em estudo". Utilizamos também como método, a pesquisa bibliográfica, que auxiliou no processo de entendimento de um assunto ainda pouco discutido em outros meios. De acordo com Antonio Joaquim Severino (2007), no livro Metodologia do trabalho científico (Cortez, 2007), esse tipo de levantamento é realizado a partir de documentos, livros, artigos e teses, por exemplo, utilizando dados já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados. O estudo sobre o tema tem base em artigos, pesquisas científicas, documentos audiovisuais e também trabalhos de conclusão de curso. Tratando-se de um fenômeno social que tem seu estudo em ascensão, optamos pela pesquisa exploratória, realizando um projeto minucioso de pesquisa, analisando a violência obstétrica, suas causas e consequências. Para Fábio Appolinário, em seu livro, Dicionário de Metodologia Científica (Atlas, 2011), o estudo exploratório tem como intuito "aumentar a compreensão de um fenômeno ainda pouco conhecido, ou de um problema de pesquisa ainda não perfeitamente delineado". A técnica utilizada foi a entrevista, que permitiu a interação entre o grupo e vítimas, familiares e também profissionais da área, como médicos e advogados. A coleta dos depoimentos foi fundamental para o sucesso do trabalho. Além da análise de dados já coletados por outros pesquisadores, os métodos acima citados nos permitiram relatar e entender casos de violência obstétrica em diferentes perspectivas, enriquecendo o conteúdo e possibilidades de produção do documentário radiofônico jornalístico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Violência obstétrica: o que ninguém fala é resultado de um trabalho apresentado à disciplina de Radiojornalismo do curso de Comunicação Social - Habilitação Jornalismo da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) no ano de 2018, sob a orientação do Prof. Dr. Wagner Belmonte. Ao iniciarmos a produção do documentário radiofônico  Violência Obstétrica: O que ninguém fala , realizamos uma pesquisa bibliográfica acerca da temática no intuito de ter uma maior familiaridade e adquirir maior conhecimento sobre o assunto. Após alguns dias de pesquisa, iniciamos nossa busca por fontes. Cada integrante do grupo fez postagens em redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp) procurando mulheres que tenham sofrido violência obstétrica e que estivessem abertas para uma conversa. Cerca de 25 mulheres entraram em contato. Utilizamos as redes sociais mais uma vez para conversar e conhecer as histórias de cada uma delas. Então, fizemos uma primeira seleção dessas vítimas e fomos a campo entrevistar 13 delas. Para Luiz Amaral, no livro Jornalismo matéria de primeira página, (Editora Tempo Brasiliense, 1982), a entrevista pode ser definida como o  encontro com alguma pessoa com a finalidade de interrogá-la sobre seus atos e ideias. Conjunto de declarações de pessoa de destaque dá a um jornalista com a autorização para publicá-las . Para a captação dessas entrevistas, utilizamos aplicativos de gravação de áudio em nossos smartphones. Com as entrevistas das vítimas em mãos, iniciamos uma busca por fontes especialistas que pudessem falar sobre o tema. Formulamos perguntas com base nos relatos das vítimas. Fizemos mais de 10 entrevistas, com obstetras, doulas, psicólogos, psiquiatra, advogada, enfermeira e uma estudante de obstetrícia. Todas as entrevistas ocorreram entre agosto e setembro de 2018. O documentário possibilitou o contato com vários pontos de vistas e opiniões, trazendo mais imparcialidade para o trabalho, o que é valioso para quem atua e pretende atuar no jornalismo. Ao todo, tivemos mais de 5 horas de material bruto para decupar. Dividimos esse material entre os integrantes do grupo, que transcreveram para texto as partes mais importantes de cada entrevista. O trabalho de decupagem durou alguns dias. Então, percebemos que não seria possível contar todas as histórias coletadas em um só documentário. Nosso orientador, Wagner Belmonte, sugeriu a seleção de 5 histórias. Escolhemos dentre as 13 vítimas, as 5 que tinham relatos mais ricos em detalhes, que nos tocaram mais. Além disso, decidimos selecionar vítimas de cidades diferentes para mostrar que a violência é um fenômeno que acontece em todo o Brasil. Com todas as sonoras decupadas, começamos a escrever o roteiro do documentário. Precisamos retirar muita informação, selecionamos o que era mais relevante de acordo com os critérios jornalísticos de noticiabilidade. Esse processo de montagem do roteiro levou cerca de um mês, com orientações semanais do orientador que ajudou a selecionar as sonoras e redigir o texto. Com o script pronto, utilizamos o estúdio de rádio da UMC para gravar a locução. Fizemos a edição do material e entrevistas utilizando o software Premiere Pro. Através do processo de produção do documentário radiofônico  Violência obstétrica: o que ninguém fala , percebemos o quão grande o tema é, e quantas mães sofreram esse tipo de violência sem saber. Para nós, o índice das agressões obstétricas é muito maior do que a pesquisa da Fundação Perseu Abramo diz. O documentário nos possibilitou ter uma grande experiência em produção jornalística e no jornalismo em si. Tivemos contato com muitas vítimas e profissionais com opiniões diferentes que atuam na área da saúde. Isso trouxe uma riqueza de relatos para a produção. Ao finalizar o trabalho, concluímos que nossos objetivos foram atingidos. O documentário leva informação ao ouvinte, mostrando o que é a violência obstétrica e alertando o público para que denúncias sejam feitas e esse tipo de agressão seja combatido.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>