ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00436</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Clandestino</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Felipe Eduardo de Alcântara (Centro universitario unicarioca); Flaviano Silva Quaresma (Centro Universitário Carioca); Altayr Montan Derossi (Centro Universitário Carioca)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este projeto é resultado do trabalho realizado no grupo "Estudo Avançado em Fotografia", na linha de pesquisa "Fotografia Documental", que envolve uma série de atividades teóricas, práticas e de reflexão, vinculadas à disciplina Fotojornalismo na graduação em Jornalismo do Centro Universitário Carioca (Unicarioca/RJ), como estratégia de estimular os estudantes a aperfeiçoar suas competências profissionais e acadêmicas. Na linha prática da "Fotografia Documental", temas que apresentam uma relação íntima com os estudantes são prioritários. Então, o projeto "Clandestino" parte da ideia de que no campo do Documental está sendo formada uma nova cultura de apreciação da fotografia, com foco em sua plasticidade, conteúdo estilístico e no caráter expressivo que lhe pode ser conferido, mas que a novidade tecnológica, tão comum entre os fotógrafos não é, necessariamente sinônimo de inovação estética, pois esta depende muito mais do imaginário do artista (HORN, 2019). Com esse direcionamento, compreendemos que o regime de verdade mudou, e a verdade do documento não era a verdade da expressão, outras imagens e outras tecnologias apareceram, ocorreram uma fusão da fotografia com as redes digitais e os conceitos de imagem mudaram. Com foco nessa perspectiva, "Clandestino" que ainda está em desenvolvimento, está ambientado na terra árida do município paraibano de Assunção, Nordeste brasileiro. A proposta é apresentar as facetas do trabalho clandestino, que está sujeita a população local de pouco mais de 3.500 habitantes, na mineração do caulim. No Nordeste, as cidades onde ocorre a maior produção de caulim são Assunção, Junco do Seridó e Pedra Lavrada localizados na Paraíba, e Equador, no Rio Grande do Norte. A extração do caulim é feita de modo rudimentar, observando a ausência total de técnicas adequadas de extração e beneficiamento. Não há condições de segurança e saúde para os trabalhadores dessas regiões, causando também um enorme impacto ao meio ambiente devido uma grande quantidade (desperdício) de rejeitos dessa argila ser depositada a céu aberto; devido a maioria das indústrias geradoras desses rejeitos não aproveitarem essas matérias-primas (BRITO, 2010). A escassez de água, a terra seca e infértil, falta de emprego e renda, castigam os moradores de Assunção, que são obrigados a trabalhar de forma clandestina na mineração do caulim. Sem nenhuma proteção ou fiscalização, arriscam suas vidas para conseguir dinheiro e sustentar suas famílias. O projeto documental "Clandestino", que apresenta sua primeira fase de produção fotográfica na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) seletiva Sudeste, objetiva a) reproduzir experiências através do campo poético das imagens; b) produzir imagens emotivas e impactantes; c) fugir das tendências seguidas por grande parte dos meios tradicionais de imprensa; d) buscar, por meio das fotografias, uma abordagem mais humanista de caráter contemporâneo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para embasamento das orientações de produção fotográfica e aprofundamento sobre o tema apresentados neste trabalho, foram realizadas buscas em documentos de diversos formatos como também a pesquisa exploratória no local (Assunção/PB). A análise de pesquisas foi importante para entender a realidade da exploração do caulim, como no estudo realizado pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que investigou o teor de alumínio dos rejeitos de caulim de Junco do Seridó e Assunção/PB e Equador/RN, que também apontaram os impactos ambientais provocados nessas áreas (BRITO, 2010). Um diário de campo foi essencial para o registro das observações realizadas, bem como de gravadores de áudio para o registro dos relatos feitos pelos possíveis personagens do trabalho documental. Sousa (2002) explica que o fotodocumentarista trabalha em termos de projeto, quando inicia um trabalho, tem já um conhecimento prévio do assunto e das condições em que pode desenvolver o plano de abordagem do tema que traçou. Nesse sentido, as viagens realizadas até Assunção, local onde vive o avô do estudante envolvido no projeto, foram cruciais, bem como as conversas com ele e aqueles que experienciam a vida no município paraibano. Entre os mais variados estudos que tivemos acesso, outro realizado pela UFPB também nos chamou atenção. Ele apontava dados significativos sobre como os garimpeiros se viam na sua profissão/função no garimpo e como analisavam o seu universo de trabalho (NEVES, 2011). Informações como essas foram relevantes para pensar na abordagem que deveríamos seguir no contexto do projeto documental, que também trouxe referências fotográficas como as de Sebastião Salgado. Os registros fotográficos da exploração de ouro em Serra Pelada são muitos, mas nenhum se destacou tanto no Brasil e no exterior como os registros do Garimpo Serra Pelada de Sebastião Salgado. Na década de 1980, no município de Curionópolis no estado do Pará, foram extraídas, oficialmente, 30 toneladas de ouro do até então maior garimpo a céu aberto do mundo. No auge de sua exploração havia 80 mil garimpeiros ocupando todo o garimpo de Serra Pelada, que vinham de todos os estados brasileiros. Os riscos de acidente eram imensos, assim como os conflitos, e a morte rotineira.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto documental "Clandestino" está organizado sob cinco fases. A primeira delas, realizada no período de dez dias, apresenta o contexto ambiental de Assunção/PB, suas paisagens, alguns personagens, cenas do cotidiano do trabalho na extração do caulim e do dia a dia das pessoas na atmosfera pacata do local. As cores, a luz e as formas são elementos presentes como partes da abordagem definida para o trabalho fotográfico. "Clandestino" é um fotodocumentário baseado na perspectiva da retomada, que somente no final do século XX, com uma nova geração de fotodocumetaristas, pôde ser observada, um retorno da preocupação dos fotógrafos com as modificações sociais que a fotografia poderia propiciar. Com o intuito de difundir a fotografia para um público maior, os projetos objetivam a valorização da autoestima e a leitura crítica do mundo. Enquanto o arquetípico projeto documental estava preocupado em chamar a atenção para sujeitos particulares, frequentemente com o objetivo de fazer com que o público contribuísse para a mudança da situação social ou política vigente, o contemporâneo coloca os "sujeitos particulares" como atores sociais. Para o nosso caso, "Clandestino" quer, também, transformar os atores sociais em documentaristas da sua realidade e transformadores sociais a partir do momento em que enxergam os problemas sociais que estavam acostumados a ignorar. Por isso, imagens estão sendo produzidas por eles (via dispositivos móveis com câmeras) a afim de apresentar uma visão mais ampla sobre a clandestinidade da qual compartilham e suas nuances. Como explica Guran (2008), uma parte importante da população é sistematicamente excluída da produção da própria imagem, sendo sistematicamente apresentada ao conjunto da sociedade sob o impacto da tragédia. Por outro lado, o trabalho fotográfico realizado nesta primeira fase contou com mais de uma possibilidade técnica para o registro das imagens: câmeras convencionais (DSRL) e dos smartphones/celulares. Essa decisão foi importante para que o dinamismo da produção pudesse ser garantido nos dez dias determinados, mas também a construção da narrativa. Além da descrição da produção fotográfica, outro ponto que é preciso destacar é o da pós-produção, que consideramos essencial. Como ressalta Munhoz (2014), o surgimento da fotografia digital permitiu um amplo e democrático acesso à fotografia, não apenas no tocante a equipamentos mais acessíveis, inteligentes e automatizados ou pelas novas oportunidades viabilizadas pela Web, mas especialmente pelas possibilidades abertas por uma variedade de novas ferramentas, softwares de edição de imagens, que ampliam em muito a capacidade de intervenção sobre a fotografia, tornando o acesso do público às técnicas de manipulação e tratamento amplamente generalizado. Assim, pensar sobre a pós-produção no projeto documental "Clandestino" também se insere numa seara bastante discutida da frágil linha que separa o documento da arte, conferindo-lhe sua singularidade em relação a outros gêneros fotográficos. Então, cores, preto e branco (mais cintilado) e saturação foram elementos trabalhados. Como critério de distinção estética das imagens, algumas fotografias em cores foram registradas pelos personagens (que mostraram uma visão mais branda do problema), enquanto que outras poucas coloridas foram realizadas pelo estudante. As P&Bs definiram a visão do observador externo (estudante) sobre o contexto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>