| O dia 13 de dezembro de 1968 levou à expressão máxima da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985). Durante o governo do então presidente general Artur da Costa e Silva, o regime militar baixou o Ato Institucional de número 5 (AI-5), que vigorou por dez anos, até dezembro de 1978. Após 50 anos, a equipe do “Senso InComum”, jornal-laboratorial da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), decidiu rememorar esse momento histórico com uma reportagem que compõe as páginas do caderno especial da 43ª edição do periódico.
A reportagem especial “Confissões sob ditadura”, além de informar, propõe-se a ressignificar os sentidos produzidos pelas fontes oficiais da História. Apesar de não possuir um longo trabalho de análise do papel da imprensa, como foi feito da Igreja, sabe-se hoje que a chamada grande imprensa apoiou a tomada do poder pelos militares, o que será explicado por Juarez Bahia na obra “Jornal, história e técnica” (Ática, 1990).
O processo de construção da memória social pode acontecer pela omissão na inscrição dos acontecimentos históricos. Sobre essas hipóteses, a pesquisadora Eni Orlandi explica, na obra “Gestos e Leituras”, que “falando de história e de política, não há como não considerar o fato de que a memória é feita de esquecimentos, de silêncios. De sentidos não ditos, de sentidos a não dizer, de silêncios e de silenciamentos” (Pontes, 1999, p. 59). Assim, para recontar as histórias silenciadas pelo regime militar, o jornal “Senso InComum” deu espaço para os personagens censurados narrarem suas próprias histórias. A reportagem é dividida em três eixos, que integram uma narrativa conceitual. O primeiro momento fala sobre os trabalhos de pesquisa sobre este período histórico, que indicam o começo da desconstrução discursiva imposta pelo regime militar. Em seguida, a reportagem trata da Sub-Comissão da Verdade sob angulação na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e de dois sujeitos que surgem de seus relatórios: Ismene Mendes e Rondon Pacheco. Por fim, a reportagem conta, por meio de uma entrevista, a história de Afonso Lana, professor aposentado do Instituto de Artes da UFU, que foi vítima das torturas militares contra opositores políticos no período.
Uma das perspectivas do jornal-laboratório é proporcionar aos estudantes a vivência próxima à que enfrentarão na prática no mercado de trabalho. Para Mauro Wolf, no livro “Teorias da comunicação” (Presença, 2003), a formação do jornalista pressupõe o seu contato com as teorias e técnicas que lhe garantam condições para exercer, junto à sociedade, a função de coletar, selecionar e apresentar fatos que são relevantes.
A reportagem especial “Confidências sob Ditadura” tem como objetivo geral, portanto, a investigação dos efeitos do AI-5 na região de Uberlândia, Minas Gerais. Ela se propõe a adotar uma abordagem humanizada, pautada nos sujeitos que vivenciaram o AI-5, diferentemente dos veículos de comunicação da região. Ademais, busca recontar as histórias por meio de uma grande reportagem especial, extrair e tratar dados de arquivos e documentos públicos para obter informações e experienciar a rotina produtiva da profissão - incluindo planejamento, apuração, produção, edição e divulgação de um jornal impresso.
A escolha da temática da reportagem se justifica pelo momento histórico. Como dito anteriormente, 2018 marca os 50 anos da instituição do AI-5 no Brasil, que ocorreu durante a ditadura civil-militar. O nome “Confissões sob Ditadura” tem duplo sentido: um que leva a crer que se trata da abordagem de confissões sobre o regime militar e outro que se refere a confissões das vítimas que sofreram com a ditadura.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䤀一吀刀伀䐀唀윀쌀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䐀愀搀漀 漀 攀猀瀀愀漀 搀攀 焀甀愀琀爀漀 瀀最椀渀愀猀 瀀愀爀愀 漀 挀愀搀攀爀渀漀 攀猀瀀攀挀椀愀氀 搀愀 㐀㌀ꨀ 攀搀椀漀 搀漀 ᰀ匠攀渀猀漀 䤀渀䌀漀洀甀洀ᴀⰠ 搀攀氀椀洀椀琀愀洀漀猀 愀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 攀洀 挀椀渀挀漀 猀甀戀搀椀瘀椀猀攀猀 搀攀 猀甀戀琀攀洀愀猀㨀 ⤀ 䌀漀渀琀攀砀琀漀 搀愀 瀀爀漀洀甀氀最愀漀 搀漀 䄀䤀ⴀ㔀 攀 漀猀 椀洀瀀愀挀琀漀猀 渀愀猀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 愀挀愀搀洀椀挀愀猀Ⰰ 渀愀 椀洀瀀爀攀渀猀愀 攀 渀漀 挀漀琀椀搀椀愀渀漀 搀攀 唀戀攀爀氀渀搀椀愀㬀 ㈀⤀ 伀 琀爀愀戀愀氀栀漀 搀愀 匀甀戀ⴀ䌀漀洀椀猀猀漀 搀愀 嘀攀爀搀愀搀攀 搀漀 吀爀椀渀最甀氀漀 䴀椀渀攀椀爀漀 攀 䄀氀琀漀 倀愀爀愀渀愀戀愀 渀漀 爀攀挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 搀漀猀 挀爀椀洀攀猀 挀漀洀攀琀椀搀漀猀 瀀攀氀漀 䔀猀琀愀搀漀㬀 ㌀⤀ 䄀 挀漀渀琀爀漀瘀攀爀猀愀 椀洀愀最攀洀 搀攀 刀漀渀搀漀渀 倀愀挀栀攀挀漀Ⰰ 焀甀攀 琀攀瘀攀 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀漀 搀椀爀攀琀愀 渀漀 䄀䤀ⴀ㔀Ⰰ 洀愀猀 愀椀渀搀愀 洀愀渀琀洀 最爀愀渀搀攀 瀀爀攀猀琀最椀漀 渀愀 爀攀最椀漀㬀 㐀⤀ 䤀猀洀攀渀攀 䴀攀渀搀攀猀 挀漀洀漀 猀洀戀漀氀漀 搀愀 爀攀猀椀猀琀渀挀椀愀 渀愀 搀椀琀愀搀甀爀愀㬀 攀 㔀⤀ 䰀椀攀猀 瀀愀爀愀 焀甀攀 漀 瀀愀猀猀愀搀漀 渀漀 猀攀 爀攀瀀椀琀愀Ⰰ 挀漀洀 甀洀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 瀀椀渀最甀攀ⴀ瀀漀渀最甀攀 挀漀洀 漀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀 愀瀀漀猀攀渀琀愀搀漀 搀愀 唀䘀唀 䄀昀漀渀猀漀 䰀愀渀愀⸀
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| Para a criação do produto, contamos com a dinâmica de redação - dividindo os alunos em funções (editores-chefes, repórteres, editores de texto, fotógrafos e diagramadores) para otimizar a produção. Os repórteres foram separados de acordo com as cinco subdivisões da reportagem especial, descritas no tópico 2 deste trabalho (“Descrição das pesquisas realizadas”). Utilizamos a plataforma Google Docs, em que eram colocados os textos, para que os editores revisassem e para que os editores-chefes verificassem o andamento das reportagens. Para cada uma dessas subdivisões, estipulamos a quantidade máxima de caracteres, respeitando a limitação da própria mancha gráfica do jornal reservada para a reportagem especial, bem como o projeto de diagramação integralizado das quatro páginas destinadas à reportagem que compõe o caderno. 伀猀 爀攀瀀爀琀攀爀攀猀 昀漀琀漀最爀昀椀挀漀猀 愀挀漀洀瀀愀渀栀愀爀愀洀 漀猀 挀漀氀攀最愀猀 搀甀爀愀渀琀攀 愀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 挀漀洀 愀猀 昀漀渀琀攀猀⸀ 倀愀爀愀 漀猀 爀攀最椀猀琀爀漀猀Ⰰ 攀氀攀猀 甀猀愀爀愀洀 挀洀攀爀愀猀 一椀欀漀渀 ㌀ 挀漀洀 漀戀樀攀琀椀瘀愀猀 㜀 ⴀ㌀ 洀洀 攀 㠀ⴀ㔀㔀洀洀Ⰰ 昀漀爀渀攀挀椀搀愀猀 瀀攀氀漀 挀甀爀猀漀 搀攀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 搀愀 唀䘀唀⸀ 唀猀愀洀漀猀 愀 瘀攀爀猀漀 ⸀㔀⸀㐀 搀漀 匀挀爀椀戀甀猀Ⰰ 猀漀昀琀眀愀爀攀 攀猀瀀攀挀昀椀挀漀 攀 最爀愀琀甀椀琀漀Ⰰ 瀀愀爀愀 爀攀愀氀椀稀愀爀 愀 搀椀愀最爀愀洀愀漀⸀ 䄀猀 攀搀椀攀猀 搀愀猀 昀漀琀漀猀 昀漀爀愀洀 昀攀椀琀愀猀 渀漀 瀀爀瀀爀椀漀 匀挀爀椀戀甀猀 攀 渀漀 昀漀椀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 昀愀稀攀爀 琀爀愀琀愀洀攀渀琀漀 搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 攀洀 瀀栀漀琀漀猀栀漀瀀⸀
O título “Confidências sob Ditadura” serve de “guarda-chuva” para os subtítulos que criamos para cada subdivisão da reportagem. Esses subtítulos aprofundam o tratamento dado à temática da reportagem. Desse modo, garantimos que o leitor seja guiado por uma linha condutora que perpassa toda a reportagem. Para isso, também mantivemos o padrão de cor preto e branco entre as páginas do caderno especial, utilizamos uma fotografia conceitual como fundo para a abertura da reportagem especial para atrair a atenção e curiosidade do leitor, preservamos os espaços em branco que permite dar respiro e leveza aos textos da página central, utilizamos um boxe explicativo e um fio para separar colunas de textos e, na última página, utilizamos fotografias como molduras do texto para dar mais destaque à entrevista.䄀 瀀爀椀洀攀椀爀愀 瀀最椀渀愀 搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 昀漀爀洀愀搀愀 瀀攀氀愀 昀漀琀漀 愀爀琀猀琀椀挀愀 ᰀ传 䔀甀 椀渀瘀椀猀瘀攀氀ᴀⰠ 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀 攀砀挀氀甀猀椀瘀愀洀攀渀琀攀 瀀愀爀愀 漀 挀愀搀攀爀渀漀 攀猀瀀攀挀椀愀氀⸀ 倀愀爀琀椀渀搀漀 搀漀 瀀爀攀猀猀甀瀀漀猀琀漀 搀攀 焀甀攀 渀攀渀栀甀洀愀 椀洀愀最攀洀 甀洀愀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀漀 搀漀 爀攀愀氀Ⰰ 洀愀猀 猀椀洀 搀攀 椀渀琀攀爀瀀爀攀琀愀攀猀 搀攀 甀洀 搀攀琀攀爀洀椀渀愀搀漀 昀愀琀漀Ⰰ 瀀漀猀猀瘀攀氀 愀昀椀爀洀愀爀 焀甀攀 漀猀 攀氀攀洀攀渀琀漀猀 搀愀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀 挀愀爀爀攀最愀洀 猀椀最渀椀昀椀挀愀搀漀猀 瀀愀爀愀 愀氀洀 搀愀 氀椀琀攀爀愀氀椀搀愀搀攀⸀ 倀漀爀 洀攀椀漀 搀攀氀攀猀 瀀漀猀猀瘀攀氀 愀昀椀爀洀愀爀 愀猀 瘀漀稀攀猀 搀漀猀 猀甀樀攀椀琀漀猀 焀甀攀 昀漀爀愀洀 猀椀氀攀渀挀椀愀搀漀猀 漀甀琀爀漀爀愀Ⰰ 爀攀猀猀椀最渀椀昀椀挀愀渀搀漀 漀猀 愀挀漀渀琀攀挀椀洀攀渀琀漀猀 搀漀 瀀愀猀猀愀搀漀 瀀攀氀愀 琀椀挀愀 搀漀 瀀爀攀猀攀渀琀攀⸀ 䄀 昀漀琀漀 愀昀椀爀洀愀 愀猀 瘀漀稀攀猀 搀漀猀 猀甀樀攀椀琀漀猀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀漀 渀漀ⴀ搀椀琀漀⸀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 愀 愀甀猀渀挀椀愀 搀攀 甀洀 猀甀樀攀椀琀漀 渀愀 挀愀搀攀椀爀愀 椀洀瀀氀椀挀愀 渀愀 最愀爀愀渀琀椀愀 搀漀猀 搀椀爀攀椀琀漀猀 搀攀洀漀挀爀琀椀挀漀猀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 愀 挀愀搀攀椀爀愀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀 愀 琀漀爀琀甀爀愀 攀 爀攀瀀爀攀猀猀漀 搀愀 瀀漀挀愀 搀椀琀愀琀漀爀椀愀氀⸀
A fotografia nos mostra que é necessário olhar para o fato histórico (ditadura) de ambas as perspectivas (passado e presente) para ressignificá-lo. Apesar da censura, existiam vozes que ecoavam e que permitiram que as vozes de hoje existissem. Por conta dos sujeitos de 1964 temos a chance de analisar os acontecimentos de várias perspectivas, e essa fotografia carrega significados para além da literalidade.倀漀爀琀愀渀琀漀Ⰰ 愀 挀愀搀攀椀爀愀 瘀愀稀椀愀Ⰰ 猀洀戀漀氀漀 搀愀 挀攀渀猀甀爀愀 搀漀 瀀愀猀猀愀搀漀Ⰰ 愀 瘀漀稀 搀漀猀 焀甀攀 攀猀琀漀 氀椀瘀爀攀猀 瀀愀爀愀 猀攀 攀砀瀀爀攀猀猀愀爀⸀ 伀 猀椀氀渀挀椀漀Ⰰ 攀砀椀最椀搀漀 瀀攀氀漀猀 洀椀氀椀琀愀爀攀猀 渀愀 瀀漀挀愀 搀愀 挀攀渀猀甀爀愀Ⰰ 昀漀椀 椀渀琀攀爀爀漀洀瀀椀搀漀 瀀攀氀愀 爀攀猀猀椀最渀椀昀椀挀愀漀 搀漀 瀀攀爀漀搀漀 最爀愀愀猀 猀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 愀挀愀搀洀椀挀愀猀 攀 搀漀挀甀洀攀渀琀愀椀猀 搀漀 爀攀最椀洀攀⸀ 伀 琀爀愀戀愀氀栀漀 搀愀 匀甀戀䌀漀洀椀猀猀漀 搀愀 嘀攀爀搀愀搀攀Ⰰ 瀀漀爀 攀砀攀洀瀀氀漀Ⰰ 愀戀爀攀 攀猀瀀愀漀 瀀愀爀愀 渀漀瘀漀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀Ⰰ 挀漀洀漀 䤀猀洀攀渀攀 䴀攀渀搀攀猀Ⰰ 焀甀攀 昀漀椀 攀猀焀甀攀挀椀搀愀 瀀漀爀 愀渀漀猀 渀漀猀 愀爀焀甀椀瘀漀猀 搀愀 䨀甀猀琀椀愀⸀ 吀愀洀戀洀 瀀攀爀洀椀琀攀 漀 焀甀攀猀琀椀漀渀愀洀攀渀琀漀 搀攀 昀椀最甀爀愀猀 搀攀 最爀愀渀搀攀猀 瀀爀攀猀琀最椀漀 挀漀洀漀 刀漀渀搀漀渀 倀愀挀栀攀挀漀Ⰰ 焀甀攀 愀琀甀漀甀 搀椀爀攀琀愀洀攀渀琀攀 渀愀猀 瀀甀戀氀椀挀愀攀猀 搀漀猀 愀琀漀猀 椀渀猀琀椀琀甀挀椀漀渀愀椀猀⸀ 䄀 挀漀渀猀琀爀甀漀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 搀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 昀椀渀愀氀椀稀愀搀愀 挀漀洀 愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 搀攀 䄀昀漀渀猀漀 䰀愀渀愀Ⰰ 焀甀攀 搀攀椀砀漀甀 愀猀 挀愀搀攀椀爀愀猀 搀攀 琀漀爀琀甀爀愀 瀀愀爀愀 漀挀甀瀀愀爀 漀 攀猀瀀愀漀 搀愀 氀椀瘀爀攀 攀砀瀀爀攀猀猀漀 渀愀 切氀琀椀洀愀 瀀最椀渀愀 搀漀 樀漀爀渀愀氀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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