ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00618</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Dia do índio: Grandes povos, poucas terras</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Laís Batista de Paula (Universidade Vila Velha); Carolina Queiroz Brandão (Universidade Vila Velha); Maria Aparecida Torrecillas Abreu (Universidade Vila Velha)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Dia do Índio é comemorado no Brasil desde 1943, mas a luta para preservar sua cultura em detrimento da cultura ocidental permanece até os dias de hoje. Este artigo busca mostrar como a comunicação persuasiva  criada pela agência Nacom - pode ser uma arma para manter viva a cultura indígena. O Nacom é uma agência de propaganda experimental júnior - a mais antiga do Espirito Santo, criada em 1999, pelo curso de publicidade e propaganda, da Universidade Vila Velha. Contando com 20 anos de presença na formação profissional, o Nacom já se destacou em diversas premiações, entre eles o Festival Mundial de Publicidade de Gramado, em 2006, o Festival Colibri (maior premiação de publicidade no ES), em 2011, além de outros prêmios no próprio Expocom, ao longo dos anos. O Nacom organizou, também, o Intercom Sudeste, em 2014, a História da Mídia - Região Sudeste, em 2013. Além disso, foi agraciado como a Melhor Agência Júnior da região Sudeste, no Expocom 2017. Cabe ressaltar que o Nacom é uma agência que, ao longo dos anos, focou em comunicações publicitárias que prezaram pelas causas sociais, a igualdade entre os gêneros e a reflexão crítica em suas campanhas, pois acredita que sua missão é mais que ser uma agência de comunicação que forma alunos para o mercado; ela é, antes de tudo, um espaço de contribuição que, com suas campanhas, assume um compromisso com uma sociedade que se quer mais justa e solidária. Por isso, com a chegada da data comemorativa do Dia do Índio, o Nacom engajou-se na causa e pediu aos seus alunos para fazer uma campanha que mostrasse a importância dessa luta. De acordo com José Ribamar Bessa Freire, em  Cinco ideias equivocadas sobre o índio ,  Hoje vivem no Brasil mais de 200 etnias, falando 188 línguas diferentes. Cada povo tem sua língua, sua religião, sua arte, sua ciência, sua dinâmica histórica própria, que são diferentes de um povo para outro (REVISTA ENSAIOS E PESQUISA EM EDUCAÇÃO  2016.2). Apesar disso, padronizamos todos esses povos, colocando-os em apenas uma caixa que só é aberta no dia 19 de abril. Mesmo tendo muito da cultura do índio entronizada com a nossa, temos uma ideia estereotipada e preconceituosa em relação a eles. Esse povo faz parte de uma das matrizes da cultura brasileira, junto com europeus e africanos. Segundo a FUNAI (2013),  Entendendo cultura como o conjunto de respostas que uma determinada sociedade humana dá às experiências por ela vividas e aos desafios que encontra ao longo do tempo, percebe-se o quanto as diferentes culturas são dinâmicas e estão em contínuo processo de transformação. No entanto, é importante frisar que as variadas culturas das sociedades indígenas modificam-se constantemente e reelaboram-se com o passar do tempo, como a cultura de qualquer outra sociedade humana. Uma das questões mais polêmicas dentro da geografia brasileira, os territórios indígenas são assuntos constantes de discussão. Além de contribuírem para conservação e proteção do meio ambiente e da biodiversidade, nessas terras estão parte do patrimônio cultural e histórico brasileiro, contribuindo assim para construção de uma sociedade pluriétnica e multicultural. Porém conforme o antropólogo professor da Universidade de Brasília Stephen Baines, citado por Pedro Peduzzi, no site Agência Brasil,  Temos atualmente um Congresso Nacional extremamente conservador que representa  por meio de parlamentares ligados à bancada ruralista, ao agronegócio, às empresas de mineração e aos consórcios de mineração e de usinas hidrelétricas  a maior ameaça e o maior ataque aos direitos dos povos indígenas , o que torna essa luta tão difícil. A campanha  Grandes povos. Poucas terras coloca como objetivo a importância da batalha indígena pelas suas terras, destacando a falta de informações e de empatia que temos por esses povos. A partir de uma técnica de diminuição do tamanho do cartaz, simbolizando a diminuição do território indígena, mostramos com seriedade o espaço que a causa indígena não pode ter.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O briefing da campanha queria dar voz às dificuldades dos povos indígenas, de uma maneira singular e impactante, para que fosse algo reflexivo e comovente ao público. A escolha do tema  Grande povos. Poucas terras propõe uma atenção a mais sobre a demarcação das terras indígenas. Segundo um indígena Kaingang, citado pela Funai (2015) ,  A demarcação de terra é essencial para nossa saúde (...) não tenho como pensar em uma educação adequada sem pensar nos valores e formes culturais, sem pensar numa alimentação adequada, sem valorizar nossas kujà, nossa parteiras, sem preservar as matas, sem vivência espiritual. Tudo é uma coisa só . Essa conscientização dos elementos culturais da vida indígena por parte dos alunos da Universidade Vila Velha foi um dos objetivos da campanha. Com isso, os alunos do Nacom pesquisaram livros de antropologia que mostravam o cotidiano das atividades indígenas, entendendo elementos importantes da antropologia, como relativismo cultural e etnocentrismo. Com isso, entendeu-se que o dia do Índio acarretaria uma série de discussões tanto culturais como históricas, levando-nos a criar um cartaz que segue a linha de engajamento. As desmarcações de terra devem ser discutidas em ambientes como a nossa universidade para que o tema seja estudado e entendido. Devemos nos levantar e lutar pelos povos indígenas que para muitos é uma batalha já vencida, segundo Elaine Tavares, jornalista e ativista indígena, citado João Pacheco de Oliveira em Muita terra para pouco índio? Uma introdução (crítica) ao indigenismo e à atualização do preconceito,  A saída para desse conflito, para Elaine Tavares  é a luta mesma. Nada será concedido pelo governo, que já se ajoelhou diante do agronegócio. Agora, o desafio é tirar o véu do conflito, escancarar as causas, abrir os olhos dos entorpecidos pela mídia. E isso, sabemos, é coisa difícil demais. Mas, também não é coisa que deva nos imobilizar.  Decidimos, então, por meio de programas de edição e criação de imagens gráficas, fazer um cartaz que diminuísse conforme a mensagem fosse passada, fazendo referência às terras indígenas que com os anos estão diminuindo cada vez mais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após o final planejamento, reuniu-se a equipe e começou-se a pensar como colocaríamos as nossas ideias no papel. Usando o programa Adobe Illustrator CS6, produzimos o cartaz dividindo ele em cinco partes, reduzindo cada parte para que ficasse menor que a anterior. Usamos uma textura que imitasse folhas de uma floresta densa, que se complementa com a utilização da cor verde escura, agregando resistência e persistência para que o tema principal não fugisse do pensamento do público. Foram usadas duas fontes no cartaz, uma mais sóbria, colorida pela cor azul e uma mais rebuscada retomando as pinturas corporais dos povos indígenas de uma forma sútil, sendo usada para dar foco nas palavras importantes. Cada parte continha uma frase que se complementava no outro cartaz e, ao ler o todo, formava uma linha de pensamento, mostrando no contexto que cada vez mais os índios perdem suas terras para o agronegócio. A ideia trouxe também uma relação de metalinguagem na peça, isto é, a mensagem reflete-se a si própria no suporte que a carrega. O efeito retórico, mensagem e mídia como um só significado, causou um efeito bastante persuasivo e crítico em sua abordagem. Os alunos receberam a mensagem de forma positiva e com consciência crítica. A campanha foi impressa e colocada nos corredores da universidade, colando cada parte em seu lugar fazendo o público seguir uma linha de raciocínio. O produto no final comoveu e foi visto por mais de 10.000 alunos, ganhando grande visibilidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>