ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00712</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Superpoderosa Mathilda</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;João Giry de Castro Netto (Universidade Vila Velha); Leandro Correa Queiroz (Universidade Vila Velha); Laiza Barcellos Saitt (Universidade Vila Velha); Marcelo Mendes Souza Gomes (Universidade Vila Velha); Caio Silveira da Rocha (Universidade Federal do Espírito Santo); Maria Aparecida Torrecillas Abreu (Universidade Vila Velha)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto consiste em um trabalho de conclusão de curso da Universidade Vila Velha. Foi produzido pelo aluno João Giry graduado em Comunicação Social  Publicidade e Propaganda em 2018 com orientação dos professores Leandro Queiroz e Aparecida Torrecilas. Seu desenvolvimento baseou-se num estudo sobre os meios de comunicação, a destacar o poder do Audiovisual e sua aplicação em discussões sobre diversidade, identidade cultural e inclusão social. A pesquisa ainda envolveu a criação de um produto audiovisual documental de símbolos ao redor da vida real de uma Drag queen do Espírito Santo. Coube ao filme, acima de tudo, expressar sob o olhar do documentarista, a interpretação das emoções, dos signos e do substrato de imagens ótica e digitalmente captadas durante os processos de pré-produção, produção, e pós-produção, ou seja, sua cultura. O produto é uma amostra não-probabilística, onde a interferência estatística não pode ser legítima, uma vez que o pesquisador não conhece a probabilidade que cada unidade tem de ser selecionada para fazer parte da amostra. Nesse caso, segundo Lopes (2001), ela é dita significativa ou de representatividade social (não-estatística), e os métodos de tratamento dos dados são qualitativos. De acordo com Creswell (2016), esses métodos são aqueles que se baseiam em dados de texto e imagem, com passos singulares durante a análise. De acordo com Lopes (2001), as técnicas desse tipo de pesquisa são instrumentos de observação ou de investigação (questionário, entrevista, história de vida etc.). Para Creswell (2016), as estratégias de investigação para projetos como esse têm enorme influência sobre os procedimentos que, mesmo nas estratégias, são nada uniformes. Ele divide em 5, as abordagens mais comuns: Estudar os indivíduos (narrativa, fenomenologia); Explorar processos, atividades e eventos (estudo de caso, teoria fundamentada); Aprender sobre o comportamento amplo de compartilhamento de cultura de indivíduos ou grupos (etnografia). O procedimento para coleta de dados está relacionado à linha de Creswell (2016), que inclui estabelecer limites para o estudo, coletar informações através de observações e entrevistas não estruturadas ou semiestruturadas, de documentos e materiais visuais. A ideia por trás da pesquisa qualitativa é a seleção intencional dos participantes ou dos locais (ou dos documentos ou do material visual) que ajudarão o pesquisador a entender o problema e a questão da pesquisa. Ela não sugere, necessariamente, uma amostragem ou seleção aleatória de um grande número de participantes, tipicamente observado na pesquisa quantitativa. Durante a observação, o pesquisador se propôs a fazer um registro de campo sobre o comportamento e as atividades do grupo. A etapa final para coleta de dados qualitativos de acordo com Creswell (2016), é aquela que envolve materiais audiovisuais como fotografias, objetos de arte, videoteipes ou quaisquer formas de imagem e som. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como comunicadores, somos responsáveis por ações de inclusão cultural e de fortalecimento da cultura de um país, pois, segundo Franco (2014), evitamos a perda da identidade cultural de um povo e incentivamos o desenvolvimento das manifestações artísticas de sua língua e literatura, sua música, seu teatro, seu cinema, sua dança, suas cerimônias e festas. A produção de imagens, sons e vídeos de forma independente está, como sugere Santana (2012), intrinsecamente ligada ao direito de se expressar. Para ele, a produção audiovisual é essencial para a democracia, como exercício da cidadania. Um documentário, na visão de Penafria (2001), é uma obra pessoal e implica uma necessidade de expressar algo. Ele não deve ser visto apenas como um meio para transmitir determinada realidade, e sim uma intervenção na realidade, o seu ponto de vista sobre determinado assunto, uma amostra do que sempre esteve presente, mas que nunca vimos, é revelar o mundo aos espectadores. Esse cenário audiovisual representa uma comunidade que tenta ampliar suas noções de práticas sociais e culturais próximas à suas tradições e dá lugar para uma autovalorização. Para pessoas que não têm outra forma de serem ouvidas, o audiovisual comunitário passa a criar, como fala Santana (2012), condições de ocupação da cena pública e enunciação de suas perspectivas. Ele possui um enorme papel nesse processo, pois é o meio de comunicação que faz com que as manifestações culturais cheguem mais rápido nos agentes da sociedade. Por esse motivo, Cesnik (2009) fala do poder absolutamente brutal que o audiovisual tem, de sua imensa importância econômica, e sua interferência no imaginário das pessoas. Sendo assim, é fundamental pensar e agir positivamente na construção de uma via de mão dupla da inclusão social, o que, segundo Franco (2014), só é possível divulgando entre toda a população as manifestações culturais dos grupos populares. Além da inclusão, a autora afirma também a existência da integração social. Para que isso aconteça, Conde (2009) diz que é preciso dar voz aos interesses e demandas sociais, assegurando a multiplicidade, e caminhando num processo de democratização nas e das comunicações, que só é possível em decorrer do acesso, onde o autor e as emissoras são responsáveis por viabilizar que esses atores-telespectadores entrem em contato com outras fontes de ideias do mundo, valores éticos, estéticos, produzidos por nós desde sempre. À margem de uma cultura dominante, que segundo Franco (2014), censura a vontade, as ideias e éticas gerais, que mantém o passado oficial e acaba com o passado do que é diferente, estrangeiro, há também outras, distintas e discriminadas, das minorias sociais, étnicas e sexuais, dos rebeldes e dos artistas. Ao revelar a luta pela construção de uma identidade cultural que lhes é de direito, enxergam-se grupos que usam a tela e o palco na construção de sua imagem e expressão, como é o caso de artistas drag queens. Como sugere Mahawasala (2016), vale entender que, recorrendo a origem, Drag queen, por si só, está intimamente ligada ao ambiente artístico. O ato de se montar, como aponta Amanajás (2016), está presente várias vezes na história da humanidade, e além de um posicionamento artístico e político, foi uma demanda cênica imposta pela sociedade. Desde a Grécia clássica até hoje, homens personificam a imagem feminina em vários aspectos, de um jeito mais realista, atento aos detalhes da forma. Segundo Mahawasala (2016), foi RuPaul Charles, que após várias aparições na mídia ainda nos anos 90, popularizou a arte através de seu reality show RuPaul's Drag Race, um produto audiovisual exibido em todo o mundo, onde há uma competição para escolher a próxima drag superstar. Além de se tornar uma das maiores inspirações para o público LGBTQ, seu programa é uma das maiores formas de representatividade das drag queens, por dar visibilidade ao trabalho de diversas performers e mostrar os bastidores da vida de um praticante dessa arte. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como primeira parte da pesquisa prática, após estudo bibliográfico, fez-se um levantamento de personagens e produções audiovisuais que são referências em inclusão de Drag Queens nos canais de comunicação. Alguns nomes são, antes de tudo, pioneiras na arte de se montar, e acabaram tornando-se inspirações para o cenário drag nacional e internacional. São nomes como: Rupaul; Dame Edna Everage; Divine; Marsha P. Johnson; Vera Verão; Silvetty Montilla; Nany People; Isabelita dos Patins; Salete Campari; lorna Whashington; Deydiane Piaf e Márcia Pantera. Após reconhecer os principais personagens, o processo de pré-produção incluiu também a valorização de antigas e novas, grandes ou pequenas produções cinematográficas, séries ou telenovelas que incluem personagens vividos por Drags reais ou até interpretados por atores que saem de sua zona de conforto. Assim como o reality show RuPaul's Drag Race e filmes com personagens drags tornaram-se referências para o desenvolvimento da pesquisa, o processo ainda englobou a visualização de documentários como: Paris is Burning (1990), documentário de Jennie Livingston premiado em Sundance; Pageant (2008), documentário de Ron Davis que mostra os bastidores do 34º Miss Gay América; E Mala Mala (2014), um filme também biográfico dirigido por Antonio Santini e Dan Sickles que fala sobre a comunidade LGBT de Porto Rico, que foram fortes referências culturais e estéticas para a execução da produto. Ainda na pré-produção, foi escolhida uma Drag queen da Grande Vitória, no Espírito Santo para ser o sujeito de estudo. Mathilda, personagem criado pelo artista Wallace Breciani, está presente em festas e eventos da região onde apresenta suas performances e atua como DJ. Divididos em dois momentos, a etapa de produção envolveu inicialmente acompanhar e observar o mundo ao redor da artista em uma de suas noites de trabalho em duas boates da capital Vitória, no Espírito Santo, e posteriormente, uma performance exclusiva para o documentário em que o processo de captação das imagens tem como foco toda sua preparação juntamente com a imersão do pesquisador que acontece a partir de uma entrevista em profundidade. Os recursos utilizados, como equipamentos de captação e edição audiovisual, bem como o espaço para performance e entrevista foram disponibilizados pela Universidade. O filme possui participação co-criativa de Laíza Saitt (UVV), Marcelo Gomes (UVV) e Caio da Rocha (UFES), também artistas locais independentes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>