ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00731</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;SPOT: O Jogo de vida ou morte</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Caio Ferreira Mendes (Universidade Federal do Espírito Santo); Vitória Bordon Santos (Universidade Federal do Espírito Santo); Leticia Caliman (Universidade Federal do Espírito Santo); Bianca Alves Martins (Universidade Federal do Espírito Santo); Julio Cesar Martins da Silva (Universidade Federal do Espírito Santo)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Por ser um esporte extremamente popular em nosso país, muitas vezes temos a impressão de que o futebol sempre fez parte da nossa cultura. No entanto, principalmente por estar restrito às elites, sabe-se que o desenvolvimento desse esporte ainda engatinhava durante a virada do século XIX para o século XX. Todavia, por se tratar de um esporte com regras simples e poucos elementos sofisticados necessários para ser praticado, o futebol rapidamente se espalhou entre todas as camadas brasileiras, de acordo com Aquino, em seu livro Futebol, uma paixão nacional (Jorge Zahar Editor, 2002). De acordo com Rinaldi, em Futebol: manifestação cultural e ideologização (Journal of Physical Education, 2000), o futebol, ao longo dos anos, passou a ser considerado um elemento importante da cultura brasileira e, até mesmo, um fenômeno social. Isso pode ser facilmente observado em nosso cotidiano já que, embora seja originário da Inglaterra, o futebol é quase sempre percebido como algo que sempre esteve presente no imaginário dos brasileiros. Os meios de comunicação foram, sem dúvidas, um dos grandes responsáveis por construir esse imaginário e disseminar a cultura futebolística pelo Brasil. O rádio, mais especificamente, foi de extrema importância desde os anos 1950 quando, segundo Gastaldo, em "O país do futebol" mediatizado: mídia e Copa do Mundo no Brasil (Sociologias, 2009), ocorreram as primeiras transmissões internacionais da Copa do Mundo e as partidas nas quais o Brasil comparecia alcançavam grandes picos de audiência em todo o território nacional. Foi, portanto, sabendo deste cenário de grande difusão da cultura futebolística através de meios radiofônicos que o professor responsável pela disciplina de Teorias e Práticas Publicitárias Para Meio Eletrônicos - Rádio, matéria obrigatória ofertada para alunos do quarto período do curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Espírito Santo, propôs o trabalho aqui apresentado. O briefing do trabalho nos desafiava a criar um spot para rádio que divulgasse algum serviço de um cliente fictício. E uma das especificidades presentes no documento era de que a narração do anúncio fosse feita com o mesmo estilo das narrações de jogos de futebol, ou seja, de forma acelerada e com picos de emoção. Tendo em vista todo o cenário apresentado, sabíamos que não seria difícil fazer com que o público reconhecesse esse tipo de narração uma vez que, conforme constatado por revisões de literatura, suas características já são conhecidas em nosso país devido a grande difusão da cultura do futebol. Também é importante pontuar, para que se compreendam as diretrizes do trabalho, que as aulas da disciplina eram bastante dinâmicas e envolviam muitas horas de atividades práticas, já que era através destas atividades que os alunos podiam exercitar todos os conhecimentos técnicos sobre gravação, roteirização e edição. Por ser o primeiro contato da maior parte da turma com estúdio de gravação, equipamentos de som e softwares de edição, a disciplina teve um caráter extremamente experimental, de modo que em todas as atividades os alunos tinham muita liberdade criativa e lidavam com clientes e/ou produtos fictícios. Nesse sentido, podemos dizer que tanto a realização da disciplina quanto do trabalho, foram experiências essenciais para a nossa formação, já que foram nesses momentos e através destas atividades práticas que pudemos nos aprimorar enquanto estudantes e futuros profissionais do mercado. Apesar de toda a liberdade, haviam algumas diretrizes e regras que deveriam ser seguidas. Os trabalhos da disciplina eram, assim como todo job publicitário, guiados por briefings que, neste caso, eram escritos e definidos pelo professor. Era por meio deles que a turma tomava consciência do produto que deveria ser vendido, do cliente, da duração do anúncio e até mesmo do tom cômico que deveria ou não ser empregado nas peças.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em pesquisas realizadas para embasar a criação verificamos que o ramo das funerárias ainda carece de gestão e posicionamento, como constatado por Siqueira, em Marketing Funerário: A Alma do Negócio (VII CONNEPI, 2012). Siqueira (2012) também explica que, "mesmo diante de variadas possibilidades de ampliação dos negócios, é difícil formular estratégias de marketing para o ramo funerário, tendo em vista a dificuldade de se promover produtos indesejáveis". Esse desconforto em procurar um serviço fúnebre está ligado a ideia construída pela sociedade e pela ciência desde o século XX, de que a morte não pode ser um assunto a ser colocado em pauta, de acordo com Mello, em Finitude, tecnologias e ritos digitais: uma análise sobre a morte e o luto no Facebook (PUC-Rio, 2016), o que se torna um desafio para as criações publicitárias. Uma das alternativas para tratar do tema é o uso do humor, já que ele traz uma sensação prazerosa ao ouvinte, que é considerada como uma lógica funcional para o criar um apego ao produto, conforme descrito por McLeish, 2001 apud. Goés, em Devassa: A criação de um spot utilizando o humor (Intercom, 2011). Além disso, como analisado por Pimentel (2011) e citado por Pereira, em Do Riso ao Fúnebre: A Publicidade dos Planos Funerários do Cemitério Morada da Paz (Quipus, 2014), o paradigma do assunto é "superado quando ela  a morte - é transformada em mercadoria. E é isso que faz a propaganda" e distancia o tema do espectador, fazendo com que o debate sobre ele seja mais sutil, desvinculando, por um momento, interlocutor do sentimento de dor. Outro argumento que justifica o caráter humorístico da peça é que ele é habitual ao público do rádio brasileiro. Como levantado por Martins, em Humor na Propaganda Brasileira: um panorama do cômico na criação publicitária nacional (UnB, 2013), o humor é um instrumento comum no rádio, seu desenvolvimento na publicidade radiofônica se faz presente desde os anos 40, a "era do rádio" no Brasil, perpassando pelas décadas de 50, quando se teve um grande investimento de publicidade do meio; pelos anos 60, como forma de passar o conteúdo como forma despercebida pelo sistema da censura; a crise dos 70, satirizando os poderes; os anos 90, na famosa propaganda da Brastemp... chegando até os dias de hoje, período de fortes narrativas transmidiáticas. Para a construção da narrativa, realizamos uma pesquisa sobre os procedimentos de um enterro desde o recolhimento do corpo, seguindo pelas etapas de: documentação, higienização e maquiagem, translado, cerimônia, coroa de flores e outros. Esses achados foram de extrema importância para conseguir conectar o cliente ao gênero futebolístico, já que em ambas atividades, tanto o esporte quanto o processo de velação, são marcados por etapas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após a leitura do briefing em coletivo com todos da turma, fizemos um brainstorm, exercício que tem como objetivo, segundo Santos, em Incursões da Propaganda no Imaginário (PUC-RS, 2012),  estimular o encadeamento de ideias, facilitar o fluxo da imaginação do inconsciente para o consciente . Esse exercício, que foi feito entre os membros do grupo, serviu para escolher qual seria nosso cliente e que serviço que seria anunciado. Com todas as ideias no papel, começamos a avaliar o que seria mais criativo, divertido e, ao mesmo tempo, desafiador. Optamos, então, por utilizar uma funerária como cliente, e iniciamos a montagem do esquema para a construção do nosso roteiro, onde surgiram as primeiras definições de personagens, o ritmo da narrativa e os termos que íamos usar para contar nossa história. Como um dos requisitos especificados no briefing, precisávamos fazer uma intertextualização do nosso spot com a narração de futebol e, para isso, tentamos colher as principais características deste gênero tão popular no Brasil. Por se tratar de uma narração fictícia de um jogo de futebol, tentamos importar para o spot alguns elementos que já são, naturalmente, associados a tais discursos. Assim, para ambientar a partida, utilizamos de nomes notáveis do esporte, como o narrador Galvão Bueno (retratado no trabalho como Galvão Maligno) e o comentarista Arnaldo Cezar Coelho (que, por sua vez, inspirou a personagem Arnalda). Fizemos uso de efeitos sonoros para dar um ritmo acelerado da fala do narrador, acrescentamos sons de torcida e apito no background (BG) e utilizamos de uma linguagem que é típica em jogos de futebol. Logo de ínicio, então, propusemos que, para tornar a narração mais cômica, o jogo narrado se desenvolvesse de maneira a qual a Morte se tornasse uma personagem e disputasse em campo contra Gaspar, protagonista que colocou vida em jogo e, mais tarde, perdeu para sua oponente. Ele, portanto, tem o ínicio de seu dia descrito pelo narrador e, ao morrer, tudo na disputa serve de pretexto para a apresentação dos benefícios oferecidos pela funerária anunciada na peça. As vozes dos personagens, Galvão Maligno e Arnalda foram dubladas por membros da turma e gravadas por meio de um microfone condensador (C48 Sony), precisamente regulado pela mesa de som, Console de mixagem digital Yamaha DM 2000 de 96 canais, conforme ao timbre e intensidade de voz de cada dublador que variava de acordo com os momentos da história. Além dessas ferramentas, utilizamos, também, para o armazenamento e edição das faixas, o software Adobe Audition. Usando o mesmo programa, cortamos, montamos os áudios selecionados e, em seguida, aplicamos efeitos essenciais afim de reduzir ou aplicar ruídos na história. Um dos efeitos usados foi o Amplitude and Compression que amplifica ou atenua um sinal de áudio. O Hard Limiter, por sua vez, foi usado nas narrações para dar ganho ao som sem que ele fosse distorcido. O reverb, foi usado para criar ambientação e, por fim, o áudio foi acelerado para dar à peça traços característicos deste tipo de narração. No fim, mesmo com todos os desafios presentes na produção, alcançamos os resultados esperados com o trabalho e produzimos um spot que cumpriu com todos os requisitos do briefing. Vale ressaltar que, esta foi a segunda experiência de trabalho realizado na disciplina, tanto como na criação de roteiro, gravação e edição para rádio, portanto, ela proporcionou um grande crescimento na formação profissional a todos os membros do grupo a respeito das técnicas radiofônicas. Além de todo aprendizado técnico, o trabalho também nos fez refletir sobre como os tabus acerca da comunicação podem atrapalhar na procura por um serviço e, como a publicidade pode ser responsável por quebrá-los e/ou tratá-los de forma a abrir discussões, mudando discursos e auxiliando cada dia mais no potencial empreendedor das empresas e nas questões sociais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>