ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00869</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Luísa, a Menina Invisível</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Marco Túlio de Miranda Soares e Silva (Universidade Federal de Viçosa); Rita Cristina da Silva (Universidade Federal de Viçosa); Francielle do Carmo da Paixão (Universidade Federal de Viçosa); Fabrício Guimarães Machado (Universidade Federal de Viçosa); Jamília Aparecida Lopes Soares (Universidade Federal de Viçosa); Eugene Oliveira Francklin (Universidade Federal de Viçosa); Felipe Lopes Menicucci (Universidade Federal de Viçosa)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Esta fotonovela foi produzida em 2018 por alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFV. Tratou-se de uma atividade da disciplina de Fotojornalismo, ministrada à época pelo Profº Felipe Menicucci. O projeto teve como escopo valer-se de uma narrativa simples, sensível e reflexiva para propor um resgate filosófico e ético mais amplo. Alçada pelas diversas alternativas estéticas oferecidas pelo gênero estudado, a protagonista se propõe não só a encarnar agudas indagações filosóficas, mas a apontar caminhos palpáveis de reflexão. Enquanto atividade prática de Fotojornalismo, a elaboração de "Luísa, a Menina Invisível" permitiu aos estudantes explorarem a linguagem fotográfica em sua dimensão artística e criativa, segundo as possibilidades de produção ficcional. Pôde-se experimentar alternativas de emprego da imagem na construção de uma narrativa, consoante os estudos teóricos desenvolvidos em sala, sobretudo a respeito do gênero em questão. Além disso, a atividade ofereceu aos alunos a oportunidade de exercitar o conhecimento técnico adquirido na disciplina, com a operação do equipamento e a composição e edição das imagens. O enredo traz como argumento tornar mais evidente, valendo-se de sua dimensão fantástica, a infecundidade moral do conceptualismo e do nominalismo, vertentes teóricas que fundamentam a filosofia moderna em boa parte, senão em toda a sua amplitude. Opondo-se à real existência dos universais, essas correntes de pensamento rejeitam a estrutura da realidade e abandonam os princípios éticos que dela se depreendem. Feser, em "A Última Superstição" (Edições Cristo Rei, 2017, p.70) demonstra que a rejeição da tradição filosófica clássica e a decadência do pensamento escolástico em trabalhos como os de Guilherme de Ockham, consistiram no abandono do "mais poderoso e sistemático fundamento intelectual para a religião e a moralidade ocidentais  e, a propósito, para a ciência, a moralidade, a política e a teologia em geral  da história." Em nome da simplicidade, o desprezo da realidade logo desembocou na negação de "qualquer padrão racional e moral" e o homem se viu, de repente, aprisionado no subjetivismo. Como ressalta Feser (Ibid., p.67), "o nominalismo e o conceptualismo são teorias 'mais simples' do que o realismo no mesmo sentido em que a astronomia seria 'mais simples' se negasse a existência de planetas e estrelas." De modo semelhante, Luísa vê-se diante de um dilema: questionar o mundo frente às injustiças com que se depara, em uma postura negacionista, revela-se um movimento estéril. Em sua investida contra a realidade, a personagem percebe que reduzir tudo o que há aos desmandos de sua própria vontade, ainda que segundo um fim aparentemente justo, não passa de imaturidade. Descobrirá Luísa, diante do abismo de seu egoísmo, que a desordem primeira está no próprio homem, e é a busca da virtude o caminho para o bem. Em "A Raiz Antitomista da Modernidade Filosófica" (Edições Santo Tomás, 2018, p.11), Scherer indica a premência de se resgatar uma legítima Filosofia do Ser frente à inépcia moderna. Segundo ele, "a suma atualidade reflui do ser para a subjetividade, entendida já idealistica, já materialisticamente. Amputado de sua conexão com o real, o homem agora flutua solto no espaço, como a ilha de Laputa. Assim como 'a boa Filosofia prolonga o senso comum', a má filosofia  sobretudo à medida que é repercutida, em pastiche, pela grande mídia e pelas 'artes e espetáculos'  põe em risco, retroativamente, o senso comum das massas, as quais, sem o saber, a subscrevem." Ainda que singela, esta fotonovela se propõe a fazer o movimento contrário. Repercutindo, como peça de arte, a boa Filosofia, sobretudo em seus urgentes desdobramentos éticos, "Luísa, a Menina Invisível" faz lembrar a verdade das palavras de Chesterton ao demostrar que a "arte, como a moralidade, consiste em traçar uma linha em algum lugar" ("Our Notebook", The Illustrated London News, 28 mai. 1928, p.780).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção foi precedida por estudos teóricos em sala a respeito do gênero em questão, sob orientação do Profº Felipe Menicucci, de modo que se pudesse dominar suas particularidades. A Profª Eugene Francklin instruiu os alunos na retomada do conteúdo para a construção deste paper e a submissão ao Expocom. Dentre os principais pontos observados nos estudos está a semelhança às histórias em quadrinhos, que cria no público certo ar de familiaridade. Além disso, o jogo imagem-texto parece promover um movimento de aproximação entre leitor e personagem. Juntos, esses aspectos contribuíram para tornar tangíveis mesmo ao público infanto-juvenil as ora enevoadas reflexões filosóficas propostas pelo enredo construído. Sabe-se que a narrativa de uma fotonovela é composta por uma linguagem mista, com o texto verbal e o texto não-verbal, a fotografia. As composições se dão em espaços individuais, os quadros, que se organizam dentro do layout segundo um encadeamento que tem como fim produzir sentido. Ao interligar um quadro ao outro, o leitor vale-se do recurso sequencial para recriar a narrativa, preenchendo as lacunas que pairam entre os fotogramas, como indicado por Joanilho e Joanilho em "Sombras Literárias: a Fotonovela e a Produção Cultural" (Revista Brasileira de História, 2008). Na perspectiva de Sullerot, conforme citada por Joanilho e Joanilho (Ibid, p.538), "as poses das personagens e o mise-en-scène deixam um espaço livre para a reconstituição de sentido por parte de quem lê, pois se pode imaginar tanto a sequência anterior como a posterior até o próximo fotograma". Percebeu-se, com isso, que é conveniente ao gênero abrigar uma trama mais simples, que se resguarde das ambiguidades e facilite a produção semântica. Além disso, na maioria dos casos, os balões de fala e pensamento dos personagens ou as legendas das fotografias não serão capazes de sozinhos proporcionar à narrativa os necessários elos coesivos, donde a primordialidade do domínio da linguagem fotográfica para a construção de uma fotonovela. Quanto ao enredo característico do gênero, alcança-se acontecimentos mais próximos do cotidiano no plano abstrato do público, ao qual podem ser acrescidos elementos ficcionais. Deve-se ter em vista, no entanto, a imprescindibilidade de que o ponto central da mensagem a ser transmitida seja contemplado. Em muitas fotonovelas, assim como nas histórias em quadrinhos, o desenvolvimento da narrativa guia o leitor a um ensinamento ou a uma lição moral, de forma pedagógica, ágil e de fácil captação. Para Certeau, em "A Escrita da História" (Forense-Universitária, 1982, p.271), trata-se de "uma poética do sentido (...) o discurso cria uma liberdade com relação ao tempo cotidiano, coletivo ou individual, mas constitui um não-lugar". O teor nostálgico, por sua vez, invoca na trama educativa um sentido hagiográfico, em que o bem supera o mal (JOANILHO; JOANILHO, Ibid.), apresentando um equilíbrio emocional no ambiente conflituoso, aspecto que muito se procurou explorar em "Luísa, a Menina Invisível".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A criação de  Luísa, a Menina Invisível deu-se em meio à convergência de pretensões técnicas e elementos estéticos diversos que tangem narrativas pictóricas no campo das ciências humanas. É notável a influência do trabalho de Quino sobre algumas das escolhas plásticas feitas ao longo da elaboração do produto. Seja pela aparição recorrente do laço vermelho e do globo terrestre na composição dos quadros, sejam pelas reflexões agudas formuladas por um indômito intelecto infantil, não dificilmente o leitor se verá imerso em um  cosmos que em muito remete ao de Mafalda. As abordagens filosóficas aqui, no entanto, são diametralmente distintas, já que a fotonovela em questão foi tecida como uma alternativa à aura nominalista que permeia as produções artísticas e culturais hodiernas. O enredo foi elaborado e roteirizado ao longo de algumas horas de discussão com toda a equipe, sob as diretrizes do professor. Elaborou-se um storyboard simples, que orientou os alunos para, ao longo de uma tarde, capturarem as fotografias. Todas as imagens foram registradas no campus da Universidade Federal de Viçosa, sendo que os membros do próprio grupo atuaram como modelos. A câmera utilizada foi a Nikon D3200, trabalhando em conjunto com as lentes Nikon AF-S NIKKOR 18-55mm f/3.5-5.6G II e Nikon AF NIKKOR 50mm f/1.8D. Para a composição dos quadros e a pós-produção, o Adobe Photoshop foi utilizado largamente, tendo-se recorrido ao Adobe InDesign unicamente para a formatação do expediente e a exportação do arquivo final em PDF. A diagramação também foi feita no Photoshop, com a inserção dos textos e balões de fala e a criação de máscaras para cada quadro da fotonovela. Tal escolha se mostrou estratégica, já que essas máscaras funcionaram de modo análogo aos  frames do InDesign, permitindo a movimentação dos elementos dentro de um espaço delimitado, sem que se precisasse migrar de software. O principal desafio em produzir  Luísa, a Menina Invisível foi decerto inserir nas fotografias os objetos que interagem com a personagem ao longo da narrativa. O laço, a lata de  tinta invisível , o pincel, o guarda-chuva e outros foram fotografados em várias posições sobre um fundo verde, suspensos por fios de náilon ou segurados quando possível, de modo que pudesse ser aplicado o  chroma key . Frequentemente, foi preciso recorrer também a outras técnicas de recorte e mesmo de reconstituição de partes dos objetos fotografados, com a utilização das ferramentas de seleção, da caneta e do carimbo. Cada elemento passou ainda por uma correção de cor e de iluminação, o que garantiu maior realismo às composições. Além disso, os objetos incluídos, inclusive os balões de fala, se tornaram mais palpáveis e imersos em cada cena com a aplicação do  light wrapping , uma técnica de composição que mescla ao plano de fundo as bordas de um elemento já recortado. Esse processo, unido a todo o trabalho com luzes e sombras, fez com que o conteúdo ganhasse em profundidade e contraste, aspecto de grande relevância na delineação da dimensão psicológica reflexiva e um tanto quanto melancólica a que a narrativa se propõe. Nesse sentido, a graduação de cor foi também de grande valia. Optou-se por curvas mais voltadas para cores quentes, sobretudo o laranja e o rosa, na intenção de despertar no leitor afeições ligadas tanto à delicadeza, à inocência e à imaginação, de um lado, quanto à impulsividade, à energia e à ação, de outro, aspectos marcantes na personalidade de Luísa. Aliadas à aplicação de um filtro de  High Dynamic Range no plano de fundo de alguns quadros, as escolhas cromáticas aguçaram o tom pictórico, lúdico e fantástico pretendido.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>