ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00877</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;PET Rio: shockvertising como estratégia para a publicidade social</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Carlos Henrique dos Santos Trancoso (Universidade Federal Fluminense); Luiza da Silva Lima Rosas (Universidade Federal Fluminense); Luana Ellen de Sales Inocêncio (Universidade Federal Fluminense); Hugo Calazange da Motta Siqueira (Universidade Federal Fluminense); Mariah Giuliana Tavares de Souza (Universidade Federal Fluminense); Rayane dos Santos Anchieta (Universidade Federal Fluminense)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A seguinte pesquisa apresenta o projeto "PET Rio: shockvertising como estratégia para a publicidade social", tendo como produto um filme publicitário de 30 segundos voltado à veiculação no meio cinema, elaborado para o cliente Programa Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro (PET-RJ). O vídeo traz uma abordagem provocativa, que busca suscitar o debate sobre doação de órgãos em um segmento de público específico, fundamentado no conceito de shockvertising articulado à publicidade social como estratégia para sensibilizar a audiência através do impacto, levando-a à reflexão. Na experimentação audiovisual com elementos do design fílmico, sonoro e gráfico, o vídeo buscou uma inovação singular: a sincronia dos elementos de sonoplastia em interlocução à animação do lettering e iluminação do cenário e personagens, de modo a estabelecer certa atmosfera de suspense desde o início. O produto originou-se a partir do projeto final desenvolvido para a disciplina de Processos Criativos do curso de Comunicação Social  Publicidade e Propaganda da Universidade Federal Fluminense, orientado pela professora Luana Inocêncio. A partir dos estudos abordados pela disciplina e articulados à escolha do cliente PET-RJ, o projeto busca gerar awareness e interesse a respeito do ato da doação de órgãos, bem como sobre o Programa, criado em 2010 para facilitar os transplantes de órgãos, servindo de intermediário entre doações e possíveis receptores. Em apenas dois anos, o PET triplicou o número de doadores por milhão de pessoas no estado, registrando uma média de 14 doadores por milhão de pessoas, superior a nacional, de 11 por milhão de pessoas, transformando-se em uma referência internacional. Embora o Programa tenha registrado bons índices, ainda há um grande preconceito das famílias fluminenses sobre a ideia da doação dos órgãos da pessoa falecida. O fato ocorre principalmente porque além de ter que lidar com a perda inesperada do ente querido e os trâmites funerários, a família tem poucas horas para tomar a decisão, geralmente sem ter sido informada sobre o desejo de ser doador da pessoa que faleceu - quando quase metade das famílias de doadores não autoriza o procedimento (49% em 2018, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos). Mesmo o momento da decisão sendo delicado, as primeiras horas são cruciais para um maior aproveitamento de órgãos que possam ser doados e, no Brasil, apenas a família do paciente pode autorizar a doação de seus órgãos. Uma série de questões implicam essa alta taxa de rejeição e as principais são os tabus, desde os religiosos, aos culturais, os éticos e até aqueles provocados pela desinformação. Na narrativa aqui trabalhada, buscou-se sobrepor a relevância do ato da doação a esses tabus, trazendo uma consequência negativa como foco: a morte dos possíveis receptores dos órgãos a serem doados. Segundo Elin e Lapides (2006, p. 18), "o comercial de televisão é uma forma de arte, um gênero de filme, e um fenômeno de caráter sociocultural. Em síntese, é uma poderosa forma de comunicação". Nesse sentido, um dos principais objetivos dessa experimentação audiovisual é gerar incômodo no espectador a fim de fazê-lo se interessar o suficiente para refletir sobre a doação e possibilitar uma ruptura de preconceitos. Tem-se, assim, o filme publicitário como um instigante instrumento para colocar a mensagem exposta em veiculação de uma forma prática, simples e precisa, desde que essa seja exibida no meio correto e de grande acesso e interesse do público-alvo. Ainda, a produção desse trabalho permitiu a experimentação e a inovação no uso das linguagens audiovisuais, bem como todos os seus processos de criação, produção, interpretação e técnica, à luz dos alicerces teóricos que fundamentaram e nortearam seus métodos, de modo que o filme cumprisse as suas funções enquanto peça publicitária.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto final proposto pela professora consistiu no desenvolvimento de campanhas, de modo a estimular o interesse e a atenção dos alunos para a inovação nos modos de fazer a publicidade social. A atividade buscou explorar as possibilidades do conceito criativo em narrativas publicitárias e argumentações visuais, experimentando suas linguagens nos variados suportes, desde produção de conteúdo para as redes sociais, passando por intervenções urbanas e culminando na produção de um filme publicitário de 30 segundos. O projeto tem como objetivo acadêmico, assim, realizar o diálogo entre os conhecimentos teóricos da comunicação publicitária e sua aplicação em estudos empíricos, buscando a inovação nos processos de criação, captação e edição, a partir da apropriação criativa das especificidades de cada meio. Assim, o processo de idealização do filme iniciou-se a partir da análise do briefing, na etapa de realização de um brainstorm, onde diversas ideias iniciais foram reunidas para serem refinadas. Após uma densa pesquisa e análise de diversas referências de campanhas produzidas tanto no Brasil quanto no exterior (como Estados Unidos, França e Vietnã) incentivando a doação de órgãos, afinamos nossa linha criativa e abordagem, definindo a tônica de todo projeto. Nos orientamos, portanto, na direção da linguagem peculiar do shocking advertising, ou shockvertising, o conteúdo que "busca surpreender uma audiência através da violação deliberada de normas sociais" (DAHL; FRANKENBERGER; MANCHANDA, 2003, p. 269, tradução nossa). Esta linguagem é explorada "particularmente em anúncios de cunho social", uma vez que "possui a habilidade de se destacar no meio, ser percebida, e conquistar a atenção das pessoas". Ainda segundo o briefing, nosso público-alvo era, primariamente, o masculino, abrangendo homens entre 18 e 40 anos, moradores dos grandes centros urbanos  uma vez que este perfil corresponde às principais vítimas de óbitos inesperados, causados a partir de questões como violência urbana e acidentes de trânsito, aumentando, assim, as chances de outros órgãos ainda terem condições de serem doados. Seguindo as ponderações de Martins (2004, p. 202), "a comunicação audiovisual é todo o meio de comunicação que se utiliza de componentes visuais  signos, imagens, desenhos ou gráficos  e elementos sonoros  voz, música, ruídos ou efeitos  de forma conjunta em sua configuração expressiva: assim como a comunicação é uma das ferramentas de vendas e marketing, o audiovisual é uma das ferramentas da comunicação. Sua grande virtude é o maior envolvimento sensorial que traz ao espectador". Nesse contexto, observa-se as possibilidades múltiplas oferecidas pelo meio de veiculação cinema (em que a produção publicitária audiovisual é exibida antes ou após dos trailers). As exibidoras que alugam esses espaços de mídia destacam que o escuro da sala de cinema possibilita um ambiente diferenciado para inserção publicitária, posto que o espectador tem a atenção quase que exclusivamente concentrada à tela, devido à expectativa para o início do filme em cartaz, privilegiando o conteúdo ali exibido. Além do momento de lazer em si proporcionar um pré-disposição ao aceite do conteúdo, esse tipo de ativação de mídia encontra ainda outro grande aliado, que é a possibilidade de hipersegmentação do público-alvo a partir da escolha de produções específicas, seja pelo próprio título ou pelo gênero (comédia, ação, fantasia, etc)  sendo, portanto, um meio adequado para a estratégia deste projeto. A partir disso, começamos a planejar qual seria a melhor maneira de atingir nosso público, concluindo que a forma mais efetiva de abordá-lo com a linguagem desejada seria veiculando o anúncio publicitário no início de sessões de cinema, antes de filmes de ação com classificação indicativa, uma vez que esses são eventos audiovisuais (portanto de melhor veiculação de nosso produto) de maior interesse do target.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante a fase de captação do vídeo, nos estúdios audiovisuais do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, foi utilizada a câmera DSLR Canon 750D. Toda a iluminação foi pensada para traduzir o suspense que trazíamos à peça. Para isto, utilizou-se uma variação do método de iluminação de três pontos, com apenas duas fontes, excluindo a luz principal e trazendo um destaque maior ao delineado gerado pela contraluz, e à luz de preenchimento, que clareia sutilmente o rosto das personagens. Em seguida, procuramos o tom correto para a locução do vídeo. A voz masculina e jovem foi escolhida para conversar com o público-alvo e seu tom mais profundo foi definido para se alinhar ao clima tenso. A gravação da locução em off foi realizada dentro do estúdio de rádio da própria universidade. Posteriormente foi trabalhada a mixagem de som, de modo a adaptar os elementos da sonoplastia harmoniosamente, sincronizado ao vídeo no software de edição. Na fase de pós-produção do filme publicitário, levamos o material apurado na captação para iniciar a sua edição junto aos elementos de design visual das cartelas. A direção de arte do vídeo foi orientada pela cor simbólica associada às campanhas de doação de órgãos, o verde, e pela atmosfera do vídeo, por isso o preto. Essas cores são percebidas a todo momento: no cenário, nos objetos de cena, nas roupas das personagens, e nas palavras que surgem no vídeo. A escolha da tipografia nos letterings simula o teor orgânico da escrita de máquinas de datilografia, com seus rústicos efeitos  falhados . Esse efeito de ruídos e desgaste da imagem é desdobrado também nos efeitos de edição, se inspirando brevemente na estética glitch art, um movimento artístico que adota no vídeo digital, através das ferramentas de edição de imagens, particularidades e distorções em imagens típicos de gravações analógicas. Foram utilizados os softwares Adobe Premiere Pro CC 2019, para a montagem das cenas, e Adobe After Effects CC 2019, para a criação das cartelas e dos letterings. Segundo Barreto (2004, p. 100),  se os olhos são as janelas da alma, os ouvidos são as portas que levam a ela. O som, além da vibração de moléculas do ar, traz consigo imagens e palavras que remetem a lembranças, desejos, traumas, conquistas e valores guardados no íntimo mais íntimo de cada um . E é neste momento que o filme traz uma inovação singular: a sincronia dos elementos de sonoplastia (ruídos sonoros) em interlocução à interpretação dos atores e ao texto que se desenvolve na tela. Os efeitos sonoros foram selecionados cautelosamente, desde os passos das personagens, aos sons do obturador da câmera, ao som das grades da prisão. Cada um foi pensado de maneira a agregar ao suspense proposto no roteiro. As cartelas de assinatura e o lettering, ao final, são curtos e sincronizados à locução, seguindo as orientações de Barreto (2004, p. 92),  de preferência, faça letterings curtos. O tempo é curto, o ritmo pode ser intenso, há a imagem e o áudio, o espectador não pode confundir-se. É por meio de lettering que entram, em quase todos os comerciais, a assinatura ou a mensagem do filme . Assim, todo o filme foi pensado e construído para abranger duas etapas importantes da propaganda: a comunicação e persuasão, onde iremos despertar a atenção do público para fazê-lo buscar mais informações, atingindo nosso objetivo. REFERÊNCIAS BARRETO, T. Vende-se em 30 segundos: manual do roteiro para filme publicitário. SP: Senac, 2004. ELIN, L; LAPIDES, A. O comercial de televisão: planejamento e produção. SP: Bossa Nova, 2006. MARTINS, Z. Propaganda é isto aí!: Um guia para novos anunciantes e futuros publicitários. SP: Atlas, 2004. DAHL, Darren W.; FRANKENBERGER, Kristina D.; MANCHANDA, Rajesh V. Does It Pay to Shock? Reactions to Shocking and Nonshocking Advertising Content among University Students. Journal of Advertising Research, Cambridge University Press, vol. 43, p. 268-280, Setembro, 2003.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>