ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01022</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;#AssimÉAssédio: o karaokê como mídia alternativa para o marketing de guerrilha</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Bárbara Gabriela Leal de Souza Pinheiro (Universidade Federal Fluminense); Renan Marques Sanches (Universidade Federal Fluminense); Júlia Corrêa Cardoso (Universidade Federal Fluminense); Henrique Dias Amorim (Universidade Federal Fluminense); Luana Ellen de Sales Inocêncio (Universidade Federal Fluminense)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O assédio sexual é uma questão grave. No Brasil, 42% das mulheres afirmam já terem sido vítimas. Acreditamos veemente na importância da publicidade como mecanismo precursor e catalisador do diálogo para, através da reflexão, tentar uma diminuição dos casos. Tendo isso posto, definimos que essa seria a temática do nosso trabalho de conclusão da disciplina de Direção de Arte ministrada pela professora Luana Inocêncio no curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda na Universidade Federal Fluminense. Desenvolvemos um cartaz de cunho social feminista, tendo como pontos fortes tanto a parte estética quanto estratégica. Como direcionamento, tivemos como cliente a Think Olga, ONG feminista criada em 2013, com o objetivo de empoderar mulheres por meio da informação. O projeto da ONG é um hub de conteúdo que aborda temas importantes para o público feminino de forma acessível. Usualmente, as campanhas desenvolvidas pela ONG Think Olga são destinadas às mulheres. No entanto, tendo em vista que o assédio é estatisticamente mais praticado pelos homens, decidimos que, pontualmente, nessa campanha a estratégia deveria ser desenhada de modo a atingir primeiro o público masculino. Assim, entendemos que, deveríamos cumprir o objetivo de levar informação para as vítimas, porém centrar nosso foco em causar reflexão no possível agressor. Dessa forma, estabelecemos como desafio repetir o sucesso de campanhas anteriores realizadas pela cliente. Porém sob uma abordagem oposta, direcionada para o gênero masculino e não para as mulheres. Assumimos que a quebra de expectativa seria nossa principal estratégia. A fim de garantir a efetividade do cartaz, precisaríamos entender como seria a recepção do público masculino ao viés feminista. É sabido que há um distanciamento do público masculino com relação ao movimento feminista. Não é incomum o comportamento de desprezar o que remete ao feminismo sob gritos de  mimimi . Acreditamos que, ao deixar transparecer no primeiro contato que se trata de uma abordagem feminista, haveria evasão justamente do público que visamos alcançar. Portanto, para evitar que houvesse um rechaçamento das peças antes mesmo de cumprirem seu papel, escolhemos nos distanciar dos elementos que poderiam caracterizar em primeira mão uma campanha feminista. Nossa intenção é fazer com que primeiramente o público masculino se envolva com a peça, se identifique, e só então tenha a quebra de expectativa, o confronto. Para tanto, optamos por uma abordagem lúdica e levemente divergente das campanhas feministas tradicionais. Tanto na questão tática, quanto na questão textual e estética. Como meio de seduzir o espectador usamos músicas com passagens de assédio sexual. Após ter o espectador entretido, entramos com a correção do trecho. Optamos por utilizar músicas conhecidas, que já fazem parte do imaginário do público, dessa forma, atingimos também o objetivo de mostrar na prática como o assédio está enraizado no cotidiano. Por fim, unidas todas as linhas, atingimos os objetivos de conceituar, identificar e pontuar a infeliz popularização do assédio através da quebra de expectativa. Consideramos que a peça cumpre com o que se propõe e somos gratos pela oportunidade de realização do trabalho. Acreditamos que o projeto foi de grande importância não só por possibilitar o experimentalismo e pôr em prática os conhecimentos teóricos da comunicação visual, mas principalmente por nos possibilitar explorar formas de fazer da publicidade um mecanismo de mudança social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Ao iniciarmos o desenvolvimento do projeto o primeiro passo foi conhecer o trabalho da ONG Think Olga. A partir dele, identificamos que a ONG era uma das mais populares relacionadas a temática feminista no Brasil. Entre seus projetos, vale ressaltar o Mapa Chega de Fiufiu, que traz o mapa do Brasil marcado com casos de assédio registrado por mulheres de todo o país e a hashtag Primeiro Assédio, uma das que mais rendeu mobilização nas redes. Em seu portfólio a Think Olga traz mais de 10 projetos dos mais variados assuntos: política, esporte, jornalismo, inspiração, assédio, direitos. Percebemos que haveria espaço para chegar na temática feminista caminhando através de outro viés, que pudesse ser mais chamativo a um público mais evasivo. O viés escolhido foi a música. Nesse ponto, iniciamos o trabalho de pesquisa mais denso. Procuramos por músicas conhecidas, que pudessem ser facilmente reconhecidas e que contivessem trechos problemáticos, relacionados ao assédio sexual. A pesquisa teve como ponto limitante se restringir ao assédio sexual. Pois durante a procura, foram encontradas músicas que tocavam em outros pontos relacionados ao machismo, como a violência domésticas e a pedofilia. No entanto, acordamos que ao utilizar essas passagens, não estaríamos conceituando especificamente o Assédio Sexual, um dos grandes objetivos da campanha. Ainda que essas problemáticas necessitem de visibilidade, acreditamos, sob os olhos dessa campanha, ser mais seguro levar a informação objetiva para não causar um ruído na comunicação, não gerar dúvidas acerca da definição pura de assédio. Outro ponto de restrição foi o comum acordo de utilizar diversos gêneros musicais, mas excluir o funk. Entendemos que por ser um estilo estereotipado e marginalizado, estaríamos fazendo um desserviço ao apontar o funk como exemplo de assédio. Pois sob o disfarce do preconceito, o funk é um dos poucos gêneros musicais em que se é problematizado a questão das letras. Por isso, acreditamos que seria positivo mostrar que em outros ritmos isso é comum e inclusive banalizado. Expostas as devidas restrições, procuramos por referências. Encontramos o site do projeto Música Popular Machista Brasileira, de onde pudemos coletar material que foi posteriormente filtrado. Tendo esse ponto de partida, também procuramos músicas relacionadas no Youtube. Com o material em mãos, desenhamos uma estratégia. Apesar de considerarmos a temática séria e grave, decidimos usar uma linha alternativa. Adotamos como tática nos comunicar com o espectador com uma abordagem descontraída, falando a mesma linguagem do espectador em questão, para, capturada a atenção, fazer o confronto. Outra linha estratégica foi usar a hashtag #AssimÉAssédio como assinatura da campanha. Devido a visibilidade da ONG, julgamos que assinar com o logo Think Olga faria com que o espectador reconhecesse o objetivo final da campanha antes mesmo de ser envolvido por ela, seguindo o fluxo contrário àquele desenhado como estratégia de campanha. Em vez disso, optamos por usar um QR code direcionando para o site da ONG, assim ainda haveria uma identificação do cliente. Como assinatura, o uso da hashtag #AssimÉAssédio cumpre a função de conceituar o assédio, tocando em cheio o objetivo da campanha. Além disso, a hashtag serve não só para unir todas as peças da campanha dentro de uma mesma série, mas também aumentar o poder de viralização, repetindo o sucesso de hashtags como #PrimeiroAssédio, #MeuAmigoSecreto e #Agoraéquesãoelas. Optamos por desenvolver um cartaz pois acreditamos ser uma peça essencial e muitas vezes desvalorizada pelos diretores de arte, como apontado por Newton César em A Direção de Arte na Propaganda, por considerarem ultrapassado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Gavin Ambrose e Paul Harris (2011) lembram que o cartaz foi o primeiro meio publicita&#769;rio. Passaram por um denso processo de evolução: antes eram manuscritos, passaram a ser tipogra&#769;ficos em preto e branco na prensa, posteriormente coloridos com ilustração e mais recentemente com imagens fotográficas e ilustradas. Nos permitindo hoje explorar com liberdade e fluidez esses recursos. O cartaz produzido traz a música de  Melô do Tchan , do grupo É o tchan. A intenção foi trazer uma música conhecida que sempre esteve na boca dos brasileiros, mas que até então não havia sido questionada. Assim estimulamos a reflexão acerca do reconhecimento de que a narrativa da música é assédio e a naturalização desse, já que a música foi lançada em 1995 e continua sendo cantada sem problematização. Nos atentamos também a priorizar na peça o uso de um gênero que não fosse o funk, que já é tão estereotipado e marginalizado na sociedade. Ainda assim, pudemos escolher um ritmo alegre, e tivesse a característica de ser  chiclete , sendo mais atrativa ao espectador. O trecho problemático posto em questão foi  Tudo que é perfeito a gente pega pelo braço. , que valida o comportamento violento além de ignorar a questão do consentimento. Nos preocupamos também com a fonte utilizada no trecho da música, optando por um design mais clean para ser legível mesmo à distância. Assim, fazemos a intervenção:  Não é não! Se ela não quer, deixe-a em paz , passando uma mensagem clara e objetiva de correção. Dessa vez, utilizando uma fonte com aspecto manuscrito, no intuito de tornar a manifestação ainda mais clara. Segundo César, por estar estar normalmente exposto em locais de grande circulação pública, o cartaz deve ser chamativo, deixando imagens em destaque e até fazendo uso de cores mais chamativas para fisgar a atenção dos transeuntes. Nessa perspectiva, dentro da paleta de cores escolhida - que já tem um aspecto saturado e vívido - optamos por utilizar o verde limão como plano de fundo, o que torna o cartaz mais chamativo, também aplicamos texturas a fim de dar um melhor aspecto visual e acabamento à peça. Já o verde-água foi utilizado no balão de fundo para contrastar bem com o branco do trecho e torná-lo ainda mais visível, facilitando a leitura. Utilizamos a imagem de uma mulher negra para salientar a pluralidade do projeto e reforçar sua intenção de ser o mais inclusivo possível: Todas as mulheres merecem respeito, independentemente de sua idade, cor, orientação sexual, etc. Ainda sobre a compreensão do pensamento de César, optamos por utilizar o roxo da paleta nesse elemento para que ele não se mesclasse ao fundo e para que ficasse claro seu destaque junto aos demais itens da composição. Além disso, por estar em evidência, a imagem tem o poder de ser visível a distância e, juntos a combinação de elementos, cores e tipografia da peça, despertar a curiosidade do leitor. Na intervenção, utilizamos elementos visuais que remetem a riscos de giz na cor coral na intenção de fugir das cores de fundo e deixar o aspecto de intromissão ainda mais evidente. Esses elementos foram feitos do Adobe Illustrator e exportados como Objeto Inteligente de vetor para serem utilizados no Adobe Photoshop, em integração com o resto da peça. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMBROSE, G; HARRIS, P. Fundamentos do design criativo. São Paulo: Bookman, 2012. CESAR, N. Direção de arte em propaganda. Brasília: Senac, 2015. FARINA, M. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Blusher, 2011. LUPTON, E; PHILLIPS, J. Novos fundamentos do design. São Paulo: Cosac Naify, 2014.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>