XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE


INSCRIÇÃO:	01075

CATEGORIA:	JO

MODALIDADE:	JO02

TÍTULO:	Projeto de assessoria de imprensa: mapa de gestão digital para assessoria de imprensa e influenciadora digitais

AUTORES:	Yasmin Vargas Brandão (Faesa Centro Universitário); Mirella Bravo de Souza Bonella (Faesa Centro Universitário)

PALAVRAS-CHAVE:	, , , ,

RESUMO
Este projeto prático é resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso realizado no curso de Jornalismo do Centro Universitário Faesa. Diante de mudanças estruturais na sociedade, consequentes da internet e das plataformas virtuais, buscou-se colocar o tema tão recente em contraste com a atuação de profissionais tradicionais no mercado de comunicação, os assessores de imprensa, considerados por Gaudêncio Torquato, no livro Tratado de comunicação organizacional e política (Pioneira Thomson Learning, 2002) como os responsáveis por zelar a imagem de uma empresa ao efetuar a sua comunicação externa. Isso foi feito em um contexto no qual a relevância da internet aumenta exponencialmente, tornando-a parte indissociável da atual sociedade e dos relacionamentos que acontecem nesta esfera. No Brasil, os dados chamam atenção, uma vez que indicam que o País é o terceiro que passa mais tempo online, cerca de 9 horas por dia. Os países que lideram o ranking são a Tailândia e as Filipinas, respectivamente. Quanto à proporção da população conectada, o Catar e os Estados Unidos se destacam. Neles, 99% dos cidadãos marcam presença no mundo virtual. Os dados são referentes a uma pesquisa dos serviços online Hootsuite e We Are Social, realizada em 2018. Neste contexto, as redes sociais ascendem e transformam o modo em que as pessoas se relacionam no qual se agrupam conforme os interesses em comum, o que resulta nas comunidades virtuais, objeto de estudo de autores como Pierre Lévy, no livro Cibercultura (Editora 34, 2001). Tendo isso em mente, foi definido como objeto desse projeto o impacto da atividade dos influenciadores digitais no trabalho do assessor de imprensa e como esse profissional deverá se reposicionar para a divulgação de mensagens do cliente frente aos avanços das redes sociais. O projeto buscou definir um mapa de gestão digital que possibilitasse maior eficácia no relacionamento entre a assessoria de imprensa e influenciadores digitais no momento em que vislumbra organizar os tipos de influenciadores de acordo com objetivos de comunicação presentes no trabalho do assessor de imprensa. Assim, o trabalho se propõe a contribuir para um assunto recente no mercado de comunicação, ainda sem uma sistematização convencionada quanto ao relacionamento com os influenciadores digitais. Além disso, a ideia é que o projeto seja um ponto de partida para pesquisas mais aprofundadas a respeito do reposicionamento da assessoria de imprensa diante de uma mídia cada vez mais convergente e presente no mundo virtual. Isso foi executado levando em consideração autores como Raquel Recuero, no livro Redes sociais na internet (Meridional, 2009), referência nos estudos sobre as redes sociais, apontando seus olhares para aspectos como a construção identitária realizada nesses meios e como esse fator altera os relacionamentos que acontecem no meio digital. Este trabalho também foi fundamentado em estudos realizados pelo site YouPix (2017) que determinou classificações possíveis para influenciadores digitais, utilizados como base para a construção de um mapa de gestão digital para o relacionamento entre esses atores sociais e a assessoria de imprensa.

INTRODUÇÃO
Para a formulação de um mapa de gestão digital, buscou-se entender o impacto da atividade dos influenciadores digitais no trabalho do assessor de imprensa e como esse profissional deverá se reposicionar para a divulgação de mensagens do cliente frente aos avanços das redes sociais. Para flano de tal, no artigo Influenciadores digitais: conceitos e práticas em discussão (2017), Isaaf Karhawi define esses agentes como como atores sociais que interferem no consumo e nos assuntos em alta na sociedade, além de serem decisivos em questões ligadas ao estilo de vida de uma pessoa. Por sua vez, o assessor de imprensa é classificado por Jorge Duarte, no livro Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e técnica (Atlas, 2016), como um profissional que cuida da comunicação de uma organização ao gerenciar o fluxo de informações que é transmitido para o público-alvo. Partindo desse objetivo, notou-se a necessidade de promover uma pesquisa que fosse ao mesmo tempo descritiva e explicativa. A descritiva foi importante no momento em que ela, de acordo com Antônio Carlos Gil, no livro Como elaborar projetos de pesquisa (Atlas, 2017), descreve o objeto de estudo e busca entender quais as relações que acontecem a partir dele. Já a pesquisa explicativa foi uma ferramenta para compreender como esses processos acontecem na realidade, aprofundando os estudos em cima de cada uma. A revisão bibliográfica e a pesquisa documental, por sua vez, foram base para o estudo acerca da representatividade do influenciador digital enquanto ator social, analisar a influência das novas mídias na comunicação social, em principal no Jornalismo e compreender os processos de atuação da assessoria de imprensa. Classificada por Jorge Pedro Sousa, em Elementos de teoria e pesquisa das comunicações dos media (Letras Contemporâneas, 2006), como um conjunto de recursos que possam ser utilizados para melhor compreensão prática de um tema, a pesquisa documental também foi parte metodológica deste trabalho no momento em que ajudou na melhor compreensão dos processos de atuação da assessoria de imprensa e apontar estratégias de relacionamento entre esses profissionais e os influenciadores. Por fim, a pesquisa qualitativa também foi importante neste trabalho ao ser de acordo com Antônio Carlos Gil, no livro Como elaborar projetos de pesquisa (Atlas, 2017), a metodologia que parte do princípio interpretativa em que o objeto é visto como resultado de uma construção social.

OBJETIVO
A construção de um mapa de gestão digital só foi possível com após a realização de pesquisa de profundidade em que a autora coletou depoimentos de assessores de imprensa e influenciadores digitais. O procedimento foi efetuado a partir de entrevistas semiabertas orientadas por um questionário com 12 perguntas feitas especificamente para cada grupo entrevistado. Esse tipo de entrevista foi priorizado já que, de acordo com Jorge Duarte, no livro Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação (Atlas, 2005), ela confere maior fluidez à conversa, permitindo que cada entrevistado exprima os pontos que considerem mais importantes. Nesse momento, buscou-se entender quais critérios eram utilizados pelos assessores de imprensa ao se relacionarem com influenciadores digitais ao mesmo modo em que se propôs a entender qual a percepção dos influenciadores sobre a forma em que esse relacionamento foi construído. A escolha dos entrevistados, principalmente no que diz aos influenciadores digitais, levou em consideração a classificação dada pelo site YouPix (2017), que agrupou esses profissionais de acordo com três critérios: o alcance, o engajamento e a relevância de cada um. O primeiro contato foi feito por meio do sistema de mensagens “direct” do próprio Instagram e, em seguida, com prévio consentimento a entrevista se encaminhou para o envio dos questionários por meio do e-mail ou WhatsApp dos influenciadores, plataformas utilizadas por eles para retornar as informações solicitadas. Após a análise dos dados coletados, a autora partiu para a construção do mapa de gestão digital, dividido em três grandes quadros, levando em consideração os três critérios utilizados na classificação do YouPix (2017). Assim, buscou-se aliar cada critério com um objetivo da assessoria de imprensa, mostrando, dessa forma, quais classificações de influenciadores digitais que melhor se aplicam em ações de acordo com suas finalidades. Dessa forma, espera-se que o mapa criado oriente assessores de imprensa durante a prática de relacionamento com influenciadores digitais, que ainda não possui uma sistematização aplicada.

JUSTIFICATIVA


MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS


DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO


CONSIDERAÇÕES


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS

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