ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01149</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Beni e o Zepelim</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Tainah França de Carvalho (Centro universitário Newton Paiva); Lamounier Lucas Pereira Junior (Centro Universitário Newton Paiva ); Patrick César Costa Nascimento (Centro Universitário Newton Paiva); Rafaela Souza Sampaio (Centro Universitário Newton Paiva ); Gabriel Meirelles dos Santos (Centro Universitário Newton Paiva); Victor Angelo Antunes Menezes (Centro Universitário Newton Paiva)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este relatório é uma descrição sobre a fotonovela criada no segundo semestre de 2018 por alunos do 4º período da disciplina de Textualidades Alternativas do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Newton Paiva, orientados pelo professor Lamounier Lucas. Durante o semestre foram discutidas em sala questões como a importância da linguagem visual, bem como do discurso artístico e de atributos como o humor, incorporados em produtos variados como as charges e outros suportes midiáticos presentes no contexto do mundo moderno. A ideia era desenvolver habilidade instrumental por meio da produção de estruturas comunicacionais que contivessem textualidades alternativas. Foi solicitado que cada grupo trabalhasse os fatores semânticos e pragmáticos do discurso no desenvolvimento de um produto. O grupo decidiu produzir uma fotonovela, utilizando a estrutura do espaço audiovisual da instituição (NewHub), para atender à demanda. O trabalho   O incrível caso de Beni e o Zepelim  , é uma adaptação da música dramática de Chico Buarque  Geni e o Zepelim , uma das canções mais divulgadas e de maior sucesso da peça Ópera do Malandro (1978). A canção original fez sucesso ao ser lançada na rádio um ano mais tarde. Isso se deve por sua crítica à hipocrisia e ao poder, em plena ditadura militar no Brasil. Paula e Figueiredo (2010) afirmam no artigo Geni, A Maria Madalena de Chico Buarque: Aclamações e Apedrejamentos na Canção e no Mundo, Ontem e Hoje, na página 4, que Geni é uma travesti que, a princípio humilhada, se torna a heroína injustiçada do enredo. O refrão da canção revela o preconceito e a hipocrisia da cidade com a heroína prostituída, apedrejada como Maria Madalena. A canção "Geni" perpassou o crivo da censura na época do período militar, apesar da crítica velada ao governo e à sociedade brasileira de 64. A música revela a discriminação hipócrita da sociedade, que clama e aclama Geni ao precisar de seus serviços, mas sem estar em suas mãos a apedreja. A escolha pelo tema surgiu devido à observação de fenômenos sociopolíticos da sociedade, trazendo um contexto atual para um tema relevante, como abordado em O Globo (2018), pela a Jornalista Louise Queiroga, na matéria   Brasil segue no primeiro lugar do ranking de assassinatos de transexuais  , em novembro de 2018. No entanto, tal construção foi abordada em uma composição mais lúdica e leve, por meio de uma fotonovela, desconstruindo a aspereza do assunto, sem esvaziar seu tom crítico e irônico. A adaptação teve como cunho principal retratar a estória de Beni, criatura que se destacava em meio à multidão por ser peculiar. Porém, por estar fora dos padrões sociais, sofreu uma vida de humilhações. Apesar de toda repressão, o ponto alto da história é observar a crescente da personagem e como os fatores externos influenciaram o desenvolvimento do roteiro e a construção visual da fotonovela, destacando a todo o momento a visão de mundo da criatura. A fotonovela, escolhida para retratar a estória, iniciou na década de 40 na Itália, exercendo forte influência nas primeiras publicações realizadas em meados dos anos 50 no Brasil. O acesso restrito de um público geral ao cinema e a limitada difusão da televisão se tornaram fatores importantes para o surgimento e sucesso da fotonovela. Segundo Joanilho e Joanilho (2008), no artigo  Sombras literárias: a fotonovela e a produção cultural (Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 28, nº 56, p. 529-548) a fotonovela tornou-se independente do cinema, se caracterizando por suas intrigas sentimentais. Sendo assim, a fotografia é utilizada como suporte midiático nos meios de comunicação de massa, pela assimilação e retenção da informação que uma imagem promove no campo emocional, e por isso, possui um recurso importante na absorção de um conteúdo. Devido à força que ela tem de transmitir ideias ou conceitos, a imagem se torna elemento essencial, reforçando a intenção da mensagem e ampliando sua permanência na mente humana. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a construção do produto, o grupo optou por estabelecer um momento histórico como ponto inicial de embasamento. Os alunos foram divididos em duplas/trios para a pesquisa de referências e a partir do brainstorm desenvolver o trabalho, com foco em retratar períodos de repressão, relacionado a resistência das minorias. Compreendendo a Ditadura Militar no Brasil em 1964 como período que se enquadra nos requisitos propostos, foi realizada o ensaio da abordagem do produto, com isso, cria-se uma estória fictícia, com o intuito de entreter sem perder a identidade da Fotonovela, mas, trazendo um novo aspecto informativo. A intenção de utilizar elementos que não sejam reais, de acordo com a proposta de fantasia, atemporalidade e linguagem de época, elaborando um contexto de indefinição para o receptor da mensagem. Referências presentes na linguagem e discurso de Machado de Assis em Dom Casmurro (1899), que narra a história de forma acrônica e com vocabulário rebuscado e traça um paralelo entre passado e presente; com termos e construções sintáticas de época. As referências exageradas e construções visuais desconcertantes mesclam entre pós-modernismo, naturalismo e bucolismo. Além disso, a criação perpassa por artistas plásticos, músicas, influencers digitais, clipes e telenovelas. Como referência de construção fantasiosa a Telenovela  Meu Pedacinho de Chão (2014), da Rede Globo de Televisão, roteirizada por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Para a criação dos personagens, uma pesquisa qualitativa foi gerada, em busca de detalhes e características pessoais, construída através da idade, histórico familiar e personalidade de cada personagem; que são estereótipos idealistas dos sete pecados capitais  fazendo uma analogia a hipocrisia presente na sociedade contemporânea. O casting foi realizado levando em consideração particularidades reais que se assemelham das características dos personagens, para que dentro do contexto de fotografia estática, houvesse identificação e a produção transmitisse autenticidade, levando em consideração a falta de recursos disponíveis, de modo a instigar a comoção. A partir do uso da emoção, em ferramentas visuais, é possível aumentar o nível de convencimento levando o público a   comprar  a ideia proposta. No caso de   O incrível caso de Beni e o Zepelim  , a função primordial não se trata apenas de   vender  uma ideia, mas informar de maneira lúdica os efeitos colaterais, do indivíduo vitimado em uma sociedade preconceituosa. Deste modo, a fotonovela  O incrível caso de Beni e o Zepelim buscam um contraste com o subgênero do produto, já que não tem como objetivo abordar uma relação pura e simples tal como os enredos de fotonovelas de sucesso, mas gerar reflexões no leitor a partir do trato de assuntos considerados tabus, como a transexualidade, prostituição e padrões sociais. Pois, como na música de Buarque, segundo Diego Frank Marques Cavalcante, em Os signos de  Geni e o Zepelim  como metáfora política: uma análise semiótica da crise política brasileira de 2016, (2016, p. 7),  Há uma discussão sobre a identidade de gênero de Geni; para alguns é uma mulher prostituída, para outros um travesti, esse fato se dá porque, na construção da música, não há nenhum momento em que Geni é citada como uma travesti . Há a preconcepção de que o cenário lúdico é infantil, como enfatizam Veronica Juliana Cordeiro Bernardino e Guilherme Moreira Fernandes em Um Estudo De Recepção: A Relação Direta Entre Zelão E Os Momentos Da Narrativa Em  Meu Pedacinho De Chão (2015, p.2),  devido a esta nova forma de se comunicar utilizada pela novela, através da linguagem estética, muitas pessoas acreditavam que a temática abordada em  Meu Pedacinho de Chão seria infantil, já que o cenário colorido indicava se tratar de algo lúdico. Entretanto, ao longo da narrativa várias propostas foram expostas, inclusive a educativa direcionada a todos os públicos . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O incrível caso de Beni e o Zepelim é uma fotonovela desenvolvida em etapas, desde a criação do roteiro até a confecção do figurino. A primeira preocupação foi com a construção dos personagens, que orientou a produção das fotos e escolha dos equipamentos utilizados para captação das imagens, uma câmera Canon T5i, Canon T3 e Canon T6, com uma iluminação natural e refletores direcionados. Outro ponto que foi levado em consideração foi o uso da semiótica na construção visual e textual. As lentes teleobjetivas usadas foram três Canon EF 50mm f/1.8. As imagens foram feitas a partir de dois fotógrafos sempre em ângulos diferentes, segurando as câmeras na mão. Outro ponto que foi levado em consideração foi o uso da semiótica na construção visual e textual. O cenário foi produzido, majoritariamente, na pós-produção, idealizado a partir da novela Meu Pedacinho de Chão, dirigida por Luiz Fernando Carvalho no ano de 2014. Beni é uma personagem forte que entendeu o significado da frase citada em Sense8, seriado disponível no serviço de streaming Netflix, no episódio 9, da 1º temporada:  A verdadeira violência é aquela que fazemos contra nós mesmos quando temos medo de ser quem realmente somos . Apesar de todas as mudanças em sua vida, sua personalidade fica evidente na forma de se vestir e de se posicionar perante a sociedade, tornando-se um verdadeiro ato político. Suas escolhas trajais eram mais do que uma ação estética, tinham o intuito de contar visualmente (à primeira vista) a história dela como indivíduo. Os personagens secundários são representações estereotipadas dos pecados capitais e da imoralidade humana. Assim, em meio a tanta impureza e discriminação, se torna clara a alusão à hipocrisia e ao falso moralismo social. Com isso, tem-se a referência bíblica do encontro entre Jesus e a mulher adúltera, onde Ele usa a emblemática frase:  Quem não tem pecado que atire a primeira pedra .  O incrível caso de Bení e o Zepelim se destaca ao se preocupar em ter um roteiro sólido e informativo, baseando-se no pós-modernismo como fundamento produtivo. Outra inspiração que contribuiu para a construção da narrativa parte do uso das personificações dos sete pecados capitais, além do que é retratado nas cenas da música de Chico Buarque. Assim, as personagens se relacionam de maneira a deixar claro como são dependentes uns dos outros e como certas relações são tóxicas e abusivas dentro do contexto que estavam inseridos. O uso de ferramentas visuais foi indispensável para que o leitor consiga notar o contraste entre essas partes da história. Referências textuais também foram importantes no desenvolvimento do roteiro. O figurino de cada ator busca evidenciar a personalidade dos personagens. As trigêmeas, por exemplo, fazem uso de roupas produzidas a partir de papel celofane, buscando fazer um paralelo com a superficialidade do trio e inexistência de regras no mundo imaginário idealizado onde se passa a trama, a cidade de São Tomaquinho, neologismo escolhido em função de São Tomás de Aquino, o precursor da doutrina dos sete pecados capitais. As locações onde foram realizadas parte das fotos foram: a Praça da Liberdade, conjunto arquitetônico e paisagístico localizado na região central de Belo Horizonte  MG, e um dos estúdios cedidos pelo o Centro Universitário. Recursos como Croma Key foram essenciais para a finalização das peças na pós-produção. A verba orçamentária era baixa, justificando o investimento na pós-produção. Por isso, os efeitos especiais, assim como a diagramação, foram realizados nos programas do Pacote Adobe. O suspense foi utilizado como estratégia de desfecho e a estória teria sido dividida em duas outras partes. O produto final é o fechamento da história, mas tendo a preocupação de contextualizar o leitor. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>