ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01332</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Lar de Nós  vidas entrelaçadas</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Raíra Saloméa Nascimento (Universidade Federal de Viçosa); Mariana Ramalho Procópio (Universidade Federal de Viçosa)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro-reportagem "Lar de Nós  Vidas Entrelaçadas" é parte do projeto experimental homônimo apresentado como trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). O projeto, iniciado no primeiro semestre de 2017 e concluído no segundo semestre de 2018, reúne relatos biográficos de 15 pessoas, entre elas 11 jovens e adolescentes que moram ou moraram em instituições de acolhimento da minha cidade natal, Nanuque, localizada no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Os relatos estão organizados em 13 perfis biográficos e abordam o abandono familiar, situações de violência, adoção, entre outros temas que retratam a vida em abrigo. A experiência do jornalismo também está presente na narrativa com os meus relatos como autora. O livro e o memorial produzidos no projeto trazem informações e dados coletados sobre o sistema de abrigamento e adoção no país. Segundo o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas, em 2018, 47.564 crianças e adolescentes viviam em instituições de acolhimento. Destas, 9.181 estavam disponíveis para adoção numa lista com 44.783 candidatos a pais, segundo o Cadastro Nacional de Adoção (2018). Os entraves para esta conta irresoluta vão desde os longos processos de destituição familiar até o perfil exigido por quem adota para os futuros filhos, temas discutidos em minúcia neste livro-reportagem. O que acontece com esses 81% de crianças e adolescentes que não estão disponíveis para adoção? E com os que passam a vida toda no cadastro e não são adotadas? É a esses e outros questionamentos que nos debruçamos a responder conhecendo alguns desses adolescentes e jovens neste projeto. A partir dos relatos biográficos desses personagens, produzimos o livro-reportagem "Lar de Nós  Vidas Entrelaçadas" a fim de visibilizar, numa abordagem mais humanizada, as circunstâncias da criança, adolescente e jovem abrigados e ampliar discussões sobre adoção na sociedade brasileira. A população residente em instituições representa um grupo étnico, social e econômico historicamente marginalizado e vulnerável. Para construção deste livro-reportagem foram escolhidos relatos polifônicos, representando diversos grupos, entre eles o negro, a criança vítima de violência, a de baixa renda, o menor infrator, a mãe-solo, entre outros. O pouco espaço que essa discussão tem nos meios midiáticos e até populares denota o quão profundo são os estigmas presentes neste assunto. Considerando o dever social do jornalismo de humanizar realidades tratadas apenas numericamente, este livro-reportagem utiliza a subjetividade do jornalismo literário e a narrativa da escrita biográfica para proporcionar um espaço sensível e valorativo às histórias silenciadas e silenciosas destes personagens reais. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na etapa de pré-produção, iniciada em 2017, foram realizadas as primeiras pesquisas acerca do marco teórico, que se estenderam até o final de 2018, e as primeiras visitas à instituição. É importante esclarecer que apenas uma das instituições acolhia, naquele momento, menores a partir dos 12 anos, que eram o foco do projeto. Apesar disso, os relatos biográficos descrevem histórias ocorridas em mais de uma instituição. Utilizando a metodologia de pesquisa participante, as visitas diárias proporcionaram a aproximação com os adolescentes e servidores e a possibilidade de conhecer melhor a dinâmica da instituição e as relações entre seus membros. Nenhuma entrevista foi realizada neste momento. Nas primeiras conversas informais, pude observar características de cada personalidade e estabelecer os primeiros laços de confiança. Era preciso conhecer mais sobre o presente antes de imergir sobre o passado dos adolescentes e jovens. Ainda nesta etapa de pré-produção foi retomado o contato com alguns dos ex-moradores de uma das instituições de acolhimento. Na etapa de produção, em 2018, foram iniciadas as entrevistas. No mês de janeiro foram realizadas 11 entrevistas, sete delas na instituição e quatro com ex-moradores. Em fevereiro, mais 4 entrevistas foram feitas, além de visitas ao abrigo. O método utilizado para as entrevistas foi o do tipo aberta, não-estruturada, com questão central e abordagem em profundidade. Esse método permite intensidade nas respostas e a valorização da vivência e da interpretação da experiência pelo entrevistado. Foi utilizado gravador de voz do smartphone Moto G2 e anotações em diário de bordo. Ao todo 14 pessoas foram entrevistadas (o décimo quinto relato biográfico foi construído a partir das memórias dos entrevistados do tempo de convivência com um jovem abrigado, morto cerca de um ano antes das entrevistas) em diferentes locações, desde áreas de tráfico de drogas, cômodos do abrigo e a minha casa. As fontes foram orientadas a escolher local, dia e horário que melhor preferissem. As entrevistas foram iniciadas com uma pergunta abrangente, estimulando o relato livre e franco. A lembrança é o principal elemento dos relatos coletados neste livro-reportagem. Mais do que os próprios acontecimentos, os relatos tratam das representações do que aconteceu, da reconstrução e ressignificação das experiências. A densidade dos assuntos relatados, como violência sexual, drogas, e prostituição, bem como o receio dos adolescentes de serem expostos, foram algumas das adversidades enfrentadas nas entrevistas. Para compreender o cenário da adoção e dos abrigos foram coletados e analisados dados do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente  Conanda, do Estatuto da Criança e do Adolescente  ECA, do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas, do Cadastro Nacional de Adoção, da Corregedoria Nacional de Justiça e da Constituição Federal. No campo teórico acadêmico, no memorial que acompanha o livro-reportagem, foram discutidas as marcas do jornalista na sua produção, a reportagem como narrativa humanizada, as características da literatura no jornalismo, a narrativa e as classificações de livro-reportagem e os elementos da escrita biográfica. Abordou-se ainda a discussão sobre algumas práticas equivocadas comumente associadas à escrita biográfica, na tentativa de compreendê-las para evita-las neste produto, como: a verdade absoluta do biografado; a obrigatória linearidade cronológica das histórias de vida; a omissão do processo criativo do biógrafo; o determinismo da descendência do biografado; o fatalismo das histórias e a atribuição do tom heroico à vida dos personagens. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As 11 horas de entrevistas gravadas em áudio foram transcritas integralmente em agosto de 2018. Os relatos foram organizados como perfis humanizados. No processo de escrita foi utilizada a narrativa em primeira pessoa, uma vez que os perfis mesclam as histórias de vida dos adolescentes e as minhas percepções na relação interposta. Foram priorizados os momentos da retirada da família, da chegada ao abrigo, das adoções e saídas, além de fatos marcantes nos relatos. Os diálogos são descritos em todos os perfis e, em alguns momentos, são reproduzidos ipsis litteris em trechos entre aspas ou em formato de pergunta e resposta ao longo do texto. Para o prefácio foi escolhido dialogar com o leitor e apresentar a proposta do livro-reportagem. O último perfil, sobre a vida de J*, uma fonte desconhecida, funciona como o epílogo do livro-reportagem, por se tratar de uma história de vida que, infelizmente, foi encerrada e que perpassa os relatos de várias outras fontes do livro. Todas as identidades foram preservadas com nomes fictícios ou siglas. Foram escolhidos objetos ou outros elementos que marcaram os relatos, a situação de diálogo ou que foram representativos dos momentos de entrevista e visitas para ilustrar os perfis, a capa e demais capítulos do livro-reportagem. Em outubro as 20 ilustrações foram feitas pela artista Débora Médice, em lápis e caneta preta, sem preenchimento. O projeto gráfico do livro-reportagem foi elaborado pela editora Letícia Santana Gomes, também natural da cidade de Nanuque. Seguindo a identidade que motiva o livro - casa, lar, intimidade e histórias que se cruzam - foi desenvolvida a ideia de colcha de retalhos para a capa e contornos de texto utilizando Adobe InDesign CC 2018 e os tipos Aller Light e Learning Curve. As informações extras, como dados oficiais, foram organizadas em boxes nas bordas das páginas do livro, conectados ao texto por trechos ou palavras destacadas. Após revisões, o livro-reportagem foi apresentado em novembro de 2018 para banca avaliadora. O produto final é impresso, atualmente, pelo Clube de Autores, plataforma online de autopublicação, com as seguintes especificações: capa 4x0 cores em couchê fosco 250g; miolo com 72 páginas, 14x21cm, 1 cor em Pólen Soft 80g; brochura com orelha; com as seções sinopse (primeira orelha), agradecimentos, epígrafe, prefácio, 12 perfis e um perfil epílogo, lista de obras consultadas, informações sobre as autoras do livro, das ilustrações e do projeto gráfico (segunda orelha) e relato pessoal do autor (quarta capa). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>