ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00013</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Escolha o amor</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Andrei Possato (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Arnaldo Telles Ferreira (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Ana Luiza dos Santos Justi (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Saimon Vasconcellos Guedes (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Francieli Menda da Silva Bueno dos Santos (Universidade do Oeste de Santa Catarina)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Escolha o amor, Filme Publicitário, Preconceito, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho se refere ao processo de criação e produção do filme publicitário  Escolha o Amor , criado pelos acadêmicos da 6a fase do curso de Comunicação Social  Habilitação em Publicidade e Propaganda. O vídeo foi realizado na disciplina de Produção Publicitária em TV, na Unoesc/Joaçaba, sob orientação do professor, no segundo semestre de 2016. O objetivo é conscientizar o público acerca do preconceito, enfatizando, por meio de experiências reais, os malefícios que causa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No curso de Publicidade e Propaganda da Universidade do Oeste de Santa Catarina, a Unoesc, os acadêmicos da 6ª Fase cursam Produção Publicitária em TV. Nesta disciplina, o professor orienta os alunos acerca dos assuntos teóricos e práticos do mundo da produção audiovisual. Assim como em todas as disciplinas do curso, o professor utiliza metodologia ativa, ou seja, coloca seus alunos em situações práticas, que envolvem o aluno no processo de aprendizagem e trazem para a universidade experiência de mercado. No que diz respeito ao trabalho, o intuito era criar e produzir um filme publicitário. Partindo desse pressuposto, os alunos foram divididos em grupos, constituíram uma empresa, e cada um dos alunos ficou responsável por uma função dentro da produtora audiovisual. É a empresa responsável por todos os aspectos técnicos referentes à realização do filme, tais como: a construção de cenários, a contratação de atores, as locações, a disponibilidade dos equipamentos e materiais necessários, a filmagem propriamente dita, o acabamento, o fornecimento de cópias etc. (GAGE; MEYER, 1991, p.19) O tema escolhido para a produção foi o preconceito. Acredita-se que temos necessidade de discutir mais sobre o assunto, pois infelizmente no Brasil ainda há muitos casos de preconceito. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De acordo com Barreto (2004), a primeira etapa do roteiro publicitário é feita antes de escrevê-lo, analisando e entendendo do que se trata o briefing. Ele é um dos elementos que traça limites para o roteirista, apresenta algumas ideias que devem constar no filme a ser produzido, delimita o tempo. Neste sentido, os membros do grupo concluíram que por se tratar de um assunto que envolve muitas pessoas, o ideal a se fazer era trazer depoimentos sobre casos reais de preconceito. Partindo deste viés, foi determinado que o vídeo fosse testemunhal e de cunho emocional. Para Sant Anna (2009, p. 168):  A chave desse tipo de comercial é usar pessoas normais, que transmitem sinceridade ao falar do produto . Por se tratar de um vídeo emocional, o ideal é divulgá-lo na internet podendo então conter um tempo de duração mais longo. No filme publicitário, o objetivo foi estava direcionado para a venda de um determinado produto  mencionando preços, prazos, pontos de venda e etc. - e sim para conscientizar o público acerca do preconceito e incentivar a não prática do mesmo, enfatizando, por meio de experiências reais os malefícios que causa na vida das pessoas. Para realizar o objetivo foi necessário causar sentimento de empatia entre o público e o vídeo e por isso foi necessário uma produção com dois minutos de duração. Por essa razão, o vídeo traz depoimentos intercalados com pontos de identificação. Segundo Barreto (2004, p. 64): E, para conquistar a atenção do público, ao construir o roteiro você deve moldar a ideia de um modo criativo ideal para que ela desperte o interesse do espectador. (...) Por isso, existem os pontos de identificação, ocasiões em que o autor se vale de recursos para movimentar a história, devolvendo ao espectador o interesse e a vontade de envolver-se. São aqueles períodos em que o público vai decidir se vale a pena continuar dedicando sua atenção à trama ou não. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De acordo com o Relatório de Violência Homofóbica no Brasil (2013) realizado pelo Governo Federal em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos, 77,1% dos casos de discriminação no Brasil são por conta da orientação sexual, o que faz com que, atualmente, os olhos da sociedade estejam mais voltados para este tipo de questão que vem sendo discutida. O racismo, em contrapartida, ainda vem sendo tratado como um problema social pouco relevante perante a sociedade. Poucas são as estatísticas oficiais que comprovam o quanto este tipo de preconceito ainda está enraizado no cotidiano, o que torna a situação ainda mais preocupante. Neste sentido, é cada vez mais necessário que se façam campanhas de conscientização que abordem o problema de forma séria e gerem grande impacto. O grupo optou por trabalhar com um método de elucidação da mensagem que trabalhasse com vítimas reais de preconceito, compartilhando suas vivências e sem um roteiro específico. Isto teve como objetivo criar um sentimento de identificação entre emissor e receptor da mensagem. De acordo com Nascimento (2015, p. 15): A discriminação das pessoas em função de suas diferenças é uma realidade. Em vez de respeitar a diferença como um dos valores de maior prestigia para a humanidade, muitas pessoas consideram o modelo que adotam como melhor e superior aos demais. Atribuem características negativas a determinados padrões de diversidade e significados sociais negativos às pessoas e aos grupos que os detêm. Os significados sociais negativos atribuídos a essas características são utilizados para justificar o tratamento desigual. Essas pessoas tem muita dificuldade em conviver democrática e respeitosamente com a diversidade e de reconhecer que quem é diferente tem os mesmos direitos e deveres, na vida pessoal e em coletividade. Situações como essas podem ocorrer em relação à orientação sexual, religião, identidade de gênero, raça, cor de pele ou etnia, condição física, estilo de vida ou outra situação. Por essas razões, o vídeo, centrado em depoimentos, envolve emoções a fim de auxiliar no processo de conscientização sobre casos reais de preconceito e os efeitos que causa na vida cotidiana das pessoas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após a concepção do briefing, a equipe responsável pela realização do vídeo se debruçou sobre o tema a fim de alcançar o objetivo de produzir um vídeo relevante dando a atenção necessária que essa discussão merece. Após pesquisa de referências, chegou-se à conclusão de que o ideal seria seguir um roteiro livre, possibilitando que pessoas expusessem seus relatos. Neste sentido, o enfoque foi para pessoas reais contando suas histórias sobre situações de preconceito vivenciadas. A partir da ideia inicial, o roteiro técnico foi escrito. Segundo Barreto (2004, p. 22): O roteiro publicitário é a organização das ideias do criador, a representação do cenário de um sonho, feito para vender um produto. Tecnicamente, é um texto sintético, baseado no argumento, de cenas, sequencias, diálogos e indicações técnicas de um filme. O roteiro dá as diretrizes técnicas necessárias para a gravação: mudanças de câmera, iluminação, cores de fundo, entre outros. Por se tratar de um filme publicitário com fatos verídicos, a criação de um roteiro literal não foi necessária, pois o intuito era transparecer naturalidade. Para contar uma história, o apelo emocional traz sensação de proximidade entre o espectador e o vídeo, causando surpresa. Ainda, segundo Barreto (2004, p. 61)  A surpresa e o impacto provocam reações no organismo: aguçam sentidos, dilatam a pupila, provocam descargas de adrenalina, mexem com a razão e com a emoção. Com o roteiro pronto e aprovado, iniciou-se a próxima etapa do projeto: o casting dos participantes e as gravações. A escolha foi feita por meio da percepção do ambiente acadêmico no qual o grupo está inserido. Percebeu-se que havia muitos casos de preconceito e, por critério de proximidade, optou-se por chamar duas mulheres com experiências de vida semelhantes. Depois de recrutadas as participantes, iniciou-se o processo da gravação. O plano de gravação escolhido foi o plano próximo, que segundo Gage e Meyer (1991, p.79)  Enquadra a figura humana da metade do tórax pra cima, constituindo-se num plano bastante útil. Ainda acerca da fotografia do vídeo, dois tipos de cena foram trabalhadas. A primeira, nomeada como principal, traz as participantes de frente para a câmera 1, uma Nikon D7000. A segunda, também uma Nikon D7000, nomeada como secundária, traz as participantes de perfil e olhando para a câmera 1 enquanto a câmera 2 faz a captura das imagens. Essa, em sua captação deixa a iluminação à mostra para transmitir ar de naturalidade e transparecer que o vídeo está se passando em um estúdio. A iluminação das duas cenas correspondeu a dois spots com luz direta nas participantes, deixando-as em destaque enquanto o fundo foi inexplorado. Figura 1: Frame do vídeo  Câmera 1. Figura 2: Frame do vídeo  Câmera 2. De acordo com Artis (2011, p. 102): A iluminação pode ser uma ferramenta poderosa em uma narrativa documental. Ela determina o sentimento, o estilo e a aparência do seu filme tanto quanto, se não mais, sua cenografia e trilha sonora. Um dos principais segredos para filmar vídeo de aparência profissional com qualquer orçamento, qualquer câmera e em qualquer momento é entender e se esforçar para dominar a arte da iluminação. Neste sentido, a iluminação tem papel decisivo para determinar o sentimento que o vídeo repassa ao espectador e, se for bem explorada, é capaz de trazer muitos benefícios para a produção. Para expressar seriedade e comprometimento com o assunto tratado no vídeo, a paleta de cores adotada foi a seguinte: branco, cinza e preto. As cores neutras nos trazem a sensação de seriedade. Figura 3: Paleta de cores. A paleta de cores utilizada tem como objetivo buscar e prender a atenção do espectador, captando sua emoção, a fim de que assista ao vídeo até o final e se emocione. Segundo Farina (1975, p.83),  devido às suas qualidades intrínsecas, a cor tem a capacidade de captar rapidamente e sob um domínio emotivo a atenção do consumidor . Quanto ao figurino das participantes do vídeo, optou-se por utilizar roupas casuais para transmitir naturalidade e veracidade aos depoimentos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A captação das imagens sucedeu-se nos estúdios da Universidade que dispõe de todo o aparato técnico que a equipe necessitava para a produção, como câmeras, luzes, microfones, cenário e etc. A não utilização de locações externas foi uma decisão do grupo visto que o custo da produção necessitava ser zero, a locomoção dos equipamentos e equipe seria difícil e ainda, o tempo hábil para a produção era reduzido. Logo após a captação das imagens ser finalizada, iniciamos a etapa da pós-produção. Nela estão inclusos os processos de edição e inclusão de trilhas sonoras e a finalização. Para a edição das cenas, cortes, inclusão de textos e trilha sonora, o software Premiere da Adobe foi utilizado. O programa possui ferramentas eficazes para o estilo de edição desejado. Posteriormente, a trilha sonora foi escolhida. A equipe buscou muitas referencias para mais esta etapa do processo e a necessidade percebida era de uma trilha emotiva, forte e que trouxesse sentido ao vídeo e ainda, que fosse apenas instrumental. De acordo com Michael Rabiger (2007), certos tipos de música contribuem para o filme publicitário indicando a textura, ou seja, o sentido e o andamento que o vídeo terá. E, para cumprir esta promessa, a música, Days are longer, do artista Silent Partner foi a escolhida. É uma trilha que traz violino e piano que agregam valor emocional para a produção. A trilha auxilia na transmissão da mensagem. Deste modo, os caminhos concebidos na criação e roteirização do filme foram realizados e os objetivos da produção alcançados. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Na sociedade, assuntos como o preconceito  proposto para o vídeo - são discutidos raramente nas pautas diárias. Por isso, acredita-se que uma produção audiovisual envolvendo essa questão é uma necessidade. A ascensão das mídias sociais contribui significativamente para discussões sobre assuntos de cunho social e diante disto, cabe aos anunciantes investirem mais neste tipo de plataforma. Entre os motivos mais pertinentes está o baixo custo, o grande alcance e o engajamento das mídias. Algo que se busca muito nos novos formatos de publicidade é a humanização. Utilizando essa estratégia, as marcas não têm mais a necessidade de exibir sua marca em todos os momentos do vídeo. Nesse conceito de humanização, a marca conta uma história e, por fim, apenas nos últimos segundos do vídeo é o momento em que a marca aparece e deixa na mente do consumidor uma visão mais positiva a respeito do vídeo e da organização por trás dele. Consideramos que, por meio da sinceridade e veracidade das pessoas participantes e da bagagem emocional que suas histórias carregam, o objetivo do vídeo foi alcançado. A intenção era traduzir de modo simples como as experiências traumáticas que a vítima do preconceito vive pode trazer insegurança, medo e ainda perder a esperança na humanidade. Contar para o mundo o que essas pessoas vivem no cotidiano, pode contribuir para a diminuição dos casos de preconceito. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ARTIS, Anthony Q. Silêncio: filmando! Um guia para documentários com qualquer orçamento, qualquer câmera e a qualquer hora. São Paulo: Elsevier, 2011.<br><br>BARRETO, Tiago. Vende-se em 30 segundos: manual do roteiro para filme publicitário. São Paulo: SENAC, 2004.<br><br>GAGE, Leighton D; MEYER, Claudio. O filme publicitário. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Atlas, 1991.<br><br>MODESTO, Farina. Psicodinâmica das Cores em Publicidade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1975.<br><br>NASCIMENTO, Anderson Kleber. Ensaio Sobre O Preconceito. São Paulo: 2015. <br><br>Secretaria Especial de Diretos Humanos, LGBT, Dados Estatísticos. Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/lgbt/dados-estatisticos>. Acesso em: 13 mar 2017. <br><br> RABIGER, Michael. Direc&#807;a&#771;o de cinema. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. <br><br>SANT ANNA, Armando. Propaganda: Teoria, Técnica e Prática. São Paulo: Pioneira, 2002.<br><br> </td></tr></table></body></html>