ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00014</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Curta-Metragem Holofotes</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Alexsandro Bortolossi (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Adaiane Marinho de Melo (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Dianne Estefany da Silva (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Gabriela Ganzala (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Izabel Guadalupi Machado (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Larissa Cristina Cavali (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Mirelle Bellani Laurentino (Universidade do Oeste de Santa Catarina); Paulo Ricardo dos Santos (Universidade do Oeste de Santa Catarina)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Cinema, Ficção, Roteiro, Curta-Metragem, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este artigo refere-se ao processo de produção de um curta-metragem de ficção com roteiro desenvolvido na disciplina de Cinema do Curso de Comunicação Social -Publicidade e Propaganda da Unoesc no ano de 2016, por alunos da segunda fase. O audiovisual tem por objetivo conscientizar as pessoas sobre os males que o preconceito familiar e os julgamentos causam às pessoas. Holofotes é a história de um menino que desde criança esconde, por medo de seu pai, o amor que tem pelo ballet. A narrativa apresentada foi produzida a partir de estudos práticos e teóricos sobre cinema.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Curtas-metragens são obras audiovisuais cuja duração é igual ou inferior a 15 minutos. Rezende e Weinmann (2014), afirmam que são as imagens fotográficas em movimento, que se deslocam no espaço e no tempo, que constituem o cinema, e o que mais importa nesse processo é de como é contado o conteúdo na cinematografia. O curta-metragem "Holofotes" é produção de um trabalho realizado por acadêmicos na 2ª fase do Curso de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade do Oeste de Santa Catarina, na disciplina de Cinema. O nome dado à narrativa refere-se ao sonho de um menino que não quer buscar fama, dinheiro ou luz dos holofotes, mas sim os holofotes da liberdade e de sua escolha pelo ballet. A história roteirizada pelo grupo começa quando Igor, ainda criança, assiste aos ensaios de ballet e desenvolve admiração e amor pela arte. Preocupado com a reação de seu pai que deseja um filho jogador de futebol, encontra uma forma de ir ao teatro para assistir aos ensaios, sem que seus pais soubessem. Em pouco tempo ele começa a participar das aulas e torna-se um adolescente dançarino admirado por todos os colegas. Após um ensaio, o garoto, atrasado para voltar para casa antes que seu pai ficasse desconfiado, sai apressado do teatro e acaba atropelado enquanto tenta fechar a mochila e esconder suas sapatilhas. Quando seu pai fica sabendo do acidente vai até o local, se depara com as sapatilhas e acaba descobrindo que seu filho não jogava futebol; na verdade, dançava ballet. O pai, em estado choque, ajoelha-se próximo ao filho e começa a chorar. Uma lágrima cai de seu olho sobre o rosto do garoto que entra em coma profundo. Com o roteiro e decupagem finalizados, as equipes desempenharam suas funções para caracterizar a narrativa e dar sentido ao filme. Durante as aulas de Cinema e com orientação do professor, o curta-metragem foi gravado com o intuito de contar a história de um menino que desde criança sofria com o preconceito familiar. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo da elaboração do curta-metragem, além de colocar em prática as teorias e técnicas do cinema e vivenciar a experiência de uma produção profissional é mostrar que o preconceito causa sofrimentos às pessoas e, com isso, contribuir para a conscientização por parte do público. O curta-metragem tem roteiro próprio e se caracteriza por envolver toda a produção necessária do roteiro à edição para resultar em um trabalho de qualidade. O mesmo que foi desenvolvido na disciplina de cinema, é útil tanto para com a sociedade, quanto para os acadêmicos e sua formação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O cinema é uma das fontes de comunicação mais eficazes para divulgar algo e, por essa razão, é um meio de comunicação que contribui nos processos de conscientização de vários temas, entre eles, o preconceito. Eisentein (2002, p. 13) ressalta que "O cinema, a mais avançada das artes, deve estar em posição mais avançada nesta luta. Que ele indique aos povos o caminho da solidariedade e da unanimidade no qual devemos nos mover." Já Goldestein (1983, p. 50) define o preconceito como "um julgamento negativo dos membros de uma raça ou religião, dos ocupantes de qualquer outro papel social significativo, uma avaliação não válida de um grupo ou de seus membros, ou ainda uma atitude ou sentimento que predispõe o indivíduo a atuar, pensar e sentir de modo desfavorável sobre outra pessoa ou objeto". Levando isso em consideração, o tema do curta-metragem foi escolhido com o intuito de atingir o público, e demonstrar que o preconceito, um fenômeno social, deve ser levado a sério e discutido. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho, fundamentado nas principais teorias do Cinema, teve como base as etapas de uma produção cinematográfica: pré-produção, produção e pós-produção. Na parte da pré-produção, desenvolvimento do roteiro, foram estudados e organizados os conceitos principais para escrever o storyline e o roteiro final. Para a construção do enredo foi utilizado um gráfico que serve como referência para a realização de roteiros de filmes: Gráfico 1  Construção de enredo no cinema Fonte: SANTOS (2012, p. 104) O autor do gráfico, Santos (2012, p. 105) enfatiza que a maioria dos filmes são compostos pelo enredo principal e enredos secundários, os quais podem aparecer no meio e acabar antes do final do curta ou longa-metragem, mas são atrativos enquanto a história se desenvolve. Ainda explica que os plot points são momentos em que os principais personagens sofrem algum tipo de complicação para que o expectador tenha interesse pelo filme. O primeiro plot point, é onde surge o problema da trama que, dependendo do curta ou longa metragem, pode ter 3 ou mais. O último plot point envolve a resolução do problema e encaminha a trama para seu final, de forma rápida. Com o processo já definido foi realizado o storyline que conta a história com começo, meio e fim. Feito isso, o passo seguinte foi realizar a construção do roteiro americano e a decupagem de cenas, quando é definida a visão de filmagem do roteiro e a indicação de planos, sequências e cortes. Rodrigues (2007) explica que a decupagem é um diagrama representando os planos que, incluindo movimento de câmera e o ângulo definido pela lente, formam a base do roteiro para otimizar trabalho no momento da filmagem. Na escolha dos atores, o casting realizou entrevistas e testes nos laboratórios do curso para melhor adaptação dos papéis aos figurantes. Artis (2011, p. 11) aponta que "Um personagem cativante pode realmente representar o sucesso de um projeto", e por isso a seleção dos atores para os papéis foram bailarinos do Estúdio de Dança Teatro Alfredo Sigwalt, que é referência em dança profissional. O mesmo teatro foi escolhido pela equipe de locação para gravação das cenas internas e externas, além de outras locações como uma casa, na cidade de Joaçaba-SC. Ainda na etapa de pré-produção, os integrantes do grupo realizaram as funções de Diretor, assistentes de direção, diretor de fotografia, diretor de arte, cenógrafo, produtores de objetos, figurino, cabelo e maquiagem, locador, sonoplasta, diretor de produção e casting. Na segunda etapa, a equipe de produção realizou as gravações das cenas. Musburger (2008, p. 44) explica que "A produção nada mais é do que o processo físico de transformar o conceito original do autor em um projeto completo que pode ser gravado, distribuído e arquivado." Com as cenas decupadas, o grupo realizou as gravações das cenas externas em duas noites e uma tarde porque precisava ser no período matutino e em dia chuvoso. Em todas as cenas a equipe se dividiu para que o processo ocorresse da melhor forma possível. Foi utilizada apenas uma câmera Nikon D610 nas gravações, com uso das lentes: 28mm, 50mm e 70-300mm, com o apoio de luzes artificiais em algumas cenas noturnas, equipamentos como o travelling, e captação de áudio através de boom. No primeiro dia foram realizadas as gravações de 4 cenas internas no Teatro Alfredo Sigwalt: duas cenas do personagem principal ainda criança e mais 2 cenas já adolescente para otimizar o tempo dos atores e da equipe de produção. No segundo dia de filmagem a equipe realizou as gravações de 2 cenas internas na casa que foi locada, localizada em frente à Universidade. Já no terceiro dia de gravações foram capturadas 9 cenas em 3 ambientes: Cenas externas no Teatro, cenas externas na casa e a cena principal, que exigiu maior atenção da equipe por tratar-se de uma cena de atropelamento em um ambiente de chuva, em que toda a emoção deveria ser vivenciada. Gravadas todas as cenas, passamos para a etapa de pós-produção que envolveu o princípio da montagem e da mixagem de áudio. O escritor de cinema, Eisenstein (2002, p. 29) afirma que: A força da montagem reside nisto, no fato de incluir no processo criativo a razão e o sentimento do espectador. O espectador é compelido a passar pela mesma estrada criativa trilhada pelo autor para criar a imagem. O espectador não apenas vê os elementos representados na obra terminada, mas também experimenta o processo dinâmico do surgimento e reunião da imagem, exatamente como foi experimentado pelo autor. E este é, obviamente o maior grau possível de aproximação do objetivo de transmitir visualmente as percepções e intenções do autor em toda a sua plenitude, de transmiti-las com "a força de tangibilidade física", com a qual elas surgiram diante do autor em sua obra e em sua visão criativas. A edição foi realizada por técnicos do laboratório de vídeo do curso e pelo diretor e assistente de direção do curta-metragem, com uso do software Premiere. Na ilha de edição foram alteradas as trilhas que os bailarinos utilizaram na dança para utilizar o conceito da diegese. De acordo com Santos (2012, p. 104) "A partir das formações primárias do ser humano, podemos construir histórias diegeticamente por meio de imagens em movimentos. [...] temos que pensar formas de contar histórias que sejam atrativas e chamem a atenção do expectador". A diegese nada mais é que a história que acontece somente dentro do filme, fazendo com que o espectador leia imagens em um mundo ficcional. Para caracterizar que os anos passaram, quando o personagem principal ainda era criança, foi utilizado um filtro sépia, representado por cores mais escuras e por seu tom de envelhecimento. Segundo Eisenstein (2002, p. 61) "[...] a cor foi muito (e ainda é) usada para decidir a questão da correspondência pictórica e sonora, seja absoluta ou relativa  e como uma indicação de emoções humanas específicas". Após a finalização da edição do audiovisual, o responsável pelo material gráfico realizou a diagramação e manipulação das imagens para confecção do cartaz e materiais de divulgação através dos softwares Photoshop CS6 e Lightroom, além da criação da marca para ser utilizada na abertura do curta-metragem que teve como fonte Yerbaluisa, por se tratar de uma fonte decorativa, de fácil leitura. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho resultou em um curta de ficção de aproximadamente 5 minutos, intitulado "Holofotes", que foi concluído dois meses após o término das gravações, quando foram selecionadas as melhores cenas e cortes, além da edição de cores e a mixagem de áudio, realizados por editores do laboratório de vídeo do curso, pelo diretor e pelo assistente de direção. O roteiro é formado por 13 cenas. Conforme Eisenstein (2002, p. 129) a atenção vai se movimentar de acordo com a trajetória desejada pelo artista, que pode ser descrita por uma linha em movimento, ou por caminhos de tons graduados. Por isso, a maioria das cenas não são constituídas por diálogos, o que faz com que a narrativa tenha um quê misterioso. Na primeira cena há um menino que assiste encantado ao ensaio de ballet. Na sequência das cenas, ele chega até sua casa onde é interrogado por seu pai para saber se ele estava jogando futebol. Em outro momento, novamente o menino vai ao teatro escondido para assistir aos ensaios. Na sequência da história, dá-se a ideia do crescimento do principal personagem da trama, representado por meio de um plano detalhe na maçaneta da porta. Igor, já adolescente, encontra seu pai assistindo ao jornal e briga com ele após fazer uma piada sobre o futebol, quando se deu o primeiro plot point. Dando continuidade às cenas, o garoto vai até seu quarto, escuta a música dos ensaios e em um corte a cena torna-se o último ensaio antes de sua apresentação. Atrasado, troca os sapatos rapidamente e sai correndo do teatro com a mochila na mão. Nas cenas seguintes, a narrativa começa a ter um clima tenso, pois acontece o plot point 2 . Igor é atropelado por um carro que vinha em sua direção. Ele ficou estirado no chão devido ao impacto e suas coisas que estavam na mochila, espalhadas pelo chão. Apenas nas cenas finais é que seu pai descobre a paixão do filho pela dança, quando chega correndo após saber do acidente e se depara com as sapatilhas de ballet, fazendo com que ele chore. O principal momento é quando a lágrima de choro do pai cai lentamente atingindo a testa do garoto. Nesse momento Igor fecha os olhos e entra em coma. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O curta-metragem foi projetado e apresentado com a intenção de propagar uma história para mostrar como o preconceito pode impedir a realização de sonhos e causar sofrimento às pessoas. O projeto também contribuiu para a formação acadêmica dos alunos da 2ª fase de Publicidade e Propaganda da UNOESC, pois vivenciamos a relação teoria-prática, ampliando conhecimentos na disciplina e na área cinematográfica e profissional, tendo o roteiro e argumento escritos pelos acadêmicos. O grupo, como um todo, realizou as atividades com afinco e trabalhou para que cada um pudesse contribuir em todas as etapas do trabalho, sendo esta a razão essencial para o alcance do objetivo e do resultado final. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ARTIS, Anthony Q. Silêncio: Fimando!: um guia para documentários com qualquer orçamento, qualquer câmera e a qualquer hora. Tradução Marcos Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.<br><br>EISENSTEIN, Sergei. A forma do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.<br><br>EISENSTEIN, Sergei. O sentido do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.<br><br>GOLDSTEIN, J. Psicologia social. Rio de Janeiro: Guanabara, 1983.<br><br>MUSBURGER, Robert B. Roteiro para mídia eletrônica. Tradução Natalie Gerhardt. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.<br><br>REZENDE, Thiane; WEINMANN, Amadeu. O(s) tempo(s) na psicanálise e no cinema: o sentido baseado no só-depois. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-48912014000100008>. Acesso em: 05 mar. 2017.<br><br>RODRIGUES, Chris. O cinema e a produção. 3. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.<br><br>SANTOS, Paulo Ricardo dos. Processos midiáticos contemporâneos: diálogo entre teoria e práxis. Joaçaba, SC: Unoesc, 2012.<br><br> </td></tr></table></body></html>