ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00063</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Revista GAIA SM: um novo olhar sobre a adoção</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Márcia Zanin Feliciani (Universidade Federal de Santa Maria); Laura Valerio Sena (Universidade Federal de Santa Maria); Valéria Lago Luzardo (Universidade Federal de Santa Maria); Débora Flores Dalla Pozza (Universidade Federal de Santa Maria); Flavi Ferreira Lisboa Filho (Universidade Federal de Santa Maria); Liliane Dutra Brignol (Universidade Federal de Santa Maria); Sandra Dalcul Depexe (Universidade Federal de Santa Maria)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Adoção, Representação midiática, GAIA, Santa Maria, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Revista GAIA SM se trata de um projeto desenvolvido no âmbito das disciplinas de Comunicação e Cultura, Produção Editorial para Revistas e Planejamento e Produção Gráfica, do curso de Comunicação Social - Produção Editorial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com o Grupo de Apoio e Incentivo à Adoção (GAIA) da mesma cidade. Foram definidos os aspectos dos projetos editorial e gráfico e concebeu-se a primeira edição da publicação, com o objetivo de conferir ao tema da adoção um tratamento diferente do que é dado pela mídia tradicional  mais condizente com a realidade das famílias adotivas e, principalmente, das crianças e adolescentes que vivem em lares de passagem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A Revista GAIA SM, compreendida como uma publicação de associação e/ou entidade de acordo com a classificação de Ali (2009), resulta de um projeto desenvolvido por três acadêmicas do curso de Comunicação Social - Produção Editorial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em parceria com o Grupo de Apoio e Incentivo à Adoção (GAIA) de Santa Maria. A ideia surgiu a partir das propostas de trabalhos finais de três disciplinas: Produção Editorial para Revistas e Planejamento e Produção Gráfica, nas quais se propôs que cada grupo criasse os projetos editorial e gráfico de uma revista; e Comunicação e Cultura, em que, após a palestra de uma das participantes do GAIA, sugeriu-se que fossem criados produtos midiáticos voltados à temática adoção. Após ter a proposta aprovada tanto pelos professores quanto pelos membros do Grupo, passou-se a estabelecer os aspectos principais da revista - como nome, seções, conteúdo, etc. -, procurando estar sempre em consenso com os objetivos e valores do GAIA. Essa associação surgiu em janeiro de 2015 por iniciativa de pais e mães envolvidos com a causa da adoção, tornando-se um espaço de representatividade coletiva. Seus principais objetivos são incentivar a adoção legal (fornecendo informações e apoio aos pretendentes) e promover um debate efetivo sobre o tema, visando quebrar os preconceitos que o rondam  tanto com relação às famílias adotivas quanto aos jovens que vivem em casas de passagem e, principalmente, aos que saem delas após a maioridade e não têm muitas oportunidades de desenvolver-se profissionalmente. O conteúdo da revista, portanto, é voltado a diversos aspectos ligados à adoção  indo desde a divulgação das atividades promovidas pelo Grupo, passando por esclarecimentos a respeito dos aspectos jurídicos, psicológicos e sociais do processo até espaços de expressão para os jovens acolhidos em casas de passagem da cidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Dentre os principais objetivos da publicação, está a divulgação das atividades desenvolvidas pelo GAIA, que se dão, principalmente, junto aos lares de passagem e órgãos públicos da cidade. Assim, a entidade contaria com o material para distribuição nos diversos setores da sociedade santa-mariense, promovendo um debate mais profundo a respeito dos processos de adoção e encontrando possíveis apoiadores dentre o empresariado e o poder público. A obra também visa dar espaço de expressão aos jovens acolhidos e oferecer apoio e tirar dúvidas de possíveis adotantes, distinguindo-se pelo tratamento dado ao tema  que difere das mídias tradicionais por condizer mais com a realidade de quem vive ou espera viver a adoção. Para as acadêmicas, ainda, a publicação é interessante para pensar a comunicação por um viés mais social, de forma a auxiliar na transformação da imagem do tema e de uma minoria junto à sociedade em geral. Por fim, o material faz-se importante para divulgar as produções feitas no âmbito do curso de Comunicação Social  Produção Editorial, muitas vezes desconhecidas pelos santa-marienses.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Os trabalhos finais foram sugeridos isoladamente em cada uma das disciplinas. O grupo encontrava-se com dificuldades para decidir qual seria o tema de cada um dos projetos; aí, então, surgiu a ideia de uni-los em um mesmo trabalho e realizar uma produção caracterizada como transdisciplinar. Dessa forma, o trabalho das acadêmicas seria otimizado e, ao mesmo tempo, poder-se-ia dedicar mais tempo e cuidado à produção, já que a mesma seria desenvolvida dentro da carga horária de três disciplinas e com orientação de três docentes (além de uma mestranda em docência orientada). Partimos da premissa de que a realidade dos jovens acolhidos, assim como a de vários outros grupos sociais, é tratada de forma equivocada na mídia tradicional. Esta, segundo Freire Filho (2005, p. 23) "reduz toda a variedade de características de um povo, uma raça, um gênero, uma classe social ou um 'grupo desviante' a alguns poucos atributos essenciais". Além disso, ainda faz uso de estereótipos que "contêm julgamento e pressupostos tácitos ou explícitos a respeito de seu comportamento, sua visão de mundo ou sua história" (FREIRE FILHO, 2005, p. 22). No que se refere à adoção, percebemos que as histórias de vida apresentadas são, na maioria das vezes, as de superação, de jovens que são adotados e veem suas vidas melhorarem, depois da sofrida estadia nas casas de passagem. É ignorada a realidade dos jovens que lá permanecem aguardando por uma família, e principalmente a dos que, por não conseguirem uma e verem-se obrigados a deixar o lar na maioridade sem grande perspectiva de futuro, voltam-se para o mundo das drogas e do crime. Além da mídia, são vários os responsáveis pelo descaso com a situação desses jovens: um sistema judiciário ineficiente (que estende os processos por bem mais tempo do que o necessário), a preferência de boa parte dos adotantes por crianças recém-nascidas e brancas, os governos (que não prestam a devida assistência), e, claro, a sociedade em geral, que fecha os olhos para realidades como estas. Uma das dificuldades do GAIA com relação à conscientização dos santa-marienses era a ausência de material significativo para distribuição. A Revista apresenta-se como uma alternativa a essa situação, fornecendo ao Grupo uma opção com conteúdo meticulosamente apurado e de qualidade, que visa tratar o tema da forma mais correta possível. Esta foi proposta de maneira que não só informe o leitor sobre situações pouco comentadas pela mídia hegemônica, mas também proporcione um espaço onde os próprios jovens possam se expressar, contando a sua história sem que outro alguém altere ou remodele o discurso daquele indivíduo, já que, segundo Garret e Bell (1998, p. 3, apud CARMO, 2008, p. 17) (a) a mídia é uma fonte rica e acessível de dados para pesquisa e ensino; (b) o estilo dela influencia e representa o uso e as atitudes linguísticas de uma comunidade; e (c) o uso da mídia pode revelar muito sobre o significado social e os estereótipos projetados através da linguagem e da comunicação. Crê-se que, com iniciativas como essa, poder-se-á gerar nos cidadãos o que se chama de atitude adotiva: uma tomada de posição da sociedade em favor da cultura da adoção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A publicação surgiu como projeto de avaliação final das três disciplinas já citadas (Comunicação e Cultura, Produção Editorial para Revistas e Planejamento e Produção Gráfica). Contou-se com o auxílio de três professores e uma mestranda em docência orientada, que forneceram, no decorrer do semestre, a base teórica necessária para embasar o projeto. Na disciplina de Comunicação e Cultura, fez-se uma explanação detalhada a respeito dos conceitos de cultura e identidade  principalmente no que diz respeito às minorias e no trabalho da mídia no tratamento de determinados temas. Nesse contexto é que foi apresentada a realidade da adoção no Brasil por uma das participantes do GAIA. Já na disciplina de Produção Editorial para Revistas, estudaram-se as características, o histórico e as principais referências dessa categoria de publicações, além de compreender como se dá a construção do conteúdo e, principalmente, da identidade da obra, a qual é reconhecida e assimilada pelos leitores. Por fim, a disciplina de Planejamento e Produção Gráfica deu as noções necessárias para conceber os aspectos visuais da publicação. Aprendeu-se a utilização correta de cores, tipografia, espaçamento e distribuição do conteúdo, bem como a utilização dos programas de diagramação. Passadas as discussões teóricas, o espaço das aulas foi destinado à confecção dos produtos e orientação dos docentes. Justamente nessa fase, de extrema importância, houve um empecilho: os servidores da Universidade aderiram à paralisação das atividades. A continuidade da produção da obra ficou exclusivamente sob responsabilidade das acadêmicas. Nesse período que se estabeleceram os primeiros contatos com o GAIA e realizou-se a primeira reunião conjunta. Foi apresentada a forma inicial do projeto, e junto com algumas das participantes do Grupo o mesmo foi adaptado para melhor corresponder aos objetivos da associação. Foram definidos o título e as seções, assim como o conteúdo específico de cada uma delas. Ainda, nessa mesma reunião, estabeleceu-se quem seriam os produtores de conteúdo da primeira edição, e o contato com eles passou a ser efetuado. A divisão de tarefas dentro do grupo ficou definida da seguinte forma: os aspectos do projeto editorial, bem como o contato com o Grupo e com os convidados das seções, ficaram sob responsabilidade de Márcia e Laura; Valéria ficou encarregada da criação do layout. A revisão dos textos, assim como a revisão final do produto, foi feita de forma conjunta entre as três acadêmicas. O projeto foi disponibilizado em arquivo do Google Drive, onde a equipe pôde discutir e moldar o mesmo de maneira a melhorá-lo. O software utilizado para a diagramação foi o Adobe InDesign, tanto no âmbito do LAPPE (Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em Produção Editorial), disponibilizado na disciplina de Planejamento e Produção Gráfica, quanto sob responsabilidade da aluna encarregada pelo layout em horário extraclasse. Um dos impasses iniciais foi com relação ao número de páginas da revista: o objetivo na disciplina de Planejamento e Produção Gráfica era que a obra fosse impressa. Entretanto, isso dependia de orçamento via coordenação do curso, que era limitado; o número de páginas permitidos por grupo, portanto, era de 12. Inicialmente, limitou-se a publicação por esse número. Entretanto, dois problemas apresentaram-se no decorrer do processo: o primeiro foi que os responsáveis pela produção do conteúdo fizeram o envio do texto na data-limite para a impressão; o segundo, que o material apresentou-se bem mais extenso do que o planejado, necessitando-se o acréscimo de páginas, e, consequentemente, a revisão do layout já planejado. O número da edição finalizada foi de 18 páginas, número que, como se sabe, é inadequado para a impressão. Deixou-se a questão temporariamente em aberto, já que o GAIA dependia de apoio financeiro externo para a confecção das edições impressas. Inicialmente, a ideia era publicar a revista online, na plataforma Issuu; recentemente, entretanto, o Grupo conseguiu o financiamento necessário para a produção. A publicação receberá mais duas páginas, que consistem em uma nova seção a ser intitulada Nossa comarca. Quanto ao conteúdo das seções, foi construído de diferentes formas: nas matérias de Capa e Opinião, o texto foi escrito e enviado por magistrados de diferentes cidades do país; em ANGAAD, o texto foi de autoria da presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD), que, da mesma forma, fez o envio digital do texto. Em Depoimento e Expressão, o conteúdo construiu-se pelo contato direto das acadêmicas com os indivíduos em questão: o texto da primeira foi a transcrição de uma entrevista com uma jovem que experienciou a passagem em um dos lares da cidade; já o conteúdo da segunda, conseguiu-se através do contato com a equipe pedagógica do Lar de Mírian e Mãe Celita (uma das casas de acolhimento de Santa Maria), que aplicou uma atividade de sugestão das acadêmicas com alguns de seus acolhidos. As duas seções restantes, Editorial e Iniciativas, por fim, tiveram seus textos escritos por uma das acadêmicas e por uma das participantes do GAIA. Conforme os textos foram sendo recebidos, as acadêmicas dividiram-se para revisá-los e adaptá-los ao tamanho correspondente ao número de páginas da seção. A finalização do produto foi a etapa mais complicada, justamente pelo impasse com os prazos e o recebimento dos textos. Os aspectos do layout, entretanto, já estavam bem definidos dentro do arquivo no software, o que facilitou a inserção dos textos nele. Contou-se com o auxílio de uma designer que deu sugestões de cores e formas a serem utilizadas, bem como criou a ilustração de capa e de uma das matérias. Um dos objetivos principais foi justificar todas as escolhas, buscando remeter cada detalhe a um aspecto específico da adoção. Após a finalização, o trabalho foi apresentado para os docentes e para o GAIA, que sugeriram algumas adaptações para aprimoramento da obra. Depois de realizadas, ficou-se no aguardo de possibilidade de financiamento para impressão e de orientações do Grupo a respeito da próxima edição, a ser executada semestralmente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A publicação tem como público-alvo os moradores de Santa Maria e região, com a missão de incitar neles maior atenção ao tema da adoção. Nas seções, são apresentadas experiências de quem viveu essa situação (tanto adotantes quanto crianças), de profissionais envolvidos (como magistrados), o trabalho desenvolvido em associações de serviços sociais (a nível local e nacional), bem como a opinião de quem observa o tratamento e a divulgação dados à temática na mídia. A linguagem utilizada varia propositalmente entre as seções. Por exemplo: nas seções Capa e Opinião, onde o texto ficou sob responsabilidade de magistrados, a linguagem é formal  apesar de direta. Já na seção Depoimento, onde o conteúdo foi produzido por uma ex-acolhida, a linguagem apresentada é mais simples. Optamos por fazer o mínimo possível de alterações justamente para mostrar essas diferenças ao leitor. Em se tratando de seus aspectos gráficos, revista possui 18 páginas, formato retangular, orientação retrato e tamanhos aberto 51cm x 18cm e fechado 25,5cm x 18cm. A paleta de cores foi definida no site Coolors.co. A capa é composta por uma ilustração, seu logotipo, uma frase de chamada com destaque para a primeira palavra e o informe da periodicidade da revista na parte inferior da página. Na contracapa, há a continuidade da ilustração, além dos logotipos dos principais parceiros e incentivadores do projeto. A ilustração de capa foi pensada justamente como uma crítica com relação ao fato que, apesar de o número de pretendentes à adoção ser enorme, poucas crianças são adotadas, grande parte devido à  escolha que é feita por crianças recém-nascidas e brancas. Uma crítica à ideia de que os adotantes têm escolhas, impondo padrões e definindo requisitos para adotar, enquanto as crianças não têm esse poder, restando-lhe apenas aguardarem até serem escolhidas por alguém. O interior da revista divide-se em sete seções, que são: a) Editorial: mensagem da equipe aos leitores, falando sobre o conteúdo apresentado na edição em questão. Ocupa uma página, identificada pela cor cinza (que demonstra sobriedade e a eficiência que se pretende demonstrar nas edições da revista). O texto da primeira edição foi escrito pela acadêmica Márcia visando introduzir o leitor à publicação. b) Iniciativas: apresentação dos projetos desenvolvidos pelo Grupo, um por edição. Para essa seção, apresentada em três páginas, a cor escolhida foi verde, pois remete à esperança que as atividades promovidas pelo Grupo propiciam aos jovens. O projeto do GAIA apresentado na primeira edição foi o Adote Ação Politécnico, que consiste em cursos profissionalizantes ministrados a jovens acolhidos em parceria com o Colégio Politécnico da UFSM. c) Capa: espaço de esclarecimento sobre aspectos do processo de adoção que as pessoas desconhecem. Para essa matéria, tida como principal, determinou-se três páginas e escolheu-se a cor vermelha, para despertar a atenção do leitor. A primeira matéria contou com o texto de Mário Maggioni, juiz do município de Farroupilha (RS), que explicou, de forma bem introdutória, os principais aspectos da adoção. d) Depoimento: relatos de jovens acolhidos (mediante disponibilidade), de famílias adotivas, etc., em duas páginas. Azul é a cor da seção: fortalece o clima de seriedade e profundidade das histórias apresentadas. O primeiro depoimento foi o de uma jovem que passou por um dos lares de acolhimento da cidade, que relatou um pouco da sua experiência no período. A mesma optou pela utilização de um nome fictício, para preservação de sua identidade. e) Expressão: uma página com manifestações artísticas dos jovens acolhidos (em forma de texto, ilustrações, etc.). Foi escolhida a cor lilás, por ser uma cor clara que remete à infância e à sinceridade genuína dos jovens. O conteúdo dessa seção foi adquirido em contato com o Lar de Mírian e Mãe Celita, e trata-se de desenhos de crianças acolhidas ilustrados a partir da frase  Qual o seu maior sonho . f) Opinião: artigo de duas páginas de profissionais ligados aos processos de adoção (como advogados, comunicólogos, etc.). Essa seção é caracterizada pelo rosa, que sugere compreensão, nesse caso, com as crianças e jovens acolhidos. O texto da edição em questão foi escrito por Carlos Fortes, promotor de justiça de Minas Gerais, que tratou da questão do abuso sexual infantil  diretamente ligado a muitas das histórias dos jovens acolhidos. g) ANGAAD: coluna da associação brasileira representante dos grupos de adoção no país, com informações a nível nacional e relatos dos principais acontecimentos  apresentados em duas páginas. Para a última seção, por fim, escolhemos um tom de amarelo: simboliza a necessidade de atenção que o tema precisa, a luz que os jovens querem encontrar com a adoção e o otimismo de uma vida melhor quando isso ocorre. O texto da seção é de autoria de Suzana Schettini, presidente da associação, e trata da adoção no país e, mais especificamente, da iniciativa da Revista. Quanto às demais questões gráficas, as páginas da revista foram diagramadas com margens internas, externas e inferiores medindo 1cm cada; a margem superior foi definida com o valor 1,5cm, devido à linha padrão e ao título das seções nas páginas da revista, para que a distribuição dos elementos ficasse mais visualmente harmônica. O grid pré-definido para o projeto foi o de colunas; porém, ao longo da produção da revista, fez-se uso de grids modulares em determinadas páginas. Em todas as páginas do miolo da revista consta uma linha no cabeçalho, com a cor representante da seção, para determinar seu começo e fim para o leitor. Para indicar que uma matéria chegou ao fim, no canto da página, à direita, consta um pequeno G destacado, letra inicial do logo GAIA SM. Para destaques, utilizaram-se padrões dependendo do elemento destacado em si. Para trechos de matérias destacados, utilizou-se uma fonte maior e consideravelmente mais chamativa em relação ao corpo do texto, centralizado na página considerando-se o grid de colunas, e destacado com a cor da seção. Boxes de conteúdos foram centralizados de acordo com uma das colunas do grid, criando a ilusão visual de uma caixa, e eventuais  notas ao final de matérias foram destacadas em uma caixa colorida, na cor da determinada seção. Os círculos utilizados para delimitar as imagens nas páginas foram escolhidos pela forma que remete a algo familiar, confortável, e também por ter a conotação de aliança e união. Quanto ao arranjo tipográfico, foi composto por uma grande quantidade de fontes, já que a publicação possui vários detalhes. Das principais: Arno Pro, corpo 13pt para o texto das matérias; Franklin Gothic Book, corpos 12 e 8pt para textos introdutórios de matérias e notas e/ou legendas, respectivamente; Franklin Gothic Demi Cond corpos 8 e 13pt para autoria das matérias e subtítulos, respectivamente. Da mesma forma, cada abertura de seção teve uma fonte característica: o título do Editorial foi diagramado em Square721 BT; de Iniciativas, em Agency FB; de Depoimento, em Kimberley e Angelface; a matéria de Capa leva a fonte Bebas Neue; Opinião tem seu título em Tw Cen MT Condensed; e ANGAAD, por fim, foi diagramada com a fonte Tasse. Como é possível perceber, buscou-se fazer uso de uma ampla gama de elementos visuais, visando relacioná-los a diversos aspectos do tema da adoção: as cores foram escolhidas de acordo com os sentimentos que transmitem, as fontes buscam relacionar-se às seções em que são utilizadas e as imagens são apresentadas em círculos, que reforçam a ideia de aliança e de família. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> Para as acadêmicas, como futuras profissionais da Comunicação, participar de um projeto como este é muito importante. Tanto pelo entendimento prático de como gerir uma publicação quanto (e principalmente) pela experiência de utilizar as estratégias comunicacionais aprendidas no curso a favor de um bem maior  dando voz a quem muitas vezes não é ouvido pela sociedade (ou é, mas de forma errônea) e produzindo um conteúdo que desempenhará uma função, já que, muitas vezes, os trabalhos realizados nas disciplinas ficam restritos a elas. Foi uma experiência muito desafiadora e que, apesar dos inúmeros impasses, teve um resultado satisfatório. É extremamente importante que a sociedade informe-se sobre a realidade da adoção no Brasil, e, principalmente, que tome atitudes concretas para modificá-la. Se for capaz de realizar esse feito, então a publicação terá cumprido seu objetivo junto às disciplinas, ao GAIA e, principalmente, aos jovens em situação de acolhimento  que poderão ter suas vidas transformadas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALI, Fatima. A arte de editar revistas. São Paulo: Editora Companhia Nacional, 2009.<br><br>CARMO, Márcio C. de. Representação do Down e conflitos com o diferente: aspectos discursivos do projeto  clarinha , uma boneca com traços da Síndrome de Down. Linguagem em (Dis)curso  LemD, Florianópolis, v. 8, n. 1, 2008. Disponível em: <http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/Linguagem_Discurso/article/view/377/398>.<br><br>FREIRE FILHO, João. Força de expressão: construção, consumo e contestação das representações midiáticas das minorias. Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 28, 2005. Disponível em: <http://revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/view/447/374>.<br><br> </td></tr></table></body></html>