ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00089</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;¿Dónde está? - A narrativa cinematográfica no combate à AIDS na juventude</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;victor augusto cinquini tavares (universidade federal do pampa); Joel Felipe Guindani (universidade federal do pampa)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;AIDS, roteiro, ficção , curta-metragem, juventude</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No presente trabalho apresentamos o roteiro ficcional do curta-metragem  ¿Dónde está? , realizado no componente curricular de Procesos de Imagen Fija y en Movimiento, do curso de Licenciatura en Educación Artística y Cultural da Universidade Surcolombiana. O roteiro trata sobre a história de Juan, um jovem soro positivo que, após uma festa, não se lembra de ter dormido com uma menina em sua cama. Ele inicia uma busca incessante atrás dela para contar a verdade. Busca-se construir uma narrativa que envolva o espectador com os personagens da trama, a fim de conscientizar o mesmo em assuntos relacionados à profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis, com enfoque na AIDS, além de quebrar paradigmas impostos pela sociedade acerca do tema, como a homossexualização da doença. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este roteiro foi elaborado no componente curricular de Procesos de Imagen Fija y en Movimiento do curso de Licenciatura en Educación Artística y Cultural sob a orientação da professora Antonella Manrique, da Universidade Surcolombiana e co-orientação do professor Joel Felipe Guindani, da Universidade Federal do Pampa, durante um intercâmbio semestral do discente Victor Tavares juntamente com outros colegas do mesmo componente curricular, da Universidade Surcolombiana, localizada na cidade de Neiva, sul da Colômbia. A narrativa cinematográfica contida neste roteiro, explicita a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), presente em significativo contingente populacional. A discursivização errônea de que a doença é exclusivamente homossexual é muito forte e o assunto ainda é um tabu em instituições de ensino e em grande parte das famílias. Por outro lado, o assunto é tratado corriqueiramente em novelas, filmes, manchetes jornalísticas. Por esse motivo, torna-se relevante discuti-lo, pois a universidade tem funções plurais na sociedade e uma dessas funções é a de mudar positivamente a realidade social em que vivemos, buscando a conscientização sobre temas urgentes, a fim de problematizar teoricamente o que vivenciamos na prática. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O intuito do componente curricular  que possibilitou a produção do roteiro - é de fornecer aos discentes a capacidade de representar e interpretar técnicas básicas audiovisuais e de processos de expressão artísticas através da produção de roteiros e curtas-metragens. O roteiro do curta-metragem  ¿Dónde Está? , objetiva manter uma proximidade com os jovens entre 15 e 24 anos que mantém uma vida sexual ativa através de uma narrativa próxima, jovial, e de conscientizar os espectadores sobre assuntos cotidianos que envolvem a doença AIDS. Visamos quebrar o tabu de assuntos que envolvem o sexo e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) na juventude, pouco discutido entre famílias e instituições de ensino. Buscamos que o espectador se identifique com os personagens e que o mesmo faça uma reflexão sobre o assunto abordado. A escolha dos personagens sustenta a dramaticidade e a moral do enredo. Objetivamos também a quebra do estereótipo de que a AIDS é uma doença predominante homossexual, de pessoas sem acesso à informação, de pessoas com baixa escolaridade e de que não há condições físicas humanas que denunciem a existência da DST na pessoa. Defendemos que a pessoa infectada não possui nenhum estereótipo e que a AIDS é um risco a todas as raças, etnias, cultura e países. Salientamos a relevância do uso de preservativos, a transparência do parceiro sexual diagnosticado como soro positivo ao outro parceiro não diagnosticado, além de trazer dados sobre o panorama contemporâneo da proliferação da AIDS. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Atualmente existem cerca de 36,7 milhões de pessoas vivendo com AIDS mundo. Das 5.700 novas infecções pelo vírus da doença em 2015, 35% ocorreram entre jovens de 15 a 24 anos (UNAIDS, 2016, online). A AIDS é uma doença pandêmica, presente em todo o mundo, que não há cura e que vem aumentando entre os jovens por diversos motivos, como a falta de informação e o silêncio da família perante o tema, que ainda o julgam como um tabu. Ao lado de prover unidade e fluência, a composição de uma narrativa visa, no mínimo, atrair e reter a atenção do espectador. Às vezes, visa também comover e mover, isto é, emocionar e modificar o comportamento do espectador. (CAMPOS, 2007, p. 218). A narrativa cinematográfica pode contribuir para o problema em questão, auxiliando na obtenção de resultados satisfatórios ao enfrentamento dessa enfermidade, que é manchete cotidiana nos periódicos mundiais, sobretudo quando a doença é a causa de mortes de muitas pessoas famosas, predominantemente no público jovem. Justificamos o trabalho, também pela crítica à estereotipização de que a AIDS é uma doença presente apenas em pessoas homossexuais, em pessoas de baixa escolaridade e em pessoas com frágeis condições físicas, além de expor que a transparência no ato sexual entre as pessoas infectadas com outras não infectadas deve ser compartilhada. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A proposta designada foi a de construir roteiros em grupos formados por até seis pessoas que posteriormente seria executado como curta-metragem e apresentado para os demais alunos. Na visão de Campos (2007, p. 111)  o personagem é a representação de pessoas e conceitos na forma de uma pessoa ficcional", pensamos a partir disso, realizar um roteiro de ficção, porém que fosse o mais próximo da realidade do nosso público-alvo: jovens entre 15 e 24 anos e estudantes universitários. Criamos personagens com vestimentas e gostos comuns entre os jovens, além de frases e gírias utilizadas pelos mesmos. O cenário também foi pensado a partir disso. Introduzimos cartazes políticos na parede de movimentos estudantis, bagunça no quarto, estudantes vivendo com outros em república, etc.. A narrativa é imersa num contexto totalmente universitário, onde os espectadores irão se identificar nos pequenos detalhes. No processo de criação do roteiro, usamos o paradigma da estrutura dramática construído por Syd Field (2001) que fraciona o roteiro em três partes: apresentação, confrontação e resolução. Inspiramos-nos nas técnicas de escrita de roteiros proposto por Hugo Moss (1998): Fonte  Courier new tamanho 12, sem negrito e itálico; Papel tamanho carta (27.94cm X 21.59cm); Numeração em cima ao lado direito; Margens: vertical em cima 2,5cm e em baixo 2,5cm a 3cm, ação/cabeçalhos esquerda 3,5cm e direita 3,5 a 4cm, nomes à 9cm da esquerda, diálogo 6,5cm da esquerda e 7,5 cm da direita; Justificação: diálogo e ação para a esquerda. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O roteiro do curta-metragem  ¿Dónde está? conta a história de Juan, um jovem classe média, 23 anos, atraente, soro positivo em segredo, e que desde a notícia não participa das festas universitárias. Com a insistência de dois amigos, Juan decide sair para esfriar a cabeça. Para esquecer-se dos problemas que assombram sua vida, Juan bebe descontroladamente e leva uma menina para dormir em sua casa. Ele acorda ressacado, não se lembra de nada, encontra seus amigos rindo e comentando da garota que havia dormido lá com ele. Desesperado, ele a busca no facebook e vai atrás dela pelas repúblicas ao redor da universidade, mas não obtém êxito. Tomando um café, percebe que a suposta menina com quem transou na última noite estava em sua frente. Ele a chama para conversar. Tímido ao contar seu segredo, descobre que ele havia dormido na noite e que nada havia rolado entre os dois. Aliviado, Juan abraça a menina e sai com sua bicicleta, feliz por não ter infectado ninguém. Além de contar uma história cômica num panorama trágico ao público jovem, o roteiro tem a finalidade de quebrar estereótipos e de conscientizar os jovens acerca das doenças sexualmente transmissíveis, com enfoque na AIDS. O primeiro passo na elaboração do trabalho, inicou-se nas aulas do componente curricular de Procesos de Imagen Fija y en Movimiento do curso de Licebnciatura en Educación Artística y Cultural. A professora ministrante da disciplina solicitou que individualmente, cada discente deveria criar um roteiro literário para um curta-metragem, com duração mínima de cinco minutos. Posteriormente deveríamos formar um grupo de seis pessoas para decidir qual dos seis roteiros iríamos executar e a partir disso elaborar um roteiro técnico para uma futura produção audiovisual. Após discussões do grupo, o roteiro selecionado foi o do curta metragem  ¿Dónde está? , escrito pelo acadêmico Victor Tavares. Figura 1 - Roteiro literário. Fonte: Os autores O roteiro seleccionado passou por modificações sugeridas pelos alunos do grupo e pela professora orientadora. Realizado tais ajustes, os alunos produziram o roteiro técnico, onde se fez presente o passo a passo da produção a ser desenvolvida. Figura 2 - Roteiro técnico. Fonte: Os autores A produção se sustenta pelo enredo e a mensagem que objetivamos transmitir no trabalho. Na figura 3, um universitário comenta na rede social digital facebook de um dos autores:  Parabéns Victor Tavares, a você e a todos que fizeram parte do projeto, muito bom trabalho e muito boa a mensagem que deixam, mais uma vez parabéns. (tradução nossa). Percebemos que essa mensagem indica a probabilidade de atingirmos com êxito o objetivo proposto. Figura 3 - Feedback do nosso público alvo. Fonte: Os autores. Além disso, a equipe foi convidada pelo programa La Movida, do canal colombiano Nación TV para falar sobre o roteiro desenvolvido e a futura produção, após veicularem uma prévia do curta-metragem no facebook. Figura 4 - Entrevista com o roteirista, Victor Tavares, para o programa La Movida da Nación Tv, da Colômbia. Fonte: https://goo.gl/n0N13J Os roteiros elaborados obtiveram nota máxima no componente curricular que propôs a elaboração dos mesmos e já há ideias para a adaptação do roteiro em português, para uma futura produção audiovisual, dessa vez no Brasil. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Apesar de um intercâmbio colocar em choque cultural várias coisas, esse trabalho tinha uma linguagem única, que era a de conscientizar pessoas e de quebrar paradigmas de um problema que diz respeito a uma cultura mundial. Através do componente curricular, tivemos a oportunidade de nos descobrir como roteiristas, além de podermos contribuir com a conscientização de um grave problema social. Os ensinamentos foram de grande valia e serão aproveitados durante toda a formação acadêmica e futura atuação profissional. Esse trabalho auxiliou na resolução dos problemas apresentados, como a conscientização de universitários e na propagação de informações sobre a AIDS, além de confirmar o papel que a universidade tem na sociedade, estimulando e desenvolvendo práticas para além dos seus muros. Salientamos que o trabalho em questão obteve um bom feedback dos espectadores que prestigiaram o trabalho nas redes socais, pela simplicidade e originalidade, e também por abordar um assunto tabu de uma forma jovial e tranquila aos jovens universitários, entre 15 e 24 anos, nosso público alvo. Sentimos-nos gratos pelo reconhecimento que tivemos, por atingir os objetivos propostos e também pelo convite feito pelo apresentador Kevin Gonzaléz da La Nación TV, para difundir ainda mais nosso projeto. O próximo passo será a produção desse roteiro em território brasileiro. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CAMPOS, Flavio de. Roteiro de cinema e televisão: a arte e a técnica de imaginar, perceber e narrar uma estória. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. <br><br> FIELD, Syd. Manual do Roteiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. <br><br>MOSS, Hugo. Como formatar o seu roteiro. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/247034/mod_resource/content/1/Hugo%20Moss.pdf. Acesso em: 01 abr. 2017<br><br>UNAIDS. Estatísticas. Disponível em: http://unaids.org.br/estatisticas. Acesso em: 01 abr. 2017. <br><br> </td></tr></table></body></html>