ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00222</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Endomarketing: Fatores que Determinam a Fidelidade do Público Interno do Snowland em Gramado/RS</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Nicole Vedovatto Batista dos Santos (Escola Superior de Propaganda e Marketing)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Endomarketing, Público Interno, Parque de Diversão, Snowland, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O endomarketing vem tendo participação crescente nas organizações, podendo ser identificado expressivamente no setor de serviços. Com o conceito criativo "Viva a neve!", o parque Snowland, localizado na cidade de Gramado/RS, busca proporcionar ao cliente externo novas experiências de diversão na neve. Sabendo-se que o público interno influencia o público externo, o endomarketing é capaz de reunir fatores determinantes para a fidelização do público interno do Snowland? Para responder a essa questão, foi realizado um estudo exploratório com base em análise de conteúdo de entrevistas com colaboradores e diretores do empreendimento. Contudo, os fatores de endomarketing não foram identificados como determinantes para a fidelização do público interno, mas mostraram-se relevantes e complementares.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Originado como instrumento de marketing, o endomarketing, conteúdo abordado neste trabalho, introduziu-se como base no alinhamento do público interno acerca dos princípios da empresa. A relação constante entre os meios externos e internos das organizações revelou que o público interno influencia diretamente a satisfação dos consumidores externos. Nesse contexto, o endomarketing possibilita transformar os colaboradores em facilitadores, ampliando as chances de satisfação e fidelização dos mesmos. Esse processo agrega valor e, consequentemente, qualidade aos serviços. Com a finalidade responder ao objetivo geral do estudo, a metodologia utilizada para a elaboração da pesquisa foi de caráter exploratória e de vertente qualitativa. A técnica de coleta de dados ocorreu por meio de uma entrevista em profundidade, e a interpretação de dados foi feita pela análise de conteúdo, tendo como unidades de estudo três diretores e três colaboradores de diferentes cargos do Snowland. A presente pesquisa ainda revela os resultados obtidos e, por último, expõe as considerações finais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O endomarketing possibilita transformar os colaboradores em facilitadores, ampliando as chances de satisfação e fidelização dos mesmos. Esse processo agrega valor e, consequentemente, qualidade aos serviços e/ou produtos. Para a realização desta pesquisa, definiu-se como cenário de estudo o parque Snowland: situado na serra gaúcha, no município de Gramado, o parque fica a 97 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul (Porto Alegre). Procurado como espaço de lazer, entretenimento e turismo por muitos moradores não só do Brasil, mas de diferentes localidades da América, o Snowland é apresentado por muitos jornais da região como o primeiro parque indoor das Américas. A partir disso, esta pesquisa tem como objetivo geral identificar as variáveis que determinam a fidelização do público interno do Snowland em Gramado/RS. Para tanto, foram desenvolvidos os seguintes objetivos específicos: 1) conhecer as ações de endomarketing do Snowland e 2) compreender a função do endomarketing no processo de fidelização do público interno do Snowland.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O termo endomarketing era definido inicialmente como marketing interno, estando, segundo Costa (2010), inserido em documentos acadêmicos desde os anos 1970 por estudiosos como Philip Kotler. Dessa forma, Brum (2010, p. 27) alega que essa área de conhecimento, além de ser percebida por diversas interpretações, também pode reunir muitos nomes e termos, como "endomarketing, marketing para dentro, marketing interno, comunicação interna, comunicação empresa/empregado", entre outros. Conforme menciona Costa (2010), o endomarketing é definido pela apropriação de conceitos da Administração, Sociologia, Psicologia e Marketing. Dessa maneira, por meio de um conjunto de ações, instrumentos e técnicas que são gerenciadas e implantadas eticamente aos colaboradores das organizações, o endomarketing surgiu para tornar o vínculo empresa/empregado mais dinâmico e também solucionar problemas de relacionamento entre o público interno e público externo (KRINGEL; MICHEL, 2011; BEKIN, 2004; BRUM, 1998). Ou seja, vendendo a própria imagem da organização, o marketing interno é "(...) um processo capaz de tornar comum, entre funcionários de uma mesma empresa, objetivos, metas e resultados" (BRUM, 1998, p. 16). O autor afirma que o propósito dessa abordagem está relacionado a motivar os colaboradores por meio de intuição, persuasão, criatividade e comunicação para projetar a imagem da organização. Nesse sentido, cabe ao endomarketing reduzir burocracias, fomentar positivamente o clima organizacional, proporcionar e incentivar a participação e atitudes positivas dos colaboradores. Alcançando, dessa forma, melhores resultados por intermédio do engajamento no trabalho, da dedicação para com as estratégias da empresa e do desejo por "vestir fielmente a camisa" da organização (COSTA, 2010; FRAZÃO, 2015; KRINGEL; MICHEL, 2011). A escolha pelo parque Snowland, para o estudo, deve-se ao fato de que o setor dos parques temáticos oferece precisamente um serviço diferenciado e distinto, fazendo com que o endomarketing tenha um papel fundamental, uma vez que todos os colaboradores devem estar fidelizados ao imaginário proposto pela temática da organização. Levantando questões que necessitam ser mais exploradas e pesquisadas no Brasil pela academia, este trabalho busca destacar a importância de pesquisas referentes à extensão do conhecimento na área de Administração, Marketing, Publicidade e Propaganda (entre outros cursos de Comunicação Social), assim como em áreas de interesse na esfera de serviço, lazer, entretenimento e turismo. Além disso, o estudo pode beneficiar o âmbito empresarial e social, tendo em vista que a ferramenta de endomarketing ainda é pouco discutida e planejada por si só, pois muitos a compreendem como adjunta ao RH. E, por não ter independência, pois, em muitos casos, não existe um departamento específico responsável pelas estratégias de endomarketing, o estudo contribui para melhor compreensão da atuação do público interno no processo de fidelização do público externo. Para o alcance eficaz dos dados qualitativos, a unidade de estudo (ou amostra não probabilística) foi segmentada em dois grupos escolhidos intencionalmente de acordo com critérios e características pré-estabelecidas (GIL, 2010): três diretores de diferentes setores e três colaboradores de diferentes níveis hierárquicos do parque Snowland. Os diretores foram indicados pelo diretor executivo do parque, que por sua vez foi contatado, via e-mail, pela autora a partir da indicação de um profissional. Os demais colaboradores foram selecionados pelos próprios diretores. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para atingir resultados frente aos objetivos dissertados, este trabalho utiliza a pesquisa do tipo exploratória. Pode-se declarar, que em sua maioria, as pesquisas acadêmicas empregam o método de pesquisa exploratória, devido ao fato de não haver, muitas vezes, num primeiro instante, uma definição precisa do que será investigado pelo pesquisador (GIL, 2010). Por isso, de acordo com Lakatos e Marconi (2001), o caráter exploratório possui tripla finalidade: "desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno [...] e clarificar conceitos. (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 188). Portanto, a fundamentação da pesquisa por meio deste método, justifica-se devido a sua adequação para definir o desfecho com maior precisão, buscando de maneira apropriada e mais flexível conhecer, identificar e compreender as ações de endomarketing que são elaboradas e percebidas no parque Snowland (Gramado, RS), bem como a importância destas no processo de fidelização do seu público interno. Para a elaboração do presente trabalho, a pesquisa se vale da vertente do tipo qualitativa, que é definida como uma abordagem que "parte de questões ou focos de interesses amplos, que vão se definindo à medida que o estudo se desenvolve" (GODOY, 1995, p. 58). De tal forma, essa metodologia não enumera os fenômenos ou fatos estudados e nem utiliza ferramentas estatísticas para a análise de dados. Sendo então, caracterizada pela relação direta do pesquisador com aspectos descritivos acerca de lugares, pessoas ou eventos/fenômenos estudados (FACHIN, 2006; GODOY, 1995). Logo, a escolha pela vertente do tipo qualitativa é justificada devido à natureza do problema e dos objetivos postos. Tendo em vista que, para tingir melhores resultados, o enfoque qualitativo é mais adequado à fundamentação da investigação, pois possibilita maior aprofundamento do tema estudado e melhor comparação e interpretação dos dados coletados. A realização da coleta de dados se vale de duas técnicas de pesquisa: pesquisa bibliográfica e entrevista em profundidade. Essa etapa busca assim, expressar, segmentar e organizar as técnicas utilizadas para a coleta de dados previstos. A pesquisa bibliográfica (ou de fontes secundárias) é elaborada por meio de etapas como: análise, leitura e interpretaçãode materiais já publicados, ou seja, de toda a bibliografia pública, seja por meios físicos como avulsos (jornais, boletins, livros, revistas, monografias, etc.) ou por meios eletrônicos como conteúdos presentes na internet e/ou áudio visuais (gravações, CDs, discos, DVDs, etc.) (GIL, 2010; DALBERIO O. e DALBERIO M., 2010; LAKATOS; MARCONI, 2001). Desta forma, complementando ainda, Dalberio O. e Dalberio M. (2010) indicam, que "quanto maior a diversificação de fontes e o número de publicações sobre o assunto, mais bem solidificado será o projeto de trabalho" (DALBERIO O.; DALBERIO M., 2010, p. 53), isso pois, juntas revelam maior acervo de materiais, assuntos, conhecimentos e conteúdos frente ao tema estudado. No presente estudo também é empregado a técnica de pesquisa de entrevista em profundidade (estruturada). Conforme Gil (2010), essa ferramenta possibilita o contato entre entrevistado e pesquisador (entrevistador) e é caracterizada por Thompson (1992) e Burke (1977), mencionados por Rosa e Arnoldi (2007) como sendo essencial aos estudos que visam revelar circunstâncias acerca de comportamentos, aparências e percepções de indivíduos, pois está relacionada com os sentimentos, valores, crenças, lembranças, pensamentos e intimidades dos sujeitos (LAKATOS E ARNOLDI, 2001). Como complemento, de acordo com Witt (apud SALVADOR, 1980), mencionado por Rosa e Arnoldi, essa técnica também apresenta utilidade, quando não são encontradas ou não existe a garantia de outras referências frente às informações estimadas. Portanto, a entrevista em profundidade busca obter dados (tanto em análise qualitativa, como em quantitativa) que selecionem os aspectos mais importantes do problema estudado, com respostas mais aprofundadas capazes de emitirem opiniões fundamentadas e concretas (GIL, 2010; ROSA; ARNOLDI, 2008). Por fim, Gil (2010) menciona ainda que a entrevista, dentre todas as ferramentas de interrogação, é a que possui maior flexibilidade, pois pode ser informal (não estruturada) no momento em que não apresenta questões previamente elaboradas ou estruturada, o quando apresenta. Isto posto, o trabalho em questão utiliza-se da técnica de entrevista em profundidade estruturada, pois deteve de perguntas fixas e elaboradas com antecipação, por meio de um roteiro. Logo, dado que essa técnica condiz com a ideias de aproximação para com os aspectos estudados, a abordagem desta ferramenta é justificada por possibilitar a busca de dados que geram resultados mais aprofundados diante do problema de pesquisa, traçando um parâmetro essencial na relação entre as ações elaboradas e efetivamente percebidas no parque Snowland, como na compreensão da importância dessas ações no processo de fidelização do público interno do parque. A unidade de estudo, buscando obter os objetivos propostos a esse trabalho, é constituída de três diretores e três colaboradores do Snowland (Gramado, RS). Os diretores foram indicados pelo diretor executivo do parque, que por sua vez foi contatado pela autora a partir da indicação de um profissional. Desta maneira, os demais colaboradores foram selecionados pelos próprios diretores. Portanto, para o alcance eficaz dos dados qualitativos, a unidade de estudo (ou amostra não probabilística) não possui seleção aleatória, sendo elaborada no presente estudo como intencional, ou seja, os sujeitos foram segmentados em dois grupos escolhidos intencionalmente de acordo com critérios e características pré-estabelecidas: diretores de diferentes setores e colaboradores de diferentes níveis hierárquicos do parque Snowland (Gramado, RS), respectivamente. (GIL, 2010). Selecionados os participantes que correspondiam aos critérios mencionados, a autora do trabalho em questão contatou, explicando os objetivos da pesquisa, os diretores via e-mail que agendaram as entrevistas também com os demais colaboradores. Inicialmente foram contatados três diretores de diferentes áreas: marketing, recursos humanos e relações públicas. Contudo, houve alguns impasses, pois o diretor de marketing não pôde realizar a entrevista no dia agendado e a diretora de relações públicas iniciou sua licença-maternidade. Para tanto, o diretor executivo se prontificou com uma entrevista via Skype e a diretora, que assumiu as relações públicas, se propôs a colaborar com o trabalho, mesmo com o pouco tempo de empresa. Finalmente as outras entrevistas ocorreram no próprio parque (em Gramado, RS). Apresenta-se abaixo a tabela com as informações acerca dos participantes entrevistados: Quadro 1  Diretores Entrevistados Diretor Idade Gênero Cargo Tempo de Empresa Escolaridade D1 37 anos F RH 9 meses Pós-graduação D2 58 anos M Executivo 6 meses Pós-graduação D3 23 anos F RP 3semanas Superior Fonte: elaboração própria Quadro 2  Colaboradores Entrevistados Colaborador Idade Gênero Cargo Tempo de Empresa Escolaridade C1 20 anos M Líder de Atendimento 3 anos 2º grau C2 19 anos F Atendente Comercial 3 anos Superior C3 53 anos M Líder Entretenimento 2 anos 1º grau Fonte: elaboração própria </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Referente às ações de endomarketing desenvolvidas no Snowland, verificou-se que os diretores entrevistados citaram ações de reconhecimento. O entrevistado D1 relatou a oportunidade de novos cargos, o entrevistado D2 mencionou que  esse reconhecimento, ele pode ser feito em formas de prêmios, em formas de presente, em formas de bônus e, às vezes, simplesmente um cumprimento, mas que ele ocorre regularmente e sempre que for merecido (D2). Não obstante, o entrevistado D3 ditou a participação da gestão no reconhecimento dos colaboradores. Em concordância, D1 e D2 citaram ações de integração como treinamento, engajamento e capacitação:  [...] então, a gente tem o momento da integração, quando o funcionário entra na empresa, a gente passa todos os valores da empresa, todas as normas, procedimentos, valores [...] (D1);  incentivo, motivação... e a gente tem uma programação de treinamentos e capacitações que a gente faz para que as pessoas possam crescer profissionalmente e pessoalmente (D2). Todas essas ações podem ser trianguladas com as afirmações de Costa (2010), Kringel e Michel (2011), pois, para estes autores, essas atividades representam algumas das finalidades do endomarketing: promover um clima organizacional positivo e incentivar a participação dos colaboradores para com a empresa. No que se refere aos fatores determinantes para a aplicação do marketing interno, Bekin (1995) acrescenta a necessidade de uma boa comunicação, com informações claras e objetivas, as quais influenciam no impacto e imagem da organização. Por fim, D1 e D2 mencionaram os mesmos canais de comunicação interna:  [...] a gente está em... implantação, agora, dos painéis, dos murais, dos painéis de gestão, à vista, onde a gente coloca os indicadores de desempenho de forma pública [...] (D1). [...] . Os entrevistados D2 e D3 ainda consideraram importante a ferramenta do Newsletter:  [...] jornalzinho impresso que fica colado no mural (D2). Dando ênfase a agilidade e clareza da comunicação interna no parque  existe grupos de e-mail e as coisas mais [...] (D3) e uma comunicação interna com  [...] vários grupos de WhatsApp específicos [...] (D2). Quanto às outras ações constatadas por D1 e D3, ambos os entrevistados inicialmente classificaram-nas em relação ao endomarketing:  [...] como ainda é uma empresa nova, ainda está se estruturando muito na área de endomarketing, que tem que ser vinculada ao RH, então é algo que está iniciando dentro da empresa (D3). Concomitantemente à essas falas, Costa (2010) cita que a implementação do endomarketing em uma organização é capaz de transformar as atitudes dos colaboradores, mas que esses resultados só são constatados a médio ou longo prazo. Tendo todas essas ações descritas, o entrevistado D1 ainda citou ações que não foram expostas pelos demais entrevistados como promoção/remuneração e eventos:  [...] comemorando o aniversário de empresa (D1). Já o entrevistado D2 referiu que os colaboradores possuem a possibilidade de  [...] usufruir do parque com a família uma vez por mês [...] e ainda têm  [...] reuniões departamentais regulares, diárias, onde a gente tenta identificar nossas falhas e melhorar nosso resultado . Para os diretores, todas essas ações citadas, por mais diferentes que sejam, buscam tornar a união empresa/empregado mais proativa, o que pode gerar, consequentemente, segundo Kringel, Michel (2011), aprimoramento nos resultados entre o público interno-público externo revertendo em lucro para a empresa. Quanto à função do endomarketing no processo de fidelização do público interno do Snowland, de acordo com os diretores entrevistados, o parque temático, pertencente ao setor dos serviços (STAUDT; CUNHA, 2016) e pode ser percebido entre as etapas de introdução e crescimento, assim como as ações de endomarketing. Referente à importância das ações de endomarketing no ambiente interno, os diretores entrevistados D1 e D3 as associam como uma oportunidade de diminuir a rotatividade. No entanto, o entrevistado D1 e C2 discordaram quanto à influência dessas ações nessa conjuntura. O diretor D1 constatou que  [...] nós temos, estávamos fazendo um levantamento essa semana, de quantos colaboradores temos acima de um ano aqui no parque e me surpreendeu, o número é bem expressivo. Outros, claro, não se adaptam, mas em termo geral a fidelidade deles é boa (D1). Já o colaborador C2 revelou que  [...] a maior experiência é que a gente tem pouca gente que tá há bastante tempo, tipo, desde a abertura. Porque passa cinco, seis meses e tu não aguenta a rotina de trabalhar de segunda a segunda, tendo uma folga em um domingo. Então, tu tem que gostar do que tu faz (C2). Ainda de acordo com Bekin (1995), para a implantação eficaz do endomarketing, o programa em si é responsável somente por 10%, sendo 90% responsabilidade do gerenciamento. Assim sendo, o entrevistado D1 informou que  [...] nós vemos no colaborador um sentimento muito positivo de estar trabalhando no Snowland hoje. Temos algumas coisas a consertar e que são possíveis, mas a fidelidade do colaborador com o Snowland eu vejo muito positiva, assim como o sentimento deles de pertencer ao parque existe (D1). De tal forma que os colaboradores entrevistados colocaram:  Olha, eu já passei muita coisa aqui dentro, mas eu me sinto bem, não acordo de manhã cedo e penso  Bah! Que droga, tenho que ir trabalhar . Não, eu gosto do que eu faço (C2).  Eu me sinto valorizado, pelo que faço, pelo salário que ganho... claro que a gente quer sempre crescer e ganhar mais, mas eu me sinto gratificado [...] pelo atendimento que eles me dão aqui (C3). Não obstante, Bekin (1995) afirma que cabe ao endomarketing construir lealdade com o público interno. Em relação à fidelização do público interno, o diretor D2 colocou que: Ah, eles são muito fiéis, eu acho que eles encaram, eles sentem orgulho de trabalhar aqui, eles veem o Snowland como uma oportunidade profissional importante de crescimento, uma referência de trabalho para a cidade [...] então eu acho que eles estão muito felizes de trabalhar num parque que é referência nacional de lazer, entretenimento e destino turístico (D2). Essa posição condiz com as diferentes reportagens que mencionam o Snowland como um parque diferenciado e inovador na serra gaúcha, por ser o primeiro parque indoor de neve das Américas (SNOWLAND, 2016; REVISTA ROTA RS, 2016). Concluindo, os colaboradores se disseram fiéis, porém, apresentaram nos comentários certa instabilidade, dependendo de outras propostas de emprego, mas, ainda sim, demonstram-se fiéis quando justificaram:  Depende muito. Eu já tenho um tempo muito grande de casa, e o Snowland, ele me passa uma segurança, é muito difícil eu querer trocar de trabalho (C1). O entrevistado C3 também confirma:  Eu até ia avaliar a proposta, mas, assim, se for de salário, por salário eu ficaria aqui, porque aqui eu conheço e me sinto bem aqui, mas a gente sempre avalia a proposta, porque a gente tá sempre em busca de sonhos, né? (C3). Finalizando a análise dos resultados com base na comunicação interna (bem como seus meios), percebeu-se que há ações de endomarketing desenvolvidas no Snowland para a valorização/reconhecimento dos colaboradores, por meio de programas de capacitações/treinamentos, de eventos internos e de atrativos/incentivos. Assim, constatou-se que os colaboradores apresentam sentimentos positivos acerca de seus cargos no parque e engajamento quanto ao ambiente de trabalho, mas não deixam de considerar outras propostas de emprego. No entanto, quando apresentadas, as justificativas não foram associadas ao salário ou ao descontentamento com as ações internas elaboradas e, sim, com questões de desenvolvimento pessoal, como  a realização de novos sonhos . A partir disso, conclui-se que os fatores de endomarketing influenciam no processo de fidelização do público interno no parque, mas não são variáveis determinantes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Essa pesquisa teve como objetivos específicos conhecer as ações de endomarketing do Snowland e compreender a função do endomarketing no processo de fidelização do público interno do parque. Para tanto, a técnica de coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas em profundidade, em que foram entrevistados três diretores e três colaboradores; e pela interpretação de dados feita pela análise de conteúdo dos autores estudados, relacionados ao conteúdo de serviços, de parques temáticos e do Snowland. Com isso, percebe-se que o endomarketing tem relevante importância dentro das organizações e mais ainda no setor de serviços, que apresenta a existência de uma influência significativa do público interno para o público externo. Diante disso, no que tange à fidelização dos colaboradores do setor de parques temáticos, pôde-se verificar o papel do endomarketing, pois a lealdade dos colaboradores para com a empresa interfere na participação dos mesmos ante a representação do imaginário proposto, que no caso do Snowland (Gramado, RS) é promover uma experiência diferenciada por meio da diversão na neve. Concluindo, a análise de resultados revelou as ações de endomarketing desenvolvidas pela administração do parque voltadas à valorização/reconhecimento do público interno, por meio da comunicação interna (bem como seus meios), de programas de capacitações/treinamentos, de eventos e de atrativos/incentivos. Logo, referente à função do endomarketing no processo de fidelização dos colaboradores do Snowland, constatou-se que essas ações não são percebidas como fatores decisivos no processo, mas influenciam, pois, mesmo os colaboradores tendo demonstrado considerar outras propostas de emprego, suas justificativas não estavam relacionadas a salário nem a outra insatisfação acerca das ações de endomarketing e, sim, a novas oportunidades de crescimento pessoal. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011. 279 p.<br><br>BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Sousa. Projeto de pesquisa: proposta metodológica. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2013. 127 p. <br><br>BEKIN, Saul Faingaus. Conversando sobre endomarketing. São Paulo: Makron Books, 1995. 150p.<br><br>COSTA, Daniel. Endomarketing Inteligente: A Empresa Pensada de Dentro para Fora. Porto Alegre: Dublinense, 2010. 142 p.<br><br>FRANCO, Maria Laura P. B. Análise de Conteúdo. 3. Ed. Brasília: Liber Livro, 2008.<br><br>GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: Atlas, 2010. 175 p. GODOY, Arllda Schmidt. Introdução à Pesquisa Qualitativa e Suas Possibilidades. Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 2, p.57-63, mar./abr., 1995. <br><br>GODOY, Arllda Schmidt. Introdução à Pesquisa Qualitativa e Suas Possibilidades. Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 2, p.57-63, mar./abr., 1995.<br><br>KRINGEL, Ana Paula Lessa; MICHEL, Margareth de Oliveira. Endomarketing, Onde Todos Saem Ganhando. 10 f. Artigo (Graduação) - Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, 2011. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sul2011/resumos/R25-0716-1.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2016. <br><br>LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 288 p.<br><br>OLIVEIRA, Maxwell Ferreira de. METODOLOGIA CIENTÍFICA: um manual para a realização de pesquisas em administração. 2011. 72 f., UFG, Goiás, 2011.<br><br>REVISTA ROTA RS. Snowland: diversão garantida na neve. Rota Rs, Porto Alegre, 02/fev/2016. Disponível em: <http://www.revistarotars.com.br/?p=516>. Acesso em: 25 set. 2016.<br><br>ROSA, Maria Virgínia de Figueiredo P. do Couto; ARNOLDI, Marlene Aparecida Gonzales Colombo. A entrevista na pesquisa qualitativa: mecanismos para validação dos resultados. São Paulo: Autêntica, 2007. 110 p.<br><br>SNOWLAND (Gramado). Snowland: Viva a Neve. 2016. Disponível em: <https://www.snowland.com.br/>. Acesso em: 24 set. 2016.<br><br>STAUDT, Vanessa Fortini; CUNHA, Aline Moraes. Parques Temáticos Como Espaço de Lazer e Turismo: O Caso do Alpen Park em Canela-RS. 2016. 21 p. Disponível em: <file:///C:/Users/nicol/Downloads/371-1086-1-PB.pdf>. Acesso em: 25 set. 2016<br><br> </td></tr></table></body></html>