ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00258</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Te Orienta:jornalismo multimídia derruba paradigmas LGBT </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Alice Kienen Gramkow (Universidade Regional de Blumenau); Brenda Pereira (Universidade Regional de Blumenau); Clarissa Josgrilberg Pereira (Universidade Regional de Blumenau)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Blumenau, LGBT, multimídia, Te Orienta, website</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A construção do website Te Orienta começou como uma atividade da disciplina de Apuração e Escrita Jornalística para Web, mas acabou se desenvolvendo também na matéria de Tópicos Especiais  se tornando o produto mais complexo já desenvolvido pela classe. Foram exercitadas técnicas de pesquisa; apuração; produção de texto, vídeo, fotos e infográficos; entrevista; ética; desenvolvimento de website; divulgação e organização de evento. O objetivo do site é expor a realidade da comunidade LGBT, para desmistificar a visão que esse grupo tem perante a sociedade do Vale do Itajaí, buscando uma visão humanizada e despida de preconceitos, e sem praticar militância.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Te Orienta foi construído nas aulas de Apuração e Escrita Jornalística para Web, com o intuito de praticar os conhecimentos obtidos nas disciplinas anteriores voltadas para produção online  Jornalismo Digital e Jornalismo em Plataformas Multimídias. O projeto também foi continuado na disciplina que se seguiu, Tópicos Especiais, para a organização de um evento de lançamento e para a divulgação do conteúdo pelo Facebook. Os alunos foram responsáveis pela escolha do tema a ser trabalhado e do meio para publicá-lo, além de toda a produção e divulgação do material. Os dez estudantes responsáveis pelo site produziram 15 matérias para buscar informar o público da região sobre a comunidade LGBT, seus direitos e a necessidade de combater o preconceito. A produção envolveu desde a decisão do tema e do meio, até a escolha das pautas, apuração dos dados, entrevistas com as fontes, gravação de vídeos, produção de texto, edição de imagem, e, é claro, o desenvolvimento gráfico e programação do site. Todo esse trabalho foi desempenhado em conjunto pela turma no primeiro semestre de 2016. Já no segundo semestre veio o desafio de lançar o site em um evento (também planejado pela turma) e acompanhar a divulgação e interação nas redes sociais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Nosso objetivo com o Te Orienta sempre foi trabalhar um tema único sobre o qual as pessoas da nossa região não tivessem muita informação e, ao trazê-la, permitir que o material interferisse positivamente na vida das pessoas  não apenas dos entrevistados, mas também do público. A partir disso, os estudantes optaram por desenvolver um site multimidiático com uma proposta social, segmentado no tema LGBT. Diferentemente dos meios que observamos sobre o tema, nossa intenção não era trazer um site voltado para esse público, mas sim informar a população em geral sobre esse assunto pouco abordado na mídia regional. Procuramos trazer conhecimento em forma de texto, imagem e vídeo por meio de uma abordagem jornalística e sem cunho militante. Contemplando assim o objetivo da disciplina de Apuração e Escrita Jornalística para Web, que é desenvolver a apuração, redação e edição em jornalismo em plataformas online, os alunos foram responsáveis por todo o processo de criação do Te Orienta. A atividade que deu vida ao projeto visava estimular a criatividade dos alunos ao elaborar um produto jornalístico, possibilitando que eles escolham o tema a ser trabalhado e as plataformas em que será divulgado. Além da criação do conteúdo jornalístico, também houve a prática de outras atividades na disciplina de Tópicos Especiais, que aconteceu no semestre seguinte. Durante cerca de dois meses os alunos ficaram responsáveis por lançar o website e promover o projeto por meio de eventos e nas redes sociais. Uma página foi criada na plataforma Facebook para divulgar as matérias, acompanhar os comentários e mensurar a dimensão das publicações.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O propósito do Te Orienta é tratar de algum tema esquecido pela mídia local. Ao observar os meios de Blumenau e região, chegamos à conclusão de que a temática LGBT era uma das mais menosprezadas, realidade essa que reflete a de todo país. Foi apenas na década de 1960 que se percebeu no Brasil o surgimento de um jornalismo especializado em conteúdo LGBT, popularmente conhecido como  imprensa gay . Segundo de Souza Panini (2016, p. 96) a intenção era integrar e conectar este grupo, que era marginalizado não apenas pelos veículos de comunicação tradicionais, mas também socialmente. Engana-se quem pensa que a realidade atual é muito diferente. O programa de televisão Estação Plural foi o primeiro da TV aberta a tratar da diversidade e promover debates sobre o tema  e seu lançamento aconteceu em março de 2016, na TV Brasil. O que demonstra que o público LGBT ainda não tem uma representação justa nos veículos de comunicação de massa tradicionais. Blumenau e região têm presença forte do público LGBT, mas ele é frequentemente marginalizado e desprezado pelas mídias locais. Além disso, não existe um produto jornalístico voltado a ele ou com o intuito de relatar seus problemas para o público. Entretanto, a proposta do Te Orienta não era apenas chegar a esse grupo, mas sim dar voz a essa comunidade e, com isso, informar o público em geral. Para descobrir se realmente havia a necessidade de trazer um material sobre esse tema para o público regional, uma pesquisa com cálculo amostral foi feita pelos estudantes. O instrumento, além de mapear o conhecimento prévio da população e sua visão sobre o assunto, possibilitava compreender quais eram os conteúdos que precisavam ser aprofundados e delimitamos o tratamento que seria dado a eles. Das duzentas pessoas entrevistadas, sendo a maioria dela em idade acadêmica (entre 19 e 26 anos), apenas duas defendiam que não existe preconceito contra a comunidade LGBT e mais da metade declarou ter interesse em conteúdo jornalístico sobre o assunto. Os acadêmicos já haviam decidido trabalhar com um website, afinal, este é o único meio que possibilita a difusão de conteúdo por meio de texto, fotos, vídeos, áudio e infográficos. Além de facilitar o acesso do público graças à tecnologia dos celulares e dispositivos móveis  que, de acordo com de acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia de 2015, representam 73% do acesso da população à internet. A pesquisa foi responsável por decidir de que forma os assuntos seriam tratados. Os dados apontaram que 38,5% dos entrevistados preferiam receber o conteúdo em forma de vídeo enquanto 30% preferiam texto. A partir destes resultados, o foco se tornou a produção de reportagens de texto aprofundadas e vídeos informativos na produção de conteúdo. Decidimos compartilhar os vídeos no YouTube por este ser o maior site de compartilhamento de vídeos do mundo, além de facilitar a participação do público por meio de curtidas e comentários. Nas palavras de Olivatti (2008, p. 256),  a democratização da informação parece ter começado com a Internet, mas o YouTube deu-lhe uma dimensão jamais vista na história da humanidade . Já o nome escolhido para o produto, Te Orienta, surgiu de uma expressão muito utilizada regionalmente para indicar que as pessoas busquem informação  que é o nosso principal propósito com esse projeto. Após o lançamento do site optamos por divulgar as matérias no Facebook, por ser a rede social mais presente no dia a dia da maioria das pessoas e também por facilitar a mensuração do alcance das postagens. Catarina Rodrigues (2010, p. 1) frisa que  o Facebook permite equacionar questões fundamentais no jornalismo como o relacionamento com as fontes, a ampliação, valorização e distribuição de conteúdos, a fidelização dos leitores e a velocidade informativa .</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após analisar os possíveis temas a serem abordados pelo projeto e optarmos pela comunidade LGBT, decidimos aplicar uma pesquisa na região para compreender a necessidade de tal material e estudar a vontade do público. Dessa forma pudemos direcionar o produto jornalístico para os rumos desejados a partir de nossas perspectivas e das exigências dos nossos leitores  a população local. O questionário era constituído de 10 perguntas, sendo 8 fechadas e 2 abertas. Ele foi disponibilizado online, por meio do Google Docs, e também foi aplicado em campo pelos estudantes em toda região. Dos 200 entrevistados, 87% declararam conhecer o movimento LGBT e, apesar de 56% não demonstrarem curiosidade sobre o assunto, o restante (59,5%) respondeu que possuía interesse em conteúdo jornalístico referente ao tema. Quando questionados a respeito do formato em que gostariam de receber este produto jornalístico, os entrevistados podiam escolher uma ou mais opções, sendo elas: áudio, vídeo, texto e imagem. As preferências do público se manifestaram em vídeo (38,5%) e texto (30,5%). A última questão era aberta e pedia o que a pessoa gostaria de ler sobre o tema LGBT. Os assuntos citados foram: preconceito (18,75%), legislação (18,75%), adoção (11,25%), casamento (10%), identidade de gênero (6,25%), aceitação (6,25%), adolescentes (5%), diferenças (3,75%), família (3,75%), vida (2,5%), violência (2,5%), para crianças (2,5%), estatísticas (1,25%), propaganda (1,25%), transexuais (1,25%), cirurgia (1,25%), protestos (1,25%), idosos LGBT (1,25%) e documentário (1,25%). Depois de conferidas as preferências do público, os alunos participaram de todo o processo de elaboração do website: a criação de pautas, a apuração, os vídeos, fotos e textos, sendo orientados pela professora da disciplina, Clarissa Josgrilberg Pereira. Princípios editoriais Para padronizar a conduta do Te Orienta, os alunos elaboraram os princípios editoriais como instrumento para dar unidade ao site. Todos os conteúdos foram produzidos a partir de uma linguagem única, buscando sempre fontes além das oficiais, para compor um material humano que passasse a informação de forma simples e acessível para todos, respeitando os critérios jornalísticos de apuração e ética. O consenso também decidiu que, se necessário, erratas seriam emitidas para corrigir possíveis falhas nas matérias  o que não aconteceu após o lançamento do site. A resposta dos leitores sempre foi muito valorizada, portanto decidimos responder à cada comentário e interagir com o público pelo Facebook e pelo site  apesar de que o primeiro demonstrou uma participação muito maior. Só seriam excluídos comentários ofensivos e que não construíssem para um diálogo. A pauta O resultado da pesquisa no que se refere aos assuntos de interesse do público tiveram um peso maior na primeira etapa, quando os estudantes pensaram e produziram as pautas. O enfoque de todos os conteúdos foi determinado pelo objetivo do projeto de informar e não praticar militância. A apuração Todas as atividades exercidas na apuração foram feitas pelos próprios alunos: desde o contato com a fonte até a realização da entrevista, busca de dados, consulta histórica e também a produção de fotos e vídeos. A edição Depois de apurar todas as informações, a turma ficou encarregada de editar todo o material recolhido. Cada grupo ficou responsável pela edição de suas pautas e, ao final da produção, todos avaliaram o resultado final juntos para revisar os textos e vídeos e sugerir modificações  construindo dessa forma um produto uniforme e que agradasse a todos. Para produzir um conteúdo de qualidade, os estudantes seguiram os princípios do webwriting estipulados por Rodrigues (2014): persuasão, objetividade, e visibilidade. Segundo o autor, a persuasão serve para fisgar o leitor, mas sem perder a objetividade que serve para ir direto ao assunto. Por último vem a visibilidade, que tem a missão de deixar todas as informações principais visíveis. O design O website está instalado na plataforma Wix, escolhida por atender às necessidades dos conteúdos de estarem disponíveis tanto na versão desktop quanto mobile, principalmente nesta última, pois os materiais contidos no Te Orienta são de característica responsiva e demandam da praticidade de compartilhamento dos aparelhos móveis. O site foi elaborado pelos alunos, com o auxílio das ferramentas da plataforma. Para proporcionar uma experiência eficaz ao usuário, o layout está desenvolvido de acordo com a primeira lei de usabilidade estipulada por Steve Krug (2008, p. 11):  Não me faça pensar . O autor considera que esta lei é o princípio primordial para decidir se algo funciona ou não em um projeto Web. Sendo assim, os alunos encontraram alternativas que exigissem um esforço mínimo do usuário para navegar no site. Durante o desenvolvimento destas estratégias, foi levada em consideração outra dica do autor: "A aparência das coisas, seus nomes bem escolhidos, a organização da página e a pequena quantidade de texto cuidadosamente colocado devem trabalhar juntos para criar um reconhecimento quase instantâneo" (KRUG, 2008, p. 18). Por isso, todo o site foi projetado de forma que ficasse óbvio o que pode ser acessado com um clique, o que para Krug é fundamental porque  nos deparamos com escolhas o tempo todo na Web e torná-las claras é uma das principais coisas que tornam um site fácil de ser usado (KRUG, 2008, p. 43). Além disso, as páginas possuem uma hierarquia visual clara, para que seja facilmente compreendida mesmo se o usuário fizer uma leitura dinâmica. Para tanto, seguindo os princípios de Krug (2008, p. 31), todo o design contém dicas visuais que mostram com clareza e precisão quais elementos se relacionam. A página inicial do Te Orienta foi pensada em um estilo mais jornalístico, apresentando pelo menos um conteúdo de cada categoria, para que fossem como uma porta de entrada para todos os outros conteúdos, concretizando assim a definição do autor para a página inicial: "Páginas iniciais são -comparativamente- locais fixos. Quando você está em um site, a página inicial é como a estrela do norte. Ser capaz de clicar e voltar até ela lhe dá um novo recomeço" (KRUG, 2008, p. 58). Como a página inicial é uma orientação para o usuário, é necessário que seja possível acessá-la a qualquer momento. Por isso, o acesso à página inicial do Te Orienta se dá por meio da logotipo no canto superior esquerdo, já que  há uma convenção emergente de que a identificação do site atue também como um botão que possa leva-lo até a página inicial do site (KRUG, 2008, p. 66). O lançamento e a publicação dos conteúdos O website foi lançado no dia 26 de agosto de 2016 em um evento organizado pela turma dentro do espaço da universidade. Os alunos divulgaram o evento de lançamento do site na mídia local por meio do envio de releases, que foram publicados pelos veículos da região e compartilhados na página do Te Orienta no Facebook como  Te Orienta na mídia . Outras formas de divulgação também foram utilizadas, como cartazes nos murais da faculdad e evento no Facebook. O convite se estendeu aos estudantes, membros do movimento LGBT, amigos, familiares e a comunidade em geral, que se fizeram presentes no evento de lançamento. A partir desta data os alunos seguiram um cronograma de publicação e divulgação dos conteúdos e, em setembro do mesmo ano o Te Orienta estava com todos os conteúdos disponíveis no website e na página do Facebook. Nesta etapa, a turma também ficou responsável pela mensuração das publicações no website e na mídia social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A mídia diariamente constrói discursos que formam o julgamento da população, afetando não apenas ao receptor da mensagem, mas a toda sociedade. De acordo com Feitosa (2016, p. 308), boa parte do movimento LGBT brasileiro se queixa da ultra exposição de identidades sexuais de pessoas vítimas de homofobia  o que as coloca em risco de um novo crime envolvendo este preconceito. Para coletar mais informação sobre o assunto, o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Universidade Federal de Minas Gerais realizou uma pesquisa. Aplicada no ano de 2008 e denominada  Mídia e homofobia , ela contou com o apoio do Ministério da Saúde brasileiro. Com base nos dados levantados, Leal e Carvalho (apud Navarro et al, 2015, p. 7) afirmam que, ao falar sobre LGBT e combate à homofobia, os veículos eram, em geral, favoráveis à causa. Porém, eles também esclarecem que  isso não é garantia de tratamento igualitário dos sujeitos e temas e não exclui formas mais ou menos sutis de silenciamento (Leal e Carvalho apud Navarro et al, 2015, p. 8). Por isso, o Te Orienta buscou produzir seus conteúdos de forma clara e objetiva. Os textos trazem uma linguagem simples e de fácil entendimento para possibilitar que todo o público compreenda a mensagem passada - não apenas de todos os graus de escolaridade, mas também de todas as faixas etárias. Já os vídeos são curtos (a maioria tem cerca de dois minutos e o mais longo sete minutos e meio) para tornar o acesso à informação rápido e dinâmico. Além disso, apesar de os vídeos conversarem com os textos no site, eles também funcionam sozinhos no YouTube. O website está instalado na plataforma Wix e foi organizado jornalisticamente de acordo com os assuntos que englobam o material produzido. As matérias estão divididas em três categorias:  O que é LGBT ,  Aceitação Social e  Direitos . A primeira categoria apresenta cinco matérias destinadas a apresentar um conceito histórico da temática, bem como conhecimentos sobre a sigla LGBT, que inclusive é um dos destaques do website. No Facebook, a reportagem explicando a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual alcançou 1700 usuários. Para abordar estes assuntos, os alunos procuraram profissionais das áreas da psicologia, história e membros da comunidade LGBT. Uma das reportagens,  O futuro da igualdade de gênero está na escola , também trouxe especialistas da área da educação e apresentou uma escola particular de Blumenau que busca respeitar a liberdade das crianças. Em  Aceitação Social estão inseridos cinco conteúdos que tratam de questões como o preconceito, a representatividade LGBT na mídia e depoimentos. Um dos destaques foi a reportagem  Quando ele percebeu que era ela , que atingiu 112 acessos e o usuário ficou em média três minutos e quarenta segundos na página, conforme apresentado no Google Analytics. Durante a produção destes conteúdos foram entrevistados membros da comunidade LGBT. Como, por exemplo, na matéria  Existe LGBTfobia na universidade? na qual as alunas conversaram com uma transexual e um homossexual que relataram as experiências que tiverem na faculdade. Também foram consultados profissionais da área da comunicação, que contribuíram para a matéria  Representatividade: a relação entre a comunidade LGBT e a mídia . Atendendo às preferências do público, a categoria  Direitos traz discussões sobre o atendimento médico ao público LGBT, o uso do nome social por pessoas transexuais e também esclarece como funciona o casamento e a adoção para casais homoafetivos. Além disso, o relato dos principais coletivos da região contextualiza sua missão e seus desafios no Vale do Itajaí. Na apuração destas matérias os estudantes entraram em contato com a Secretaria de Saúde de Blumenau, uma ginecologista, advogados e também membros da comunidade LGBT que passaram por vivências relacionadas a estes assuntos. As informações  Sobre e  Princípios Editoriais também estão disponíveis no website, para que o público possa conhecer o projeto e as diretrizes pelas quais os materiais foram produzidos e fiquem cientes de que o objetivo do Te Orienta é trazer informação sem fazer militância. Na sessão  Quem Somos os acadêmicos que desenvolveram o site são apresentados não apenas por fotos, mas também por um vídeo produzido para relatar a experiência de criar o Te Orienta e explicar a importância desse projeto para a região e para os próprios estudantes. O website permite ao usuário avaliar a produção do Te Orienta por meio do botão  Avalie-nos no menu. Ao clicar, o usuário é direcionado para um formulário do Google Docs e convidado a responder se aprovou o site, qual conteúdo mais gostou e também pode deixar críticas sobre o Te Orienta e sugestões para a próxima temática do projeto. Apesar da divulgação do questionário, foram obtidas apenas cinco avaliações. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Conforme apresentado acima, o Te Orienta surgiu com o intuito de trazer conhecimento sobre a temática LGBT para a sociedade de maneira informativa através de um relato humanizado. Este projeto é de suma importância para Blumenau e região, principalmente pelo alto nível de conservadorismo presente na sociedade. Desta forma, o website é uma ferramenta que pode ser utilizada tanto pelos integrantes da comunidade LGBT quanto pela comunidade em geral, a fim de extrair conhecimentos da temática, quebrando paradigmas e preconceitos inseridos na sociedade há muito tempo. Em um mês, a página no Facebook já havia alcançado 315 curtidas, chegando a 346 em 2017. No site, no mesmo período de 30 dias, o fluxo de visualizações de página foi de 810. Nos meses seguintes, atingiu 2133 visualizações, contabilizando 794 sessões. Sendo assim, consideramos que o Te Orienta é um produto jornalístico inovador, pois trata de forma multimidiática uma temática pouco abordada na mídia regional, apresentando informação sobre LGBT em forma de texto, imagem e vídeo. O projeto, que começou pequeno pelas mãos de dez alunos, agora já caminha para ser um projeto permanente das disciplinas que relacionam o jornalismo e o mundo digital. Cada turma que passar por essas disciplinas trabalhará um conteúdo especial e temático dentro do site, trazendo informação sobre os mais diversos assuntos e enriquecendo a compreensão da população.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CLEYTON, Feitosa. As diversas faces da homofobia: diagnóstico dos desafios da promoção de direitos humanos LGBT. Periódicus, Salvador, v. 1, n. 5, maio-out 2016.<br><br>DE SOUZA PANINI, Bruno Henrique et al. A busca por representação LGBT na mídia e a alternativa da regionalização de conteúdo para a visibilidade de entidades. Contemporânea: Revista UniToledo: Arquitetura, Comunicação, Design e Educação, v. 1, n. 1, 2016.<br><br>KRUG, Steve. Não me faça pensar: uma abordagem de bom senso à usabilidade web e mobile. 1ª ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014. 198 p.<br><br>NAVARRO, Luciane Pereira da Silva; ZARPELLON, Bhya Amabylle; DE LIMA, Mario Felipe Maciel. Aplicativo móvel i-sério: jornalismo e entretenimento para o público LGBT. Revista Mídia & Contexto-ISSN: 2358-3312, v. 1, n. 1, 2015.<br><br>OLIVATTI, Tânia Ferrarim. Youtube: Novas Práticas dos usuários em uma nova cultura digital. In: LECOTEC, 2008, Bauru. Anais do I Simpósio de Comunicação e Tecnologias Interativas. São Paulo: 2008. Pp. 256  267. Disponível em: http://www2.faac.unesp.br/pesquisa/lecotec/eventos/simposio/anais.html. Acesso em: 31 de março de 2017. <br><br>RODRIGUES, Bruno. Webwriting: redação para a mídia digital. São Paulo: Atlas, 2014. 120 p. <br><br>RODRIGUES, Catarina. Redes sociais: novas regras para a prática jornalística?. Revista PRISMA. COM, n. 12, 2010.<br><br>BRASIL, Ministério das Comunicações. Pesquisa Brasileira de Mídia 2015: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. Brasília: Secom, 2014. 153 p. Disponível em: http://www.secom.gov.br/atuacao/pesquisa/lista-de-pesquisas-quantitativas-e-qualitativas-de-contratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.pdf. Acesso em: 30 de março de 2017. <br><br> </td></tr></table></body></html>