ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00387</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Jingle Publicitário - Campanha pelas mulheres</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Cássio Henrique Machado (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Douglas Renê Barra (Escola Superior de Propaganda e Marketing)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Mulheres, empoderamento feminino, feminismo, igualdade de gênero, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho tem como objetivo demonstrar a metodologia do processo de criação e produção do áudio publicitário Campanha pelas mulheres . Foi desenvolvido pela produtora fictícia Flow, para a disciplina de produção audiovisual I, na ESPM-Sul, em Porto Alegre, com a orientação do professor Douglas Rene, durante o primeiro semestre de 2016. Nesse contexto, o projeto foi desenvolvido perante a uma necessidade social identificada pelo grupo: o empoderamento feminino devido aos altos índices de violência contra as mulheres. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ESPM-Sul tem como diretriz o ensino de excelência aos alunos e, para isso, estimula a o aprendizado nas áreas de gestão e criação desde o início do curso de publicidade. Disciplinas como processo criativo , direção de arte e redação publicitária fazem parte da grade curricular nos primeiros semestres e abordam conteúdos relativos às áreas citadas anteriormente e os preparam, assim como oportunizam a aplicação do aprendizado, para as disciplinas de Produção Audiovisual I , na qual foi proposta a criação de um jingle com o tema livre. O grupo Flow composto por Bruna Almeida Franco, Cássio Machado Henrique, Cássio Slongo, Henrique Olsen e Grégor Ribeiro escolheu como tema um assunto muito discutido atualmente, o empoderamento feminino. A caminhada feminista é marcada por rupturas, desdobramentos, avanços e retrocessos, hoje vivemos em um momento de avançar e ganhar cada vez mais voz nesta luta. Com a ascensão das mídias sociais no Brasil, surgem coletivos feministas que seguem juntando mulheres de todo o país na luta pela igualdade de gênero e pelo fim do feminicídio, da mesma proporção tem-se o crescimento de grupos contrários, que proliferam palavras de ódio pelo sexo oposto. Mesmo com a tentativa de ofuscação de uma parcela da sociedade, o feminismo tem tido a internet como aliada e assim, tem-se alcançado inúmeras mulheres, tornando possível a troca de informação, a solidariedade e o empoderamento. O trabalho em questão demonstrará o processo de criação e produção do áudio publicitário, que tem como finalidade ajudar no empoderamento das mulheres. Como forma de otimizar a comunicação com o público alvo, foi-se analisado através de uma pesquisa qualitativa os reais anseios do mesmo, criando identificação com a campanha, que busca em primeiro momento gerar reflexão e posteriormente auxiliarno empoderamento feminino. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Através da realização deste trabalho, pretendeu-se colocar em prática o que foi aprendido na disciplina de Produção Audiovisual I, ministrada pelo professor Douglas Renê, experienciando assim, como se trabalha em uma produtora de áudio e vídeo. Para a vivência ser mais próxima do que acontece no mercado de trabalho, os alunos foram divididos em pequenas produtoras fazendo com que os mesmos tivessem que atuar em diversas áreas para que houvesse êxito na conclusão do trabalho. Sendo assim, criou-se uma campanha para rádio e redes sociais, onde se aborda um problema gerado pela sociedade patriarcal e que é presenciado por todas as mulheres. Esta campanha é sustentada por um jingle de 60 segundos, onde se aborda temas relacionados aos desafios diários de uma mulher em uma sociedade machista compartilhado pelas protagonistas. Este tem como objetivo comunicar-se com o público alvo, que é composto por mulheres, na faixa etária entre 20 e 35 anos, das classe A, B e C e fazer com que as mesmas reflitam suas vidas, seus costumes e desejos, muitas vezes oprimidos, e que, dessa maneira, consigam perceber os limites impostos pela sociedade nelas mesmas. Sendo na insegurança ao andar na rua, no padrão de roupa para não ser culpada de seu próprio abuso, até em um costume diário como usar o sutiã. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a criação de uma peça publicitária é preciso conhecer a quem se quer atingir, entender seus costumes, estilo de vida e no caso, qual o problema em comum deste público. Desta forma, o presente trabalho é resultado da análise do comportamento e desejos entre as mulheres consultadas. O público feminino está cada vez mais indo para as ruas, trabalhando e criando sua própria independência. Entende-se então que as mesmas precisam de um meio de transporte para tal atividade e durante esse percurso a rádio continua muito presente fazendo companhia às mulheres. Por esse e outros motivos citados à cima, a escolha deste meio de comunicação é justamente para o público alvo escutar o jingle enquanto se espera para chegar ao destino final e durante esse tempo, se possa refletir com a mensagem que é passada. Outro modo de alcance do público são as redes sociais, visto que, as mulheres estão se juntando e criando grupos fechados como no veículo de comunicação Facebook , onde se abordam diferentes assuntos, mas sempre tendo a sororidade como ideia principal. Desta maneira um jingle de empoderamento pode ser facilmente compartilhado nesses grupos, aumentando assim o alcance e a força que o mesmo representa na caminhada por respeito. Por se tratar de um assunto problematizado e muitas vezes distorcido pela própria mídia, decidiu-se não vincular esta campanha a nenhum cliente específico. A peça vem assinada pela frase "Campanha pelas mulheres", transparecendo assim que a causa não é de alguém e sim de todas. Cada vez mais a busca das mulheres por direitos iguais tem sido evidenciada, principalmente com o advento das redes sociais, onde não existe mais limite para troca de informações. Por esse motivo entende-se a importância de veiculação deste trabalho nas redes sociais, além do rádio, pois segundo dados do IBGE (CENSO 2011) está acessível a 90% da população. Portanto, dessa forma é possível abranger a maioria da população de uma maneira eficaz e mais barata do que por outros meios. Mesmo que o conteúdo seja os anseios analisados e diariamente presentes na vida das protagonistas, o público alvo continua sendo as mesmas, uma vez que o caminho para aceitação e empoderamento feminino é necessário, muitas vezes, a ajuda de terceiros mostrando que é possível se ter os direitos iguais e principalmente ser respeitada por suas escolhas. E que essas não venham acopladas de dor ou discriminação. Através do presente trabalho, oferece-se então a força que muitas estão procurando para erguer a cabeça e se juntar ao movimento, libertando-se de padrões previamente estabelecidos e focando no que mais importa, em si mesma e nas escolhas que cada uma tem o direito de fazer. Desse modo, a "Campanha pelas mulheres" tem a intenção de fazer com que as pessoas entendam que o feminismo é uma maneira de lutar pela igualdade de gênero e possam denunciar sem medo os abusos cometidos pelos homens e também de demonstrar que as mulheres antes de mais nada querem respeito, e não clemência e pena como muitos representantes do sexo masculino acreditam. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os alunos do quarto semestre de Publicidade e Propaganda da ESPM-Sul receberam um briefing com o objetivo da realização de um trabalho acadêmico de Produção Audiovisual I, ministrada pelo professor Douglas Rene. Neste, constava a criação e produção de um áudio publicitário de tema livre. Após o entendimento do que deveria ser feito, o grupo se reuniu para discutir a mensagem que se gostaria de passar e qual público se comunicar. Como uma peça fantasia, optou-se por não escolher um cliente, porém uma causa social, deste modo, escolheu-se abordar um tema relacionado ao machismo, com o objetivo de servir de ferramenta no auxílio no combate do mesmo. Pois, conforme Costa, é evidente a necessidade de diferentes iniciativas para essa luta: Ao afirmar que  o pessoal é político , o feminismo traz para o espaço da discussão política as questões até então vistas e tratadas como específicas do privado, quebrando a dicotomia público-privado, base de todo o pensamento liberal sobre as especificidades da política e do poder político. Para o pensamento liberal, o conceito de público diz respeito ao Estado e às suas instituições, à economia e a tudo mais identificado com o político. Já o privado se relaciona com a vida doméstica, familiar e sexual, identificado com o pessoal, alheio à política. (COSTA, 2005) Com o assunto delimitado, iniciou-se o brainstorm onde os integrantes debateram sobre o assunto e sobre as ideias que foram surgindo. Com o tema escolhido, o próximo passo foi escolher um público alvo com quem se deseja comunicar pois, mesmo compreendendo que esta é uma causa que atinge todas as mulheres, independente do segmento em que ela se encaixa, há diferentes níveis de repressão, em sua maioria atrelados a segmentação demográfica, de todos os tópicos que compõem esta segmentação, escolheu-se dividir o público através do sexo, faixa-etária e classe social, resultando em um grupo formado por mulheres, na faixa-etária entre 25 e 35 anos, pertencentes a classe A, B e C. A próxima etapa foi a elaboração de uma lista de perguntas para realização de uma pesquisa qualitativa usando a técnica de Focus Group. Neste debate convidou-se sete mulheres que se encaixam nos requisitos do segmento e analisou-se a visão de cada uma perante o patriarcado e a sua influência no dia-a-dia das mesmas. Também foi realizado uma pesquisa bibliográfica, a fim de compreender o universo do feminismo e fundamentar o trabalho teoricamente a partir do ponto de vista da questão social. O feminismo durante o século XX acabou sendo algo muito difuso, pois havia correntes mais brandas e outras mais severas. Segundo Céli Pinto (), poderíamos caracterizar duas tendências principais que se iniciaram durante no século XIX e perduraram até o final do século XX. A primeira, teve como referência o movimento sufragista que foi conduzido por Bertha Lutz. Esse, caracterizado por ser mais brando, não questionava as desigualdade de gênero pois acreditava que os gêneros tinham diferenças e, portanto, aceitavam um tratamento diferenciado, prezando o bom andamento da sociedade. Consoante Céli: Nesse sentido, a luta para a inclusão das mulheres à cidadania não se caracterizava pelo desejo de alteração das relações de gênero, mas como um complemento para o bom andamento da sociedade. (PINTO, 2003) A segunda procurava tratar sobre temas que ainda eram assuntos tabus, como sexualidade e divórcio e, dessa forma, não era aceita socialmente, conforme explica a própria autora: A segunda tendência de feminismo  mal comportado , vertente que reúne uma gama heterogênea de mulheres (intelectuais,anarquistas, líderes operárias) que, além do político, defendem o direito à educação e falam em dominação masculina, abordam temas que para a época eram delicados, como, por exemplo, a sexualidade e o divórcio. (PINTO,2003) Outra abordagem importante para fundamentar o presente trabalho são os dados de violência contra a mulher. Desde a instituição da Lei Maria da Penha ( Lei nº 11.340/2006), o Brasil avançou em vários aspectos em relação aos direitos da mulher. No entanto, há muito o que ser feito ainda. A cada 100 mil mulheres, contabilizamos 4,8 assassinatos por dia, por ano? . Isso leva o nosso país a quinto lugar no ranking de países em feminicídio. No ano de 2013, metade dos 4.762 assassinatos de mulheres foi cometido por familiares. Sendo que 33,2% desses casos, o crime foi cometido pelo atual parceiro ou ex. Outro dado estarrecedor, é que o número de mulheres negras assassinadas no país aumentou em 54%, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Outro recurso importante do marketing para otimizar o engajamento que o trabalho utilizou é o uso da linguagem correta com seu público, pois o mesmo precisa se identificar com a peça. Logo, uma das formas para que isso ocorra é empregar corretamente o vocabulário utilizado pelo grupo que se deseja atingir. Para isso, foi preciso analisar a comunicação do mesmo nas redes sociais, principalmente em grupos feministas no Facebook. Uma dos cases que o grupo utilizou como referência é o movimento Vamos juntas presente no facebook. Verificar na imagem de capa da página do movimento, a linguagem é informal e fluida:Fonte: Facebook Vamos Juntas Portanto, como a peça criada e o movimento social vamos juntas comunicam-se com o mesmo público, buscou-se também uma linguagem informal e fluida. Desse modo, com o linguajar adequado, buscou-se referências musicais de artistas consagrados, optando por músicas com batidas leves e agradáveis de se ouvir, sendo elas, conhecidas por parte do público. Dessa maneira, na busca por um estilo musical que tivesse o maior índice de aceitação entre os diferentes perfis de mulheres dentro do segmento escolhido, escolheu-se como referência maior a bossa nova, que além de oferecer potencial para criar um jingle agradável de se ouvir, instiga a reprodução e, assim, a viralização da obra. As principais referências do grupo foram "Águas de março" do compositor Tom Jobim e Elis Regina e "Sei lá a vida tem sempre razão" de Tom Jobim com Chico Buarque. Um outra referência que foi usada é a vídeo propaganda criada pela Dove, campanha pela real beleza, que modifica os paradigmas de beleza impostos pela sociedade e com isso gera identificação no público alvo e rende, para a marca milhares de compartilhamentos. Ao concluir todos estes processos, elaborou-se a letra do jingle, que passou pela aprovação do professor Douglas. Para a criação e composição foi utilizado o estúdio de áudio da faculdade, que contou com a presença da cantora Ana Lonardi e do músico Rodrigo Ganso, convidados pela ESPM para participação deste trabalho. Como o tempo com os artistas era curto, mostrou-se as referências para Ganso, optando com a ajuda do mesmo na utilização de violão, contrabaixo, piano e percussão. Juntamente com os profissionais foram realizados testes e experimentos a fim desenvolver a peça para que atinja o público alvo com eficiência. Apesar das referências e da própria melodia ter um tom alegre, procuramos criar um contraste entre a letra e o ritmo da música. Pois acreditamos que uma música alegre tem potencial para persuadir e tornar mais leve um tema tão delicado. Desse modo a intenção é que a repetição do jingle possa virar rotina na mente das pessoas ao lembrarem da melodia, mas que também a letra da música torne-se um aprendizado ao ocupar um espaço de reflexão na vida do segmento escolhido. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após o professor passar o briefing que pedia a criação de um áudio publicitário com tema livre, o grupo se reuniu para discutir o que seria anunciado e, assim, foi decidido fazer uma campanha que fizesse a diferença na vida das pessoas a partir de uma abordagem de um assunto atual e que demonstrasse a necessidade de resolução. Deste modo, escolheu-se falar sobre o machismo que está presente na vida de todas as mulheres e que tem sido debatido cada vez mais. Foi escolhido o tema empoderamento feminino. Com a escolha do tema, realizou-se o brainstorm, que consiste em uma técnica de dinâmica de grupo que busca explorar a criatividade de um grupo. E a partir daí, escolheu-se o público alvo e os objetivos da peça. Para que o conteúdo criado fosse coerente e com conteúdo relevante, realizou-se uma pesquisa qualitativa, se baseando na técnica focus groups. Convidou-se sete mulheres com idade variando entre 25 e 35 anos, pertencentes à classe social A, B e C, para um debate sobre a liberdade feminina na sociedade que as mesmas estão inseridas. Durante este processo o mediador perguntou os anseios presentes no cotidiano de cada uma. A partir disso, aduziu-se tópicos com os desejos em comum que foram debatidos e desses foi-se selecionados alguns para a composição da letra da música. Nessa etapa foram ouvidos inúmeras histórias de assédio sexual, desde casos cotidianos, assim como casos mais graves. Nela podemos perceber o quanto que o homem cultua a objetificação do corpo da mulher, pois em dois casos específicos, as alunas relataram que, mesmo morando próximo a faculdade, sentem receio de voltar sozinhas à noite para casa em virtude do assédio. Fato relevante que foi incorporado ao jingle. Em reunião, o grupo analisou as respostas e a partir delas criou-se a letra do jingle. Na pesquisa bibliográfica, com o intuito de fundamentar os principais conceitos do tema do trabalho, foram utilizados autores que trouxeram contribuições em relação ao tema do feminismo como Pinto (2003),  O feminismo no Brasil: suas múltiplas faces e Costa (2005), com o texto  O Movimento feminista no brasil: Dinâmicas de uma intervenção política , assim como dados do censo aplicado pela secretaria federal das mulheres do Brasil. Essa foi realizada por dois integrantes e apresentada para os demais, a fim de otimizar diversos trabalhos de pesquisa. Também, para traduzir o posicionamento da campanha, além da pesquisa bibliográfica, foram feitas análises de outros movimentos sociais e, a partir disso, optou-se por uma linguagem jovial e moderna, contendo frases familiares ao público alvo como "Respeita as mina", com o intuito de gerar identificação com a mesma. Além disso, buscou-se referências para a escolha do estilo musical, que reproduzisse com facilidade a mensagem da peça e que fosse de fácil memorização. Os artistas consultados foram os Tom Jobim, Elis Regina e Chico Buarque com as músicas "Águas de março" e "Sei lá, a vida tem sempre razão". Após esses processos, criou-se a letra do jingle, pensada em uma produção de 60 segundos. LETRA DA MÚSICA. Eu tenho um desejo E vou te falar É andar na rua sem me preocupar É falta de respeito andar por aí Mostrando as pernas É mesmo? E daí Eu só quero ser livre Acordar de manhã Sem passar pela crise de pôr um sutiã Quero andar pelo mundo Viver a vontade Vestir qualquer roupa Esquecer vaidade Sei lá, as mina tem que respeitar Sei lá, só sei que isso tem que acabar Uma campanha pelas mulheres Sei lá, só sei que isso tem que acabar. Depois da letra escrita, foi feita uma vasta pesquisa de ritmos e melodias por outros dois integrantes do grupo. As tarefas foram divididas de acordo com a experiência e habilidade de cada um, por exemplo, os dois integrantes que realizaram a pesquisa de ritmos e melodias atuam no mercado de trabalho musical de Porto Alegre. Eles apresentaram para a equipe, que elegeu as duas músicas utilizadas como referência principal, Águas de Março, de Tom Jobim, e Sei lá a vida tem sempre razão, de Chico Buarque e Tom Jobim, para seguir no desenvolvimento do projeto. Com a letra aprovada pelo professor, o grupo seguiu para a gravação, que contou com a participação da cantora Ana Lonardi e do músico Rodrigo Ganso, ambos convidados pelas faculdade ESPM. Em primeiro momento foi passado as referências e às especificações como ritmo, estilo musical e batida aos artistas envolvidos. Ganso compôs a melodia e, após gravação, Ana que até o momento ensaiava a letra, foi chamada e deu-se início a sobreposição de sua voz na instrumentalização. No mesmo momento foram gravados o violão, o contrabaixo, o piano e a percussão. Durante a gravação já é realizada a regulagem de volume para que o som saia o mais limpo possível. Após a captura de voz e som é realizado a edição dos mesmos, que consiste em retirar ruídos e em adicionar efeitos sonoros, quando necessário. Por fim, ocorre a mixagem de som, que constitui a regulagem de todos os sons e volumes para que, ao compactar o arquivo, seja gerado um arquivo master, que consiste na última parte de todo o processo. Desse modo, o arquivo pode ser convertido para um formato mp3 e está pronto para o uso. Para esse processo, a finalização e pós produção contou-se com a ajuda do Cassiano, Técnico e operador de áudio da ESPM-Sul, responsável pelo estúdio de áudio e vídeo da mesma, e por operar os softwares durante a produção do jingle e na pós-produção do projeto onde com as orientações do professor refinou a qualidade do áudio. Após concluído todo o processo, a peça foi divulgada pelo grupo nas redes e gerou engajamento dos grupos sociais dos integrantes. Isso demonstrou que a campanha tem um conteúdo relevante e foi apresentada de maneira que instigou e gerou identificação no público alvo. Todo o processo de composição, produção da trilha sonora, gravação da voz e finalização foi realizado em horário de aula, durante o período de três horas. Apenas o processo criativo foi realizado com reuniões independentes pelo grupo realizadas na semana anterior. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Conforme visto no trabalho esse tema é muito importante, pois além de afetar mais da metade da população brasileira, é causa de anseio e sofrimento para muitas mulheres, logo podemos perceber que ele é muito relevante para a sociedade, O projeto campanha pelas mulheres obteve um resultado que correspondeu perfeitamente com as expectativa do grupo e do professor orientador. Completou os requisitos do briefing de maneira criativa e com cunho social. O Intuito desse jingle foi conscientizar sobre os assédio e violência sexual que as mulheres enfrentam todos os dias. Um dos maiores desafios foi tentar tratar desse assunto delicado através de uma melodia que expressa alegria, porém foi alcançado com um grande êxito. O jingle relata, os segredos de uma mulher e de como ela gostaria que os dogmas da sociedade fossem revistos em relação ao sexo feminino. Desde poder passear na rua sem precisar ficar preocupada, ou a escolha de não querer usar sutiã. Dessa maneira o grupo quis deixar evidente o quanto a mulher é cobrada em relação ao estereótipo de beleza. E se não possuírem determinado padrão estético acabam sendo diminuídas pelas pessoas. E o quanto a nossa sociedade é machista e hipócrita em relação às mulheres. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">COSTA, Ana ALice Alcantara O Movimento feminista no brasil: Dinâmicas de uma intervenção política Niterói, v. 5, n. 2, p. 9-35, 1. sem. 2005<br><br>FIGUEIREDO, Mariza. A evolução do feminismo no Brasil. In: O Feminismo no Brasil: reflexões teóricas y perspectivas . Salvador: NEIM/UFBa, 1988.<br><br>PINTO, Céli Regina Jardim. O feminismo no Brasil: suas múltiplas faces O feminismo no Brasil: suas múltiplas faces. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003. 119 p. (Coleção História do Povo Brasileiro).<br><br>Rádio In Site do Governo Federal. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/governo/2014/12/televisao-ainda-e-o-meio-de-comunicacaopredominante- entre-os-brasileiros Acesso em: 31 de mar 2017<br><br> </td></tr></table></body></html>