ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00390</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;VacinaCão</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Paulo Henrique De Carli Barbosa (Centro Universitário FAG); Jessika Yumi Sano (Centro Universitário FAG); Maria Aparecida Alves (Centro Universitário FAG); Rafael Guareski (Centro Universitário FAG); Sergio Marilson Kulak (Centro Universitário FAG)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Cachorro, Inovação, Merchandising, Mídias Alternativas, Vacina</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desenvolvido na disciplina de Práticas em Merchandising do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário FAG, o presente projeto possui como elemento fomentador a busca pela solução do problema de comunicação da empresa AGP Group, se valendo de um aglomerado de estratégias criativas e procedimentos mercadológicos no que se refere à desmistificação da má fama das vacinas nacionais para cães, possibilitando ao produto condições competitivas, adequadas e atrativas frente ao consumidor por meio de suportes midiáticos não convencionais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No sexto período da graduação do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário FAG, está inserida a matéria de Práticas em Merchandising. Durante seu trabalho avaliativo, foi dada a missão de produzir uma ação comunicativa que conseguisse sanar a problemática pela qual passava a empresa AGP Group. A AGP realiza a comercialização de vacinas nacionais para cães. Estas, no entanto, carregam consigo a reputação de que sua eficácia é inferior a das vacinas importadas. Porém, essa má eficácia provém, geralmente, da forma como os produtos são armazenados e, principalmente, da parte no corpo do cachorro onde são aplicadas. Se os pet shops que realizam a venda das vacinas nacionais não instruírem os consumidores com a devida importância sobre quais os reais motivos para a falha vacinal, a consequente ineficácia que as vacinas podem apresentar, se direciona para a imagem do Grupo AGP, pois é ele quem realiza a sua distribuição. Parente (2000), nos diz que "o varejo no Brasil tem atravessado um acelerado ritmo de transformação e consolidação nos últimos anos, com novos formatos de varejo, mais eficientes e mais adequados às novas necessidades do mercado consumidor". Assim, neste processo de evolução pela busca de resultados satisfatórios, inovadora também deve ser a sua comunicação. Valendo-se desse princípio, a solução encontrada foi um modo alternativo de comunicação no ponto de venda, optando pelas mídias alternativas. Para Dordor (2007), nas "mídias alternativas, a reflexão é destinada a ajudar o homem do marketing a raciocinar em bloco, a transpor as disciplinas clássicas [...]. Inventamos permanentemente, para defender as marcas, as imagens e os produtos que nos foram destinados". Neste sentido, o presente trabalho intenciona demonstrar o modo pelo qual o grupo desafiado, com base nas mídias alternativas, procurou meios para o fortalecimento da marca da empresa e o seu relacionamento com os clientes por meio da ação comunicacional "VacinaCão".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Mais que fornecer o medicamento aos cães de seus clientes, a AGP Group deveria também informar, instruir e auxiliar a eles como utilizar a vacina da melhor maneira, pois os resultados do processo da vacinação implicam diretamente na concepção do consumidor acerca da marca. Assim, buscou-se elaborar uma ação alternativa de comunicação que transmitisse o conhecimento necessário do modo mais fácil e eficiente possível a fim de controlar o problema que ameaçava a empresa, fazendo com que o consumidor dispusesse de maior envolvimento com o conteúdo apresentado, buscando de forma didática que, ao ler ou manipular as peças, os métodos para a eficácia das vacinas fossem compreendidos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A vacinação dos animais domésticos é de suma importância para o bem estar do animal. O medicamento proporciona melhora na imunidade, fazendo com que seu organismo crie anticorpos necessários caso entre em contato com alguma doença, estando assim, preparado para combatê-las. O filhote que não receber a vacina tem uma grande probabilidade de contrair uma doença infecciosa e não atingir a idade adulta. Já os adultos podem adoecer em qualquer momento da vida se não vacinados. Outro importante fator da vacinação é o controle de zoonoses, as doenças transmitidas de animais para humanos, como por exemplo a raiva. Com base em pesquisas realizadas com veterinários, a diferença mais prevalente entre as vacinas importadas e as nacionais, além de seu valor econômico, é que as importadas tem sua produção realizada com base de vírus vivos e atenuados de acordo com os padrões internacionais exigidos, o que assegura boa imunidade e proteção contra as principais doenças dos animais domésticos. Enquanto as melhores vacinas produzidas no Brasil são feitas a partir de vírus vivos inativados. Entretanto, crer que todo produto importado é de maior qualidade é uma crença ultrapassada, e vale trabalhar contra esse estereótipo muitas vezes enraizado no consumidor. A indústria nacional tem realizado grandes investimentos em medicamentos e produtos imunoterápicos. Sendo assim, o maior fator que difere uma da outra são as condições em que ocorre a venda e, principalmente, a aplicação da vacina. Normalmente a vacina nacional é vendida em pet shops, onde o próprio cliente compra o produto e realiza a aplicação sem, necessariamente, ter a informação adequada quanto ao seu uso ou manipulação. De acordo com o briefing realizado, muitos balconistas não têm interesse em explicar a diferença entre as duas vacinas, nem o seu modo de aplicação e os motivos para a falha vacinal. Nessa lógica, se fazia primordial transmitir de maneira instrutiva as circunstâncias pelas quais a imunização por intermédio da vacina não era efetiva em diversos casos, sobretudo em relação às vacinas vendidas pelo Grupo AGP, da modalidade nacional, que já traziam consigo a mitificação de baixa qualidade, qualidade essa que se refletia diretamente na imagem da empresa atendida. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A propaganda por si só é uma ferramenta importante na gestão da comunicação, pois é um modo específico de apresentar informação sobre um produto, marca, empresa ou política que visa influenciar a atitude de uma audiência para uma causa. Porém, as mídias alternativas complementam as mídias convencionais, visando ampliar as possibilidades de impactar o alvo ultrapassando possíveis barreiras que possam vir a ser criadas pelos consumidores. Para alcançar os resultados traçados no briefing, foi necessário total aprofundamento ao objetivo proposto. A equipe passou a colher conhecimento em pesquisas e conversas com veterinários a respeito da vacina, suas técnicas de armazenagem e aplicação. Fundamentados dessas informações, visando atrair os olhos do consumidor à comunicação que seria produzida, foi utilizado na elaboração do projeto o método VIEW, em inglês, as iniciais para visibilidade, informação, emoção e funcionalidade. Separando então, os quatro pontos a serem trabalhados: Visibilidade: para chamar a atenção do indivíduo que vai diretamente ao pet shop, do modo com o qual ele está acostumado, optou-se por peças que geram surpresa no ambiente, por se tratar de adereços que não são de costume. Complementarmente, ainda foi realizada a elaboração de um evento. Informação: as peças também possuem conteúdo informacional sobre o produto e seus benefícios, além de sua interatividade gerar um processo didático de aprendizado. Emoção: buscou-se transmitir a proteção que um dono propicia para seu cão, zelando por seu bem estar e sua saúde. A comunicação visa gerar ao consumidor a sensação de guardião perante seu pet. Funcionalidade: além de cumprir funções básicas de comunicação, buscou-se aqui que todas as peças tivessem a possibilidade de interatividade por parte do consumidor ou do ambiente, desta maneira as peças oferecem um diferencial, fator importante na hora de chamar atenção. Ainda sua fabricação se fez em materiais resistentes para uma maior durabilidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Iniciou-se a construção da estratégia reconhecendo que era necessário primeiramente a criação de um posicionamento desta comunicação promovida pela marca. O primeiro passo foi à composição de um mote e uma identidade visual que viria englobar toda a ação comunicacional. Parafraseado a palavra original vacinação, por meio de um trocadilho, a ação foi batizada de  VacinaCão , trazendo uma alusão ao ato de vacinar e a espécie do animal ao qual seria aplicado a vacina. Sua identidade visual foi composta toda por tipografia, apenas tendo a letra I substituída pelo ícone de uma seringa, utensílio utilizado para a aplicação do medicamento (Figura 01). Tendo assim estabelecido a assinatura para a identificação da ação comunicacional da AGP Group, os passos seguintes caminharam de modo incisivo para a busca da solução do problema que a empresa enfrentava. Esta sequência foi dividida em duas etapas: a primeira trouxe a criação de um evento mensal para os clientes, enquanto a segunda apresentou peças de apoio com teor informacional para o dia-a-dia dos pet shops. A empresa AGP Group, atende a quatro pet shops distribuídos na região de Cascavel - Paraná. Estes pet shops foram divididos estrategicamente pela própria empresa em pontos específicos nas regiões norte, sul, leste e oeste, possibilitando uma abrangência total da cidade. Tomando por base essa informação e acompanhando essa estratégia, foi realizada a distribuição do evento  VacinaCão semanalmente em cada loja, automaticamente em cada região, abrangendo a cidade toda durante o mês. No  VacinaCão" as lojas receberam veterinários representantes da AGP Group, durante a realização do evento que foi de dois dias por loja. Eles fizeram a aplicação das vacinas nos cães no estabelecimento ou nas residências dos moradores da região para, dessa forma, realizarem o transporte e aplicação da maneira mais adequada, reduzindo, assim, os dois principais fatores da falha vacinal. Durante o evento, o serviço realizado pelos veterinários não foi cobrado, os moradores tinham que arcar apenas com o valor da vacina e 10% do arrecadado foi destinado para a OSC (Organização da Sociedade Civil) Sou Amigo, uma instituição sem fins lucrativos da cidade de Cascavel que protege, cuida e luta pelos direitos dos animais. A divulgação desse evento foi realizado por meio de flyers (Figura 02) produzidos em papel couchê 120g, sem verniz, 15 x 21cm, 4x0, que se encontravam anexos a um display. Como o  VacinaCão aconteceu uma semana por mês, durante dois dias por cada estabelecimento, nas demais três semanas e também nos dias que antecedem o evento, a instrução para a eficácia das vacinas nos pet shops foi realizada por materiais de apoio. Para esta missão, foram escolhidas duas peças através de uma publicidade não convencional. Kotler (2003) nos diz que no passado as empresas conquistaram seus públicos por meio da qualidade e eficiência, mas que hoje a arma decisiva no processo de compra é a criatividade, que a superioridade na mesmice passou a ser irrelevante no cenário das vendas. Corroborando com este pensamento, foi executada ações que propunham uma ideia de conscientização do público-alvo, levando ao seu contato informações acerca do assunto, alicerçando a mensagem em sua mente e potencialmente alinhando a sua percepção de modo positivo. Cada peça, sua localização dentro da loja e funcionalidade atende a objetivos específicos. A primeira trata-se de um adesivo para refrigerador de 60cm x 1,80m. (Figuras 03 e 04). Esta peça se encontra acoplada ao local onde a vacina é armazenada. Ela objetiva alertar ao atendente e aos consumidores acerca dos problemas que podem causar a falha vacinal. Através da leitura se obtém informações primordiais até a título de curiosidade, o que gera o interesse. A segunda peça trata-se de um display (Figura 05) que encontra-se exposto ao lado do caixa ou em local de maior visibilidade, pois a ele são atribuídas duas funções: a mais básica de suporte para os flyers que possuem as informações sobre o evento  VacinaCão e a mais relevante: a de uma peça informacional interativa. O display é composto de acrílico, adesivado e tem altura de 1,50m. O suporte para os flyers estão colocados a um metro de altura. Em seu topo há uma peça interativa (Figura 06), diretamente ao alcance das mãos dos clientes, não como um banner ou um simples cartaz exposto que chamasse a atenção mesmo à distância e depois fosse facilmente ignorado, a estratégia foi elaborada em busca da interação, para que o cliente tivesse contato direto com a ação. Na peça existe a imagem de um cachorro de corpo inteiro. Localizado em sua parte superior, como título, a seguinte pergunta  Onde você aplicaria a vacina do seu cão? . Para responder esta questão, sobre o corpo do animal foram demarcados alguns lugares em que existem uma peça destacável (Figuras 07 e 08). Cada peça tem em sua borda um pedaço por onde ser destacada escrito  puxe . Ao puxar, abaixo de cada uma, com base em sua localização conterá textos como por exemplo: TESTA: Injeção na testa? Nem de graça! PATA: Vacinando aí você vai me deixar manco, não protegido. RABO: No meu rabinho ninguém mexe! LOMBAR (parte correta): Acertou! Aqui vai doer um pouquinho, mas está certinho. Como resultado, trazendo em sua redação frases curtas, de efeito, jargões e até rimas, pela brevidade, caracterizando essa comunicação imediata, a peça apresenta grande potencial de memorização, assim como o efeito causado pelos slogans, capazes de fazerem as pessoas se recordarem de uma empresa, produto ou serviço</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Como afirma Las Casas (2001):  [...] a imagem de uma organização não depende apenas das comunicações e comportamentos produzidos pela empresa e emanados dela: ela é também afetada por outras influências, em que exercem papel importante as percepções que têm outros públicos independentes e influenciados pela empresa e os elementos a sua volta . A empresa AGP Group possuía uma problemática e coube ao grupo o desafio de buscar soluções. Mas como tornar atrativa a busca de informações acerca de um produto que não é  consumido por humanos ? Desde a passagem do briefing, as conversas com veterinários, a pesquisa bibliográfica, o contato com o dia- a-dia dos pet shops até a aplicação dos conceitos práticos e teóricos que tiveram contato desde o início da graduação, a busca por essa resposta foi de grande aprendizado para os alunos. As mídias alternativas se mostraram mais uma vez grandes aliadas para enfrentar o desafio de elaborar um conceito inovador, acerca da construção de uma mensagem que se deseja fazer ser entendida, quando o assunto é gerar uma mudança no comportamento do consumidor por meio da informação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">DORDOR, Xavier. Mídia: mídia alternativa. Trad. Fernando Santos. São Paulo: Editora Nobel, 2007.<br><br>KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003.<br><br>LAS CASAS, Alexandre. Luzzi. (Coord), Novos rumos do marketing. São Paulo: Atlas, 2001.<br><br>PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: Gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000.<br><br> </td></tr></table></body></html>