ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00400</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Seja sem Vergonha</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;José Guilherme Pamplona (Centro Universitário Curitiba); Camila Trevisan Bueno Ormerod (Centro Universitário Curitiba); Bruno Marques de Mendonça (Centro Universitário Curitiba); Gabriel Henrique de Medeiros Stange (Centro Universitário Curitiba)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Representações Sociais, Imagens, Cartaz, Vergonha, LGBT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho tem como o objetivo demonstrar como foi elaborado a criação do cartaz Seja sem vergonha, campanha desenvolvida na disciplina de Psicologia da Comunicação, que partia da provocação em traduzir, por meio de imagens, sentimentos corriqueiros de nosso dia a dia. A base do trabalho reúne as representações sociais, definidas por Jodelet (1989) ancoradas em imagens para a construção de uma mensagem publicitária. A campanha desenvolvida é assinada pelo Coletivo Cores e foi veiculada internamente, dentro do Centro Universitário Curitiba, no 2º semestre de 2016.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Amor, ódio, inveja e vergonha, esse foi o assunto da pesquisa que os alunos de Publicidade e Propaganda, do Centro Universitário Curitiba, realizaram no 1º semestre de 2016, na disciplina Psicologia da Comunicação. O tema escolhido foi a  A vida com ela é em que se trouxe para a sala de aula a apresentação e discussão de diferentes sentimentos. O objetivo final, como será desenvolvido no próximo tópico, era retratar esses sentimentos por meio de imagens, já que o curso de Publicidade e propaganda prepara os alunos para traduzir ideias em imagens. Na Psicologia da Comunicação utiliza-se o conteúdo das Representações Sociais para entender como a publicidade forma as representações e como os diferentes grupos tem a imagem, o conhecimento ou a ideia da realidade. Conforme Jodelet, Representações Sociais são  uma forma de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada, tendo uma visão prática e concorrendo para a construção de uma realidade comum a um conjunto social (JODELET, 1989, p.36) Entender as Representações Sociais, é compreender como um grupo interpreta a realidade, desde a marca de uma cerveja até questões como a pena de morte. As Representações Sociais carregam, sempre um sentido simbólico. Podemos falar na objetivação, processo pelo qual o indivíduo associa uma ideia a uma imagem e, nesse caso específico, apresenta-se a ideia da vergonha, para ser traduzida por meio de uma imagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo do trabalho era representar, a partir de imagens  e, posteriormente, a utilização dessas imagnes para elaboração de um cartaz  alguns sentimentos que foram sorteados entre os alunos da disciplina de Psciologia da Comunicação. A vergonha foi o sentimento que norteou o presente trabalho. A partir da definição do sentimento, o grupo desenvolveu uma pesquisa bibliográfica, relacionada a objetivação do sentimento por meio das Representações Sociais. O brainstorm e todo o caminho criativo deveria, de alguma forma, ancorar, a partir de um recurso imagético, o sentimento determinado. Assim, a imagem deveria traduzir a vergonha  fazer com que o receptor entendesse, percebesse e sentisse, de que forma esse sentimento estava sendo abordado. Como cliente do trabalho, foi o escolhido o Coletivo Cores, coletivo LGBT do Centro Universitário Curitiba, que tem como objetivo a divulgação de mensagens em prol da diminuição do preconceito em relação a gênero e orientação sexual e outras pautas relacionadas a diversidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Carlos Rabaça e Gustavo Barbosa (2002) definem o cartaz como:  Mensagem publicitária de grandes dimensões, em formatos variáveis, impressa em papel, de um só lado e geralmente a cores, própria para ser afixada em ambientes amplos ou ao ar livre, em paredes ou em armações próprias de madeira ou metal (RABAÇA; BARBOSA, 2002, p. 110). Sua linguagem costuma ser direta e informativa. Segundo Duarte, o papel do cartaz é:  Estabelecer a comunicação entre o emissor/receptor, informando-o acerca de um determinado evento, bem como o instruindo sobre a localização de certos ambientes relacionados a quaisquer acontecimentos sociais, dentre outros. (DUARTE, s.d). A autora complementa destacando que sua estética combina, geralmente, a linguagem verbal  mensagens escritas  como a não verbal  imagética  na construção das mensagens.  em alguns casos, a imagem influencia de maneira decisiva no discurso ora proferido. No que se refere à linguagem, se trata de algo conciso e objetivo, geralmente grafado com letras maiores, com vistas a despertar a atenção do leitor. (DUARTE, s.d). Sua fixação se dá normalmente em murais, portas, postes e outros tipos mobiliários que, normalmente, independem de uma intermediação  no máximo, uma autorização. Sendo assim, dificilmente para a elaboração de uma campanha que envolve o meio cartaz, o cliente terá custos de veiculação. Apenas de criação, produção e fixação desses materiais. Para Hollis (2000, p. 5)  nas ruas das crescentes cidades do final do século, os pôsteres eram uma expressão da vida econômica, social e cultural, competindo entre si para atrair compradores para os produtos e público para os entretenimentos . O cartaz acabou transformando-se junto com as mudanças da sociedade. Abordagens anteriormente apenas publicitárias por conta da Revolução Industrial, abriram espaço para divulgação de mensagens e até mesmo doutrinação durante o regime Nazista alemão, por exemplo. Ao pegar o conceito do cartaz como meio de divulgação eficaz e abragente não só de mensagens publicitárias mas também de disseminação de ideais, além de seu baixo custo de produção e distribuição, este formato foi escolhido para a campanha  Seja Sem Vergonha do Coletivo Cores, Coletivo LGBT do Centro Universitário Curitiba. Nos dias atuais, se faz necessária a propagação da mensagem anti preconceito e de aceitação de diferenças em nossa sociedade, além, é claro, da quebra de tabus com assuntos como discriminalização do aborto, adoção por casais homossexuais, prática do ateísmo e religiosas e condutas sexuais que fogem do padrão heteronormativo, como forma de evitar o bullying e a discriminação, entre outras situações desconfortáveis e violentas que acontecem diariamente não só no país como no mundo. É importante também que se expanda o diálogo acerca do verdadeiro significado da própria palavra vergonha e sua aplicação. O conceito da peça trata disso: retratar a vida como ela é. Como ela se apresenta e como nós a encaramos. Além da população LGBT no ambiente acadêmico (e fora dele), o trabalho aborda a quebra de tabus impostos pela sociedade, como os que envolvem práticas sexuais, aceitação física e liberdade religiosa. Por exemplo, o bullying com pessoas acima do peso tem se intensificado todos os dias com os padrões de beleza impostos pela própria publicidade em seus anúncios, mostrando uma falta de empoderamento das minorias e as deixando sem espaço de representatividade na mídia. Essas práticas de discriminação ocasionam marcas na autoestima e saúde psicológica das vítimas, por isso é tão importante a conscientização sobre isso, além de se manter firme à ideia de instigar o debate sobre o que é vergonhoso ou socialmente aceito, mantendo assim a proposta do trabalho de que vergonha é apenas um ponto de vista imposto pela sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os métodos utilizados na construção da peça foram escolhidos levando sempre em conta a necessidade da clareza com que precisavamos levar a mensagem no resultado final. De acordo com o estudo feito na disciplina de Psicologia da Comunicação sobre as Representações Sociais e como elas afetam nossa convivência em sociedade foram definidos sentimentos a serem explorados nas campanhas. Então, o sentimento a ser explorado pela campanha era o da vergonha. A definição da palavra vergonha segundo o dicionário é:  Sentimento de humilhação ou de desonra; opróbio; qualquer situação vexatória. (MICHAELIS, 2015, online). Ou seja, algo do qual você não quer sentir, e que ao sentir vergonha, sente culpa por ter feito algo que causou aquele sentimento. As fotos foram produzidas exclusivamente para essa campanha. O processo de captura demandou uma semana entre encontros com os modelos, edição, e construção do layout. O tratamento e edição das fotos foi feito individualmente, levando em consideração que foram tiradas no espaço de uma semana, como citado. O processo todo foi documentado em pequenos storyboards e rascunhos que foram utilizados juntamente com as referências na construção do trabalho final. A imagens foram capturadas numa câmera Nikon d3200, equipada com uma lente 35mm 1.8. A escolha das personagens para as peças surgiu, então, após o brainstorm no qual ficou decidido que precisávamos retratar em nossa campanha o que a sociedade julga como sujo, errado, e que segundo o status quo pré-estabelecido, deveria ser mantido em segredo caso feito para que não haja desonra pública. As discussões sobre como retratar em forma de imagem isso nos levaram ao insight de se encarar tais atos como crimes, coisas que não deveriam ser feitas mas, ainda sim, são. As primeiras personagens da peça, que aparecem na parte superior, acima da frase que divide o cartaz, são representações de pessoas comuns que seguram uma placa como as de identificação de presidiários ao serem fotografados com os dizeres  Eu sou ateu e  Eu já fiz ménage nelas em um fundo caracteristico de imagens desse tipo, popularmente conhecidas como mug shots. A escolha de alguém  comum foi feita pois a intenção era retratar que em sociedade, as pessoas tem suas próprias caracteristicas, sejam fisicas ou comportamentais, e nunca desmonstram suas verdadeiras identidades em situações comuns. Nosso verdadeiro  eu nunca é explicito, segundo a teoria de Jung (2011). Ele explica que em sociedade utilizamos  máscaras para esconder quem somos de fato. A persona é a máscara usada pelo indivíduo em resposta às solicitações da convenção e da tradição social e às suas próprias necessidades arquetípicas internas. Corresponde como imagem representacional do arquétipo de adaptação, pois somente através da persona é que o indivíduo consegue se adaptar ao mundo. A segunda personagem, na parte inferior da peça do lado esquerdo, veio após discussões de símbolos de resistência na sociedade historicamente e análise de pesquisas que demonstram o alto número de acadêmicos vitimas de homofobia dentro das instituições de ensino que frequentam. Para se ter ideia do tamanho desse problema enfrentado por estudantes homossexuais, foi realizada a pesquisa "O Ambiente Educacional no Brasil: as experiências de estudantes LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais)" feita em conjunto pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e pelo Grupo Dignidade, com apoio da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e foi respondida, segundo seus organizadores, por 1016 estudantes LGBT, de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal (com exceção do Tocantins), com idade entre 13 e 21 anos, entre dezembro de 2015 e março de 2016, e diz respeito às suas experiências nos ambientes educacionais no ano de 2015. (MINISTRÉRIO PUBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, 2016) Os resultados apontaram que 60% dos estudantes se sentiram inseguros em suas instituições de ensino no período de realização da pesquisa, por serem LGBT; que 73% foram agredidos verbalmente no mesmo período e pelo mesmo motivo; enquanto outros 36% foram agredidos fisicamente. Também 36% dos estudantes relataram que consideram ineficaz a resposta dada pelos profissionais para impedir as agressões; e 39% dos entrevistados afirmaram que nenhum membro da família foi procurado por alguém da equipe de profissionais da escola quando o estudante sofreu a agressão ou violência no ambiente escolar. (MINISTRÉRIO PUBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, 2016) Então, ao construir o cartaz, optamos por colocar um dos maiores simbolos de resistência LGBT, as Drag Queens. O movimento das Drag Queens surgiu por volta dos anos 1.800, mas desde o teatro Grego, homens se vestiam de mulheres para encenar. Hoje, o ato de se travestir para uma performance, tomar outra personalidade ainda é visto com maus olhos por grande parte da sociedade, inclusive por uma parcela da própria sociedade LGBT, que encara como algo errado esse ato. Além de símbolo de resistência LGBT, colocar um homem travestido de mulher nos mostra também o movimento  gender fluid , muito popularizado nos últimos tempos. A última personagem, tem a intenção de sugerir a discussão do que é bonito, do que é o padrão de corpos socialmente aceitos nessa sociedade onde imagem é mais importante. Pensamos nas pesquisas e noticias que bombardeam os jornais diariamente sobre jovens que cometem suicidio, afundam-se em drogas, desenvolvem doenças, entre outras coisas por serem agredidas moralmente e as vezes fisicamente por estarem acima do peso ou fora dos padrões convencionados. Além de ter o corpo tatuado, a modelo não possui as medidas que são as  socialmente aceitas . A sociedade prega modelos de conduta para dimensões físicas, e percebemos a necessidade de se questionar isso e toda essa construção feita pela própria publicidade, inclusive, por meio de editoriais de moda, por exemplo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A apresentação do cartaz pela primeira vez foi feita na exposição do trabalho dentro da própria instituição. A exposição tinha como propósito apresentar as ideias sobre o conteúdo ministrado pelo professor Perci Klein, de Psicologia da Comunicação. O cartaz esteve exposto por um período de uma semana no primeiro semestre de 2016. A campanha em si começou a ser veiculada após a exposição, durante o segundo semestre de 2016. Os cartazes foram distribuídos pelo Centro Universitário Curitiba no formato A3 (297 x 420) por todo o complexo e nas salas de aula, onde existem editais. A veiculação da campanha teve grande impacto entre os alunos, gerando comentários positivos e favoráveis a esta comunicação. Além da peça impressa, a campanha também teve divulgação por meio Online, no Facebook. O cartaz foi dividido em 4 postagens diferentes com a mesma frase conceito, mas trazendo apenas uma imagem por vez. O alcance desse meio é enorme, levando em conta que o Facebook tem 99 milhões de usuários no Brasil. O propósito de ser comunicar assim dentro de uma instituição de ensino surgiu após percebemos que o coletivo LGBT do Centro Universitário Curitiba não tinha a visibilidade necessária, diferente de outros coletivos presentes, como o Saia na Rua, coletivo feminista, por exemplo. A necessidade de se mostrar que existe um coletivo LGBT e que ele está disponível para discussões, oferecer ajuda e trabalhar em prol da comunidade homossexual dentro da universidade se faz importante ao percebemos notícias e comentários sobre o bullying praticado por outros alunos dentro do ambiente acadêmico. Esse problema é real e acontece todos os dias, em todos os lugares e por isso a discussão do que é certo/errado, socialmente aceito/vergonhoso é importante. Além da questão LGBT, também percebemos o grande conservadorismo implicito nas relações quando se fala sobre sexualidade e religiosidade. As duas questões acabam andando sempre juntas, devido o grande número de evangélicos e católicos no Brasil. Hoje os católicos somam 123.280.172 de pessoas, ou seja, 64,5% da população, enquanto 42.275.440 são evangélicas. Então, muitas das crenças vigentes no Brasil sobre sexualidade, comportamentos sexuais, e tolerância religiosa vem dessa construção social criada pela própria igreja. (G1, 2012). A discussão ao redor do que se é entendido por vergonha ou do que é beleza não é de hoje. A descontrução desses conceitos vem sendo feita há muito tempo, e com mais força desde os anos 20, com os artistas de movimentos como Arte Moderna ou Abstrata, além de pessoas como Salvador Dali e Pablo Picasso, e posteriormente nos anos 60 com a geração dos hippies e revolucionários que contestaram o status quo de sua época e provocaram grandes mudanças no mundo. Ainda é necessário que se conteste o que é realidade, e o que nós aceitamos só por ser uma imposição feita pela sociedade na qual estamos inseridos. O grande conceito por trás de tudo é a frase que dá tema ao trabalho:  Seja sem vergonha . As definições de vergonha diferem de autor para autor, mas sempre acabam afunilando e nos levando ao entendimento de que é algo  criminoso ,  errado e que difere de acordo com o contexto social das épocas. Por exemplo, no século XIX, mostrar as canelas era algo vergonhoso e errado, mas com o passar dos anos, essa concepção foi sendo deixada de lado devido as revoluções, a mudança do ponto de vista, entre tantas outras coisas. Em sua obra  Os Meios de Comunicação como Extensão do Homem , Marshall McLuhan afirma que:  O meio é a mensagem . Tal afirmação se entende como o meio no qual a mensagem será veiculada é que condiciona o formato, então na construção do cartaz a utilização das imagens se faz necessária nesse caso para dar  rosto às personagens da vida real que estamos retratando.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Representar por meio de imagens um sentimento foi um desafio desde o começo. Foi preciso brainstorms, pesquisas e outras referências nas quais nos baseamos para conseguir desconstruir a ideia e coloca-la de forma imagética e didatica utilizando e pouco apoio textual. A utilização de personangens da vida real e a representação de sentimentos, além da abordagem da identidade, conceitos de  vergonha e  beleza na construção de um conceito se faz necessária para gerar os debates que nossa sociedade precisa hoje. O mundo mudou, os tempos mudaram e a necessidade de se explorar estas realidades no contexto que vivemos e tentarmos mostrar o quanto somos falhos ao afirmar alguns conceitos é importante. A dissiminação do preconceito acontece todos os dias de diversas maneiras e em qualquer lugar, inclusive dentro do ambiente acadêmico. É preciso que se coloque em evidência e empodere a vítima do bullying, que se dê voz e rosto para estas realidades que, muitas vezes, são caladas por discursos de ódio e intolerância. A missão dessa campanha foi mostrar a vida como ela é. Com seus rostos, gostos, cheiros e vontades. A vergonha não pode ser limitadora quando coloca em risco a essência do homem, seu verdadeiro eu nunca pode entrar em risco. Por isso, a veiculação da campanha nos rendeu grande surpresa. O engajamento das pessoas foi imediato, gerando todas as discussões que instigamos e atingindo resultados nos âmbito acadêmico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALBERTINO DA SILVA, S. O Design de cartazes no Cinema Marginal e na Pornochanchada. Dissertação (Mestrado em Artes e Design)  Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: < https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=12359@1> Acesso em: 15.04.2017<br><br>DUARTE, V. O cartaz  Um gênero Textual Informativo. Português UOL. Disponível em: <http://portugues.uol.com.br/redacao/ocartazumgenerotextualinformativo.html> Acesso em 13.04.2017. <br><br>G1. Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE. G1, 2012. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/06/numero-de-evangelicos-aumenta-61-em-10-anos-aponta-ibge.html>. Acesso 14.04.2017 HOLLIS, Richard. Design Gráfico: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2000. <br><br>JODELET, D. Representations sociales: un domaine en expansion. IN: JODELET, D. (Org.) Les Representations Sociales. Paris: Presses Universitaires de France, 1989.<br><br>JUNG, C. G. Aion  Estudo sobre o simbolismo do si-mesmo. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.<br><br>MICHAELIS. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Editora Melhoramentos LTDA, 2015. Online. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=vergonha> Acesso em 16.04.2017<br><br>MINISTRÉRIO PUBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. ESTATÍSTICAS - Dados sobre a violência contra estudantes LGBT. CAOPCAE  Área da Criança e do Adolescente, 2016. Disponível em <http://www.crianca.mppr.mp.br/modules/noticias/article.php?storyid=1537>. Acesso em 15.04.2017.<br><br>RABAÇA, C; BAROBOSA, G. Dicionário de Comunicação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. <br><br> </td></tr></table></body></html>