INSCRIÇÃO: 00512
 
CATEGORIA: CA
 
MODALIDADE: CA05
 
TÍTULO: Roteiro de ficção "Pimenta"
 
AUTORES: Carolina Previatto Melete (Universidade Federal do Paraná); Bárbara Coelho Marcolino (Universidade Federal do Paraná); Danielly dos Santos Zuza (Universidade Federal do Paraná); Letícia Alves Graton (Universidade Federal do Paraná); Fábio Hansen (Universidade Federal do Paraná)
 
PALAVRAS-CHAVE: Adolescente, Depressão, Ficção, Roteiro,
 
RESUMO
"Pimenta" é um roteiro de ficção pensado e produzido durantes as aulas de Redação Publicitária II, no curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da UFPR. A proposta era criar um roteiro criativo e estruturado baseado no olhar empírico sobre viver por uma semana com uma pimenta. Esse roteiro apresenta a história de Akira e as mudanças pelas quais ela passa durante a adolescência e é contado pelo ponto de vista da observação de um narrador onisciente e possui características metafóricas e poéticas. Como resultado final, sua relevância se dá tanto pelo conteúdo retratado quanto pelo crescimento pessoal e acadêmico proporcionado às alunas participantes do trabalho.
 
INTRODUÇÃO
Durante as aulas de Redação Publicitária II, no segundo semestre de 2016, ministradas pelo professor Fábio Hansen, os alunos foram convidados a pensar um objeto comum de forma inusitada. Através do que foi exposto em aula, teve-se a experiência de ressignificar algo simples, pensando-o de diversas maneiras: como um substantivo, um verbo, uma ação ou um adjetivo. A experiência continuou atribuindo conexões ao objeto colocado em foco. Quais ligações pode-se fazer à sua cor? E à sua forma? Quais marcas ou empresas fazem parte do imaginário deste objeto? E quais palavras ou características, literais e subjetivas pode-se ter dele? Esta livre associação de ideias, encorajada pelo professor, tornou possível uma grande diversidade de linhas criativas e diferentes abordagens. Assim, dentre as tantas possibilidades existentes, o roteiro de ficção "Pimenta" foi imaginado e construído. Pensado para ser um curta-metragem de cinco minutos, o roteiro contém 12 páginas de texto e é narrado em terceira pessoa. O título, "Pimenta", foi escolhido após o roteiro ser escrito. Durante toda a narrativa, faz-se um paralelo entre os sentimentos da personagem principal e o murchar do fruto e aparecer da semente. Assim, a pimenta é a representação da própria protagonista e da doença metaforicamente retratada. Para escrever a história, utilizou-se a dramaticidade e metáforas, uma vez que a intenção do roteiro é ser intimista e pessoal, mas por ter como pano de fundo um tema delicado e até certo ponto, desconhecido, a equipe não quis abordá-lo de maneira científica. O roteiro teve como inspiração a experiência e observação da pimenta e a maneira com a qual o fruto e a semente mudavam de forma e proporção conforme o passar do tempo.
 
OBJETIVO
Como objetivo geral, tem-se a criação de um roteiro criativo durante a disciplina de Redação Publicitária II e o contato com o conteúdo teórico de narrativa e roteiro ficcional. Como demarca Marina Negri, "(...) a narração é um discurso figurativo, porém, de natureza dinâmica, evolutiva, o qual prevê em sua base formadora a ocorrência de um fato, denominado conflito, gerador de uma instabilidade ou quebra na rotina de um contexto prestabelecido. É essa a marca principal de uma narração, precisamente o que a diferencia de um mero relato." (NEGRI, 2011, p. 85) Ao propor a atividade, o professor Fábio Hansen repassou alguns dos objetivos específicos que o roteiro deveria conter: • Ser imaginativo (criar acontecimentos imaginários); • Levar os outros a vivenciarem a história; • Desenvolver uma tensão; • Mostrar e não apenas narrar a história; • Comunicar com características específicas (som, voz, cor, trilha sonora). Assim, além do objetivo geral e dos objetivos específicos de atender às características necessárias ao roteiro, "Pimenta" ainda tem como objetivo impactar o leitor e alertá-lo sobre o tema de maneira intimista e criativa, e não-invasiva. Como afirmam Lazzatto e Negri, uma peça audiovisual, ou neste caso, um roteiro audiovisual não se faz sozinho. É preciso do outro para que a comunicação alcance seu objetivo. "... a criatividade e a produtividade na sociedade pós‐industrial residem, de um lado, na dialética entre as formas de vida e os valores que elas produzem; e de outro, na atividade dos sujeitos que as constituem. " (2001, p. 52)
 
JUSTIFICATIVA
A escrita deste roteiro teve como justificativa inicial deslocar os alunos do senso comum e trabalhar a criatividade. Uma vez que, ser um redator publicitário é criar histórias, na maioria das vezes curtas, que envolvem e impactem o público. Portanto, era preciso que os alunos além de entender a técnica teoricamente, a exercitassem, além de pensar na criatividade como uma habilidade a ser praticada e não intrínseca aos estudantes. "Produzir o novo é inventar novos desejos e novas crenças, novas associações e novas formas de cooperação. Todos e qualquer um inventam, na densidade social da cidade, na conversa, nos costumes (...) A invenção não é prerrogativa dos grandes gênios, nem monopólio da indústria ou da ciência, ela é potência do homem comum." (PELBART, 2003, p. 23) Tem-se então a justificativa do por quê a escrita do roteiro é relevante. Entretanto, é importante compreender também a relevância do tema explorado pelo roteiro. Como anteriormente descrito, para uma narrativa se caracterizar como tal tem-se a necessidade de um conflito. Este, sendo definido por Negri da seguinte maneira: "Admite-se como significado de conflito a ocorrência simultânea de forças opostas em confronto em dois níveis de operação: • no nível exterior → conflito externo: o personagem estará confrontado com situações ou com outros personagens, formalizando um embate dele com a vida, com o mundo exterior, com o sistema em que está inserido. • no nível interior → conflito interno: o personagem se defrontará consigo mesmo, configurando tensão frente a um quadro adverso em sua intimidade, como uma luta psicológica, uma dilema, uma crise existencial, um trauma, por exemplo." (NEGRI, 2011, p. 95) Akira, a protagonista, como definição "O personagem ao qual for dado maior destaque na narrativa (...). Em torno dele giram os aspectos principais da trama." (NEGRI, 2011, p. 93), sofre de depressão. Assim, a maneira com a qual o roteiro foi escrito, aborda o início da doença e as nuances de cada mudança comportamental e psicológica, alterando o modo como a protagonista lida com os conflitos apresentados no roteiro. No ano passado (2016), pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), no Rio Grande do Sul detalharam e estudaram a doença. Tendo como base mais de 60 mil pessoas, dados esses obtidos pela Pesquisa Nacional de Saúde, a equipe mapeou e descreveu os adultos mais propensos à doença, além de avaliarem quais grupos populacionais são mais vulneráveis. De acordo com os resultados, o número de indivíduos com risco de depressão no Brasil aumentou em 4,1%, ou seja, 5,5 milhões de brasileiros. Já segundo dados do IBGE de 2013, o número de brasileiros com depressão já atinge os 11 milhões. Desta forma, tão importante quanto qualquer outra doença, é necessário identificar a depressão nos estágios iniciais para inclusão de acompanhamento psicológico e, eventualmente, medicação. Assim, justifica-se o roteiro "Pimenta" tanto por sua relevância acadêmica, de modo que colocou-se em prática os conhecimentos teóricos expostos em aula, quando pela temática e contexto abordados, uma vez que Akira e sua narrativa retratam a realidade e vivência de uma parcela significativa dos brasileiros, como visto nos dados apresentados.
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
O ponto de partida para a criação do roteiro aconteceu a partir da técnica “Salada de Fábulas” e “bricolagem”. Na salada de fábulas (Rodari, 1982) convivem personagens, referências, elementos fantasticamente diversos. São citados abertamente, adotando seus personagens sem rebatizá-los, embora inversões e reviravoltas aconteçam. Temas são misturados, sem necessariamente modificar o ambiente natural. Já a bricolagem aproxima-se, na visão de Carrascoza (2003, p. 15), da associação de ideias como uma “forma de raciocínio em que uma ideia é ligada, mesclada, ou amalgamada, à outra”. A “bricolagem” seria então uma maneira de editar frações de discursos-outros. De modo análogo, Nachmanovitch (1993, p. 85) ressalta a importância da bricolagem no processo criativo, palavra oriunda de bricolage, de origem francesa e “que significa criar alguma coisa a partir do material que se tem à mão”. Periscinoto (apud DALTO, 1993, p. 15) reforça este raciocínio ao entender que “criatividade muitas vezes é você juntar duas coisas esdrúxulas com outro contexto”. ਀䘀漀椀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀 瀀愀爀愀 愀 猀愀氀愀 漀猀 挀漀渀挀攀椀琀漀猀 搀攀 爀攀愀瀀爀漀瘀攀椀琀愀爀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀猀 攀 愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 搀漀 爀攀搀愀琀漀爀 瀀甀戀氀椀挀椀琀爀椀漀 琀攀爀 愀 挀愀瀀愀挀椀搀愀搀攀 搀攀 挀漀渀攀挀琀愀爀 瀀攀渀猀愀洀攀渀琀漀猀Ⰰ 爀攀昀攀爀渀挀椀愀猀Ⰰ 爀攀瀀攀爀琀爀椀漀猀Ⰰ 愀猀猀漀挀椀愀爀 椀搀攀椀愀猀Ⰰ 搀椀猀挀甀爀猀漀猀Ⰰ 椀洀愀最攀渀猀Ⰰ 瀀愀氀愀瘀爀愀猀⸀ ⠀䠀䄀一匀䔀一Ⰰ ㈀ ㄀㄀⤀⸀ Já o segundo passo, foi a entrega, feita pelo professor Fábio Hansen, de uma única pimenta a cada aluno presente na sala. A proposta inicial foi a de viver com o fruto durante o período de uma semana e atribuir significados à ele de diferentes maneiras, fossem eles de sentido descritivo, evidente ou figurado. Depois da experiência, a sala foi dividida em pequenos grupos, cada qual sendo responsável por escrever um roteiro.਀䄀 猀攀洀愀渀愀 搀攀 漀戀猀攀爀瘀愀漀 搀愀 瀀椀洀攀渀琀愀 昀漀椀 昀甀渀搀愀洀攀渀琀愀氀 瀀愀爀愀 爀攀愀氀椀稀愀漀 搀攀 琀漀搀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀⸀ 唀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀Ⰰ 昀漀椀 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀攀氀愀Ⰰ 焀甀攀 挀愀搀愀 攀琀愀瀀愀Ⰰ 瀀愀爀最爀愀昀漀 漀甀 愀氀琀攀爀愀漀 昀漀椀 攀洀戀愀猀愀搀漀⸀ 䐀攀 洀愀渀攀椀爀愀 挀爀椀愀琀椀瘀愀Ⰰ 甀洀愀 搀愀猀 攀砀椀最渀挀椀愀猀 搀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀  焀甀攀 攀氀攀 挀漀氀漀挀愀猀猀攀 攀洀 昀漀挀漀 愀猀 椀洀瀀爀攀猀猀攀猀 攀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀猀 漀戀琀椀搀漀猀 挀漀洀 愀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀 椀渀椀挀椀愀氀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀⸀  Não obstante, no roteiro era preciso, além de conter a narrativa em si, descrever os cenários e situações com maiores detalhes, como por exemplo trilha ou efeitos sonoros, expressões faciais e personalidade das personagens. Deste modo, mais que apenas contar uma história, era necessário se aprofundar nela e entender suas motivações e nuances. Cada pequena informação, ainda que não fossem para o papel na versão final, tiveram suma importância na construção da personagem e da narrativa. Conhecer detalhadamente o contexto e realidade que Akira (e seu vaso de pimentas) existiam possibilitaram tornar mais crível a narrativa, bem como a criação de caminhos e opções para ela.਀ “Criar é, basicamente, formar. É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que seja o campo de atividade, trata-se, nesse "novo", de novas coerências que se estabelecem para a mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e compreendidos em termos novos. O ato criador abrange, portanto, a capacidade de compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar.” (FAYGA. 1977, p. 186)਀ Por fim, o roteiro teve sua ideia colocada no papel à lápis, foi digitado no computador, impresso e revisado à caneta e finalmente, finalizado. ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀倀愀爀愀 攀猀挀爀攀瘀攀爀 漀 爀漀琀攀椀爀漀Ⰰ 挀愀搀愀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀 搀漀 最爀甀瀀漀 搀攀搀椀挀漀甀 甀洀愀 猀攀洀愀渀愀 攀洀 瘀椀瘀攀爀 攀 漀戀猀攀爀瘀愀爀 漀 挀漀洀瀀漀爀琀愀洀攀渀琀漀 搀攀 甀洀愀 瀀椀洀攀渀琀愀  愀漀 搀漀 琀攀洀瀀漀⸀ 䄀猀 焀甀愀琀爀漀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀猀 琀椀瘀攀爀愀洀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀猀 攀 挀愀搀愀 瀀椀洀攀渀琀愀Ⰰ 愀漀 昀椀渀愀氀 搀攀 甀洀愀 猀攀洀愀渀愀Ⰰ 攀爀愀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀 搀愀 漀甀琀爀愀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 昀漀爀愀洀 攀砀瀀漀猀琀愀猀  愀洀戀椀攀渀琀攀猀 攀 猀椀琀甀愀攀猀 搀椀瘀攀爀猀愀猀⸀  Esse processo de contato com o objeto gerou diferentes interpretações. No caderno de uma das integrantes, o brainstorm individual gerou a seguinte sequência de palavras: bebida alcoólica, bar, balada, lugares quentes, natureza, planta, murcho, enrugado, cheiro, chocolate, novela, feira, moda, arte, música, comida e Itália. Enquanto isso, nas páginas do caderno de outra aluna, a semana de experiência com a pimenta fez surgir as palavras doce, depressão, semente, senha, sci-fy, ruiva, bebida, quente, ardido, praia, diferencial, exótico e chique. Assim, após o contato com toda a gama de palavras geradas e linhas criativas possíveis, a partir de um brainstorm, chegou-se ao roteiro “Pimenta”, que durante 2 semanas foi modificando-se até estar concluído.਀ᰀ倠椀洀攀渀琀愀ᴀ†挀漀渀琀愀 愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀攀 䄀欀椀爀愀 攀 搀攀 猀攀甀 瘀愀猀漀 搀攀 瀀椀洀攀渀琀愀猀⸀ 唀洀愀 愀搀漀氀攀猀挀攀渀琀攀 琀漀 挀漀洀甀洀 焀甀愀渀琀漀 焀甀愀氀焀甀攀爀 漀甀琀爀愀 最愀爀漀琀愀 搀漀 猀攀甀 挀漀氀最椀漀⸀ 䔀渀琀爀攀琀愀渀琀漀Ⰰ 挀漀洀 漀 搀攀猀攀渀爀漀氀愀爀 搀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀Ⰰ 䄀欀椀爀愀 瀀愀猀猀愀 瀀漀爀 琀爀愀渀猀昀漀爀洀愀攀猀 挀漀洀瀀漀爀琀愀洀攀渀琀愀椀猀 攀 瀀猀椀挀漀氀最椀挀愀猀⸀ 䄀 ᰀ朠愀爀漀琀愀 挀漀洀甀洀ᴀ†挀漀洀攀愀 愀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀爀 猀椀渀愀椀猀 搀攀 搀攀猀渀椀洀漀Ⰰ 琀爀椀猀琀攀稀愀Ⰰ 愀渀猀椀攀搀愀搀攀⸀ 䄀欀椀爀愀 洀漀猀琀爀愀 漀猀 瀀爀椀洀攀椀爀漀猀 猀椀渀愀椀猀 搀攀 搀攀瀀爀攀猀猀漀⸀ 䄀瀀攀猀愀爀 搀攀 琀攀爀 甀洀愀 瀀爀漀琀愀最漀渀椀猀琀愀 搀攀昀椀渀椀搀愀Ⰰ 漀 爀漀琀攀椀爀漀 琀愀洀戀洀 挀愀洀椀渀栀愀 攀 瀀攀爀洀攀椀愀 漀猀 挀爀挀甀氀漀猀 猀漀挀椀愀椀猀 搀愀 最愀爀漀琀愀⸀ 嘀ⴀ猀攀 愀猀 愀洀椀最愀猀 焀甀攀 渀漀 琀攀洀 瀀愀挀椀渀挀椀愀 瀀愀爀愀 ᰀ搠爀愀洀愀ᴀ†攀 漀猀 瀀愀椀猀 琀漀 挀漀渀挀攀渀琀爀愀搀漀猀 攀洀 猀甀愀猀 瀀爀瀀爀椀愀猀 爀愀椀瘀愀猀 焀甀攀 渀漀 洀愀椀猀 攀渀砀攀爀最愀洀 愀 昀椀氀栀愀⸀ 䔀渀焀甀愀渀琀漀 䄀欀椀爀愀Ⰰ 愀漀猀 瀀漀甀挀漀猀Ⰰ 愀戀爀愀愀  搀攀瀀爀攀猀猀漀 攀 昀愀稀 搀攀氀愀 猀攀甀 氀甀最愀爀 渀漀 洀甀渀搀漀Ⰰ 漀 瀀爀瀀爀椀漀 洀甀渀搀漀 渀漀 猀攀 椀洀瀀漀爀琀愀 洀愀椀猀⸀  Dividido em quatro capítulos (“O Fruto”, “Aparição da Semente”, “O Escurecer do Fruto” e “O Domínio da Semente”), o roteiro utiliza a pimenta como representação da personagem principal. Enquanto Akira é o fruto, a depressão é a semente. Akira murcha e perde a cor e sua essência. A pimenta cansa e decide que a batalha com sua semente já não vale mais a pena. ਀伀 爀漀琀攀椀爀漀 攀渀挀攀爀爀愀 愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 搀攀 䄀欀椀爀愀 挀漀洀 攀猀瀀愀漀猀 瘀愀稀椀漀猀 攀 猀攀洀攀渀琀攀猀 挀栀攀椀愀猀Ⰰ 洀愀猀 漀 昀椀洀 搀愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀愀 洀攀渀椀渀愀Ⰰ 挀愀戀攀 愀 挀愀搀愀 氀攀椀琀漀爀 搀攀挀椀搀椀爀⸀ 䔀洀 琀攀爀洀漀猀 最攀爀愀椀猀Ⰰ ᰀ倠椀洀攀渀琀愀ᴀ† 猀漀戀爀攀 愀 洀愀渀攀椀爀愀 挀漀洀漀 愀 焀甀愀氀 愀 搀攀瀀爀攀猀猀漀  椀最渀漀爀愀搀愀⸀ 倀漀爀 焀甀攀洀 猀漀昀爀攀Ⰰ 瀀漀爀 焀甀攀洀 瘀 攀 瀀漀爀 焀甀攀洀 渀漀 愀 愀搀洀椀琀攀 挀漀洀漀 搀漀攀渀愀⸀ 䔀洀 ㈀ ㄀㘀Ⰰ 渀愀 瀀氀愀琀愀昀漀爀洀愀 洀攀搀椀甀洀Ⰰ 䰀攀琀甀挀栀攀Ⰰ 搀椀愀最渀漀猀琀椀挀愀搀愀 挀漀洀 搀攀瀀爀攀猀猀漀 攀 攀洀 琀爀愀琀愀洀攀渀琀漀 攀猀挀爀攀瘀攀甀㨀 ᰀ丠漀 昀愀稀 渀攀洀 甀洀 愀渀漀 焀甀攀 攀甀 搀攀挀椀搀椀 洀攀 洀愀琀愀爀⸀ 䠀漀樀攀 攀猀琀漀甀 洀愀爀愀瘀椀氀栀愀搀愀 瀀漀爀 攀猀琀愀爀 瘀椀瘀愀⸀ᴀ†䄀猀猀椀洀Ⰰ 攀洀 猀甀愀猀 昀爀愀猀攀猀 渀漀 攀猀挀爀椀琀愀猀Ⰰ 漀 爀漀琀攀椀爀漀  甀洀 愀氀攀爀琀愀㨀 瀀爀漀挀甀爀攀 愀樀甀搀愀 漀甀 猀攀樀愀 攀氀愀⸀ 
 
CONSIDERAÇÕES
Todo o processo de execução do trabalho foi de grande importância, tanto academicamente quanto ao envolvimento social que o grupo teve. Como estudantes de Redação Publicitária, a disciplina e o exercício foram enriquecedores ao deslocar os alunos do lugar-comum e fazê-los pensar em novas maneiras de serem criativos, ainda mais colocando como objeto algo tão simples quanto uma pimenta. Por outro lado, o contato com as estatísticas e relatos utilizados para a construção da personagem e do roteiro, aflorou um olhar mais humano e profundo para com o outro. ਀䔀洀 猀甀洀愀Ⰰ ᰀ倠椀洀攀渀琀愀ᴀ†瀀漀琀攀渀挀椀愀氀椀稀漀甀 琀愀渀琀漀 漀 瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀氀 焀甀愀渀琀漀 漀 栀甀洀愀渀漀 搀攀渀琀爀漀 搀攀 挀愀搀愀 甀洀愀 搀愀猀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀猀 搀漀 最爀甀瀀漀⸀ 伀猀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀猀 漀氀栀愀爀攀猀 攀 挀漀渀猀攀焀甀攀渀琀攀洀攀渀琀攀Ⰰ 漀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀 攀洀 搀椀瘀攀爀猀愀猀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀猀 搀攀 爀漀琀攀椀爀漀猀Ⰰ 搀攀洀漀渀猀琀爀漀甀 漀 焀甀漀 愀 挀爀椀愀琀椀瘀椀搀愀搀攀 搀攀瘀攀 猀攀爀 琀爀愀戀愀氀栀愀搀愀 攀 攀猀琀椀洀甀氀愀搀愀Ⰰ 愀 昀椀洀 搀攀 焀甀攀 漀 挀漀琀椀搀椀愀渀漀 攀 愀 爀漀琀椀渀愀 琀漀爀渀攀洀ⴀ猀攀 漀戀樀攀琀漀猀 昀愀渀琀猀琀椀挀漀猀 搀攀 椀渀猀瀀椀爀愀漀 攀 挀爀椀愀漀⸀ 䔀渀焀甀愀渀琀漀 焀甀攀Ⰰ 愀瀀猀 愀 搀攀昀椀渀椀漀 搀漀 琀攀洀愀 愀 猀攀爀 猀攀最甀椀搀漀Ⰰ 昀椀挀漀甀 挀氀愀爀漀 愀 渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 攀 椀洀攀爀猀漀 渀漀 焀甀攀 猀攀 攀猀挀爀攀瘀攀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 瀀愀爀愀 挀栀攀最愀爀  甀洀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀 攀 挀漀渀琀攀切搀漀 爀攀氀攀瘀愀渀琀攀猀Ⰰ  瀀爀攀挀椀猀漀 攀渀琀攀渀搀攀爀 愀猀 渀甀愀渀挀攀猀 攀 愀猀瀀攀挀琀漀猀 搀漀 焀甀攀 猀攀 琀爀愀琀愀⸀ 䐀攀猀琀攀 洀漀搀漀Ⰰ 愀漀 猀攀爀攀洀 琀爀愀搀甀稀椀搀漀猀 攀洀 甀洀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀椀渀愀氀Ⰰ 瀀甀戀氀椀挀椀琀爀椀漀 漀甀 渀漀Ⰰ 栀愀瘀攀爀 愀 挀攀爀琀攀稀愀 搀攀 焀甀攀 漀 焀甀攀 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀漀Ⰰ 漀 昀漀椀 搀攀 洀愀渀攀椀爀愀 挀漀渀猀挀椀攀渀琀攀 攀 搀愀 洀攀氀栀漀爀 昀漀爀洀愀 瀀漀猀猀瘀攀氀⸀
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS
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DALTO, Darlene (Ed.). Processo de criação. São Paulo: Editora Marco Zero, 1993.

FERREIRA, Hanny. Arte Audiovisual de Literatura: A Criatividade como Ferramenta Imaterial para Criação de Roteiros, feitos para jovens e por jovens. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008. ਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䠀䄀一匀䔀一Ⰰ 䘀戀椀漀⸀ 伀 爀攀猀猀漀愀爀 搀攀 瘀漀稀攀猀 渀漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 挀爀椀愀琀椀瘀漀 搀漀 搀椀猀挀甀爀猀漀 瀀甀戀氀椀挀椀琀爀椀漀㨀 甀洀愀 愀渀氀椀猀攀 椀渀琀攀爀搀椀猀挀甀爀猀椀瘀愀⸀ 匀椀最渀漀⸀ 匀愀渀琀愀 䌀爀甀稀 搀漀 匀甀氀Ⰰ 瘀⸀ ㌀㘀 渀⸀㘀㄀Ⰰ 瀀⸀ ㄀㌀㤀ⴀ㄀㔀㤀Ⰰ 樀甀氀⸀ⴀ搀攀稀⸀Ⰰ ㈀ ㄀㄀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䰀䄀娀娀䄀刀䄀吀伀Ⰰ 䴀愀甀爀椀稀椀漀㬀 一䔀䜀刀䤀Ⰰ 䄀渀琀漀渀椀漀⸀ 吀爀愀戀愀氀栀漀 椀洀愀琀攀爀椀愀氀㨀 䘀漀爀洀愀猀 搀攀 瘀椀搀愀 攀 瀀爀漀搀甀漀 搀攀 猀甀戀樀攀琀椀瘀椀搀愀搀攀⸀ 䐀倀☀䄀Ⰰ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀Ⰰ ㈀  ㄀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䌀䬀䔀䔀Ⰰ 刀漀戀攀爀琀⸀ 匀琀漀爀礀 ጀ†匀甀戀猀琀渀挀椀愀Ⰰ 䔀猀琀爀甀琀甀爀愀Ⰰ 攀猀琀椀氀漀 攀 漀猀 瀀爀椀渀挀瀀椀漀猀 搀愀 攀猀挀爀椀琀愀 搀攀 爀漀琀攀椀爀漀⸀ 䌀甀爀椀琀椀戀愀㨀 䄀爀琀攀 ☀ 䰀攀琀爀愀Ⰰ ㈀  㘀⸀ 

NACHMANOVITCH, Stephen. Ser criativo: o poder da improvisação na vida e na arte. São Paulo: Summus, 1993.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀一䔀䜀刀䤀Ⰰ 䴀愀爀椀渀愀 䄀瀀愀爀攀挀椀搀愀 䔀猀瀀椀渀漀猀愀⸀ 䌀漀渀琀爀椀戀甀椀攀猀 搀愀 氀渀最甀愀 瀀漀爀琀甀最甀攀猀愀 瀀愀爀愀 愀 爀攀搀愀漀 瀀甀戀氀椀挀椀琀爀椀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䌀攀渀最愀最攀 䰀攀愀爀渀椀渀最Ⰰ ㈀ ㄀㄀⸀

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Editora Vozes. Rio de Janeiro. 1977. ਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀䔀䰀䈀䄀刀吀Ⰰ 倀攀琀攀爀 倀氀⸀ 嘀椀搀愀 挀愀瀀椀琀愀氀⸀ 䔀渀猀愀椀漀猀 搀攀 䈀椀漀瀀漀氀琀椀挀愀⸀ 䤀氀甀洀椀渀甀爀愀猀Ⰰ 匀漀 倀愀甀氀漀Ⰰ ㈀  ㌀⸀

RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. São Paulo: Summus, 1982.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀