ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00596</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Vídeodocumentário: A Casa Do Quadrinho Curitibano: Muito Além Dos Comics</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Guilherme Kaleo Sampaio (Centro Universitário Internacional UNINTER); Patrick Diener (Centro Universitário Internacional UNINTER); Leila de Paula (Centro Universitário Internacional UNINTER); Fillipe Borba Fernandes (Centro Universitário Internacional UNINTER)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Curitiba, Espaço Cultural, Gibiteca, Quadrinhos, Videodocumentário</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho foi elaborado para a disciplina Cinema e Videodocumentário dos cursos de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Internacional Uninter, a produção do vídeodocumentário "A Casa do Quadrinho Curitibano: Muito Além do Comics" tem como objetivo fomentar a discussão das histórias em quadrinhos como ferramenta cultural e de conhecimento, além de registrar a história da criação de um espaço destinado à cultura HQ em Curitiba por meio de relatos dos principais envolvidos no processo de fundação da Gibiteca de Curitiba, responsável pela manutenção e conservação de um maiores acervos de quadrinhos do mundo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho busca apresentar o processo de planejamento, produção, edição e montagem do vídeodocumentário "A Casa do Quadrinho Curitibano: Muito Além do Comics", que fez parte do projeto de conclusão disciplinar referente ao estudo de Cinema e Vídeodocumentário, como meio para obtenção de nota parcial de conclusão da disciplina. No mesmo sentido, mostrar a importância da Gibiteca de Curitiba como espaço cultural com a propagação de técnicas e produções artísticas, além da realização de eventos importantes do cenário HQ, como a Bienal de Quadrinhos de Curitiba (antiga Gibicon). O filme foi desenvolvido por alunos do 6º período do curso de Comunicação Social, sendo dois alunos do curso de Jornalismo e um de Publicidade e Propaganda, do Centro Universitário Internacional Uninter, com sede em Curitiba, Paraná, orientados pelo professor mestre Patrick Diener. A Gibiteca de Curitiba foi fundada em "16 de outubro de 1982, numa pequena sala da então prestigiosa Galeria Shaffer" (CURITIBA, 2012, p. 33). Vergueiro define Gibiteca como "um neologismo que mescla a forma como as revistas de histórias em quadrinhos são tradicional e carinhosamente referidas no país  gibis -, com as unidades de informação  bibliotecas" (1994, apud WALDOMIRO VERGUEIRO, 2005, p. 4). "Depois, em 1988, transferiu-se, para o Centro Cultural Solar do Barão, onde permanece até hoje" (FCC, 2017, p.1), onde além de possuir um grande acervo de histórias em quadrinhos, com mais de 25 mil títulos, dos mais diversos gêneros e nacionalidades, o espaço oferece também cursos de técnicas de quadrinhos, oficinas de criação, exposições, palestras, lançamentos de materiais e encontros de RPG (Role Playing Game).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Partindo dessa ideia buscou-se entender de que forma a Gibiteca de Curitiba foi idealizada e como os personagens dessa história entenderam a importância e a dinâmica do projeto de expandir a cultura dos quadrinhos pela capital paranaense - além de ser referência com produções e artistas desse segmento -. Para isso, a compreensão não só das adaptações para filmes se fez necessário, como também elucidar a produção fílmica para vídeodocumentários. O primeiro passo é esclarecer o que é um documentário. Para o estudioso da sétima arte, Fernão Pessoa Ramos o documentário surge nas extremidades da narrativa ficcional, da propaganda e do jornalismo (2008). Em definição clara ele destaca que: [...] podemos afirmar que o documentário é uma narrativa basicamente composta por imagens-câmera, acompanhadas muitas vezes de imagens de animação, carregadas de ruídos, música e fala (mas, no início de sua história, mudas), para as quais olhamos (nós, espectadores) em busca de asserções sobre o mundo que nos é exterior, seja esse mundo coisa ou pessoa. Em poucas palavras, documentário é uma narrativa com imagens-câmera que estabelece asserções sobre o mundo, na medida em que haja um espectador que receba essa narrativa como asserção sobre o mundo. A natureza das imagens-câmera e, principalmente, a dimensão da tomada através da qual as imagens são constituídas determinam a singularidade da narrativa documentária em meio a outros enunciados assertivos, escritos ou falados. (RAMOS, 2008, p. 22)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Considerando o texto citado acima, o vídeodocumentário "A Casa do Quadrinho Curitibano: Muito Além dos Comics", busca levantar o diálogo sobre a importância de manter um espaço cultural para o fomento de ideias, divulgação de técnicas artísticas e de materiais regionalistas como uma forma de inclusão social e de interação interpessoal entre indivíduos da sociedade curitibana: A Gibiteca de Curitiba constituiu, durante um bom tempo, uma iniciativa isolada, fruto do interesse de um grupo de idealistas e amantes das histórias em quadrinhos. Embora ela jamais tenha estado inserida no âmbito de um serviço de informação tradicional e nem tenha contado com um profissional de informação para gerenciá-la, uma situação que ainda persiste, isso não impediu que se tornasse o ponto central de uma intensa atividade relacionada às histórias em quadrinhos, indo muito além de uma coleção especializada. (Vergueiro, 2005, p.4) Dessa maneira, levantar esse debate mostra-se pertinente para manter o espaço cultural da Gibiteca de Curitiba, visando à importância de divulgação de técnicas artísticas e de materiais regionalistas. Além de mostrar a evolução histórica e político-social dos processos que permitiram a criação e manutenção desse espaço, como um movimento social realizado na década de 1980 para lutar pela revogação do encerramento das suas atividades, por exemplo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para o desenvolvimento deste trabalho foi realizada previamente uma pesquisa bibliográfica sobre o tema para contextualizar tanto o trabalho escrito como o produto. "De acordo com Cervo e Bervian, a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos" (SILVA, 2005, p. 49). Inicialmente um roteiro de produção foi criado para organizar todos os passos da produção do produto. Para o processo de captação de imagens foram realizadas entrevistas com os principais personagens envolvidos na criação da Gibiteca de Curitiba, desde o fundador, Key Imaguire, até o atual coordenador do espaço, Fúlvio Pacheco. Além de outras pessoas envolvidas com os eventos realizados a partir desse espaço. Ao se pensar em documentário as entrevistas são essenciais para compreender e embasar esse tipo de produção, assim como na área científica. Para Silva (2005) quando isso acontece o pesquisador tem a vantagem de observar a aparência do entrevistado, comportamento e atitudes. Outro ponto de atenção que a autora cita é explicar ao entrevistado o objetivo do trabalho que será desenvolvido com aquele depoimento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Considerando que o uso da internet propicia a difusão de ideias e conteúdos, o videodocumentário "A Casa do Quadrinho Curitibano: Muito Além dos Comics" foi produzido para ser publicado em meio online. Todo o processo de produção do material foi embasado no relato dos personagens que fizeram e ainda fazem parte do cenário de HQs em Curitiba. Após a criação do roteiro foi necessário entrar em contato com os envolvidos em todo o processo de construção e manutenção do espaço. De imediato percebeu-se a obrigatoriedade de solicitar uma autorização da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) para que as gravações pudessem ser realizadas no espaço, assim como as entrevistas com os funcionários. A autorização veio por meio da Assessora de Imprensa da FCC, Ana Luiza Polka. A partir do primeiro contato com o atual coordenador do espaço, Fúlvio Pacheco, foi possível localizar os demais integrantes que corroboraram para que a Gibietca fosse consolidada como um local próprio para apreciadores e estudiosos da área. O destaque do videodocumentário foi pensado para que o fundador, Key Imaguire, abrisse a sequência audiovisual. Outros personagens importantes como o coordenador da Bienal em Quadrinhos, Fabrízio Andriani; o coordenador da antiga Gibicon, o quadrinista José Aguiar; e o curador dos eventos da Gibiteca, o quadrinista Antônio Éder também foram entrevistados. O equipamento usado para a produção foi uma câmera filmadora e fotográfica Canon 7d Mark II com as lentes 18-135mm e 50mm para captação das entrevistas, assim como para captar as imagens off que compuseram o produto. A edição foi realizada com o software Adobe Premiere CC 2015 e a trilha sonora composta por músicas livres de direitos autorais. Ao todo, desde a criação do roteiro até a finalização da edição, foram aproximadamente 40 dias de produção. As imagens foram colhidas em dias diferentes para que o material visual tivesse mais conteúdo e conversasse melhor com a proposta do espaço de realizar cursos, eventos e exposições. Todos as entrevistas foram fornecidas de forma voluntária, inclusive o atual coordenador da Bienal de Quadrinhos, Fabrízio Andriani nos concedeu entrevista em uma das salas de exposições no Museu Municipal de Arte (MUMA), onde a última edição do evento foi realizada com uma participação recorde de quase 40 mil pessoas. Inicialmente todos os entrevistados foram contatados por telefone e assim que entenderam o objetivo do trabalho e que o mesmo seria produzido como audiovisual aceitaram participar. Em parte, isso se deve pela baixa produção desse tipo de conteúdo segmentado. Oficialmente existe apenas um documentário produzido com o tema Gibiteca de Curitiba, realizado pela produtora Lon Produções Culturais com uma cartilha acompanhando. Sobre as questões técnicas idealizadas durante a criação do roteiro, entende-se a importância da câmera em todo o processo, pois uma imagem captada de forma instável ou com muitas variações de plano poderia prejudicar e até confundir o espectador. O objetivo foi trabalhar padrões da teoria cinematográfica para dar fluidez ao material. Para o escritor e roteirista Marcos Rey, "a câmera é a mão que conduz o espectador para o interior do roteiro. Dependendo da escolha de planos, o roteiro fluirá normalmente ou não. Trará alguma novidade narrativa ou não". (REY, 2009, p. 50). De acordo com João Pupo (2011), "o enquadramento e a composição são dois domínios essenciais para quem quer produzir imagens de qualidade, imagens que sejam eficazes a comunicar" (PUPO, 2011, p. 20). Para tal, o grafismo do documentário é todo feito de forma simplista, dando evidência mais ao conteúdo e menos a forma. Em vários momentos o recurso: fade-in, fade-out, é utilizado para delimitar entrevistas e deixar o corte entre elas mais fluído. A ambientação é feita no começo do documentário intercalando plano médio e plano aberto. As falas dos entrevistados foram majoritariamente registradas em primeiro plano e plano médio. Em alguns momentos é possível notar a presença do plano americano e do meio primeiro plano. Tudo isso, valendo-se sempre do ângulo frontal normal, que consiste em registrar o objeto na altura de seus olhos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Durante todo o processo de aprendizado na disciplina de Cinema e Vídeo-documentário os alunos puderam aprimorar os conhecimentos já adquiridos e agregar novas técnicas e ideias da sétima arte. Assim que a realização do trabalho foi proposta pelo professor da disciplina, Patrick Diener, o grupo percebeu essa lacuna de contar como se deu o processo de construção de um espaço cultural, além de poder, através do audiovisual, valorizar o contexto histórico por meio de entrevistas com personagens que já estão na história da cena cultural curitibana. Para isso entendeu-se a necessidade de enquadrar a temática dentro do videodocumentário para que não houvesse interferência dos alunos envolvidos nesse processo de "contar histórias". Sobre isso a estudiosa Linda Huntcheon comenta que é possível contar, mostrar ou interagir com as histórias quando essas são adaptadas de uma mídia para outra. No entanto neste caso, pode-se dizer que há uma "adaptação" de histórias reais para o meio audiovisual. Portanto, não diferente de adaptações nos moldes clássicos, como da literatura para o cinema, é possível adaptar uma história contada e vivida por meio de registros em mídias digitais apenas como advento histórico e cultural. Em relação à construção do videodocumentário ficou perceptível que para um projeto sair do papel é preciso estar ciente da carga de trabalho que permeia uma produção de imagens, como o clima quando as imagens precisam ser externas, ou quando, como neste caso, o espaço pertence a um órgão público e requer autorizações oficiais para dar prosseguimento ao conceito criado no roteiro. Entende-se que, apenas idealizar o material não significa que será viável produzi-lo, é preciso ter subterfúgios para concretizar um bom projeto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BEIRAS, Adriano. Gênero e Super-Heróis: O Traçado Do Corpo Masculino Pela Norma. Disponível em: <goo.gl/8NNnMo>. Acesso em: 18/02/2017. <br><br>Fundação Cultural de Curitiba  FCC Gibiteca de Curitiba. Disponível em: <https://goo.gl/8yIF3h>. Acessado em: 18/02/2017.<br><br>HUNTCHEON, Linda. Uma teoria da adaptação. Florianópolis, Editora UFSC, 2013<br><br>IMAGUIRE, Key. Gibiteca de Curitiba: a primeira do Brasil. Curitiba: LON Produções Culturais, 2012.<br><br>MOYA, Álvaro de. História da História em Quadrinhos. São Paulo: Editora Brasiliense, 1996.<br><br>MEIO E MENSAGEM. Cresce a venda de HQs em pontos de venda. Disponível em <http://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-noticias/2017/03/02/cresce-a-venda-de-hqs-em-pontos-de-venda.html>. Acessado em: 09/03/2017. <br><br>NICHOLS, Bill. Introdução ao Documentário. São Paulo: Editoria Saraiva, 2016. SILVA, Nadilson Manoel da. Fantasias e Cotidiano nas Histórias em Quadrinhos. São Paulo: Editora Annablume, 2002. <br><br>RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal...o que é mesmo documentário? São Paulo: Editora Senac, 2008<br><br>RAMOS, Paulo. Histórias em Quadrinhos: Um Novo Objetivo de Estudos. Estudos Linguísticos, XXXV, p. 1574-1582, 2006. Disponível em: <goo.gl/u2uTw4>. Acesso em: 18/02/2017.<br><br>REY, Marcos. O roteirista profissional: televisão e cinema. São Paulo: Editora Ática, 2009.<br><br>RODRIGUES, Chris. O Cinema e a produção. Rio de janeiro: Editora Lamparina, 2007.<br><br>VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em quadrinhos e serviços de informação: um relacionamento em fase de definição. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.6 n.2 abr/05. Disponível em: <https://goo.gl/Q9e5Px>. Acesso em: 18/02/2017.<br><br>SILVA, Mary Aparecida Ferreira da Silva. Métodos e Técnicas de Pesquisa. Curitiba: Editora IBPEX, 2005.<br><br>PUPO, João F. Fotografia, Som e Cinema: Para Dar Vida às Suas Ideias. Lisboa: Editora Leya, 2011.<br><br>Projeto  Primeiro Filme . O Livro. Disponível em: <http://www.primeirofilme.com.br/site/o-livro/enquadramentos-planos-e-angulos/> Acesso em: 18/02/2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>