ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00620</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Fotonovela: O turno até tarde</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Rodolfo Brenner de Morato (Universidade Federal do Paraná); Filipe Magaldi da Silva (Universidade Federal do Paraná); Heloísa Stüpp Oedmann (Universidade Federal do Paraná); Suelen Cristina da Luz (Universidade Federal do Paraná); Flávia Bespalhok (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Comunicação Institucional, Fotonovela, Lenda Urbana, Técnicas Fotográficas, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A fotonovela O Turno até Tarde foi um trabalho apresentado à disciplina Laboratório de Comunicação - Imagem do curso de Tecnologia em Comunicação Institucional da Universidade de Federal do Paraná (UFPR), sob orientação da professora Flávia Bespalhok. O objetivo do trabalho foi criar uma fotonovela para demostrar todas as habilidades e técnicas fotográficas e de edição que aprendemos durante a disciplina. A narrativa foi desenvolvida com todos os membros da equipe, e teve seu roteiro adaptado do episódio "Turno Macabro", do desenho "Bob Esponja Calça Quadrada", no qual é contada uma estória sobre uma lenda urbana que assombra um local de trabalho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A disciplina Laboratório de Técnicas de Comunicação  Imagem é a primeira experiência prática apresentada na grade curricular do primeiro período do curso de Tecnologia em Comunicação Institucional da Universidade Federal do Paraná. Dentre os diversos trabalhos que são apresentados durante o semestre, a fotonovela é, com certeza, o mais desafiador e o que mais dá espaço para mostrarmos as habilidades adquiridas durante o semestre. O objetivo da disciplina é apresentar a história da fotografia, a linguagem fotográfica e suas utilizações nas mídias impressa e eletrônica, além de demonstrar o funcionamento da câmera fotográfica. Análise e edição de fotografia também fazem parte da disciplina, que nos ensina diversos conceitos relacionados às formas de representação fotográfica, dentre eles, a fotonovela. Uma fotonovela nada mais é do que a apresentação de uma estória, ficcional ou não, por meio de imagens acompanhadas de textos. Segundo SAMPAIO (2008, p. 10), a fotonovela teria surgido na Itália como um derivado do cinema: "Os estúdios usavam fotogramas cortados na edição dos filmes para montar seus cartazes e anúncios publicitários, que traziam como que um pequeno resumo do filme". No Brasil, ela chegou já no fim da década de 1940, graças a Editora Vecchi, que lançou "Grande Hotel", seu título de maior sucesso, que é considerada a primeira fotonovela brasileira. O sucesso das fotonovelas foi relativamente grande, competindo diretamente com a radionovela por duas décadas. O problema veio depois da chegada da televisão, nos anos 70, que trouxe uma gama muito maior de interatividade e de elementos audiovisuais, afinal, o vídeo é muito mais complexo que uma imagem. A fotonovela alvo da exposição desse artigo tenta trazer a mesma carga emotiva das antigas produções, porém utilizando métodos mais modernos, tanto de fotografia, edição de imagem, como de adaptação de roteiro para a década atual.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo desse trabalho foi demonstrar na prática, aos alunos de comunicação e também a professora Flávia Bespalhok, a aplicação de tudo que aprendemos durante o semestre na forma de uma fotonovela. Dentre os conhecimentos que adquirimos na disciplina de "Laboratório de Técnicas de Comunicação  Imagem", podemos citar: a utilização da câmera fotográfica, a linguagem imagética como forma de comunicação, a aplicação de diferentes planos e ângulos e o uso da iluminação correta. Fora isso, utilizamos também o conhecimento de outras disciplinas: "Oficina de Textos Informativos" nos ajudou a escrever um bom roteiro e também escrever as falas de forma correta; a disciplina de "Técnicas de Expressão Oral" foi importante para a escolha de um figurino adequado para as cenas (que se passaram em um escritório), e também para ajudar os alunos a apresentarem o trabalho perante a turma. Por último, mas não menos importante, a disciplina de "Programação Visual" foi importantíssima para a edição: nos ajudou na escolha do filtro fotográfico utilizado, além da escolha da fonte para os diálogos, para que o resultado final fosse o mais parecido possível com uma HQ.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Antes de iniciar os trabalhos para a fotonovela, nosso grupo tinha algumas resoluções na cabeça: primeiro, gostaríamos que a fotonovela fosse do estilo terror-cômico, e para isso tínhamos alguns exemplos do estilo no cinema, como os filmes "Zumbilândia" (Zombieland. Direção: Ruben Fleischer) e o clássico "Os Fantasmas se Divertem" (Beetlejuice. Direção: Tim Burton). Neste último, há uma cena em que os personagens Adam e Barbara, interpretados respectivamente por Alec Baldwin e Geena Davis, transformam seus próprios rostos em máscaras deformadas para assustar os novos moradores de sua antiga residência. Essa foi a maior referência de terror-cômico que tínhamos. Além da escolha antecipada do estilo, também gostaríamos que a fotonovela tivesse um plot-twist (também chamado de reviravolta). A reviravolta é um artificio muito utilizado no cinema. É uma completa mudança no roteiro durante o último ato, que desencadeia surpresa no telespectador, pois ela muda completamente o sentido da história apresentada anteriormente. Diretores como M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido, Sinais) e David Fincher (Clube da Luta, Seven: Os Sete Crimes Capitais) são especialistas no assunto. Durante a etapa da escrita do roteiro, ficou claro que seria muito difícil adaptar um filme para uma sequência de apenas 29 fotos. Tentamos também escrever uma história original, mas divergências do tema entre os membros do grupo atrapalharam essa possibilidade. A única opção plausível era encontrar um curta-metragem, um episódio de uma série ou de um desenho animado. Foi nesse momento que o aluno MORATO lembrou de um episódio do desenho "Bob Esponja Calça Quadrada", que continha todos os elementos que gostaríamos que a fotonovela tivesse. O episódio em questão traz um turno até tarde no restaurante "Siri Cascudo". Bob Esponja está feliz em trabalhar até tarde, ao contrário de Lula Molusco. Para acabar com a felicidade do colega, Lula inventa uma história sobre um suposto fantasma que apareceria no restaurante caso acontecesse três diferentes sinais. No decorrer do episódio, quando os dois encontram-se sozinhos no restaurante, os sinais passam a acontecer um por um, para o desespero de Lula Molusco. Bob Esponja, por outro lado, acredita que tudo seja apenas uma brincadeira do amigo. Durante o ápice, uma figura sombria aparece no restaurante, causando pânico nos dois funcionários, e é aí que acontece não uma, mas duas reviravoltas: a figura sombria era apenas um homem procurando emprego, que sem querer acabou causando alguns dos sinais da história de Lula Molusco. A outra reviravolta vem na última cena: o primeiro sinal estava sendo causado pelo Nosferatu, o personagem do cinema expressionista alemão. A presença do personagem parece totalmente aleatória, mas é fácil perceber que ele combina muito bem com o tema da história. O episódio, que tem apenas 12 minutos de duração, era muito mais fácil de adaptar para o limite de fotos, e foi um consenso entre os membros da equipe como um roteiro pronto para ser adaptado, pois havia todos os elementos que queríamos, além do mais importante para a fotonovela: era passível de entreter.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro passo foi simples: todos os membros do grupo assistiram o episódio, para todos terem conhecimento do material que estaria sendo adaptado. Depois de assistirmos, chegou a hora de passar para o papel: todos os membros da equipe, juntos, ajudaram a adaptar. Primeiro, retiramos os elementos cartunescos para adicionar personagens humanos (ao invés dos animais marinhos presentes no desenho). Após isso, o elenco foi escolhido e os personagens foram nomeamos. A escolha dos nomes não foi aleatória: todos os personagens herdaram seus nomes de personagens da novela Avenida Brasil (Rede Globo de Televisão, 2012). Nesse momento entra um easter-egg interessante: na ultima foto, fica claro que a fonte do primeiro barulho é a empregada do escritório. Uma empregada culpada remete exatamente à novela, em um diálogo da personagem Carminha (Adriana Estevez) que ficou famoso na internet, no qual ela diz que é tudo culpa da empregada Rita (Débora Falabela). As falas do desenho passaram por um minucioso processo, dividido em duas etapas: primeiro, elas foram adaptadas especialmente para o nosso roteiro, retirando tudo que pudesse liga-las ao desenho, e adicionando elementos institucionais, já que agora a história se passaria em um escritório. Após isso, depois de decidirmos o número de fotos que seriam tiradas, o número de falas também foi dividido: o mais importante nesse passo era tomar o cuidado para que os diálogos coubessem nos balões. Fotonovelas com grandes diálogos em uma única imagem tendem a ficar cansativa, dificulta a leitura e torna a imagem poluída, nada interessante para quem busca uma fotonovela de qualidade. Outro problema de diálogos longos é que eles necessitam de grandes balões de leitura e esses balões podem ocupar partes importantes dos cenários e esconder objetos necessários para o entendimento da fotonovela. A escolha do local foi um tanto conturbada. Primeiramente, tentamos marcar de usar a casa de algum membro da equipe para realizar as fotografias. Infelizmente, nem todos possuíam locomoção própria ou tempo sobrando para fotografar durante o contraturno, então era preciso fotografar na própria universidade, no período da manhã. Passamos algum tempo discutindo qual seria o local ideal para montar um cenário de escritório. As salas de aula, embora espaçosas, não serviam, pois não teriam os móveis suficientes para imitar o ambiente corporativo. O laboratório de informática também foi levado como uma escolha, pois nele há uma enorme mesa no centro que imita uma mesa de reunião. O problema do local é que era difícil ele estar livre, pois muitas aulas acontecem naquele local. A agência Ziip, agência de identidade institucional do curso de Tecnologia em Comunicação Institucional também possuía um espaço físico interessante, mas desistimos, pois iríamos atrapalhar quem estivesse trabalhando lá no momento, além de que alguns professores utilizam o espaço para auxiliar os alunos. Parecia que não iriamos encontrar o lugar ideal, até que fomos auxiliadas pela aluna LUZ, que descobriu o ambiente perfeito: o camarim do grande teatro do SEPT  Setor de Educação Profissional e Tecnológica. O local era grande, e possuía móveis que simulavam facilmente um ambiente coorporativo. Local encontrado, agora era o momento de arrumá-lo: montamos o cenário com uma mesa para Max e Nina, além de direcionar 3 portas: uma para a entrada do personagem Nilo, uma para a saída da personagem Carminha e outra sendo o banheiro, local onde se passou algumas fotos. No camarim haviam vários objetos que utilizamos para decorar o local, como diversos discos de vinil que ficaram nas paredes. Utilizamos também dois notebooks da agência Ziip para serem os computadores que Max e Nina trabalhavam. Outra parte importante que foi pensada foi o figurino. Como a história se passava em um escritório de publicidade, deixamos os personagens principais com roupas casuais, o que é comum em ambientes que trabalham nessa área. Os personagens Carminha e Nilo usavam trajes sociais, mas por motivos diferentes: ela era a chefe, já ele estava vindo para uma entrevista de emprego. A empregada, por sua vez, estava vestindo roupas simples para trabalho doméstico. Momentos antes de tirar as fotos, todos procuraram referências em outras fotonovelas de como agir para tornar as cenas mais interessantes e mais realistas. Somente o aluno MORATO tinha experiencia em atuação, e ele deu dicas preciosas para a equipe em diversos momentos. Para dar uma sensação de importância para alguns personagens, foram utilizados alguns ângulos diferentes: a chefe é mostrada em um contra-plongée, o que dá um ar de superioridade que uma chefe autoritária normalmente teria. A personagem Nina, quando está conversando com a chefe, é mostrada em um plongée, dando a sensação de inferioridade diante de sua superiora. Foi fácil realizar estes ângulos em diferentes posições, pois as fotos estavam sendo tiradas sem a ajuda de um tripé. Ângulos são importantes para uma fotografia, como ressalta Boni (2000, p. 57): "O ângulo deveria ser criteriosamente escolhido, pois cabe a ele a possibilidade de evidenciar a informação principal no primeiro plano". Além de evidenciar o que se quer mostrar, Boni (2000, p. 86) ressalta os efeitos que proporcionam a imagem e que foram possíveis de experienciar na produção das cenas já descritas: "O ângulo baixo ou contre-plongé valoriza o elemento, criando uma ilusão de ótica que ressalta sua grandeza. Já o ângulo elevado ou plongé tende a diminuir o elemento, desvalorizando-o." Além dos ângulos, foram usados diferentes planos para diferentes situações: na primeira sequência de fotos é usado o plano médio, mostrando os personagens da cintura para cima. Segundo Boni (2000, p. 68) "o Plano Médio pressupõe a interação equilibrada e harmônica do homem com o ambiente. Em razão da proximidade de tomada, evidencia importante riqueza de detalhes dos elementos fotografados. Apresenta, assim, altíssimo poder descritivo." Quando uma cena era mais importante para determinado personagem, ele sempre aparece em plano médio, como é visto na última foto, por exemplo. Nas demais, na maioria das vezes, foi usado o plano geral. Para Boni (2000, p. 67), "uma das principais vantagens do Plano Geral é seu valor descritivo. Ele tem a capacidade de situar a ação e o homem no ambiente em que ocorre a ação." As fotos foram tiradas com a câmera digital Canon PowerShot SX510 HS. As alunas LUZ e OEDMANN se revezaram como fotógrafas, isso porque as duas participaram da fotonovela. As imagens foram editadas pelo aluno SILVA, que utilizou o Adobe Photoshop para tratar as imagens. Foi utilizado um filtro que as deixou parecidas com páginas de HQs, os balões de fala foram colocados com o auxílio do Microsoft Power Point, assim como as falas. A fonte também foi escolhida para imitar as fontes utilizadas nas HQs. Foi feito um storyboard pela aluna FAGUNDES, e a montagem final foi feita com o programa GIMP, pelo aluno MORATO. Todo o material foi enviado para impressão colorida, encadernado e entregue para a professora Flávia Bespalhok. Foi feita também uma versão como uma apresentação de slides para ser apresentados na sala.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto se constitui de uma fotonovela de cinco páginas impressas em laser colorido no papel sulfite, em formato de especial, nas dimensões de aproximadamente 31 x 36 cm e disponibilizada, também, com cada quadro separadamente (versão exibida em sala). No modo impresso, foi utilizado um quadro de 6 imagens por folha. Esse artifício serviu para encaixar a história ainda mais nos modos de uma HQ. A história conta com dois personagens principais: Rodolfo Brenner de MORATO como Max e Kelly Weber FAGUNDES como Nina; mais três personagens secundários: Suelen Cristina da LUZ como Carminha; Filipe Magaldi da SILVA como Nilo; Heloísa Stüpp OEDMANN como a empregada e participação especial do aluno Lucas Barreira como o jovem que cai das escadas. Os nomes dos personagens foi uma alusão à novela Avenida Brasil (Rede Globo de Televisão, 2012) que também tem na sua trama uma emprega que produz reviravoltas na história. A fotonovela conta a história de Max e Nina. Os dois são funcionários de um escritório de publicidade, e naquele dia são obrigados a trabalharem até tarde para terminar um projeto. Nina reclama sobre a imposição que sua chefe fez para que usasse as cores análogas, sem saber que a mesma estava escutando toda a conversa. Nina tenta se desculpar, mas Carminha a interrompe e a manda trabalhar mais rapidamente. Depois que a chefe vai embora, Max diz que aquele comportamento da patroa é inaceitável, e que a colega de trabalho deveria prestar uma queixa de assédio moral. A conversa sobre um possível processo trabalhista é interrompida quando eles ouvem estranhos barulhos na porta do banheiro. Aparentemente sem coragem para ir investigar, Max lembra de uma lenda que existe no prédio comercial onde se passa a história: um jovem, distraído com o celular, caiu das escadas e acabou falecendo. Seu espírito ficou preso no local, assombrado o prédio até hoje. Max lembra também que a presença do suposto fantasma pode ser sentida através de 3 diferentes sinais: primeiramente as luzes do local piscam sem motivo aparente. Depois, o telefone toca, e quem liga é um número desconhecido, que caso seja atendimento, não terá ninguém falando nada do outro lado da linha. Por fim, são ouvidas batidas na porta. Se alguém se atrever a abri-la, verá o fantasma, que fará de tudo para tentar entrar. Os dois funcionários se sentem aliviados por ser apenas uma história, mas a sensação de segurança logo é quebrada pelo primeiro sinal: as luzes do escritório piscam. Logo em seguida o telefone de Max toca, e quem liga é um número desconhecido. Em seguida, são ouvidas batidas na porta principal do escritório. Max, com medo, grita que é o fantasma, enquanto Nina levanta para atender a porta, dizendo que fantasmas não existem. Ela abre a porta para o desespero de Max, e os dois são surpreendidos por uma mão fantasmagórica que surge do lado de fora. Desesperados, os dois tentam fecha-la rapidamente. A porta acaba se abrindo, revelando que não era nada sobrenatural. Na realidade, era Nilo, um homem que estava apenas procurando emprego. Aos poucos, Nilo explica que ele causou um dos sinais do aparecimento do "fantasma", pois ele havia ligado anteriormente para o escritório, mas a ligação não se completou, uma vez que ele derrubou o celular no chão quando se assustou com uma explosão em cabos de luz do lado de fora do prédio. Essa narrativa explica dois dos sinais que ocorreram instantes antes, a ligação desconhecida e as luzes piscando. Na última sequência de fotos, Max procura uma explicação para o primeiro barulho que eles ouviram, tendo conhecimento que, pelo que Nilo contara até então, era impossível o aspirante a um emprego tê-lo causado. O barulho se repete, e agora não somente Max e Nina, mas Nilo também é testemunha de que algo misterioso está acontecendo. Tomando coragem, Max entra no banheiro para ver o que está acontecendo. Ele abre a porta e os três percebem que o barulho não tinha nada de estranho ou sobrenatural, era apenas a empregada que estava limpando o local. Como ela está limpando o local com fontes de ouvido, nem se dá conta de que está fazendo muito barulho com o rodinho. Após a sessão de fotografias para traduzir esse roteiro em imagens, foi feita a edição das fotografias produzidas. Na concepção de Catanho (2007, p. 83) edição é o "processo de seleção e organização de imagens com o intuito de montar uma narrativa lógica." Catanho (2007, p. 83) explica ainda que "na fotografia, no cinema, ou em outras artes audiovisuais, a mensagem a ser transmitida está justamente contida em uma determinada seqüência de imagens escolhida pelo editor." Os melhores fotogramas que evidenciavam o contexto pretendido e que eram suficientes para transmitir a mensagem desejada foram escolhidos e ordenados. Após esse processo, as fotos foram editadas no programa Adobe Photoshop onde foi aplicado o filtro para fazer com que as fotos ficassem parecida com a estética das HQs. Para a colocação dos balões foi utilizado o programa Microsoft Power Point e a montagem final da fotonovela foi feita no programa GIMP, que foi impressa a lazer para ser entregue à professora. A apresentação ocorreu duas semanas após as fotos terem sido tiradas e o processo de edição concluído. Antes da apresentação da fotonovela, cada grupo explicou a ideia que originou a estória, a intenção do grupo e como foi feita a produção. A fotonovela foi apresentada no horário da aula de disciplina Laboratório de Técnicas de Comunicação  Imagem. Durante a apresentação, tivemos a oportunidade de observar as diferentes reações das pessoas. Algumas pessoas expressavam um receio com o tema de terror, mesmo que tenha sido cômico. Fora isso, a maioria dos alunos se divertiram muito com a obra. A reviravolta causou muita surpresa na turma, e ao fim, com aplausos, terminamos a apresentação. No fim da aula, tivemos uma surpresa: muitos colegas de classe vieram nos parabenizar pelo trabalho, dizendo que a nossa fotonovela tinha sido a melhor do dia, e que eles haviam rido bastante, principalmente da última cena.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Além da obtenção de uma nota máxima, tivemos a oportunidade de presenciar as diversas emoções que as pessoas tiveram ao ver a fotonovela. O grupo acredita nos pilares do processo de mídia, que se constituí em passar uma das três mensagens: informar, entreter ou educar. No nosso caso, a mensagem principal foi entreter. O lado cômico e a reviravolta foram executadas com sucesso. Além disso, o grupo conheceu novas técnicas. Agora, já sabemos como uma fotonovela funciona, como é feito o processo de roteirização, de escolha do cenário, do elenco, do figurino, a escolha das melhores fotos para incluir no trabalho final. Aprendemos também a atuar, e a trabalhar com os programas de edição, pois esse processo passou pelos olhos de todas as pessoas da equipe, que juntos escolheram o filtro e a fonte para deixar a fotonovela parecendo uma HQ. Embora tenha sido um trabalho que demandou muito tempo, desde a busca pelo espaço, caracterização, fotografia, edição, pesquisa, roteiro, até o resultado final, colhemos bons frutos, e a satisfação foi muito além do esperado, não somente nossa, mas também graças ao feedback dos colegas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">SAMPAIO, I. S. Para uma memória da leitura: A Fotonovela e Seus Leitores. Campinas, 2008. <br><br>BEREZOVSKY, M. CAMARGO, P. F. C. et al. Comunicação de Massa: a Mulher e o Sonho. In: A Ambigüidade de uma ideologia  Instituições e Reprodução Humana no Brasil  Cadernos CEBRAP 29. Mimeografado, 1978. P. 45-58. <br><br>BONI, P. C. O discurso fotográfico: A intencionalidade de comunicação na fotojornalismo. São Paulo: USP, 2000. Tese (Doutorado)  Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. <br><br>FEIJÃO, C. Linguagem Fotográfica. Londrina, 2012. <br><br>KOSSOY, B. Realidade e Ficcção na Trama Fotográfica, 1999 <br><br>CATANHO, Fernanda Jansen Mira. A edição fotográfica como construção de uma narrativa visual. Discursos Fotográficos, Londrina, v.3, n.3, p.81-96, 2007<br><br> </td></tr></table></body></html>