ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00680</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Mary Sue Uma Ova: Um Guia Sobre Feminismo e Cultura Pop</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;CAROLINA DECOL DA SILVA DANTAS (Universidade Estadual de Maringá); Tiago Lenartovicz (Universidade Estadual de Maringá)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;mídia-educação, cultura pop, Feminismo, cinema, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A mídia tem um grande potencial educador e é responsável uma parte considerável dos signos e código cultural que circulam em nossa sociedade. Portanto, é preciso que haja uma educação para o seu consumo desde cedo. Nesse sentido, este projeto visa analisar e utilizar o cinema de cultura pop, devido ao seu grande alcance de público, para criar um produto voltado para o público feminino jovem que desperte o olhar crítico em relação aquilo que a mídia produz e ao que estão consumindo. Utilizando universos já conhecidos por elas para apresentar e fomentar discussões sobre a representação da mulher e do feminino na mídia e temas presentes dentro dos estudos feministas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O termo Mary Sue apareceu no ano de 1973 em uma fanfic de Star Trek como uma personagem boa em tudo que fazia. Além de ser considerado um insulto para uma personagem, o termo tem sido usado desde o seu surgimento para designar personagens femininas perfeitas demais, mal escritas e más desenvolvidas, uma autoinserção da autora, mulher, na obra. Entretanto, o termo apresenta um grande real problema: é sexista. O termo tem sido usado não para criticar personagens ruins, mas sim para diminuir as mulheres na ficção. Personagens femininas, quando sequer são protagonistas, precisam trabalhar arduamente cair na graça do público. Enquanto, às personagens masculinas é permitido serem centrais na história, naturalmente bons, naturalmente poderosas, além de esbanjar charme e simpatia. Batman, Luke Skywalker, Superman... a lista é infinita. Com isso, que tipo de mensagem está sendo emitida às meninas se, ao mesmo tempo em que é exigido que sigam padrões e expectativas irreais de perfeição , é também dito que, quando perfeitas demais, elas são entediantes, mal escritas e sem profundidade? Por que ensinar meninas a aspirarem ao casamento e não fazer a mesma coisa com os meninos? (ADICHIE, 2015, p.32). Há uma crise de representatividade dentro do cinema da cultura pop. Uma vez que em filmes de ação e aventura, por exemplo, é ensinado aos meninos que a violência é como um sinal de coragem e meio de obter êxito (BELLONI, 2009, p. 39) sendo, geralmente, o seu prêmio uma mulher. Enquanto à menina, lhe resta ser a companheira que apoia e satisfaz o seu par sem questionar, enxergar na outra mulher uma inimiga, usar a sensualidade como moeda de troca, pelo poder e não pelo prazer (ORENTEIN, 2012, apud BREDER, 2013, p. 59). Essa falta de representatividade icônica e simbólica afeta diretamente a forma com a qual meninas lidam com seus problemas, seus relacionamentos, com o outro e principalmente a imagem que tem de si mesmas e por isso Mary Sue uma ova! foi produzido. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">GERAL Produzir um livro voltado para o público feminino jovem sobre a representação da imagem da mulher e do feminino dentro do cinema de cultura pop à luz dos estudos feministas; ESPECÍFICO Produzir conteúdos de cunho crítico informativo para o público jovem feminino; Estimular a leitura reflexiva e crítica a cerca dos produtos midiáticos consumidos dentro do universo da cultura pop; Fomentar as discussões sobre o modo como os papéis de gêneros são representados, apreendidos e as suas influências nas relações cotidianas e na maneira de ver o mundo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As mulheres compõem metade da população mundial e ainda assim somente 30,9% das personagens retratadas no cinema são do gênero feminino. Esse número pode ser menor quando se trata do tempo de tela e o número de falas dessas personagens. Filmes High Concept - adequados ao cenário econômico-mercadológico vigente e apresentam grande custo de publicidade - como Homem de Ferro 2 (2010), A Origem (2010), Como Treinar o Seu Dragão (2010) e Harry Potter e As Relíquias da Morte: Parte II (2010), são produzidos visando um público global e apresentam pouquíssimo tempo de tela protagonizado por personagens femininas e zero protagonistas mulheres. Grande parte destas grandes produções está inserida dentro da cultura pop e atinge públicos imensos e diversificados. Sendo assim, é de suma importância enxergá-los não somente como produtos culturais movidos estritamente pela lógica do mercado massivo e espetacularizado, mas também como possibilidades de construção de sentido e processos de socialização que nos fornecem símbolos, mitos e representações da realidade.É importante ressaltar que as mulheres são uma parte relevante dos consumidores dessa cultura e ainda assim, são nela retratadas de forma irrealista e desproporcional: jovens, brancas, heterossexuais, muito abaixo do peso, irracionais, manipuladoras, histéricas, objetificadas, quase nunca em profissões de prestígio e quase sempre sob as expectativas e julgamentos masculinos. "Os signos do cinema hollywoodiano estão carregados de uma ideologia patriarcal que sustenta nossas estruturas sociais e que constrói a mulher de maneira especifica" (KAPLAN, 1995, p. 45). O número de mulheres representadas no cinema de cultura pop de forma empoderada, em papéis de liderança e donas de si é insignificante quando comparado aos papéis masculinos de mesmas características. O empoderamento feminino ainda é quase que exclusivamente por conta da sensualidade e não por inteligência emocional, senso político, força e liderança. Pensando em termos audiovisuais, a má representação está diretamente ligada à falta de diversidade, e não somente de mulheres, em posições privilegiadas como diretores, produtores, roteiristas e executivos nas produções cinematográficas. "Dar chance para que mais mulheres consigam dirigir seus filmes e contar suas próprias historias pode ser um modo de dar início a algumas mudanças, mas não é o suficiente." (MAIA, 2016, p. 26). É preciso também dar espaço para a diversidade, dar espaço às mulheres negras, indígenas, trans, jovens e velhas. Desta maneira, fica evidente a necessidade cada vez maior de produtos que se preocupam não somente com universos coesos e narrativas bem trabalhadas, mas também que apresentem um bom tratamento dos personagens e um cuidado especial na forma que a realidade é ali retratada para que jovens e crianças, principalmente, não cresçam com visões distorcidas de si mesmo e do outro. Pensando nisso, é preciso falar em novas formas para uma educação mais efetiva para as mídias, visando à formação de sujeitos capacitados para uma leitura crítica dos meios e das narrativas midiáticas que os cercam. Lançar mão desses questionamentos e dos novos meios para se pensar em novas formas de fazer educação e comunicação, criando produtos mais críticos e inclusivos. Usando a mídia não somente como um meio para propagar conteúdos educativos, mas também usar "as experiências midiáticas dos jovens fora da escola para, a partir delas, ensinar sobre as mídias." (BÉVORT, BELLONI, 2009, p. 1088). Sendo assim, é nesse ponto que este projeto trabalha. Um guia que irá fazer uso de produtos já conhecidos dentro do cinema de cultura pop, para trazer à luz discussões e reflexões sobre a maneira como a mídia na cultura pop retrata e representa a imagem da mulher e do feminino </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No primeiro momento foi necessário entender de que forma a mídia, de modo geral, transmite e propaga diferentes tipos de saberes para além das formas institucionalizadas. Entender como valores, costumes, símbolos e signos, que fazem parte dos diferentes processos de socialização de crianças e adolescentes do gênero feminino, são apreendidos e sua influência. Para tanto, uma pesquisa bibliográfica para ampliar a discussão sobre mídia-educação, buscando correlacionar com o contexto histórico e discussões dos estudos e movimento feminista. A partir das leituras foi possível pensar os parâmetros para chegar ao corpus do projeto, escolher os filmes que fariam parte dos conteúdos do livro. Os filmes escolhidos deveriam ser longas-metragens do gênero cinematográfico "Ficção Cientifica", "um filme que usa um estreito conjunto de parâmetros (...) para atrair o maior público possível" (KEMP, 2011, p. 360). Isso porque os filmes de Sci-fi são bastante populares, geralmente superproduções que visa um público, em sua maioria, masculino. Dessa forma é possível visualizar melhor que tipo de mensagem está chegando ao grande público e por que. O presente trabalho entenderá por ficção científica filmes que buscam projetar o futuro ou especular o passado da humanidade em seus diversos eixos - cenário, personagens, objetos e outros - relacionando sempre a conhecimento científico com fenômenos e a criação. "No cerne da ficção científica está, por isso, muitas vezes, um questionamento das consequências dos avanços tecnológicos e científicos sobre o destino da humanidade." (NOGUEIRA, 2010, p. 29). Além do gênero, esses filmes deveriam apresentar data de lançamento entre os anos 2010 e 2016 para que pudessem ser contemporâneos ao público-alvo do produto, bem como ser de fácil acesso para aqueles que ainda não assistiram ou não conhecem. Por se tratar de um livro que busca discutir a imagem da mulher e do feminino representado em tela, era necessário que esses filmes apresentassem personagens femininas minimamente relevantes para o enredo. Então, foi necessária a escolha de um teste de representatividade ao qual eles seriam submetidos. O teste escolhido foi o Teste de Bechdel, o mais simples e conhecido entre os testes, foi criado pela cartunista americana Alison Bechdel em 1985 em uma de suas tirinhas, a Dykes to Watch Out For, onde avalia o grau de representatividade feminina dentro das obras de ficção de acordo com as seguintes perguntas: 1) Há mais de uma mulher no produto? 2) Elas conversam entre si? 3) Elas conversam sobre alguma outra coisa que não seja homem? Recentemente a primeira pergunta foi complementada com "elas possuem nome?". Sendo assim, para passar no teste o produto deve apresentar pelo menos duas mulheres com nomes que conversem entre si sobre algo que não seja um homem. Outro ponto relevante para a indicação e escolha dos filmes, aliado aos anteriores, foi a presença de personagens femininas com papéis centrais e relevantes para o enredo. Não bastavam passar nas normas de Bechdel, essas mulheres precisavam ter destaque. As personagens femininas, cis ou trans, precisam necessariamente estar dentro das seguintes categorias: (a) protagonistas  é aquela que sustenta o eixo central da narrativa. Todos os eventos, ações e demais personagens giram em torno dela; (b) co-protagonistas  divide o eixo narrativo com a protagonista e auxilia na busca de seus objetivos; (c) centrais  não necessariamente é a protagonista na narrativa, mas também desperta ansiedade e emoção nos receptores; (d) antagonistas  representa uma ameaça ou um impedimento ao protagonista; (e) coadjuvantes  personagem secundário que auxilia o desenrolar da narrativa. Delimitado os parâmetros, chegou-se ao corpus do produto principal onde quatro filmes foram selecionados, sendo eles: Ghostbusters (2016) de Paul Feig, Star Wars: O Despertar da Força (2015) de J. J Abrams, Mad Max: A Estrada da Fúria (2015) de George Miller e Prometheus (2012) de Ridley Scott. Os filmes foram analisados com base nos estudos feministas apreendidos durante a construção teórica do projeto e com o apoio dos livros A Mulher e o Cinema: Os Dois Lados da Câmera (1995) de E. Ann Kaplan, O Que é Cinema? (1985) de Jean-Caude Bernadet e A Linguagem Cinematográfica (2013) de Robert Edgar-Hunt. Em Mary Sue, uma ova! há discussões a respeito da representação da mulher e do feminino no cinema, qual sua influência em nossa construção social e como esta influencia aquela. Além disso, há também discussões acerca da recepção desses filmes pelo público masculino e aspectos da produção de audiovisual e de que maneira eles influenciam na visão que temos acerca da mulher. Para a diagramação e construção visual do livro foram feitas visitas técnicas a livrarias, bibliotecas e bancas de revistas para análise de livros e revistas direcionadas ao público jovem. Esta etapa foi de grande importancia para a escolha dos materiais e tipos de acabamentos do livro físico do projeto. Foi nessa etapa também que foi possível identificar uma diferenciação bem feita de um livro ilustrado e com grande quantidade de texto de uma revista. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O guia Mary Sue sobre feminismo e cultura pop desenvolvido para o projeto apresenta um livro físico intitulado Mary Sue, uma ova! Nele foram analisado filmes do cinema de cultura pop sob a ótica dos estudos feministas como forma de fomentar a discussão em torno da figura feminina representada e seus diversos temas. O livro recebeu o título de Mary Sue, uma ova! por conta do termo Mary Sue e como ele tem sido usado para inferiorizar e deslegitimar personagens e autoras femininas que possuem equivalentes masculinos, ou seja, com mesmos traços e características de autores e personagens masculinos. Personagens como Rey de Star Wars: O Despertar da Força (2015) foram duramente criticadas e acusadas de serem perfeitas demais enquanto seus semelhantes masculinos não passaram pelos mesmos questionamentos. O termo é sexista e usado para o título do livro de modo contrário, afim de evocar personagens femininas fortes e bem construídas, com profundidade e arcos dramáticos bem desenvolvidos. Os conteúdos presente no livro buscam construir na leitora questionamentos e diferentes olhares de forma gradativa. O capitulo anterior complementa e funciona de base para o capítulo seguinte, ampliando as discussões e visão sobre o assunto. Dividido em 8 capítulos, Mary Sue uma ova!, impresso e ilustrado, buscou os bons exemplos de produtos cinematográficos de cultura pop em relação à representação da mulher. Os capítulos de introdução apresentam explicações sobre o projeto e parâmetros para testar a representatividade nos filmes e produtos culturais em geral para melhor compreensão dos quatro capítulos seguinte onde os filmes são analisados. Por fim, o livro finaliza apontando que mais importante do que apresentar representatividade, é preciso analisar e entender quem esses produtos estão representando e se de fato são representativos, uma vez que o empoderamento feminino está sendo amplamente debatido e aproveitado pelo mercado. O livro tem, de modo geral, a intenção de valorizar a figura da mulher e o feminino que tem sido subjulgado e inferiorizado ao longo da história da sociedade ocidental. Por isso, para a identidade visual geral foi escolhida a cor rosa como cor principal. A cor rosa representa a suavidade, fragilidade, romantismo, carinho e está forte e constantemente ligada à figura feminina. Por associação e construção social, o rosa se tornou uma cor "para meninas" e é constantemente usado nos diversos produtos direcionado ao público feminino: campanha de conscientização do câncer de mama, brinquedos e bonecas, agendas, produtos de limpeza e muitos outros. Mas, o que nem todo mundo sabe é que o rosa, por se aproximar do vermelho que simboliza a força, já foi uma cor relacionada ao masculino. "Foi somente em meados da década de 1980, quando a ampliação das diferenças entre gênero e idade se tornou estratégia predominante do mercado voltado para crianças, que o rosa ganhou vida própria" (ORENSTEIN, 2012 apud BREDER, 2013, p. 56). Assim, o rosa foi escolhido neste trabalho como cor principal como forma de resgatar essa antiga relação associando com a imagem e características femininas denotadas hoje em dia, de modo à empoderar a figura da mulher. Tornar o rosa uma cor um símbolo de força, determinação e resistência. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Entre o tempo de elaboração e produção do projeto, ficou bastante evidente a necessidade de existência cada vez maior e mais presente de produtos como este, voltado para o público feminino jovem. Público este que, apesar da classificação indicativa dos filmes dizer o contrário, consomem esses filmes com frequência. Não só isso, procuram, produzem e compartilham conteúdos relacionados aos universos e narrativas que estão consumindo. Estas meninas, estão consumindo não só os filmes mas também conteúdos relacionados a ele. Durante a confecção do livro percebeu-se que, apesar de todos os filmes analisados apresentarem protagonistas femininas, a recepção por parte do público masculino se manifestou de formas diferentes. As franquias Mad Max, Star Wars e Ghostbusters apresentaram desde o inicio personagens masculinas como protagonistas, que conversavam e projetam esse público  majoritariamente masculino  dentro destes universos. Já em suas versões mais recentes, a substituição das protagonistas por figuras femininas gerou bastante incomodo. Por outro lado, o filme Prometheus da franquia Alien (1979) de Ridley Scott não causou o mesmo mal-estar no público geral. Isso porque a franquia sempre teve a presença de personagem feminina com força, vigor e presença. Não é difícil imaginar que perder os privilégios e espaços de fala que antes era só seu cause incomodo. Mas, se por um lado houve boicote à esses produtos, por outro tudo isso acabou fomentaram as discussões sobre machismo e violência de gênero. Com isso conclui-se que o protagonismo feminino nos filmes só incomoda quando não estão acostumados com ele ali naquele espaço. A mesma coisa acontece fora das telas, na vida real. É importante que isso aconteça e que as mulheres ocupem mais espaços até o dia em que testes como o de Bechdel não serão mais necessários. O cinema é um grande aliado nesta luta que está em curso a muitos anos e produtos como este são necessários para contribuir e catalisar essa mudança. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Sejamos todos feministas. Tradução Christina Baum. 1ª Edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. <br><br>BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia-educação? 3ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.<br><br>BÉVORT, Evelyne. BELLONI, Maria Luiza. Mídia-Educação: conceitos, histórias e perspectivas. Educ. Soc. 2009, vol.30, n.109, pp.1081-1102.. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v30n109/v30n109a08.pdf > Acesso em: 29 de julho de 2016.<br><br>BREDER, Fernanda Cabanez. Feminismo e príncipes encantados: a representação feminina nos filmes de princesa da Disney. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação  ECO, Rio de Janeiro, 2013.<br><br>KAPLAN, E. Ann. A mulher e o cinema: os dois lados da câmera. Rio de Janeiro; Rocco, 1995.<br><br>MAIA, Carla. Pensar com a diferença: algumas reflexões sobre cinema, feminismo e mulheres. In: Daniela Viegas; Marina Gazire; Roberto Alves Reis; Sílvia Michelle A. Bastos Barbosa. (Org.). Mulheres comunicam: mediações, sociedade e feminismo. Belo Horizonte: Letramento: JEDI: UNA-SE, 2016.<br><br>NOGUEIRA, Luís Doc. Manuais de Cinema II: Géneros Cinematográficos. LabCom Books, 2010.<br><br>PEREIRA DE SÁ, Simone; CARREIRO, Rodrigo; FERRARAZ, Rogério (Org.). Cultura pop. Salvador : EDUFBA ; Brasília : Compós, 2015.<br><br>SMITH, Stacy L.; CHOUEITI, Marc; PIEP, Katherine. Gender Bias Without Borders: An investigation of female characters in popular filmes across 11 countries. Disponível em: <http://seejane.org/wp-content/uploads/gender-bias-without-borders-full-report.pdf>. Acesso em: 18 de julho de 2016.<br><br> </td></tr></table></body></html>