ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00836</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Revista Expressão 2016/4</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Mayara Zanella da Rosa (Universidade de Caxias do Sul); Alana Micheli Bof (Universidade de Caxias do Sul); Luciane Karen Modena (Universidade de Caxias do Sul); Alessandra Rech (Universidade de Caxias do Sul); Priscilla Breda Panizzon (Universidade de Caxias do Sul)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;revista, jornalismo literário, expressão, reportagem, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A revista Expressão 2016/4, produzida pelos estudantes de comunicação da disciplina de Projeto Experimental II  Revista, da Universidade de Caxias do Sul, apresenta reportagens sobre assuntos diversos, como a Geração Y, economias sustentáveis, o drama dos moradores de rua e os desafios enfrentados em uma escola pública. Como característica em comum, todas elas procuram trabalhar um jornalismo mais humanizado, contando histórias e abordando dilemas do cotidiano. A revista também apresenta um conteúdo trabalhado na sua apresentação visual, com fotografias e diagramação, de modo a tornar o produto final mais atrativo para seus leitores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Apesar de toda a evolução tecnológica dos últimos anos, que provocou mudanças substanciais na maneira de disseminar informação, os veículos tradicionais de informação ainda sobrevivem. No jornalismo, o mais antigo deles, que é o meio impresso, está em uma busca constante de um modelo que ofereça atrativos em uma era regida pela tecnologia. A análise dos acontecimentos e a tentativa de se aprofundar no relato de uma realidade é um dos diferenciais que alguns veículos impressos buscam apresentar. Nesse cenário, as revistas, por serem meios que dispõem de um tempo de produção maior e serem mais atemporais que os jornais diários, costumam obter resultados mais satisfatórios. As revistas no Brasil ainda costumam seguir um modelo muito tradicional e padronizado. Os periódicos de maior circulação costumam tratar de uma diversidade de assuntos tendo, normalmente, a política e a economia como principais pautas. Entretanto, nessa busca constante por acontecimentos bombásticos de ordem nacional, sempre de olho naqueles que estão no poder das instituições, o jornalismo informativo de revista acaba deixando de lado um aspecto de extrema importância: a realidade cotidiana da sociedade no geral. As histórias, os problemas, as superações e as transformações pelas quais a população passa no seu dia a dia acabam ganhando pouca atenção dos veículos de comunicação. No entanto, uma nova geração de jornalistas e comunicadores, atentos em questões como diversidade e preocupados em produzir um jornalismo mais humanizado, para além das estatísticas, está surgindo. Mais do que abordar as novas maneiras de disseminação das notícias e reportagens, o jornalismo busca agora uma transformação e modernização que transcenda a ordem técnica e chegue também ao conteúdo e à maneira como ele é apresentado. É esse novo modelo de jornalismo que procurou-se colocar em prática na edição 2016/04 da revista Expressão, produzida por estudantes da Universidade de Caxias do Sul. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Uma das finalidades do Jornalismo é expor a realidade  ou as realidades  do mundo com a máxima verossimilhança, ou seja, desnudá-la. Para realizar esse trabalho árduo e complexo, repórteres contam com apenas "uma arma de aparência extremamente sutil e inofensiva: a palavra" (ROSSI, 1994, p.7). Contudo, veículos diários oferecem cada vez menos espaço às palavras, fazendo com que os jornalistas falhem, seguidamente, em seus propósitos narrativos. Características como detalhamento dos fatos, amplitude, aprofundamento, densidade e capacidade de suscitar críticas e análises aumentam o tempo que se leva para produzir um material bem fundamentado. Por essa razão, textos bem elaborados, estão cada vez mais escassos, ao menos no que tange às páginas dos jornais. Contudo, as revistas ainda dispõem desse espaço e é nas reportagens e grandes-reportagens que repórteres encontram uma forma de deixar as palavras fluírem livremente. Esse estilo de Jornalismo busca criar meios para que a audiência possa compreender o seu tempo e as causas dos fenômenos que presencia (BELTRÃO, 1976, apud PEREIRA LIMA, 2004). A reportagem "amplia a cobertura de um fato, assunto ou personalidade, revestindo-os de intensidade, sem a brevidade da forma-notícia" (SODRÉ; FERRARI, 1986, p. 75). Sendo assim, os jornalistas recorrem às reportagens quando abordam assuntos que necessitam de mais atenção. Por essa razão, o objetivo da Revista Expressão é utilizar esse gênero para tratar de assuntos socialmente  e localmente  relevantes. Dessa forma, o intuito é apresentar temas como a superação de uma escola pública em busca da qualidade de ensino e os desafios de moradores de rua, entre outros, ao público leitor da publicação: jovens universitários e futuros comunicadores que tem a capacidade de analisar os conteúdos e levar o debate sobre tais temáticas a outras frontes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo de produção de uma revista, desde o surgimento das primeiras ideias até o folheio do produto final, por si só é enriquecedor. Decidir as editorias, desenvolver as pautas, produzir as imagens, elaborar a diagramação, entre outras etapas, para, enfim, apreciar a revista pronta é algo que fascina grande parte dos jornalistas. Em um ambiente universitário, no qual há maior liberdade e menos pressão se comparado ao mercado de trabalho, o exercício é ainda mais rico. Mesmo com o advento tecnológico e a crescente digitalização das revistas e jornais, reconhecer e respeitar o valor dos veículos impressos tradicionais é fundamental para quem escolheu o Jornalismo como profissão. Desde a prensa de Gutenberg, no século XV, até a contemporaneidade, os meios de comunicação impressos possuem tamanha credibilidade. Não dá para esquecer que [...] o que é impresso, historicamente, parece ser mais verdadeiro do que aquilo que não é. Isso pode até mudar com o tempo e as novas tecnologias, mas por enquanto ainda é assim. [...] jornais e revistas [...] servem para confirmar, explicar e aprofundar a história já vista na tevê e ouvida no rádio. Ainda hoje, a palavra escrita é o meio mais eficaz para transmitir informações complexas. Quem quer informações com profundidade deve, obrigatoriamente, buscá-las em letras de forma. Jornais, folhetos, apostilas, revistas, livros, não interessa o quê: quem quer saber mais tem que ler. (SCALZO, 2004, p. 12-13) Com o intuito de prezar a confiabilidade em si depositada, uma revista deve partir de uma base sólida. Conforme Tavares (2013, p. 80), na criação de seu conceito, dentro de um contexto social, mercadológico e cultural, há o objetivo de definir um "aqui e agora", uma "razão de ser", uma missão e uma "precisa" fórmula editorial. Para o autor, uma revista será sempre guiada por uma ideologia e também pela atualidade, por ser um produto jornalístico. Na Expressão 2016/04, não foi diferente. Partiu-se da premissa de que os conteúdos deveriam abordar temas relevantes do ponto de vista social, uma vez que, assim como todo e qualquer meio jornalístico, uma revista deve seguir à risca o dever de exercer o seu papel questionador e transformador dentro de uma sociedade. Os quatro temas norteadores  a busca de identidade da geração Y, o papel da educação em uma comunidade economicamente desfavorecida, a reinvenção da economia e os percalços de viver na rua  reiteram tal preceito. A escolha dos temas, acima citados, também buscou valorizar a reportagem, formato jornalístico que consagrou as revistas desde 1928, ano do lançamento de O Cruzeiro, aquela que foi a primeira publicação brasileira a apostar em textos longos e bem escritos ao lado de fotografias de excelente qualidade. Em publicações de periodicidade mais ampla, a reportagem pode ser considerada a "cereja do bolo", aquilo que ela tem de melhor. Para Szymaniak (2000, p. 208) "a tarefa da reportagem é dar uma visão geral e pormenorizada de um fenómeno, ou de uma situação, indagando, descrevendo, explicando, relatando, interpretando e comparando". Nessa edição da revista Expressão, os temas puderam ser esmiuçados em grandes reportagens, de modo a manter e defender um formato característico das revistas, no qual é possível entregar ao leitor informações detalhadas e um maior rebuscamento da linguagem. Para Benetti (2013, p. 55), "complexo, diversificado e especializado, o jornalismo de revista engendra olhares e percepções sobre o mundo, sobre si e sobre o outro, e é nessa articulação que reside seu amplo e fecundo poder". A revista Expressão 2016/04 buscou ser um produto jornalístico sério, com o objetivo de ser atraente e conquistar os leitores, de modo a ser um agente transformador da realidade ao passo que sensibiliza e é fonte de conhecimento para quem a lê. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a confecção da revista Expressão 2016/04, o primeiro passo foi a reunião de pauta. Durante uma aula, os estudantes sugeriram alguns assuntos de relevância social e abriu-se uma votação. Foram escolhidas quatro pautas como principais, de diferentes temas, prezando pela diversidade. Depois disso, a turma foi dividida em grupos e cada um trabalhou um dos assuntos selecionados. A atividade em grupo possibilitou que os quatro temas fossem trabalhados da forma mais ampla possível, com pesquisa abrangente e diversas fontes, resultando em um conteúdo rico, próprio das grandes reportagens. A reportagem nada mais é do que um relato ampliado. Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari (1986, p. 9) a consideram a forma mais extensa da narrativa jornalística. Para os autores, ela é "um gênero jornalístico privilegiado", no qual são narradas as peripécias da atualidade. O que diferencia uma reportagem de uma notícia, por exemplo, é aprofundamento, pois um fato só ultrapassará o mero registro se envolto em circunstâncias que conduzirão o leitor a um posicionamento crítico, revelando-lhe ângulos insuspeitados, salientando outros apenas entrevistos  enfim, iluminando e ampliando a visão sobre determinado assunto. (SODRÉ; FERRARI, 1986, p. 36) Nesse gênero jornalístico, o repórter deve narrar aspectos específicos provenientes de sua interação com os principais personagens e com o ambiente dos acontecimentos, elaborando um material que se enquadra na definição formulada por Marcelo Bulhões (2007, p. 45). Para o autor, ela propõe-se a detalhar os fatos, estabelecendo suas motivações e consequências, e "constrói-se com a apuração laboriosa das informações, por meio de entrevistas e da consulta a diferentes versões". O jornalista que adentra o mundo das reportagens carrega uma responsabilidade: apresentar um material extremamente aprofundado, rico em fontes e pontos de vista, capaz de transportar as pessoas para os lugares dos quais fala, fazê-las identificarem-se com os "personagens" da história que está contando e, além disso, fazê-las entender as origens, motivos e implicações dos fenômenos narrados. Em outras palavras, ele deve trabalhar o contexto. O elemento humano também foi amplamente utilizado para tornar as reportagens mais envolventes e contextualizar os assuntos tratados. Conforme explica Vilas Boas, a presença do elemento humano, com toda a sua complexidade, é um elemento interessante na construção de uma reportagem. Consulte, ouça, converse com várias pessoas a respeito do tema e discuta o ângulo. É valioso para compreender os ingredientes essenciais da narrativa e descrevê-los de modo simples, honesto e claro. Narrativas que envolvem o elemento humano, por exemplo, são trabalhosas de escrever. Contar numa revista a história de pessoas que tiveram experiências dolorosas ou vivem dramas que podem ser comuns a todos nós não é tarefa simples. Por outro lado são narrativas bastante envolventes d ponto de vista jornalístico. (VILAS BOAS, 1996, p. 47) Caio Noblat (2002, p. 75) corrobora o pensamento de Vilas Boas quanto à abordagem das reportagens e a humanização do texto. De acordo com o autor, quanto mais profundo for o tratamento do assunto, melhor será o resultado. "Tudo que puder ser humanizado deverá sê-lo. Não esqueçam que toda notícia é uma história. E que gente gosta de ler histórias sobre gente". Algumas técnicas textuais do texto de revista, citadas por Vilas Boas, foram utilizadas nesta edição, com o intuito de tornar o texto mais atraente para o leitor. Um exemplo disso é o que o autor chama de abertura envolvente. O que conquista a atenção do leitor para a leitura de uma reportagem são as aberturas. Na revista, por exemplo, quase sempre se escolhe a abertura menos convencional ou puramente informática... (...) A revista não precisa de um lead, qualquer que seja o tipo. A revista precisa de uma abertura envolvente. (VILAS BOAS, 1996, p. 45) Além das questões textuais, houve uma preocupação também com o aspecto visual da revista. Afinal, como explica Scalzo, "design em revista é comunicação, é informação, é arma para tornar a revista e as reportagens mais atrativas, mais fáceis de ler" (SCALZO, 2004, p. 67). Nessa etapa, a primeira tarefa foi pesquisar modelos de diagramação já existentes. Algumas revistas foram selecionadas e, divididos em duplas, os alunos fizeram a análise dos pontos positivos e negativos na diagramação dessas publicações. Em seguida, cada grupo diagramou algumas páginas, sugerindo estilos de organização do texto, fontes e distribuição de imagens. Um dos estilos foi escolhido pela turma e, dessa forma, foi criada a identidade visual da edição 2016/4 da revista Expressão. Conforme Pereira Junior (2006), seis itens podem estabelecer um bom design de página. São eles: a simplicidade, a unidade, a harmonia, a proporção, o equilíbrio e a tipologia. Por meio dessas premissas, priorizou-se a valorização de fotografias nas páginas e o resguardo de espaços em branco, com o objetivo de facilitar a leitura e aplicar especialmente os princípios de harmonia e equilíbrio. Da mesma forma, a capa foi pensada para tornar a revista atraente para o leitor, com uma imagem significativa, representando uma das reportagens produzidas (sobre a geração y) e algumas outras chamadas de assuntos importantes abordados na edição. Em livro sobre o assunto, a editora Abril destaca a importância do design e da diagramação em uma revista. Essa mágica que dá expressão e personalidade ao que o repórter escreveu, o fotógrafo documentou e o diretor de redação imaginou chama-se editar. No caso da revista, é dar e tudo uma identidade (como uma capa  que é a face -,para torná-las um conjunto coerente e singular (as páginas  o miolo ou o corpo), buscando atrair o leitor e ganhar dele a lealdade eterna. (ABRIL, 2000, p.123) Assim, utilizando-se de técnicas que priorizam pela qualidade textual e visual, a Revista Expressão 2016/4 foi construída pelos estudantes de comunicação da disciplina de Projeto Experimental II  Revista. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A edição de 2016/04 da revista Expressão apresenta, ao longo das 54 páginas, enfoques em diferentes áreas da vida em sociedade, tais como a preocupação com os jovens, as questões inerentes à educação, às novas formas de economia e à vida nas ruas. A produção foi desenvolvida entre setembro e dezembro de 2016, em aulas semanais na Universidade de Caxias do Sul. As reportagens foram escritas por quatro grupos de quatro, cinco ou seis alunos cada, resultando numa equipe de 18 estudantes de jornalismo. O mês de setembro foi reservado para o levantamento de pautas e produção das reportagens. A entrega dos textos e fotografias correspondentes se deu no início de outubro, quando se passou a discutir o projeto gráfico da revista. Cada grupo de alunos apresentou uma proposta de planejamento. Dentre elas, no final do mês de outubro, escolheu-se a que seria adotada pela revista. Os meses de novembro e dezembro foram reservados para a aplicação do material no projeto gráfico, adaptando as reportagens à padronização da revista. Páginas que não correspondiam a reportagens, como a capa, contracapa, editorial e sumário, bem como páginas com crônicas, foram divididas entre os grupos, de forma a adequar os materiais à proposta gráfica. A revista foi finalizada, ao final do semestre, após a revisão das páginas e junção do material em um único arquivo. O layout escolhido para a produção da revista considerou que o design gráfico, o planejamento de uma página, também é informativo. A disposição de elementos como títulos, fotos e matérias isoladas obedece à construção de um significado, que, no conjunto, também emite mensagem: é a enunciação (PEREIRA JUNIOR, 2006, p. 98). [& ] uma disposição mais desorganizada dos elementos de uma página, sob tal lógica, poderia dar a sensação de descuido com a qualidade das informações. A padronização visual, assim, organiza o material de modo a que cada página seja a personificação do veículo inteiro. (PEREIRA JUNIOR, 2006, p. 99). Como fontes, utilizou-se: para títulos, Impact 48; para linhas de apoio, Calibri 19 itálico; para assinaturas, Calibri 12; para créditos de imagens, Calibri 8, em maiúsculas; para cartolas de página, Microsoft New Tai Lue 14, em negrito; capitular, de três linhas, em Times New Roman; corpo do texto em Times New Roman 10; legendas em Calibri 10; subtítulos em Microsoft New Tai Lue 28; intertítulos em Calibri 14, negrito; olhos em Calibri 14, itálico; títulos de boxes em Microsoft New Tai Lue 24 e textos de boxes em Calibri 11. Priorizou-se a utilização de fontes sem serifa para títulos e destaques, e fontes serifadas para leituras contínuas. A capa da publicação traz a fotografia de uma jovem com uma camiseta branca e as mãos sobre o quadril, com fundo branco. Seu rosto está pintado com cinco listras em cores diferentes: rosa, laranja, amarelo, verde e azul. A imagem faz o destaque para a reportagem "Quem é a Geração Y", com a frase "A busca de uma identidade por meio de escolhas". Os demais destaques são "Transformação em escola do Vila Ipê", que faz referência à reportagem "Sob a sombra do ipê amarelo"; "Novas formas de economia", chamando para a matéria "Economia além dos números"; e ainda "Desafios da vida na rua", chamando para reportagem de mesmo nome. O formato das reportagens, por sua vez, buscou explorar um texto voltado ao jornalismo literário, atrativo ao leitor. Quanto a isso, considerou-se a característica da revista, em detrimento de outros formatos de impresso: sua capacidade de abordar assuntos com mais profundidade e seu texto próximo ao leitor, de forma a cativá-lo. Essas atribuições não passaram despercebidas à produção da revista Expressão. As revistas exigem de seus profissionais textos elegantes e sedutores. Considerados os valores ideológicos do veículo, não há regras muito rígidas. Há, isto sim, uma conciliação entre as técnicas jornalística e literária. [& ] O estilo magazine, por sua vez, também guarda suas especificidades, na medida em que pratica um jornalismo de maior profundidade. Mais interpretativo e documental do que o jornal, o rádio e a TV; e não tão avançado quanto o livro-reportagem. (VILAS BOAS, 1996, p. 9) Diante disso, foram produzidas as seguintes reportagens: "Os desafios de viver na rua", sobre a situação de aproximadamente 120 pessoas de rua de Caxias do Sul; "Quem é a Geração Y", que mostra a luta de jovens por valores sociais e profissionais, fazendo da internet seu principal meio de comunicação; "Vida além dos muros", que mostra um dia numa comunidade que trocou o meio urbano pela natureza; "Troca entre vizinhos", que relata a plantação e troca de alimentos entre famílias de um bairro de Bento Gonçalves; "Economia além dos números", sobre uma visão ampliada de economia e utilização de recursos; e, por fim, "Sob a sombra do ipê amarelo", que retrata a realidade da educação em uma escola com crianças em vulnerabilidade social de Caxias do Sul. Além disso, também foram designadas quatro páginas para a publicação de crônicas dos alunos. As produções foram inspiradas no texto "Diante da dor dos outros", de Susan Sontag, trabalhado em aula. "Dinosauri", a primeira crônica da revista, aborda preconceitos e visões retrógradas presentes na mídia tradicional. "Cuidado, cenas chocantes" é o segundo texto, que mostra a exploração midiática acerca de atletas que sofreram acidentes durante as Olimpíadas do Rio, em 2016. A terceira crônica publicada é "Ora, o que há de errado conosco?". O texto retrata, de forma crítica, a profissão do jornalista e as responsabilidades que a profissão traz. A última crônica, "Retrato fiel", mostra o papel do jornalismo diante de situações de sofrimento humano, como a guerra na Palestina. "Enquanto houver aqueles dispostos a carregar, mesmo que por pouco tempo, as cruzes dos outros, haverá bom jornalismo", retrata o texto. Em resumo, o produto jornalístico Expressão, edição de 2016/04, buscou refletir a sociedade atual e seus diversos aspectos como um amplo cenário cheio de contextos e realidades. Diante de uma mídia dominada em tragédias, por vezes as valiosas vidas das pessoas são tratadas apenas como estatísticas. É por meio de um jornalismo mais humanizado que a revista Expressão resgata o papel do jornalista na sua missão de contar histórias de forma a transformar realidades. Em suma, o produto apresenta "uma nova geração de jornalistas que quer falar não apenas para a sociedade, mas também sobre a sociedade, com toda a variedade de personagens e situações que ela oferece", tal qual relata o editorial da publicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Com essa edição da revista Expressão, buscou-se oferecer um produto jornalístico impresso que não apenas cumprisse o papel de ser uma revista, mas, mais do que isso, possibilitasse explorar ao máximo as qualidades desse veículo de comunicação que conserva valores atemporais, ao mesmo tempo em que não deixa de se reinventar. Aos leitores, foram feitas grandes reportagens para "rechear" as páginas, formato que melhor oferece informação com profundidade. Além disso, há crônicas, as quais transmitem leveza e opinião à revista. Entende-se que a revista é um meio que possui ampla durabilidade, tanto física como emocionalmente, uma vez que permanece nas mãos do leitor por mais tempo do que a sua periodicidade. Não é incomum que leitoras e leitores guardem exemplares de sua revista preferida por anos. Desse modo, a publicação permanece "atual", muito por causa da maneira como as informações são colocadas, com pesquisa, apuração e zelo. É imprescindível tratar a informação com a responsabilidade que ela merece. O segredo de qualquer comunidade realmente democrática é justamente a participação de todos (ou, ao menos, da grande maioria) nas decisões que a todos afetam. Não há por que não aplicar esse conceito também à pequena comunidade que é uma redação de jornal, revista ou TV, ainda mais que esse pequeno núcleo trabalha com um artigo que afeta, direta ou indiretamente, a vida de núcleos bem maiores: a informação. (ROSSI, 1994, p. 62) Para uma turma de futuros jornalistas, a experiência de produzir uma revista como a Expressão 2016/04 foi de um enorme aprendizado para todos, não apenas na parte técnica, mas também pessoal e profissionalmente. A aproximação com a realidade de redações jornalísticas, na qual o trabalho em equipe é fundamental para que se atinja o melhor resultado possível, foi de extrema importância. Tem-se a certeza que o saldo final foi extremamente positivo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BENETTI, Marcia. Revista e jornalismo: conceitos e particularidades in TAVARES, Frederico de Mello B. e SCHWAAB, Reges (orgs.). A revista e seu jornalismo, (p. 44-57). Porto Alegre: Penso, 2013. <br><br>BULHÕES, Marcelo Magalhães. Jornalismo e literatura em convergência. São Paulo: Ática, 2007.<br><br>EDITORA ABRIL. A revista no Brasil. São Paulo: Abril, 2000.<br><br>LIMA, Edvaldo Pereira. Páginas ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. Barueri, SP: Manole, 2004. <br><br>PEREIRA JUNIOR, Luiz da Costa. Guia para edição jornalística. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. <br><br>ROSSI, Clóvis. O que é jornalismo. São Paulo: Brasiliense, 1994.<br><br>SCALZO, Marília. Jornalismo de revista. São Paulo: Contexto, 2004. <br><br>SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de reportagem: notas sobre a narrativa jornalística. São Paulo: Summus, 1986.<br><br>SZYMANIAK, Wlodzimierz Jozef (Coord.). Dicionário de ciências da comunicação. Porto, Portugal: Porto, 2000. <br><br>ROSSI, Clóvis. O que é jornalismo. São Paulo: Brasiliense, 1994.<br><br>TAVARES, Frederico de Mello B. Revista e identidade editorial: mutações e construções de si e de um mesmo in TAVARES, Frederico de Mello e SCHWAAB, Reges (orgs.). A revista e seu jornalismo, (p. 76-92). Porto Alegre: Penso, 2013. <br><br>VILAS BOAS, Sergio. O estilo magazine: o texto em revista.  3ª ed.  São Paulo: Summus Editorial, 1996.<br><br> </td></tr></table></body></html>