ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00840</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Pais e Filhos - Uma Reflexão Sobre o Suicídio</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Paola Tattiane Eurich (Universidade Federal do Paraná); Flávia Lúcia Bazan Bespalhok (Universidade Federal do Paraná); Larisse Salas Borges (Universidade Federal do Paraná); Naiara Cristina Santos de Sales (Universidade Federal do Paraná); Kathryn Camargo Stanchak (Universidade Federal do Paraná); Gesianne Farias Segovia (Universidade Federal do Paraná); Wallorie Marjory Machado (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Audiovisual, Videoclipe, Suicídio, Depressão, Conflitos</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Pais e Filhos  Uma Reflexão Sobre o Suicídio é um videoclipe que surgiu da necessidade que as alunas, autoras do presente trabalho sentiram de falar sobre um assunto que, ainda hoje é considerado um tabu: o suicídio. O foco principal é apresentar ao espectador/público o sentimento vivido por um indivíduo que se apresenta como um suicida em potencial, seus conflitos, seus dilemas e até que ponto a dor emocional pode acarretar o fim de uma vida. A canção escolhida, apesar de ser muito conhecida por grande parte dos brasileiros, poucos sabem que trata da temática abordada em nosso trabalho. Utilizando o preto e branco nas imagens, fechamos o pacote criando uma aura mais intimista, de tristeza e solidão vivenciada pela protagonista do videoclipe. O resultado foi notado  e sentido  pelo público, que acabou compartilhando experiências que se assemelham às da produção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo dados do Ministério da Saúde, um brasileiro comete suicídio a cada 45 minutos. O índice perde apenas para homicídios e acidentes de trânsito entre as mortes por fatores externos. No último senso realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os casos de suicídio no país cresceram absurdamente nos últimos anos, sendo cada vez mais frequentes entre adolescentes e jovens. O relatório da Organização Mundial de Saúde afirma que  as tentativas de suicídio entre adolescentes estão muitas vezes associadas a experiências de vida humilhantes, tais como fracasso na escola ou no trabalho ou conflitos com um parceiro romântico (OMS, 2012). Todos esses dados retratam a realidade que envolve as escolas e universidades em todo o Brasil. Uma reportagem publicada pela UOL no mês de Abril desse ano confirmou essa realidade, relatando um fato ocorrido na Universidade Federal de São Paulo, onde uma onda de tentativas de suicídios entre os alunos encontrou professores e instituição despreparados para lidar com a problemática (COLLUCCI, 2017). Durante as buscas realizadas encontramos muitas dificuldades em fundamentar o tema, tanto em pesquisas como em artigos, principalmente voltados diretamente para as universidades, pois não existem muitas matérias ou pesquisas realizadas dentro deste contexto estudantil. Levando em conta que, segundo estimativas, 90% dessas mortes poderiam ser evitadas caso o resgate acontece em tempo hábil, demos nosso primeiro passo em busca de reverter essa realidade. Tomamos esses números e a campanha lançada em setembro de 2014 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), intitulada Setembro Amarelo e desenvolvemos o atual projeto audiovisual que explora o sentimento de um indivíduo potencialmente suicida, que se sente sozinho e incompreendido pelo mundo, mostrando que existe solução e que a morte não precisa ser o final da história. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desenvolvido durante a disciplina de Laboratório de Técnica de Comunicação em Vídeo, lecionada pela professora Flávia Bespalhok aos alunos do quarto semestre do curso de Tecnologia em Comunicação Institucional da Universidade Federal do Paraná, o videoclipe foi produzido buscando apresentar um cenário cada vez mais comum no Brasil. O objetivo principal foi retratar os sentimentos envolvidos e as diversas circunstâncias que podem levar uma pessoa à decisão de tirar a própria vida. Na abertura do videoclipe, apontamos os dados e números sobre os índices de suicídio no país e no mundo, intencionalmente buscando chocar os espectadores, trazendo à tona um assunto ainda pouco discutido. Nossa proposta foi causar um desconforto, para que as pessoas reflitam sobre o assunto e compartilhem seus pensamentos e experiências, podendo assim ajudar aqueles que estão passando por situações semelhantes e que de alguma forma estão esquecidos dos olhares da sociedade ou mesmo da própria familia. Também fez parte do objetivo da produção mostrar situações decorrentes da depressão, como o sentimento de  tristeza, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimento de culpa e baixa autoestima . (Organização Mundial da Saúde  OMS). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O suicídio é muitas vezes um ato impensado cujo o sofredor busca encontrar alivio para sua dor através da morte. Atos como esse pode acabar devastando uma família inteira por ser inesperado e trágico. Segundo Durkhein (2011, p.), o suicídio é a  ...morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado . Segundo pesquisa realizada pelo IBGE (em senso de 2012), o número de jovens que cometem suicídio não para de crescer no país. Entre as principais causas estão a falta de perspectiva de vida, a frustração com o trabalho e com os estudos e os problemas ligados à vida amorosa. Em uma escala global, pode-se acrescentar questões religiosas e morais às principais causas (Cartilha de Prevenção do Suicídio  OMS, 2006). Atualmente, o suicídio tomou proporções tão grandes que já é considerado um problema de saúde pública. Todos os dias, cerca de 32 brasileiros tiram a própria vida, ultrapassando assim o número de vítimas de AIDS e de boa parte dos tipos de câncer. (CVV). Segundo a Organização Mundial de Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser evitados. Os sinais, que por vezes podem ser extremamente sutis, mas que, se notados, poderiam ser trabalhados e tratados e assim poderia-se evitar a irreversível ação de tirar a própria vida. Tendo consciência do impacto do suicídio no meio em que estamos inseridas como alunas e também tendo vivenciado ou acompanhado casos semelhantes ao produzido no videoclipe, todas, como componentes do grupo produtor deste projeto, sentimos a necessidade de levar esse tema, principalmente entre os jovens e adolescentes, para que esses sejam capazes de identificar casos semelhantes e possam ajudar aqueles que necessitam, sendo este o primeiro passo para reverter essa realidade. O formato escolhido para a abordagem do tema foi o videoclipe. Segundo Soares (2012, p.33),  a própria nomenclatura que define videoclipe já nos apresenta uma característica: a ideia de velocidade, de estruturas enxutas. . O autor ainda comenta que,  sendo um produto audiovisual contemporâneo, o videoclipe é parte de um processo histórico dinâmico, onde produtores e consumidores  se encontram  (2012, p. 83). Abrangendo esta definição e levando em consideração que o principal público-alvo na criação deste produto são os jovens e adolescentes como fortes potenciais ao suicídio, concluímos que o videoclipe seria a melhor forma de alcançá-los na transmissão dessa mensagem, uma vez que é uma geração cada vez mais interligada através do uso da tecnologia e que busca velocidade e praticidade na absorção de informações. O videoclipe justifica-se também na busca por transmitir informações verídicas concernentes a essa temática, e é devido a este fator que ao final do videoclipe são apresentadas informações de onde buscar ajuda e de que forma todos podem se envolver nesta luta de prevenção ao suicídio. O videoclipe apresenta também de forma dinâmica, um alerta de que nem sempre o problema é percebido antes que uma tragédia aconteça. No entanto, é possível notar os sinais que levam a este fim, e através dessa percepção é possível estabelecer ações para evitá-lo antes que aconteça. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após a definição do tema, as alunas se reuniram para o preparo do roteiro. O principal método foi a busca por experiências vividas, por meio de casos na própria família, com conhecidos ou amigos. Durante os relatos foram levantadas questões do cotidiano, o valor da vida, a ausência de razões existenciais que levam ao suicídio, a violência, conflitos familiares, entre outros. Um dos diálogos que mais contribuiu para a proposta aconteceu com a aluna Naiara Cristina, que relatou o fato que vivenciou em sua família. Nesse relato, a aluna contou o caso em que seu tio tirou a própria vida sem nenhuma razão aparente, deixando para trás uma família devastada. Diante desse e outros relatos, o desejo de ajudar as pessoas antes que fosse tarde levou as alunas a ter como meta o auxílio ao próximo. Para a realização e idealização do roteiro iniciou-se a busca por informações, principalmente através da campanha nacional  Setembro Amarelo que iniciou no ano de 2014, enfocando ações especialmente no dia 10 desse mesmo mês, já que este dia é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Após muitas buscas e análise de letras de músicas, a escolhida foi  Pais e filhos  Legião Urbana. A letra conta a história de uma filha que se suicida e esse foi o encaixe perfeito para a concretização das ideias do roteiro. A música é de autoria de Renato Russo, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá. Foi divulgada em 1989, como uma das canções do álbum  As quatro estações , interpretado pela banda Legião Urbana. Este álbum foi o quarto lançado pela banda e o mesmo teve grande repercussão em todo o país, sendo as músicas apreciadas até os dias de hoje. Apesar do grande sucesso, Renato Russo não gostava de interpretar a canção em shows, pois dizia que ficava muito triste ao lembrar de uma amiga que se jogou do quinto andar de um prédio em Brasília após ter brigado com os pais. (BLOG COMO SURGIU A CANÇÃO) Além desse enfoque, o videoclipe buscou apresentar o conceito de amor ao próximo. O próximo é aquele que está ao nosso lado sofrendo, tanto na questão emocional - que pode levar ao suicídio, como na questão social, que são aquelas pessoas que por diversas razões vivem nas ruas sem rumo e sem uma vida digna. Esse conceito é apresentado trazendo a problemática dos dias atuais, buscando mostrar aos espectadores que a vida é além daquilo que nossos olhos podem ver, é além daquilo que o dinheiro pode comprar. Após o roteiro estar escrito, os personagens foram divididos entre as próprias integrantes do grupo, preparando assim a ficha dos personagens. O argumento com toda a descrição da narrativa foi estruturado, a escaleta preparada, a descrição de cada uma das cenas foi estabelecida, sempre tomando por base os minutos e segundos da música. Contando com a ajuda da nossa professora orientadora Flávia Bespalhok, após todas essas etapas, foi possível chegar ao resultado final do roteiro utilizado para a produção das imagens e edição do videoclipe. Montamos então o cronograma das gravações e lugares a serem utilizados para a mesma. Por se tratar de um roteiro que contava com cenas internas e externas, foi necessário dividir as gravações em duas etapas: as cenas que seriam gravadas em lugares públicos e as cenas que seriam gravadas dentro de uma casa. As gravações das cenas não aconteceram em ordem cronológica, mas sim, seguindo a divisão estabelecida por cenas internas e cenas externas. Esse foi o método encontrado para que não ocorressem erros de continuidade, uma vez que as cenas externas, se gravadas em dias diferentes, poderiam contar com as diferenças climáticas, entre outros fatores. As escolhas dos locais externos foram feitas de acordo com a realidade que buscava ser passada ao longo do roteiro. Para isso foram selecionados pontos turísticos na cidade de Curitiba, capital do Paraná, onde toda a trama é encenada. O enfoque não foi mostrar a beleza encontrada em cada um desses lugares, mas sim, mostrar, por outro ângulo, a realidade vivida por aqueles que são o nosso  próximo . Por ser necessário que os ambientes escolhidos não estivessem muito lotados e com pessoas transitando, dando espaço para a encenação, foi escolhido o período do início da manhã para que as filmagens acontecessem. O objetivo do produto era não utilizar luz artificial, somente luz natural, por isso, ao eleger o dia para as gravações foi necessário consultar a previsão do tempo, uma vez que o efeito do preto e branco nas imagens só alcançaria o contraste buscado se as imagens fossem feitas em um dia limpo e claro, o que costuma ser uma raridade na cidade de Curitiba. A utilização do preto e branco na edição das imagens está centrado no fato de apresentar uma realidade sombria vivida pela protagonista, onde os dias parecem ser sem vida, ilustrando a dor, a apatia de viver e a solidão enfrentada por ela. Em contraste com essa realidade, a cor amarela, que é a única cor apresentada além do preto e branco no vídeo, busca trazer o sentimento de esperança de vida, de alegria e ânimo que podem ser encontradas nas cenas dos corações e nas roupas da protagonista e sua mãe ao final do videoclipe. Foi definido também que as cenas internas seriam gravadas na casa da integrante do grupo Larisse Borges, por ser a residência disponível mais próxima da Universidade Federal do Paraná, o que facilitaria o trabalho de locomoção de toda a equipe. Os papeis desempenhados pelas alunas foi dividido conforme a afinidade de cada uma nas respectivas funções. Assim ficou definido: a) a aluna Naiara Cristina como a assistente de direção, integrante da equipe de produção no quesito figurino e maquiagem da protagonista e coadjuvantes, além da interpretação do papel da Mãe da protagonista; b) a aluna Gesianne Farias como a protagonista; c) a aluna Wallorie Marjory como continuísta, diretora de fotografia além do papel de coadjuvante; d) a aluna Paola Eurich como coadjuvante; e) a aluna Kathryn Camargo como coadjuvante; f) e a aluna Larisse Borges como diretora de cena e Câmera Woman. É importante ressaltar que toda a produção integral das imagens e edição do videoclipe foram feitos pelas alunas integrantes desse grupo e todo o material utilizado para a pré-produção, produção e pós-produção do videoclipe foram materiais emprestados pelo curso de Tecnologia em Comunicação Institucional mantido pela Universidade Federal do Paraná. A câmera utilizada para as gravações foi uma SONY HDR-XR 160, e o programa de edição foi o Adobe Premier, sendo editado em um dos computadores da própria universidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Pais e filhos  uma reflexão sobre o suicídio é um videoclipe elaborado por estudantes universitários com aproximadamente 5 minutos de execução, cujo objetivo é trazer à tona o assunto do suicídio e levar a reflexão e a conscientização da importância de se falar e lutar contra essa realidade enfrentada em nosso país. No videoclipe é contada a história de uma adolescente que não encontra razões para viver e em meio a seus conflitos internos e externos decide pôr fim à sua vida para calar essa dor. Inicia-se o vídeo com a cena da mãe da adolescente encontrando a carta de despedida em seu quarto e então, em uma volta ao tempo, é apresentado todos os acontecimentos e sentimentos que levaram a adolescente a pôr fim em sua própria vida. As cenas apresentam uma família desestruturada, o mundo solitário e vazio em que a adolescente vive, sem se sentir importante para ninguém, a fúria do mundo individualista e a realidade daqueles que vivem como se não existissem. Por fim, as cenas retornam ao momento inicial em que a mãe desesperada busca encontrar a filha a tempo de reverter tal situação. O desfecho final é quando, em casa mesmo, a mãe encontra a filha a tempo de reverter toda a situação e escreverem juntas uma nova história. O roteiro e execução tem como objetivo apresentar o mundo interno da adolescente, aquilo que somente ela sente, que está além do que os olhos podem ver e assim impactar o público espectador com essa realidade, enfatizando a ideia de que cada pessoa passa por seu próprio conflito de vida e que não é possível dimensionar esse sofrimento, mas que está ao alcance de todos fazer sua parte em ajudar essas pessoas. Toda a ideia iniciou-se durante as aulas da disciplina de Laboratório em Técnicas de Comunicação em Vídeo lecionada pela professora Flávia Bespalhok aos alunos de Tecnologia em Comunicação Institucional da Universidade Federal do Paraná. Como avaliação parcial da nota da disciplina foi apresentado a proposta da realização de um videoclipe pelos alunos, que foi prontamente acatada. Iniciou-se então as discussões sobre qual música seria utilizada para a produção do mesmo. Porém entre muitas ideias e sugestões apresentadas nenhuma era de comum acordo entre todas as integrantes do grupo. A equipe composta por seis alunas só encontrou unanimidade quando o tema do suicídio foi apresentado por uma das integrantes, Naiara Cristina, que relatou um triste fato de suicídio vivenciado por sua família e como esse tema fazia um paralelo entre o tema da campanha do mês corrente  Setembro Amarelo . Foi então a partir deste ponto que pode-se iniciar as buscas pela música ideal que se encaixaria no tema proposto. A produção ao todo do videoclipe foram de 3 meses, sendo eles: setembro, outubro e novembro, com uma equipe de seis pessoas, formado integralmente pelas alunas do grupo. As gravações das cenas em si, duraram apenas dois dias. No primeiro dia foram realizadas as gravações das cenas externas e no segundo dia foram realizadas as gravações das cenas internas. Durante o processo de pré-produção ficou definido que todas as alunas estariam vestidas com roupa unicamente de cor preta durante as gravações para que o contraste com o amarelo dos corações fosse mais visível, e que o único filtro usado na edição fosse o preto e branco. Os locais escolhidos para as gravações das cenas externa foram a rua Marechal Floriano, a praça Santos Andrade, o Largo da Ordem, a praça Tiradentes, praça Rui Barbosa e a rua XV de Novembro. Entre as muitas datas marcadas e remarcadas, foi encontrado um dia com a temperatura e clima adequado para que a luminosidade e as imagens captadas fossem de acordo com o procurado. O ponto de encontro foi na praça Santos Andrade, onde as gravações iniciariam. Muitas dessas cenas externas que foram apresentadas no videoclipe buscaram retratar um pouco do cotidiano das grandes cidades, as pessoas indo e vindo em sua rotinas diárias. Buscou-se também retratar que essa corrida egoísta, muitas vezes sem pensar, pode levar as pessoas a ignorarem as dificuldades daqueles que estão ao seu lado, o próximo, que passa por necessidades básicas dentro do contexto social, e também aqueles cujas necessidades vão além do que pode ser visto por olhos desatentos - as necessidades emocionais. Ainda nesses locais foram gravadas as cenas que são o ápice do videoclipe, onde as integrantes do grupo entram correndo e colam cartazes com um coração amarelo nos muros da cidade. Ao construir esse conjunto de mensagens a serem passadas para o telespectador foi pensado essencialmente em levar a reflexão sobre como a vida é corrida e que um ato simples de mostrar que existe esperança, pode salvar alguém. As alunas entram correndo e rapidamente desaparecem, assim como a vida, fugaz em sua essência. Porém, o que traz sentido a essa vida é fazer sentido a outras vidas, é mostrar que existe amor como em um coração e que esse amor também pode ser amarelo como a esperança, como o Setembro Amarelo. Uma semana após as gravações das cenas externas foram feitas as gravações das cenas internas na casa de uma das alunas integrantes do grupo. Essa gravações foram menos complexas em sua realização técnica, uma vez que não havia interferência de fatores externos como clima, entre outros. Entretanto, houve um grande desafio na gravação dessas cenas em função da interpretação por parte da protagonista e sua mãe. Era necessário demonstrar através das emoções o conflito vivido e retratado no início do videoclipe e no mesmo dia era preciso gravar as cenas que demonstravam a esperança e a alegria no reencontro das duas ao final do videoclipe. Após as gravações, as cenas foram selecionadas e encaminhadas para a edição. Foram necessários vários cortes de cenas para que as imagens acompanhassem e tivessem relação com a letra cantada pelo compositor. A única correção de cor utilizada foi o filtro preto e branco, sem mais nenhum tipo de edição da fotografia. O nosso processo foi o mais artesanal de filmagem e as imagens foram captadas com as mesmas condições de luz e temperatura apresentadas na produção final. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Após a finalização do videoclipe, o mesmo foi apresentado em sala de aula sem nenhuma consideração prévia sobre o tema escolhido ou as expectativas esperadas após sua exibição. Ao final da apresentação recebemos alguns comentários positivos sobre a abordagem do tema e o modo como colocamos em prática o enredo. Embora quase todos os comentários se referirem às técnicas utilizadas, obtivemos um cenário único em sala: um colega pediu a palavra e relatou que passava por situação semelhante a apresentada no videoclipe inclusive, no que diz respeito a tentativa de suicídio. Foi notável o estado de  choque por conta da turma em geral e dos amigos mais próximos, que, apesar do convívio diário, não haviam percebido nenhum sinal que levasse a essa conclusão. Claramente o vídeo criou uma perspectiva diferente sobre o assunto nos alunos. Depois dessa manifestação pública do aluno, a coordenação do curso ficou sabendo do ocorrido e conseguiu apoio psicológico a ele, num dos programas oferecidos pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Federal do Paraná. Embora a repercussão gerada tenha sido muito maior do que esperávamos, a parte técnica se mostrou complicada em alguns pontos específicos, como a utilização de programas que nos permitissem colorir apenas alguns objetos do videoclipe. As gravações externas também se mostraram bastante trabalhosas e um grande desafio, já que não se pode prever os movimentos das pessoas ao redor  que não fazem parte da cena  nem se a cena roteirizada, e que dependem de terceiros, serão possíveis. Com esse misto de acertos e dificuldades, o que levamos da produção é a certeza de que realmente, a imagem, o áudio e a junção de ambos, podem transmitir sentimentos com uma precisão incrível, despertando em nós com a mesma força. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BLOG COMO SURGIU A CANÇÃO. Não paginado. Disponível em <http://comosurgiuacancao.blogspot.com.br/2014/01/pais-e-filhos-da-banda-legiao-urbana.html>. Acesso em 18/04/2017<br><br>CAMPANHA SETEMBRO AMARELO. Não paginado. Disponível em <http://googleweblight.com/i?u=http%3A%2F%2Fwww.setembroamarelo.org.br%2F&grqid=JEu9ds31&hl=pt-BR&geid=1011>. Acesso em 14/04/2017. <br><br>COLLUCCI, Claudia. Medicina da USP se mobiliza após tentativas de suicídio. Portal UOL. Não paginado. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/04/1874794-medicina-da-usp-se-mobiliza-apos-tentativas-de-suicidio.shtml>. Acesso em 16/04/2017<br><br>DURKHEIM, Émile. O suicído: Estudo de sociologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2011.<br><br>JORNAL GLOBO (G1). Ciência e saúde. Portal da globo. Disponível em <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/suicidio-e-preciso-falar-sobre-esse-problema.ghtml>. Acesso 16/04/2017<br><br>POR QUE precisamos falar de suicídio com urgência. Veja.Com. Não paginado. Disponível em <http://veja.abril.com.br/saude/por-que-precisamos-falar-de-suicidio-com-urgencia/>. Acesso em 14/04/2017.<br><br>POST suicida nas redes sociais. Portal UOL. Não paginado. Disponível em <https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2017/03/30/leu-um-post-suicida-nas-redes-sociais-saiba-o-que-fazer.htm> Acesso em 16/04/2017<br><br>SITE ANÁLISE SOBRE MÚSICA BRASILEIRA. Não paginado. Disponível em <https://musicasbrasileiras.wordpress.com/2011/02/15/pais-e-filhos-legiao-urbana/>. Acesso em 16/04/2017<br><br>SORES, Thiago. Videoclipe: O elogio da desarmonia. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2012.<br><br> </td></tr></table></body></html>