ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00845</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;CDCMag</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Lucas Henrique Pilatti Miranda (Universidade Positivo); Natália Lago Adams (Universidade Positivo); Patricia Aparecida Hoça Taukatch (Universidade Positivo); Katia Cilene Brembatti (Universidade Positivo)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Canto dos Clássicos, Jornalismo Especializado, Revista Digital, Wes Anderson, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este relatório apresenta o processo de planejamento, elaboração e criação da CDC Mag, uma revista digital, produto do portal de conteúdo Canto dos Clássicos. A primeira edição traz a trajetória, curiosidades e informações sobre o cineasta Wes Anderson, um dos nomes que interessa ao público do site. A ideia da CDC Mag surgiu durante a disciplina de Práticas Culturais, na Universidade Positivo, como uma forma de oferecer um conteúdo detalhado e visual amplamente explorado com base na linguagem cinematográfica do diretor. O projeto foi estruturado com base nos princípios do jornalismo especializado e na entrega de assuntos aprofundados, posicionando o Canto dos Clássicos como um portal que trabalha com formatos diferenciados no ambiente digital.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A disciplina de Práticas Culturais, ministrada na Universidade Positivo, em Curitiba (PR), envolve alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Design, com o objetivo de trazer, na prática, a organização e cobertura de eventos culturais, trabalhar a indústria cultural e produzir textos, explorando a importância do repertório e do olhar crítico sobre diferentes manifestações artísticas. Entre as atividades propostas em 2016, estava a elaboração de um produto que trouxesse referências e estudos na área cultural. O projeto da CDC Mag surgiu, então, com o objetivo de se transformar em um periódico virtual e produto oferecido pelo portal de conteúdo Canto dos Clássicos, que já traz resenhas, artigos, debates e indicações de obras consideradas clássicas no cinema, música, literatura e outros segmentos da arte e do entretenimento. Na CDC Mag, a proposta é abordar temas de maneira mais aprofundada do que no site e, na edição criada no ambiente acadêmico, a revista trabalhou com uma editoria especial sobre cineastas consagrados, com foco no diretor norte-americano Wes Anderson. O foco foi evidenciar os aspectos mais marcantes de suas obras, estudar a linguagem cinematográfica e sua trajetória na sétima arte, oferecendo mais informação ao público do Canto dos Clássicos e buscando um diferencial entre as publicações do portal.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo de planejamento e criação da revista digital CDC Mag teve como objetivo desenvolver um conteúdo técnico e aprofundado para cinéfilos e estudantes de cinema, produção audiovisual ou artes, principalmente aqueles que buscam conhecer mais sobre diretores que marcaram algum período histórico ou transformaram fases da produção cinematográfica. A revista se propõe, também, a, trazer detalhes, curiosidades e abordagens sobre as produções desses cineastas com um formato que vá além do entretenimento e entregue ao público novos olhares, diferente da estrutura utilizada nas resenhas do portal. Com esse conteúdo aprofundado, a CDC Mag passa a ser uma forma de tornar acessíveis as informações e conhecimentos sobre determinados artistas. A ideia é explorar, ao longo de diversas edições, profissionais que foram essenciais para o desenvolvimento da sétima arte, com sua linguagem diferenciada e a capacidade de criar narrativas visuais que se perpetuam  a CDC Mag pretende abordar, em volumes futuros, os diretores Jim Jarmusch, Stanley Kubrick e David Lynch. Além dos objetivos como revista digital, que foca no conteúdo e jornalismo especializados  um conceito que, para Tavares (2009, p. 129) representa "não mais apenas a notícia [...] mas também uma série de universos temáticos, de questões técnicas e de segmentos de público"  , a CDC Mag apostou, também, no ineditismo. A primeira edição trazia material diferenciado sobre Wes Anderson, um dos cineastas mais relevantes no audiovisual contemporâneo, reconhecido pela crítica e pelo público por causa de sua linguagem cinematográfica característica, que explora, entre outros elementos, as cores vivas na fotografia e os movimentos teatrais de câmeras e atores. Foi nesse tipo de informação que a "CDC Mag  Especial Diretores" buscou se especializar, para entregar profundidade e possibilitar a crítica, busca por conhecimento e curiosidade entre os leitores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção da CDC Mag e sua entrega como um produto oferecido ao leitor pelo Canto dos Clássicos é uma forma de reforçar o posicionamento do portal, que pretende trazer, em suas publicações, debates, críticas e aprendizados sobre a cultura clássica. O site trabalha como um disseminador de cultura e entretenimento, especialmente em relação às obras do cinema e suas vertentes artísticas, abordado de maneira crítica na revista. Bueno (2015, p. 284) reforça que "a prática do jornalismo especializado exige dos profissionais, formados ou não em jornalismo, o conhecimento, mais do que trivial, de conceitos e processos que tipificam as áreas". Para o autor, é fundamental conhecer aquilo que se cobre, para que seja possível interagir com as fontes e realizar de forma coerente a seleção de informações  o que fornece credibilidade e perpetua o nome de um veículo, agência de notícias ou produtor de conteúdo. Para mostrar a expertise dos autores do Canto dos Clássicos sobre o tema e entregar um diferencial do site em relação à concorrência, foi necessário explorar novas vertentes do Jornalismo de Revista, extrapolado, no caso, para o universo on-line. Para Ferrari (2003, p. 22), no Jornalismo Digital "sairá vitorioso quem compreender e souber gerir esse processo de mudança, quem for mais inteligente na disseminação de conteúdos informativos e na busca de parcerias para a criação de novas tecnologias e novos produtos". A CDC Mag, portanto, partiu do foco nesse novo formato para atrair o público e disseminar conhecimento. A cultura e o entretenimento, explorados pelo site, estão ligados ao aprendizado e a uma relação de confiança com a marca, que deve sempre renovar seu conteúdo para continuar atendendo os seguidores que querem se especializar em determinados temas. O trabalho do Jornalismo de Revista deve se relacionar diretamente com esses leitores, fazendo com que as pessoas possam escolher o que desejam ler com base nos assuntos abordados e no aprofundamento, que devem estar mais densos do que os jornais e menos técnicos do que os livros, segundo Scalzo (2003). Para a autora (p. 13), as revistas "cobrem funções culturais mais complexas que a simples transmissão de notícias. Entretêm, trazem análise, reflexão, concentração e experiência de leitura". A linha editorial da CDC Mag traz os conteúdos do portal de maneira aprofundada, com textos longos e que permitam explorar melhor os assuntos propostos no periódico  no caso do primeiro volume da editoria especial sobre cineastas consagrados, com foco em Wes Anderson. O diretor de "O Grande Hotel Budapeste" (2014), "Moonrise Kingdom" (2012), "O Fantástico Sr. Raposo" (2009) e "Viagem para Darjeeling" (2007) é um dos cineastas contemporâneos mais conhecidos e admirados pelo público cinéfilo, em especial por causa da linguagem característica de seus filmes. Como são raros os materiais que exploram em profundidade sua obra  tanto em português, como em outras línguas  , e as análises de cada um dos aspectos marcantes de seus filmes ficam restritas a vídeos e matérias simples, feitos por fãs (com significativa receptividade). Wes Anderson se mostrou um bom ponto de partida para a publicação, buscando despertar o interesse do público e atrair esses leitores carentes de materiais sobre o diretor.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A CDC Mag é a união entre as iniciais do portal Canto dos Clássicos e o prefixo Mag, do inglês Magazine, que representa um formato que o leitor pode pesquisar, manusear e escolher aquilo que desperta sua curiosidade ou vontade de ler. É um jogo de palavras, associando o portal às publicações que carregam o termo magazine, inspirado nas grandes lojas de departamentos de Londres no período de 1731, quando surgiu a primeira revista com a abordagem que conhecemos atualmente (Scalzo, 2003). Como o Canto dos Clássicos já traz diferentes temas e categorias (que o leitor pode acessar e escolher, conforme seu interesse), explorando essa diversidade de conteúdo dentro de um nicho de mercado  as obras clássicas da cultura  um produto ainda mais especializado se caracterizava como um diferencial, uma forma de entregar informações mais aprofundadas e direcionadas a um público muito mais específico. A CDC Mag, então, é segmentada, com conteúdo especializado e discutido por um grupo específico de leitores e internautas  fãs do cineasta, estudantes da área de artes ou audiovisual, comunicadores e entusiastas da sétima arte. Tavares (2009, p. 117) defende a especialização no jornalismo como um fator associado à evolução dos meios de comunicação, dos grupos sociais e do acesso à informação. O autor se apoia nos estudos de Berganza Conde (2005), que fala do periódico especializado como um resultado da diversidade da audiência, que passou a ter novas demandas e um interesse por assuntos específicos, que devem ser tratados com profundidade e de forma crítica. O Canto dos Clássicos se posiciona como um portal que oferece essa abordagem, construído com o suporte dos fãs, movido pelos debates e que valoriza os comentários (positivos e negativos), e a revista associada ao site segue os mesmos princípios, se estruturando como um produto pensado para e em parceria com o público  que, através das redes sociais da marca, faz sugestões e apontamentos sobre as publicações, que são frequentemente estudados, incluídos no site e respondidos, estabelecendo confiança e abertura para que os fãs interajam com os autores do portal. Com esses critérios em mente, o processo de elaboração da revista começou com a curadoria do conteúdo, baseada numa abordagem bem estruturada, muito mais completa do que aquela que já é realizada nas publicações diárias no domínio cantodosclassicos.com. O portal, inclusive, traz algumas publicações sobre Wes Anderson, mas são apenas vídeos ou compilações feitas por fãs, e inclui os filmes do diretor em diversas listas da categoria "Cinema". Como o site não tem conteúdo exclusivo sobre o cineasta, foi necessário encontrar novas fontes para sustentar o conteúdo, estabelecer um olhar crítico e oferecer credibilidade aos leitores. As informações selecionadas partiram da monografia intitulada  A Linguagem Cinematográfica de Wes Anderson em Filmes Publicitários (Adams, 2016), desenvolvida no curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Positivo, que inclui diversos trabalhos sobre a linguagem e estética de Anderson. Na redação da CDC Mag, a linguagem se aproximou ao máximo do estilo proposto nas publicações do Canto dos Clássicos, com um texto dinâmico, leve e que preza pela compreensão do público, mas sem deixar de lado a disseminação de informação sobre a cultura. Nas revistas, assim como em qualquer meio de comunicação,  significados envolvem aspectos de ritmo, jeito, equilíbrio, linguagem, apresentação, símbolos, ética e personalidade (BAHIA, 2014, p. 95). Para a CDC Mag foi necessário construir significado com base na personalidade que o Canto dos Clássicos já assume, aproximando o público também pelo ritmo do texto, por referências culturais e formatos aplicados no Jornalismo de Revista  que, segundo Scalzo (2003, p. 37), se caracteriza por falar diretamente com o leitor, de forma íntima e amigável. Após a seleção dos dados e pesquisa de fontes para sustentar o conteúdo e produção dos textos para compor a CDC Mag, a revista ganhou forma: com páginas lado a lado, o material explorava fotos e textos em preto e branco, contrastados com elementos coloridos que representavam a linguagem visual de Wes Anderson. O processo foi realizado no programa Adobe Photoshop, utilizando recursos na tipografia as fontes  Proxima Nova e  Lavanderia . Por ser voltada à leitura digital, a diagramação não foi afetada pela divisão das páginas  ao invés disso, explorou esse recurso sem medo das dobras, grampos e colagens dos periódicos impressos. A proposta defendia a publicação da revista no portal Canto dos Clássicos e, por conta disso, seu formato foi pensado para leitura em telas que permitissem a visualização em página dupla, para acompanhar transições, imagens que ocupavam um espaço além do tamanho A4 e ter uma visão do todo, incluindo a diagramação do material como um elemento narrativo, que fazia a disposição dos textos, as fotografias e frames dos filmes se associarem ao que estava escrito. Segundo Best (2012), o design é um elemento que participa do ato de contar histórias (seja no jornalismo, na publicidade ou em livros de ficção), e deve criar uma ponte entre imagens, gráficos, cores, textos e trabalhar para que a linguagem visual tenha influência positiva na recepção dos materiais. Com a associação do texto em profundidade e dos elementos visuais, a CDC Mag conseguia mostrar por que Wes Anderson e suas obras podem ser considerados parte importante da cultura. Além de apresentar a história, argumentos e dados sobre a trajetória pessoal e profissional do diretor, a revista se apresentava de maneira dinâmica, com textos mantendo o ritmo esperado de um produto do Jornalismo Especializado. O foco estava em estabelecer uma conversa com seus leitores, dando abertura aos debates sobre o tema e transformando o conteúdo em uma verdadeira narrativa, que incentivasse a leitura e aprimorasse o conhecimento daqueles que já se interessavam pelo trabalho de Wes Anderson ou, ao ver a publicação disponível no site, ficassem curiosos a respeito do novo formato e sua abordagem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A CDC Mag surgiu, inserida na disciplina de Práticas Culturais da Universidade Positivo, como um produto do portal Canto dos Clássicos e pretendia explorar temas relacionados às publicações e categorias do site, mas com maior profundidade, pesquisa e uma abordagem segmentada. A primeira edição, que trabalhou com a editoria especial  Diretores Consagrados , era voltada a entusiastas do cinema, estudantes de cursos da área de audiovisual, artistas, fãs de cineastas  especificamente de Wes Anderson, tema desse volume de estreia. A capa da revista é minimalista, trazendo apenas uma foto em preto e branco do diretor, que ocupa toda a área da página, ao lado do nome do periódico, tema e símbolo da marca Canto dos Clássicos. Mas, ao passar das páginas iniciais (que explicam o propósito da edição), o leitor já se depara com as cores vivas e contrastantes, típicas das obras prestes a serem trabalhadas ali dentro. O conteúdo da revista começa com uma introdução sobre o universo de Wes Anderson, elencando motivos para escolhê-lo como tema da CDC Mag. Na sequência, é apresentada sua trajetória pessoal, com informações e curiosidades sobre sua educação, o período em que começou a se envolver com espetáculos e apresentações escolares, a participação da família no seu desenvolvimento artístico, a graduação, os primeiros trabalhos com o audiovisual, curtas, parcerias com atores e produtores. Depois dessa apresentação, a revista traz as características da obra cinematográfica de Wes Anderson, começando por sua relação com o termo caméra-stylo, ou câmera caneta, metáfora que o francês Alexandre Astruc criou em 1948 para designar o estilo de cineastas que usam a câmera como uma ferramenta para expressar emoções, estilos e personalidade  da mesma forma que um escritor o faz em seus livros, poesias, crônicas e ensaios. A primeira edição da  CDC Mag  Especial Diretores fala, também, da unidade estética dos filmes de Wes Anderson, os elementos fílmicos criados (como movimentações e ângulos de câmera, cenários, trilhas sonoras e figurinos) e como o diretor consegue criar universos no set e na tela. Ao apresentar os princípios de seus filmes, a revista parte para as influências e referências que Wes Anderson possui, que passam pelas experiências pessoais, por seu envolvimento com a literatura, pelo desenvolvimento psicológico das personagens, filmes e peças teatrais que marcaram o diretor. O próximo tópico foram os temas das produções de Anderson. A revista mostra a recorrência de assuntos, os conceitos de família, resolução de problemas, redenção e aceitação enfrentados pelas personagens, as abordagens realizadas nos roteiros (que possuem contribuições constantes do cineasta) e como tudo isso é mostrado ao espectador. Entre os temas selecionados na curadoria de conteúdo está a  moldura das narrativas , e, ao falar disso e da obra  O Grande Hotel Budapeste (2014), a diagramação da revista, que até então mantinha as cores apenas nas fotografias que ilustravam as páginas, passa a explorar as cores características do filme, para destacar e animar a leitura. A CDC Mag também apresenta o perfil das personagens de Wes Anderson, mostrando os hipertextos presentes em sua construção, relações entre os temas, a linguagem das histórias e as características dos protagonistas, que costumam ser interpretados pelos mesmos atores em diversas produções  esse, inclusive, é outro assunto abordado pela revista. No conteúdo do material, ainda são colocadas as metáforas e simbolismos do diretor, sua maneira de trabalhar o tempo e espaço no universo cinematográfico, a importância dos objetos, o frequente reforço da tonalidade psicológica na montagem das cenas, movimentos de câmera e elementos sonoros explorados. Um capítulo é especialmente dedicado ao uso de cores e à iluminação proposta por Wes Anderson nos filmes  duas características pelas quais o diretor é reconhecido. A CDC Mag traz, ainda, uma paleta de cores que compara as tonalidades e variações da fotografia nos materiais já lançados pelo cineasta. Nesse tópico, a revista brinca com a narrativa visual, mostrando diferentes cores em suas páginas, que ajudam a reforçar os frames retirados dos filmes e ilustrar o uso dos tons. Os cenários, figurinos e elementos gráficos também são explicados ao leitor, com argumentos e dados sobre outros projetos da história do cinema que trabalharam esses aspectos  e representaram mais inspirações para Wes Anderson. A revista finaliza o conteúdo sobre o diretor com um Epílogo, que mostra como ele conseguiu deixar marcas e construir uma linguagem própria, sem tornar-se repetitivo em suas produções (uma característica que, como é defendido na CDC Mag, o transformou em um bom contador de histórias). Nas últimas páginas, são entregues: uma breve explicação sobre o projeto da revista, seu caráter sem fins lucrativos, responsabilidades quanto às imagens utilizadas e links de acesso aos canais da marca que encabeça e distribui o material. A divulgação da CDC Mag é concentrada em publicações e ações nas redes sociais em que o Canto dos Clássicos está presente: as páginas e perfis oficiais no Facebook, Twitter e Instagram. O material sobre Wes Anderson está disponível para consulta por tempo indeterminado dentro do portal, atraindo constantemente novos leitores, interessados por cultura, curiosos e nostálgicos, que poderiam ler e reler o conteúdo, iniciar debates e estabelecer posturas críticas em relação a um dos cineastas mais famosos da atualidade  uma possibilidade criada graças à elaboração de um produto de jornalismo especializado, à pesquisa e apuração voltada às práticas culturais e à perpetuação desse conteúdo na internet (ou até que o próximo número esteja disponível para retomar as discussões culturais). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A realização desse projeto estabeleceu um paralelo entre o formato Revista e os blog posts realizados, diariamente, pelo Canto dos Clássicos. Ao trabalhar com uma linguagem mais dinâmica, que exige profundidade e pesquisas muito maiores do que aquelas feitas para uma publicação no portal, foi possível diversificar o estilo textual de um produto da marca e explorar os recursos visuais, que acabam ficando limitados dentro das postagens devido ao espaço, dificuldades de leitura na web e padrão HTML exigido pelo servidor. Apesar de ter sido pensado e executado como parte de um trabalho acadêmico para a disciplina de Práticas Culturais, o projeto da CDC Mag conseguiu estimular a pesquisa para esse tipo de produto entre a equipe do site, ofereceu bases para desenvolver um olhar crítico sobre as produções do gênero e permitiu compreender a linguagem do Jornalismo de Revista e Digital. Com isso, a proposta é levar esse material para o portal Canto dos Clássicos e dar continuidade à revista, trabalhando com diferentes diretores nas próximas edições e expandindo o conteúdo às categorias  Música e  Literatura , além de abordagens diversificadas sobre Cinema. A edição da CDC Mag sobre Wes Anderson foi o primeiro passo em direção a um novo formato de conteúdo para o portal, que vai associar os aprendizados da academia a um negócio digital real, diversificando o conteúdo do site e levando a informação, as narrativas e o conceito de revistas digitais a um público cada vez maior.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ADAMS, Natália Lago. A Linguagem Cinematográfica de Wes Anderson em Filmes Publicitários. 2016, 120 f. Monografia (Graduação em Comunicação Social - Habilitação em Publicidade e Propaganda) - Escola de Comunicação e Negócios, Universidade Positivo, Curitiba. <br><br>BAHIA, Juarez. Jornal, História e Técnica: as técnicas do jornalismo. vol. 2, 5ª ed. Rio de Janeiro: Mauad Editora Ltda, 2014. <br><br> BEST, Kathryn. Fundamentos de gestão do design. Porto Alegre: Bookman, 2012. <br><br>BERGANZA CONDE, Maria Rosa. Periodismo Especializado. Madrid, Ediciones Internacionales Universitarias. 2005.<br><br>BUENO, Wilson da Costa. Jornalismo especializado: resgatando conceitos e práticas. In: __________; SANTOS, Marli dos. Jornalismo Especializado no Brasil: teoria, prática e ensino. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2015. cap. 11, p. 279-301. <br><br>FERRARI, Pollyana. Jornalismo Digital. São Paulo: Contexto, 2003. <br><br>SCALZO, Marília. Jornalismo de Revista. São Paulo: Contexto, 2003. <br><br>TAVARES, Frederico de Mello Brandão. O jornalismo especializado e a especialização periodística. Revista Estudos em Comunicação. Covilhã, Portugal, v. 5, p. 115-133, 2009. <br><br> </td></tr></table></body></html>