ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00998</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Programação esportiva da Rádio Ponto UFSC</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Fabio Tarnapolsky (Universidade Federal de Santa Catarina); Gabriel Gentile de Aguiar (Universidade Federal de Santa Catarina); Andrey Piva Frasson (Universidade Federal de Santa Catarina); Valci Regina Mousquer Zuculoto (Universidade Federal de Santa Catarina)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Esporte, Jornalismo esportivo, Radiojornalismo, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho apresenta programas do Núcleo de Radiojornalismo Esportivo da webemissora Rádio Ponto UFSC, em suas edições regulares de 2016. A participação nos programas do Núcleo é voluntária, e o mesmo é ligado às disciplinas da área de rádio do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A programação esportiva da Rádio Ponto começou em 2006, com a cobertura da Copa do Mundo e desde então se expandiu com programas de variados esportes. O objetivo é capacitar os alunos interessados em praticar o radiojornalismo esportivo e trazer conteúdo diferenciado para as rádios locais. Em 2017, completando 11 anos de existência, o Núcleo conta com quatro programas semanais, além de transmitir jogos e fazer coberturas de campeonatos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Núcleo de Radiojornalismo Esportivo da Rádio Ponto transmite suas produções experimentais e de práticas laboratoriais vinculadas pela webemissora do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, que transmite em www.radioponto.ufsc.br ou em circuito interno de FM, exclusivamente para o campus de Florianópolis. Os programas prontos são postados nas plataformas www.mixcloud.com/jornalismoesportivoufsc, para as edições regulares dos semanários e www.soundcloud.com/jornalismoesportivoufsc, que tem destaques da programação. O Núcleo desenvolve-se como atividade extraclasse e práticas laboratoriais das disciplinas de rádio, para complementar a formação dos alunos em radiojornalismo esportivo e dar oportunidades aos estudantes de todos os períodos de graduação. O projeto experimental suplementa a capacitação dos que queiram seguir nesse nicho de especialização do rádio brasileiro quando formados. Em 2006, após estudantes e professores organizarem, de forma voluntária, a cobertura da Copa do Mundo da FIFA, foi que o Núcleo surgiu, informalmente, para os programas esportivos da rádio. Naquela época, a atividade rendeu produções radiofônicas bem recebidas pela audiência, através de transmissões de jogos ao vivo e mesas redondas sobre o torneio. O sucesso da cobertura resultou em novos programas de radiojornalismo esportivo para a webrádio, passados de turma em turma. Com esse crescimento, foi preciso estabelecer formalmente um núcleo específico de produção. Em 2010, surgiu oficialmente o Núcleo de Radiojornalismo Esportivo, como projeto experimental ligado às diversas disciplinas de rádio da grade curricular da graduação. Os alunos participantes cursaram ou estão cursando as disciplinas de Áudio e radiojornalismo, relativa ao currículo de 2016.1, ou Redação para rádio, relativa ao de 1996.1. Atualmente, a programação esportiva é constituída por quatro programas semanais e transmissões ao vivo de diversos esportes, além das coberturas especiais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este paper se propõe a apresentar e refletir sobre a produção do Núcleo de Radiojornalismo Esportivo, sua função como aprendizado, como atividade experimental de integração entre disciplinas do Curso de Jornalismo da UFSC, principalmente as de área de radiojornalismo, e como busca de inovação e alternativa de mídia esportiva em Santa Catarina. Para isso, são utilizados exemplos de desenvolvimento nas técnicas de rádio pelos estudantes que integram o projeto por meio das disciplinas e, ainda, por aqueles que participam voluntariamente. O Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina não tem em sua grade, disciplinas específicas e exclusivas que permitam aos alunos exercitarem o radiojornalismo esportivo, apenas optativas. O principal objetivo do Núcleo é dar chance aos graduandos de praticarem jornalismo esportivo com regularidade e aprenderem mais sobre os esportes pautados, em programas de debate, noticiários e transmissões ao vivo. Atualmente são quatro os semanários: Bola na Trave, Grid de Largada, Ponto de Encontro e 3ª pra 3, que é transmitido no segundo semestre dos anos letivos. Além de oferecer a prática para os estudantes que queiram treinar apuração e locução de boletins, apresentação, criação de roteiros, técnica e análise crítica, o Núcleo também oferece uma alternativa para as mídias tradicionais, pois os programas são transmitidos em streaming pela Rádio Ponto UFSC e podem ser ouvidos em qualquer lugar do país. Pelo fato de ser uma rádio experimental, que não tem a audiência como o principal objetivo e sim o aprendizado, os alunos têm maior liberdade para trazer pautas variadas, com pouco espaço na mídia tradicional. O Núcleo de Radiojornalismo Esportivo contribui para o crescimento do jornalismo ao dar a oportunidade de prática jornalística a futuros profissionais que queiram focar na área do rádio esportivo e abranger assuntos pouco pautados, trazendo maior qualidade e pluralidade às coberturas jornalísticas universitárias.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo a seção "Guia de Profissões" do IG, atualizada em 2012, há cerca de 80 mil jornalistas no mercado e mais de sete mil formandos por ano. Cada vez mais faculdades fecham seus cursos de graduação, pela não-obrigatoriedade do diploma. O radiojornalismo está menos diferenciado e pouco estudado. A decadência da audiência do rádio, em comparação com, por exemplo, a televisão e a internet, é dada como evidente desde que os suportes surgiram. O jornalista Anderson Cheni, disse em entrevista para Cosme Rímoli, no dia 8 de outubro de 2014 que: O rádio esportivo brasileiro vive a pior crise de sua história. Terá de se reinventar para sobreviver. O primeiro passo será a ida das emissoras para o FM. O AM no Brasil é muito ruim. O sinal é instável. Comparo as rádios AM com os jornais. Ficaram antigas, ultrapassadas, obsoletas, precisam estar nos celulares, nos tablets, na internet. E cada vez mais usando imagem. O torcedor não quer mais apenas ouvir, quer ver. E isso há muito tempo. É uma questão de se reinventar às novas plataformas. (CHENI, 2014) O Núcleo de Radiojornalismo Esportivo da UFSC tem o papel de buscar uma capacitação especializada para a qualificação de futuros profissionais deste segmento do rádio. Assim, do jornalismo da UFSC, podem sair profissionais diferenciados do rádio, pela prática frequente e cotidiana dentro do Núcleo. Os programas e reportagens são usados como referência em aulas no Curso de Jornalismo, pela evolução dos alunos participantes e a imersão que o projeto tem dentro do ensino da graduação. Também é papel da produção e consequente programação do Núcleo abrir novas portas para a sobrevivência do meio radiofônico, que tem, entre seus aspectos marcantes, a instantaneidade, a agilidade, a mobilidade, o imediatismo e a empatia, que fazem do rádio um dos meios mais adequados à transmissão de informação jornalística, incluindo-se aí as coberturas esportivas. O advento das webrádios, como a Rádio Ponto UFSC, é o exemplo deste cenário atual do rádio. Ainda assim, é preciso inovar e investir em convergência. Rachel Neuberger, autora de "O rádio na era da convergência das mídias", explica assim este contexto: Webrádio é um novo formato [...], uma vez que não existe de forma física, apenas virtual. Nesse sentido, a programação da rádio também está disponível em streaming e utiliza todos os recursos disponíveis na web, como componentes gráficos, tabelas, fotografias, textos escritos, imagens de vídeo e outros elementos que complementam a informação (NEUBERGER, 2012, p.125). A programação esportiva da Rádio Ponto UFSC completa 11 anos em 2017. O que motiva os alunos a seguirem tanto tempo em um veículo que há apenas 3 anos, segundo profissionais formados, vivia a maior crise de sua história é a convergência com outras mídias, a inovação, a simplicidade, a eficácia e a busca por qualidade diferenciada. O Núcleo complementa o ensino de radiojornalismo do curso, na cobertura da Copa do Mundo de 2014, o professor e pesquisador Eduardo Meditsch, que já ministrou a disciplina de Radiojornalismo I, disse no vídeo promocional, feito pelo Núcleo e pelo TJ UFSC, que: [...] isso serve para tapar um buraco no nosso currículo, que não tem jornalismo esportivo e nem rádio esportivo, e para fazer com que exista uma união muito grande entre os alunos, que é fundamental para que essa experiência universitária deles fique para a vida toda. (MEDITSCH, 2014) Os programas esportivos do Núcleo são veiculados com imagens ao vivo dos estúdios, transmissões por streaming na internet que podem ser ouvidas em qualquer lugar do mundo. Nas experimentações do Núcleo, de troca de conteúdos com outras mídias e disciplinas do curso e na busca da convergência, pratica-se a expansão das coberturas para os outros meios que usam a agilidade do rádio para maior qualidade jornalística.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os atuais programas do Núcleo de Radiojornalismo Esportivo têm metodologias variadas, todas do repertório convencional do rádio e seu ensino, mas buscando também a experimentação. Para inovar e aperfeiçoar o convencional e ir além. Os formatos são baseados nos programas das aulas das disciplinas Áudio e Radiojornalismo, Laboratório de Áudio e Radiojornalismo, Rádio Ponto, entre as ministradas nos semestre 2016.1 e 2016.2. Os estilos variam de acordo com os temas, podem ser de mesa redonda, mesclada com painel, debate ou entrevista. Todos que forem apresentados no paper são veiculados ao vivo. O primeiro da grade esportiva a ser transmitido é o Bola na Trave, noticiário que vai ao ar nas segundas-feiras, às 18h. O programa é produzido inteiramente pelos "calouros" do Curso, orientados pelos alunos veteranos, que funcionam como editores. A mesa é composta por dois apresentadores e em torno de sete repórteres, para falar sobre a rodada do futebol, com boletins sobre jogos do fim e meio de semana, definidos na reunião de pauta. A finalidade do programa é produzir um noticiário mais enxuto. De informação básica, imediata, rápida e resumida, seguindo a estrutura proposta por Robert McLeish, no livro "Produção de Rádio  Um guia abrangente de produção radiofônica": A estrutura básica para o entrevistador de um noticiário é primeiro obter os fatos, depois estabelecer as razões ou causas que estão por trás dos acontecimentos e finalmente chegar às suas implicações e prováveis ações resultantes. Essas três áreas são apenas o passado, presente e futuro  "O que aconteceu? Por que você acha que aconteceu? O que fará em seguida?" (MCLEISH, 2001, p. 78) O livro faz parte da bibliografia das disciplinas de Audio e Radiojornalismo e Laboratório de Radiojornalismo. Os alunos da primeira fase do Curso, já produzem noticiários como atividades práticas nas disciplinas. O Bola as complementa com a cobertura jornalística dos esportes e é considerado atividade prática extraclasse. Os boletins do programa podem ter um tom mais descontraído para falar de fatos curiosos da rodada do futebol. Há casos com reportagens diferenciadas. Em 2016, foi produzida uma edição dedicada à Chapecoense, poucos dias após o acidente de avião que vitimou 42 integrantes do clube. Ao longo do semestre, o programa muda de formato e inclui um comentarista que faz análises rápidas de cada jogo apresentado. Diferente da maioria dos programas do Núcleo, no Bola o veterano que coordenada o programa ensina um dos "calouros" inclusive a fazer a operação técnica em tempo real. Quando possível, o Bola traz um foco maior nos jogos dos times catarinenses, mantendo a imparcialidade, como Robert McLeish diz mais uma vez em seu livro: O repórter não precisa ficar indevidamente preocupado com suas próprias motivações inconscientes oriundas de sua formação e experiência. [...] Ele deve, no entanto, estar atento a qualquer desejo consciente que possa ter de persuadir os outros a pensar da mesma maneira, e reprimir esse desejo. (MCLEISH, 2001, p. 81) Os próximos programas do Núcleo são os de formato mesa redonda: 3ª pra 3, sobre futebol americano, Grid de Largada, que aborda automobilismo, e Ponto de Encontro, com debates e informações sobre futebol. Os dois primeiros na terça-feira, às 12h e 17h30, respectivamente, e o último na sexta, às 17h30. Luiz Artur Ferraretto, no livro "Rádio  O veículo, a história e a técnica", explica que no formato "a opinião de convidados ou de participantes fixos constitui a base da mesa-redonda, tradicional tipo de programa radiofônico que procura aprofundar temas de atualidade, interpretando-os". (FERRARETTO, 2001, p. 56). Os três mesclam mesa redonda com painel, dependendo da demanda Cada integrante da mesa expõe suas opiniões que vão se complementando. Mesmo que haja divergência de posicionamentos, o objetivo principal é fornecer um quadro completo a respeito do assunto enfocado. (FERRARETTO, 2001, p. 56) Os programas podem variar sua composição, em ocasiões especiais. A mesa usual de cada um deles é feita da seguinte forma: " 3ª pra 3  Um apresentador e dois comentaristas " Grid de Largada Um apresentador e três comentaristas " Ponto de Encontro  Um apresentador e dois comentaristas Apesar de terem formatos parecidos, a maneira de escolher as pautas não é totalmente igual para os três: " 3ª pra 3  Reunião Online " Grid de Largada  Reunião Online " Ponto de Encontro  Reunião presencial, às quartas-feiras As reuniões são marcadas com, no mínimo, uma semana de antecedência à cada edição. Para dar maior liberdade aos repórteres de produzidem bons boletins e dos apresentadores estudarem os temas, para ter maior domínio dos mesmos. A variação de integrantes da mesa funciona de acordo com a temática pautada. No caso do 3ª pra 3, a composição não varia em número, mas sim em quem são os comentaristas. Jogadores da seleção brasileira e do São José Istepôs, principal time da Grande Florianópolis, já fizeram parte da mesa, para comentar sobre o futebol americano nacional e sair um pouco do foco da NFL (National Football League). Além das discussões, o programa tem o quadro "MVP da semana", onde os comentaristas destacam os principais jogadores da rodada da liga americana. O Grid de Largada segue o mesmo padrão, sem quadros específicos como o "MVP da semana", mas com reportagens factuais e/ou históricas produzidas pela equipe de repórteres que não compõem a mesa. O formato muda em edições especiais. Exemplo de quando a equipe conversou com Claudio Carsughi, um dos maiores jornalistas esportivos da atualidade. Para se adequar ao momento, passou de mesa redonda para programa de entrevista, aonde "a figura do apresentador que conduz as entrevistas, chama repórteres e, quando necessário, emite opiniões. No entanto, a interpelação de protagonistas dos fatos ou de analistas ocupa a maior parte da discussão." (FERRARETTO, 2001, p. 56) No Ponto de Encontro, o tema mescla assuntos factuais e pautas mais elaboradas, abordadas no boletim do programa, veiculado no segundo bloco. As discussões são descontraídas para dar leveza e não virar um noticiário, sem perder o foco da seriedade. Nos últimos minutos, o "PDE" tem o quadro "Tempo Extra", onde os comentaristas palpitam rapidamente sobre assuntos do momento, como jogos de torneios em destaque e campanhas dos clubes catarinenses. O Núcleo também transmite eventos do esporte ao vivo, na Grande Jornada Esportiva, que já foi feita em jogos de futebol, vôlei, futebol americano e corridas de Fórmula 1. As transmissões fazem os alunos praticar as funções de narração, comentários, reportagens e plantão. A escolha do que transmitir depende da programação da TV, já que a Rádio Ponto não tem condições de ir até os locais dos eventos e recorre à técnica de transmissões por tubo. Como as jornadas não seguem roteiros, os estudantes praticam o improviso, os comentários, a reportagem de times ou atletas, a projeção da voz e a agilidade de manter o ouvinte ligado todo o tempo, durante as apresentações de abre jogo, show do intervalo e encerramento. A identidade sonora é composta por sons característicos de cada esporte. No futebol, são usados barulhos de torcida gravados da internet, comemorações de gol, apitos de início e fim de jogo do juiz e músicas-temas dos campeonatos. Dependendo do evento, o Núcleo faz parcerias com locais que possam transmitir as Grandes Jornadas dentro da UFSC. Foi o caso da Copa do Mundo de 2014, quando a lanchonete Assim Assado, do CCE (Centro de Comunicação e Expressão), transmitiu ao vivo o áudio das jornadas que foram feitas durante o torneio, simultaneamente, com as imagens dos canais de televisão abertos, através do próprio televisor do local. Se as transmissões forem parte de uma cobertura maior, como da Eurocopa 2016, são planejadas com antecedência, normalmente de 4 a 6 meses antes do evento. Em um evento único, o planejamento é feito uma semana antes.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">5.1 Transmissão de França x Romênia, abertura da Eurocopa de 2016, em 10 de junho de 2016 Em 2016, o Núcleo de Radiojornalismo Esportivo se reuniu para uma cobertura especial da Eurocopa de 2016, algo que já havia sido feito na Copa do Mundo de 2014 e foi feito posteriormente nas Olimpíadas do ano passado. Foram produzidos 62 drops para rádio, sendo 14 deles contando a história de cada edição do torneio de seleções da Europa, e outros 48 das seleções que disputaram a edição de 2016. Além do Parada pra Euro, programa em formato de mesa redonda, que debatias as últimas rodadas do torneio, veiculado na Rádio Ponto UFSC, no laboratório de telejornalismo do curso e YouTube. O foco principal da cobertura foram as Grandes Jornadas Esportivas. Para a Euro 2016, o Núcleo de Radiojornalismo Esportivo planejou com cerca de 2 meses de antecedência a transmissão de 28 dos 51 jogos que foram disputados na Eurocopa, todos realizados com sucesso. Apenas as partidas disputadas nos finais de semana não renderam coberturas do Núcleo, pois o departamento estava fechado nesses dias. No dia 10 de junho de 2016 se deu início a essas jornadas, com a transmissão do jogo de abertura da Eurocopa entre França x Romênia. A narração foi de Rodrigo Rocha, comentários de Andrey Frasson, reportagem da França de Lucas Weber, reportagem da Romênia e apresentação do abre jogo, show do intervalo e pós-jogo de Fabio Tarnapolsky e plantão de Gabriel Gentile. A transmissão pôde ser ouvida através do streaming da rádio em seu próprio site (www.radioponto.ufsc.br) e em circuito fechado dentro da universidade. Além de cobrirem todo o jogo, os participantes elegeram o destaque da partida e o pior em campo no final. O clima da transmissão foi descontraído, mas sem perder a seriedade, característica das grandes jornadas, baseadas em narrações de jogos feitas por grandes mídias do radiojornalismo. 5.2 Edição do Bola na Trave de 10 de outubro de 2016 Como já dito no tópico 4, o Bola na Trave muda seu formato ao longo do semestre, para os calouros experimentarem a função de comentarista e praticar a análise crítica e sucinta. Essa edição foi a primeira com tais mudanças no segundo semestre de 2016. O programa foi apresentado por Luiza Monteiro e Thuany Simas, o comentarista foi Lucas de Amorim e os repórteres foram Daniel Sborz, Gabriela Tavares, João Balestrin, Maria Eduarda Silva, Maria Gabriella Schwaemmle, Maria Heloísa Vieira e Pâmela Schreiner. No primeiro bloco, as reportagens factuais foram dos seguintes jogos: Figueirense 0 x 1 Botafogo, Internacional 1 x 0 Coritiba, Flamengo 3 x 0 Santa Cruz e América-MG 0 x 2 Palmeiras, todas pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016. Além da prévia da partida entre Chapecoense e Sport Recife, pela rodada seguinte. Após o intervalo os boletins trouxeram tudo das partidas: Criciúma 1 x 0 Vila Nova, Joinville 0 x 0 Paysandu, Atlético-GO 3 x 0 Avaí, todas pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016 - Série B. As reportagens que finalizaram o programa foram a prévia de Brasil x Venezuela, pela 10ª rodada das eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA de 2018 e os resultados das quartas-de-final do Campeonato Brasileiro de 2016 - Série C. Durante o programa, é possível notar um pequeno erro das apresentadoras em não saber qual das duas anunciava o próximo boletim. Foi bem contornado, com as mesmas retomando a locução e sem parar o programa para pedir desculpas aos ouvintes, técnica conceituada por McLeish em seu livro. Como o Bola na Trave é um programa ao vivo, feito por alunos que estão aprendendo o radiojornalismo tanto com as edições esportivas, como com as disciplinas obrigatórias, são naturais as deslizadas. Pela boa performance das duas em corrigir o erro, o aprendizado no Núcleo foi bem sucedido. 5.3 Edição do Ponto de Encontro de 14 de outubro de 2016 O Ponto de Encontro do dia 14 de outubro teve a apresentação de Fernando Lisboa e comentários de Artur Burigo, Eduardo Garcia Alves e Pedro Cureau. O assunto principal do primeiro bloco foi o lance polêmico que ocorreu no jogo entre Flamengo x Fluminense, válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. O zagueiro Henrique, do time tricolor, marcou um gol em posição irregular que havia sido validado pelo árbitro Sandro Meira Ricci, o mesmo voltou atrás logo depois por interferências, supostamente, externas, algo proibido no futebol. Os comentaristas debateram suas opiniões a respeito do lance e quais procedimentos deveriam ter sido tomados. Ainda no primeiro bloco, analisaram a decisão da CBF, recente na época, de não permitir que os clubes mandassem jogos fora de seus estados até o final do Campeonato Brasileiro de 2016, assunto provocado e debatido na hora. No segundo bloco o repórter Fabio Tarnapolsky trouxe um boletim cultural e histórico, sobre o Pérolas Negras, time haitiano criado após os terremotos de 2010 na península de Tiburon. O desastre teve como consequência a morte de 100 mil a 200 mil pessoas, segundo a Reuters. O Pérolas tem uma filial no Brasil, através da ONG Viva Rio, que mantém a estrutura do clube em hotel fazenda na região de Paty dos Alferese em 2017 foi confirmada a participação do time na série C do Campeonato Carioca do mesmo ano, uma conquista memorável para o esporte do Haiti. Antes disso, eles já haviam disputado a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2016 e participado da edição de 2017 do mesmo torneio. O repórter entrevistou Tião Santos, coordenador socioambiental da Viva Rio, que falou sobre como funcionam os treinamentos dos jogadores, o impacto na vida pessoal das famílias que depositam a confiança no talento dos jovens jogadores haitianos que buscam o sonho de se profissionalizar no futebol, o estilo de jogo do Pérolas Negras e as projeções das promessas haitianas para a seleção do país. Tião ainda deu notícias em primeira mão de que clubes como Botafogo, Corinthians e Internacional, considerados gigantes no futebol brasileiro, estavam interessados nos jogadores do clube. A reportagem termina com os principais objetivos sociais do coordenador como participante do Pérolas Negras. Após o boletim, os comentaristas falaram das ações humanitárias proporcionadas pelo futebol. No quadro Tempo Extra, rápidos palpites sobre a má fase, na época, da seleção chilena e da argentina nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 - América do Sul e a possibilidade de não disputarem o torneio na Rússia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A função do Núcleo de Radiojornalismo Esportivo é de permitir aos alunos a prática habitual e a experimentação em radiojornalismo, com liberdade de produção, com objetivo de complementar a formação, em especial dos futuros radiojornalistas esportivos. O projeto aposta no exercício constante como forma de especializar futuros talentos da profissão. Os programas estimulam o senso criativo dos alunos, os deixam mais qualificados e acabam com o nervosismo que poderia surgir ao longo do tempo em emissoras profissionais. Há exemplos de formados no curso de jornalismo da UFSC que participaram do Núcleo e vêm conseguindo inserção no mercado, como Kadu Reis, atual setorista do Figueirense na Rádio CBN Diário e Mateus Boaventura, repórter esportivo e apresentador do show do intervalo nas transmissões de partidas do mesmo veículo. Os formatos usados nos programas são conhecidos no meio radiofônico, mas apostamos justamente nesse incentivo à criatividade e na convergência com outros tipos de mídia para reinventar a cada dia o radiojornalismo. Não dependemos somente de programas transmitidos no rádio convencional com alguns formatos já quase burocráticos e sem mudanças que fazem com que o público do radiojornalismo fique cada vez mais escasso e a profissão cada vez menos diferenciada. A prática que os participantes adquirem com o tempo permite com que eles façam entrevistas marcantes, como a de Tião Santos, do clube Pérolas Negras e a de Claudio Carsughi, renomado jornalista esportivo. Além de contar histórias culturais, com a pitada de informação precisa do jornalismo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">MCLEISH, Robert. Produção de Rádio  Um guia abrangente de produção radiofônica. São Paulo: Summus, 2001.<br><br>MEDITSCH, Eduardo. A informação sonora na webemergência: sobre as posibilidades de um radiojornalismo digital na mídia e pós mídia. In.: MAGNONI, Antônio Francisco e CARVALHO, Juliano Maurício. O novo rádio - cenários da radiodifusão na era digital. São Paulo: Editora Senac, 2010. p. 203-238.<br><br>MEDITSCH, Eduardo. O Rádio na Era da Informação  Teoria e Técnica do Novo Radiojornalismo. Florianópolis: Editora Insular, Editora da UFSC, 2001.<br><br>SCHMIDT, Vinícius, MATTOS, Ediane Teles e ZUCULOTO, Valci. Relatório do Projeto de Extensão do Núcleo de Radiojornalismo Esportivo da UFSC em 2011. Florianópolis: UFSC, DAEX, abril de 2011.<br><br>NEUBERGER, Rachel Severo Alves. O rádio na era da convergência das mídias. Cruz das Almas: UFRB, 2012.<br><br>FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio  O veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2001<br><br>CHENI, Alexandre. O rádio esportivo brasileiro está agonizando. As novas tecnologias seduziram o torcedor. Os patrocinadores estão sumindo. Não há renovação dos locutores. Vive a maior crise de sua história. Portal R7, Esportes, Blogs, 8 de outubro de 2014. Entrevista concedida à Cosme Rímoli Disponível em: < http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/o-radio-esportivo-brasileiro-esta-agonizando-as-novas-tecnologias-seduziram-o-torcedor-os-patrocinadores-estao-sumindo-nao-ha-renovacao-dos-locutores-vive-a-maior-crise-de-sua-historia-08102014/>. Acesso em: 13 abr. 2016.<br><br>TJ UFSC. Copa do Mundo 2014 no Jornalismo Esportivo UFSC. Florianópolis, 2014. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=qWOhcBWvRoc&t=130s>. Acesso em: 13 abr. 2016.<br><br> </td></tr></table></body></html>