INSCRIÇÃO: 01037
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO13
 
TÍTULO: Atalaias do Xadrez: Quando o xeque-mate não é o fim
 
AUTORES: Liziane Nathália Vicenzi (Universidade Comunitária da Região de Chapecó); Ilka Margot Goldshmidt Vitorino (Universidade Comunitária da Região de Chapecó)
 
PALAVRAS-CHAVE: Xadrez, Reportagem, Perfis, Jornalismo Literário, Transformação
 
RESUMO
O seguinte trabalho foi executado no componente curricular de Projeto Experimental II do curso de Jornalismo da Unochapecó que contemplou a produção de uma série de três perfis literários de catarinenses que encontraram na prática do jogo de xadrez um potencial transformador de vidas. O processo de elaboração compreendeu entrevistas em profundidade com os perfilados e também com pessoas que conheciam a rotina deles e principalmente os fatores de transformação pessoal e profissional suscitados pela prática do xadrez. As fontes relataram os aprendizados e conquistas obtidas através do jogo tanto no aspecto de prêmios quanto pessoal. O trabalho abrangeu o aperfeiçoamento contínuo dos textos ao jornalismo literário. Múltiplas leituras embasaram a elaboração dos perfis para fundamentar o texto literário sem esvair do rigor jornalístico e das características do meio impresso.
 
INTRODUÇÃO
A história do surgimento do xadrez é cercada de mitos. Entretanto, destaca-se a Índia como o país no qual o xadrez começou a fazer história – e ainda faz. O jogo foi inicialmente chamado de "Chaturanga"que evoluiu para a primeira versão real do que é atualmente. O jogo denominado "Chatrang" surgiu na Pérsia, entre o século V e VI. No modelo do chatrang o xadrez se assemelha com o movimento atual das peças. (SHENK, 2007, p. 32). No ano passado, o Brasil sediou as Olimpíadas. O xadrez, no entanto, contou com Olimpíada própria, que foi realizada também em 2016, em Baku, no Azerbaijão. As notícias sobre esse evento enxadrístico, infelizmente, não alcançaram proporções midiáticas. Além do fato da modalidade não ser tão pautada no jornalismo diário, o xadrez passa despercebido nas histórias cotidianas. Quantas vezes assistimos, ou lemos sobre o quanto o esporte transformou a vida do atleta, jogador de futebol, de voleibol, basquetebol. E o xadrez também apresenta esse potencial transformador de vidas. Com esse objetivo, o trabalho surgiu de uma motivação pessoal de explanar os pontos positivos e negativos do esporte, mas, acima de tudo, contar as histórias daqueles que vivenciaram o quanto o xadrez transforma vidas. Com o fator primordial da humanização do jornalismo literário, as histórias retratadas abarcaram perfis diversificados de pessoas que constituíram uma família através do esporte, que tem sua renda através do ensino do jogo e que formaram centenas de atletas e exerceram um papel fundamental na vida de jovens, crianças e até nas famílias dos atletas. Enfim, o objetivo é instigar os leitores para um novo olhar sobre xadrez, e realmente imaginar, sentir as experiências vividas pelos personagens. Sem esvair do rigor da produção jornalística, a série de perfis foi produzida para que as pessoas pudessem imaginar o universo enxadrístico e tivessem sede de conhecê-lo e entendê-lo mais.
 
OBJETIVO
O objetivo do trabalho foi produzir uma série de três perfis literários sobre o potencial transformador da prática do jogo de xadrez na vida de jogadores e/ou professores de Santa Catarina. A pauta contemplou retratar o potencial transformador do jogo de xadrez na vida de jovens; registrar através do relato das fontes quais foram os aprendizados e as conquistas obtidas através do jogo tanto no aspecto de prêmios quanto pessoal; demonstrar a evolução técnica dos atletas e as experiências de vida proporcionadas através do jogo; e instigar a percepção sobre o xadrez como algo além de um esporte.
 
JUSTIFICATIVA
Uma guerra silenciosa que não permite - em nenhum momento - a euforia de sentimentos, ruídos ou falas. A arte que faz uma criança, a mais hiperativa da turma, sentar e se concentrar. O esporte que não aparece seguidamente no noticiário ou sequer ocupa espaço de destaque em sites e jornais. Apresento o xadrez. Considerado um dos esportes mais praticados no mundo, o jogo dos tabuleiros, oferece mais do que aprendizado intelectual: rende histórias de vida. A percepção do jogo de xadrez como algo transformador de vidas ainda é um fator desconhecido para muitas pessoas. Com essa motivação, o trabalho surgiu para valorizar a modalidade e trazer depoimentos, relatos de vida sobre o envolvimento, e principalmente, o potencial transformador do xadrez. Normalmente, o xadrez é definido como um jogo apenas para os "inteligentes", ou para poucos. Porém, a abordagem demonstrou o quanto o esporte é acessível para todas as faixas etárias e além de ser barato - o custo está no tabuleiro e nas peças - é um esporte transformador. Outra percepção do senso comum é de que o xadrez é um esporte chato, sem emoção. O objetivo do trabalho não foi ser desrespeitoso com a opinião das outras pessoas, ou contrário às posições, mas apresentar, por meio do relato das fontes, a magia do jogo e o quanto é possível emocionar-se através dele. O foco em si do trabalho, não foi o esporte, mas, sobretudo, o universo que gira em torno do xadrez, as pessoas que dependem dele, as histórias e experiências vividas, amigos conhecidos e até famílias formadas a partir de viagens para jogar competições. O texto literário valorizou o potencial transformador do jogo por meio do relato aprofundado das fontes que praticam o jogo há anos, que participaram de inúmeras competições e que ajudam – diariamente, a formar novos atletas. A utilização da linguagem do jornalismo literário permitiu riqueza de detalhes, sem esvair do rigor da produção jornalística. O esporte que geralmente não é tão enfatizado na mídia brasileira e que dificilmente ocupa manchetes de jornais foi retratado com uma abordagem humana e diferenciada, valorizando aspectos da transformação de caráter revelados pelo jogo. O trabalho abordou como o xadrez é utilizado na forma de ferramenta educacional e social. Histórias de vida foram descritas e envolvidas com a mudança que o xadrez proporcionou e continua proporcionando. A missão foi instigar um novo olhar sobre o jogo e a forma de percepção que os próprios atletas têm sobre ele. Mais do que uma ferramenta educacional, o jogo é um caminho sem volta que revela paixão.
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
Desde a construção do projeto até a produção do texto foram suscitadas contundentes reflexões. O tema mostrou-se amplo e dificultou a seleção dos conteúdos e abordagens. A tarefa de produzir uma série de perfis que pudesse também provocar reflexões e, claro, diferentes interpretações, mas que interessasse ao público que não tem contato com o xadrez, entusiasmava o aperfeiçoamento do texto e da linguagem acessível. O objetivo da série de perfis era fazer com que essas pessoas pudessem ter uma noção, mesmo que não fosse de forma profunda, da realidade do meio enxadrístico, com as vantagens e debilidades. Que pudessem ter outra visão acerca de todos os percalços que um atleta vive, não somente no xadrez, mas na vida. Cada perfil teve, pelo menos, três versões. Os textos foram escritos em terceira pessoa, no entanto contaram com "adendos/notas da autora". Para exteriorizar honestidade com o público/leitor escrevi, logo na abertura, que eu também jogo xadrez. Eu conheço os perfilados, o que, de certa forma auxiliou no trabalho e na sensibilidade da apuração das informações. Em cada um dos perfis ocorre esse "adendo" que é a minha percepção ou a passagem de uma vivência que eu tive com o perfilado. Os títulos também possuem uma ligação. Todos eles contam com o nome do perfilado e o subtítulo inicia com a palavra "quando". O objetivo foi unir as produções e proporcionar mesmo uma ideia de conjunto, no modelo em que o leitor possa identificar que os três perfilados são exemplos das transformações do xadrez. Para executar a elaboração dos perfis por meio do texto jornalístico literário, anteriormente foi realizado um trabalho assíduo de leituras, tendo como bases principais a revista "Piauí" e o livro de Eliane Brum "A vida que ninguém vê". Os textos dos perfis basearam-se no livro de Brum e nessa sensibilidade de tentar entender as emoções das pessoas. Entender todas as especificidades do jornalismo literário também fez parte do processo. O primeiro ponto foi considerar que esse estilo difere do convencional, do informativo e que pode beber da literatura para enriquecer o texto. "(...) Porque uma frase só existe quando é a extensão em letras da alma de quem a diz." (BRUM, 2006, p. 36). Também foi necessário trazer para o texto as sensações, experiências vividas pelos personagens e contextualizar onde e quando aconteceram os determinados fatos. Virtudes que chegam até o texto através da observação e dos relatos mais sinceros, ditos muitas vezes em tom de brincadeira ou quando a pessoa considera que não são importantes, mas são os depoimentos singelos que revelam os principais traços de idiossincrasias das pessoas. A diagramação escolhida para os perfis contemplou assemelhar-se ao modelo da revista Piauí, especificamente para o meio impresso. A inspiração na revista deve-se ao fato da produção abarcar diversos perfis, inclusive de atletas ou de equipes de variados esportes, além de apresentar um texto refinado com elementos marcantes do jornalismo literário. Para perdurar o "encanto" do jornalismo literário a opção foi de compor os perfis com ilustrações, de modo que uma foto, por exemplo, poderia "esfriar" os aspectos emocionais descritos nos textos. Ao todo foram cinco ilustrações. Três delas são os desenhos dos perfilados, de forma que o rosto é da pessoa, e a extensão, que seria o corpo, é uma peça de xadrez: Barbosa é a extensão de um rei, Alaize de uma Dama e Daniel de um bispo. Essa sugestão buscou explorar ainda mais o aspecto do jogo com relação ao comportamento das pessoas. Os outros dois desenhos contemplam peças também, mas com um aspecto "poético", ao evidenciar formatos inéditos e valorizar uma expressão imaginativa acerca das peças e do jogo. O projeto gráfico contemplou também a letra capitular no início da reportagem e de cada perfil, também para assemelhar-se a revista Piauí. A diagramação também contou com os "olhos" que evidenciam os enunciados mais significativos e marcantes de cada perfilado além de proporcionarem um respiro no texto. O projeto também conta com os "adendos/notas da autora" explicados anteriormente que revelam a minha opinião/impressão acerca dos perfilados. A disposição dos perfis também englobou uma ordem geográfica. O primeiro perfilado é Barbosa, que reside em Chapecó, Oeste de Santa Catarina. A segunda é a Alaize, que hoje reside em Balneário Camboriú, mas que teve as principais vivências enxadrísticas em Lacerdópolis, Meio-Oeste do estado. E por último, o Daniel que reside em Florianópolis, litoral catarinense.
 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
O processo começou com a seleção das fontes que foi delimitada em Santa Catarina, embora existissem possíveis perfilados em todo o Brasil. Mas, o primeiro passo foi abarcar vivências estaduais. Uma experiência de entrevista com um Maranhanse, que atualmente ocupa o ranking de melhor jogador de xadrez do país, Rafael Leitão, foi realizada por Skype. No entanto, quando se trata de jornalismo literário, a entrevista presencial é fator primordial. Os detalhes precisavam ser revelados e isso só seria possível na entrevista presencial, visto que por Skype o entrevistado demora a revelar detalhes pessoais, não é possível acompanhar as reações espontâneas aos questionamentos, além de a distância impedir a comunicação com parentes e pessoas conhecidas. Para tanto, foi necessário definir quais fontes seriam entrevistadas e optar por escolher aquelas mais próximas. Foram elencadas três pessoas: um morador de Chapecó, outro de Florianópolis e outra fonte que morou em Lacerdópolis e hoje reside em Balneário Camboriú. Três pessoas de Santa Catarina que seriam o início de um trabalho deixando espaço para ampliações futuras que superem os limites geográficos. ਀伀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀 昀漀椀 漀 挀栀愀瀀攀挀漀攀渀猀攀 䴀愀爀挀漀 䈀愀爀戀漀猀愀Ⰰ 搀攀 㔀㌀ 愀渀漀猀⸀ 䄀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀 渀愀 猀愀氀椀渀栀愀 搀攀 砀愀搀爀攀稀Ⰰ 焀甀攀 昀椀挀愀 愀琀爀猀 搀愀 䄀爀攀渀愀 䌀漀渀搀Ⰰ 攀洀 䌀栀愀瀀攀挀⸀ 䴀愀猀 攀氀攀 樀 攀爀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀 栀 洀甀椀琀漀 琀攀洀瀀漀 攀 渀漀 猀愀戀椀愀⸀ 倀漀爀 瘀攀稀攀猀 渀漀琀愀瘀愀 愀氀最甀洀愀 攀砀瀀爀攀猀猀漀Ⰰ 漀甀 挀漀洀瀀漀爀琀愀洀攀渀琀漀 焀甀攀 瀀漀搀攀爀椀愀洀 猀攀爀瘀椀爀 搀攀 戀愀猀攀 瀀愀爀愀 焀甀攀猀琀椀漀渀愀洀攀渀琀漀猀 漀甀 瀀愀爀愀 挀漀洀瀀漀爀 漀 瀀攀爀昀椀氀⸀ 䈀愀爀戀漀猀愀  搀攀琀攀渀琀漀爀 搀攀 甀洀 挀漀洀瀀漀爀琀愀洀攀渀琀漀 瀀攀挀甀氀椀愀爀 攀 瀀漀爀 瘀攀稀攀猀 椀爀渀椀挀漀⸀ 一愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 焀甀攀 猀攀爀椀愀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀 瀀愀爀愀 漀 倀䔀堀Ⰰ 洀漀猀琀爀漀甀ⴀ猀攀 搀椀猀瀀漀猀琀漀 愀 爀攀瘀攀氀愀爀 洀甀椀琀漀 猀漀戀爀攀 猀甀愀 瘀椀搀愀⸀ 䔀渀琀爀攀琀愀渀琀漀 昀漀椀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 挀攀爀挀愀 搀攀 甀洀愀 栀漀爀愀 瀀愀爀愀 焀甀攀 攀氀攀 攀猀琀椀瘀攀猀猀攀  瘀漀渀琀愀搀攀 攀 瀀甀搀攀猀猀攀 爀攀瘀攀氀愀爀 洀愀椀猀 猀漀戀爀攀 猀攀甀猀 猀攀渀琀椀洀攀渀琀漀猀 焀甀攀 瀀漀爀 瘀攀稀攀猀 昀椀挀愀洀 猀甀戀攀渀琀攀渀搀椀搀漀猀⸀ 䈀愀爀戀漀猀愀 最漀猀琀愀瘀愀 搀攀 挀漀渀琀愀爀 栀椀猀琀爀椀愀猀 攀 瘀椀瘀渀挀椀愀猀 瀀攀猀猀漀愀椀猀Ⰰ 洀甀椀琀愀猀 搀攀氀愀猀 挀洀椀挀愀猀⸀ 伀 瀀爀漀昀攀猀猀漀爀 攀渀挀愀爀愀瘀愀 挀漀洀 氀攀瘀攀稀愀 漀 昀愀琀漀 搀攀 琀攀爀 琀漀搀愀 愀 瘀椀搀愀 搀攀氀攀 氀椀最愀搀愀 愀漀 砀愀搀爀攀稀Ⰰ 攀 愀漀 昀愀琀漀 搀攀 猀攀爀 搀椀昀挀椀氀 搀攀 挀椀琀愀爀 愀洀椀最漀猀 昀漀爀愀 搀漀 挀爀挀甀氀漀 攀渀砀愀搀爀猀琀椀挀漀⸀ 倀愀猀猀攀椀 甀洀愀 琀愀爀搀攀 樀甀渀琀漀 挀漀洀 䈀愀爀戀漀猀愀 瀀愀爀愀 猀愀戀攀爀 洀愀椀猀 猀漀戀爀攀 攀氀攀⸀ 伀 猀攀最甀渀搀漀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀 瀀愀爀愀 漀 瀀攀爀昀椀氀 搀漀 䈀愀爀戀漀猀愀 昀漀椀 䐀愀氀瘀愀渀 䘀爀愀渀挀攀猀挀栀椀渀愀 焀甀攀 栀漀樀攀 琀攀洀 ㌀  愀渀漀猀Ⰰ 洀愀猀  愀氀甀渀漀 搀漀 䈀愀爀戀漀猀愀 搀攀猀搀攀 漀猀 ㄀㔀 愀渀漀猀⸀ 䌀栀攀最漀甀 愀 洀漀爀愀爀 挀漀洀 漀 琀挀渀椀挀漀 焀甀攀 漀 愀樀甀搀漀甀 愀 洀愀渀琀攀爀ⴀ猀攀 攀洀 䌀栀愀瀀攀挀⸀ 䐀愀氀瘀愀渀 搀攀洀漀渀猀琀爀漀甀 甀洀愀 愀猀猀搀甀愀 猀椀渀挀攀爀椀搀愀搀攀 渀愀猀 爀攀猀瀀漀猀琀愀猀 攀 爀攀瘀攀氀漀甀 猀椀渀最甀氀愀爀攀猀 搀攀琀愀氀栀攀猀 瀀攀爀琀椀渀攀渀琀攀猀 搀攀 䈀愀爀戀漀猀愀⸀ 伀 琀攀爀挀攀椀爀漀 攀 焀甀愀爀琀漀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀猀 瀀愀爀愀 漀 瀀攀爀昀椀氀 搀漀 䈀愀爀戀漀猀愀 昀漀爀愀洀 䘀攀氀椀瀀攀 搀漀猀 匀愀渀琀漀猀Ⰰ 搀攀 漀椀琀漀 愀渀漀猀 攀 漀 瀀愀椀 搀攀氀攀Ⰰ 䨀愀椀爀漀 搀漀猀 匀愀渀琀漀猀⸀ 伀 搀攀猀攀洀瀀攀渀栀漀 搀攀 䘀攀氀椀瀀攀 昀漀椀 洀攀渀挀椀漀渀愀搀漀 爀攀瀀攀琀椀搀愀猀 瘀攀稀攀猀 搀甀爀愀渀琀攀 愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀 挀漀洀 䈀愀爀戀漀猀愀⸀ 䄀漀 椀渀琀攀爀挀愀氀愀爀 漀 搀攀猀攀樀漀 瀀攀氀愀 愀瀀漀猀攀渀琀愀搀漀爀椀愀Ⰰ 漀 琀挀渀椀挀漀 氀漀最漀 搀攀猀琀愀挀愀瘀愀 愀 昀椀最甀爀愀 搀漀 ᰀ䘠攀氀椀瀀椀渀栀漀ᴀⰠ 焀甀攀 挀漀洀 愀瀀攀渀愀猀 漀椀琀漀 愀渀漀猀  瘀椀挀攀ⴀ挀愀洀瀀攀漀 戀爀愀猀椀氀攀椀爀漀 搀愀 挀愀琀攀最漀爀椀愀 猀甀戀 漀椀琀漀 攀 攀猀琀椀洀甀氀愀 愀 瀀攀爀洀愀渀渀挀椀愀 搀漀 琀挀渀椀挀漀 渀漀 攀渀猀椀渀漀 攀渀砀愀搀爀猀琀椀挀漀⸀  O perfilado número dois foi Daniel Brandão Mariani, de 27 anos. A entrevista com ele foi realizada no dia 24 de setembro de 2016, no Clube de Xadrez de Florianópolis. Foi revelador entrevistá-lo no “habitat natural” de trabalho e observar a expressão e emoção dele ao narrar uma vida dedicada ao xadrez. Também entrevistei a esposa dele, também enxadrista, Amanda Paul Dull. O Daniel foi uma das pessoas mais receptíveis a entrevista. Não foi necessário um tempo para deixá-lo à vontade, ele expressava uma conduta sincera e profunda todos os sentimentos que nutria acerca do xadrez. ਀䄀椀渀搀愀 渀愀猀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀 瘀椀瘀椀搀愀猀 挀漀洀 漀 瀀攀爀昀椀氀 搀漀 䐀愀渀椀攀氀Ⰰ 渀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 挀漀洀 愀 攀猀瀀漀猀愀 搀攀氀攀Ⰰ 瀀攀爀挀攀戀椀 漀 焀甀愀渀琀漀 漀 爀攀瀀爀琀攀爀 瀀爀攀挀椀猀愀 琀攀爀 猀攀渀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀 攀 猀攀渀猀漀 搀攀 瀀攀爀挀攀瀀漀⸀ 䄀 䄀洀愀渀搀愀 爀攀猀瀀漀渀搀椀愀 愀猀 瀀攀爀最甀渀琀愀猀 搀攀 昀漀爀洀愀 漀戀樀攀琀椀瘀愀Ⰰ 猀椀洀瀀氀攀猀 攀 攀渀挀甀爀琀愀搀愀⸀ 一漀 搀椀猀挀漀爀爀椀愀 猀漀戀爀攀 漀猀 愀猀猀甀渀琀漀猀 攀 洀攀 昀愀稀椀愀 挀爀椀愀爀 焀甀攀猀琀椀漀渀愀洀攀渀琀漀猀 愀 琀漀搀漀 漀 洀漀洀攀渀琀漀 瀀愀爀愀 攀洀瀀漀氀最ⴀ氀愀 愀 昀愀氀愀爀 洀愀椀猀⸀ 䄀琀 焀甀攀 攀氀愀 挀漀渀猀攀最甀椀甀 昀愀氀愀爀 猀漀戀爀攀 愀猀 琀爀愀渀猀昀漀爀洀愀攀猀 愀挀攀爀挀愀 搀攀 瀀漀猀椀挀椀漀渀愀洀攀渀琀漀猀 瀀漀氀琀椀挀漀猀 攀 椀搀攀漀氀最椀挀漀猀 焀甀攀 漀 砀愀搀爀攀稀 搀攀 䘀氀漀爀椀愀渀瀀漀氀椀猀 瀀爀漀瀀漀爀挀椀漀渀漀甀 渀愀 瘀椀搀愀 搀攀氀愀⸀ 䘀漀椀 渀漀琀爀椀漀 瘀攀爀 漀猀 漀氀栀漀猀 搀攀氀愀 戀爀椀氀栀愀渀搀漀⸀ 倀漀爀 攀猀猀攀 挀愀洀椀渀栀漀 挀漀渀猀攀最甀椀 攀砀琀爀愀椀爀 漀猀 瀀漀渀琀漀猀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀猀 攀 漀戀琀攀爀 爀攀猀瀀漀猀琀愀猀 洀愀椀猀 搀攀琀愀氀栀愀搀愀猀 愀挀攀爀挀愀 搀漀 瀀攀爀昀椀氀愀搀漀⸀  Também entrevistei um dos melhores amigos do Daniel, o Cesar Umetsubo, que também é jogador de xadrez. Foi um perfil que contribuiu decisivamente para reflexões profundas acerca dos potenciais transformadores do xadrez que se revelam em todas as áreas da vida de uma pessoa e nas mais diversas e profundas questões sociais. ਀䄀 琀攀爀挀攀椀爀愀 瀀攀爀昀椀氀愀搀愀 昀漀椀 䄀氀愀椀稀攀 䐀愀氀氀ᤀ传爀猀漀氀攀琀琀愀Ⰰ 焀甀攀 琀攀洀 栀漀樀攀 ㈀  愀渀漀猀⸀ 䄀 愀琀氀攀琀愀 瘀攀椀漀 搀攀 甀洀愀 挀椀搀愀搀攀 瀀攀焀甀攀渀愀 ⠀䰀愀挀攀爀搀瀀漀氀椀猀ⴀ匀䌀⤀ 攀 挀漀渀焀甀椀猀琀漀甀 栀漀氀漀昀漀琀攀猀 愀 渀瘀攀椀猀 渀愀挀椀漀渀愀椀猀 攀 椀渀琀攀爀渀愀挀椀漀渀愀椀猀⸀ 䄀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 挀漀洀 䄀氀愀椀稀攀 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀 攀洀 䘀氀漀爀椀愀渀瀀漀氀椀猀Ⰰ 渀漀 洀攀猀洀漀 氀漀挀愀氀 焀甀攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀攀椀 漀 䐀愀渀椀攀氀⸀ 䄀 愀氀攀最爀椀愀 攀 愀 最愀爀最愀氀栀愀搀愀 攀爀愀洀 琀爀愀漀猀 洀愀爀挀愀渀琀攀猀 搀愀 樀漀最愀搀漀爀愀⸀ 一漀 爀攀氀愀琀漀 搀攀 䄀氀愀椀稀攀Ⰰ 焀甀攀 愀琀甀愀氀洀攀渀琀攀 爀攀猀椀搀攀 攀洀 䈀愀氀渀攀爀椀漀 䌀愀洀戀漀爀椀切 攀 攀猀琀甀搀愀 䔀渀最攀渀栀愀爀椀愀 搀漀 倀攀琀爀氀攀漀 渀愀 唀搀攀猀挀Ⰰ 攀爀愀 椀渀琀爀渀猀攀挀漀 瀀攀爀挀攀戀攀爀 漀 焀甀愀渀琀漀 漀 砀愀搀爀攀稀 漀瀀漀爀琀甀渀椀稀漀甀 渀漀瘀漀猀 栀漀爀椀稀漀渀琀攀猀 瀀愀爀愀 愀 愀琀氀攀琀愀⸀ 䔀爀愀 挀漀洀漀 猀攀 攀氀愀 搀椀猀猀攀猀猀攀 焀甀攀 猀攀洀 漀 樀漀最漀 搀漀猀 琀愀戀甀氀攀椀爀漀猀Ⰰ 琀愀氀瘀攀稀 愀 瘀椀搀愀 昀漀猀猀攀 氀椀洀椀琀愀搀愀 愀漀猀 琀攀爀爀椀琀爀椀漀猀 氀愀挀攀爀搀漀瀀漀氀椀琀愀渀漀猀⸀  Durante a entrevista, Alaize também foi receptiva, a exemplo do Daniel. A enxadrista também foi aberta a falar sobre si mesma e sobre os comportamentos, o que enriqueceu o perfil seja nas aventuras vividas por ela, seja nas transformações de comportamento que o xadrez proporcionou. Para aprimorar o perfil, entrevistei dois dos três professores dela, Diogo Oliveira, Guilherme Deola Boges e a irmã de Alaize, Aline Dall’Orsoletta. Ambos os professores tinham dificuldades em apontar defeitos na atleta. Mas era necessário evidenciar os pontos negativos também. A irmã foi a que mais chegou perto. ਀䐀攀瀀漀椀猀 搀愀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀 琀漀搀愀 愀 搀攀挀甀瀀愀最攀洀 搀漀猀 甀搀椀漀猀 焀甀攀 昀漀爀愀洀 琀爀愀渀猀挀爀椀琀漀猀⸀ 䌀愀搀愀 瘀攀稀 焀甀攀 爀攀氀椀愀 漀猀 琀攀砀琀漀猀Ⰰ 愀氀最甀洀愀 瀀愀氀愀瘀爀愀 猀愀氀琀愀瘀愀 愀漀猀 漀氀栀漀猀 瀀愀爀愀 猀攀爀 愀氀琀攀爀愀搀愀Ⰰ 戀甀猀挀愀瘀愀 氀愀瀀椀搀愀漀 搀漀猀 瀀愀爀最爀愀昀漀猀 攀 昀爀愀猀攀猀Ⰰ 愀氀洀 搀攀 焀甀攀爀攀爀 愀瀀攀爀昀攀椀漀愀爀 挀愀搀愀 昀爀愀猀攀 攀猀挀爀椀琀愀⸀ 䄀搀攀洀愀椀猀Ⰰ 漀甀琀爀漀 攀洀瀀攀渀栀漀 昀漀椀 攀猀挀爀攀瘀攀爀 甀洀 琀攀砀琀漀 氀椀琀攀爀爀椀漀 焀甀攀 渀漀 攀猀瘀愀猀猀攀 搀漀 爀椀最漀爀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀漀Ⰰ 洀愀猀 焀甀攀 猀攀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀猀猀攀 搀攀 昀挀椀氀 挀漀洀瀀爀攀攀渀猀漀 瀀愀爀愀 漀 氀攀椀琀漀爀 愀氀攀愀琀爀椀漀 愀漀 甀渀椀瘀攀爀猀漀 攀渀砀愀搀爀猀琀椀挀漀⸀ 
 
CONSIDERAÇÕES
Ao contrário do que a mídia aborda seguidamente, os perfilados não são os melhores jogadores do Brasil. São pessoas comuns. Todos são jogadores que tiveram suas conquistas e momentos de glória, alguns até com maior expressão nacional e internacional. Porém, ao tratar de um esporte pouco difundido na mídia, o objetivo era revelar aspectos do cotidiano que evidenciassem a transformação que o contato com o jogo proporcionou. Como o próprio título ilustra, ser uma “atalaia”, sentinela, jogador de xadrez é saber vigiar a si próprio e aquele com quem luta. A lição desse projeto experimental foi a de melhorar sempre. A certeza de que o texto pode ficar mais atrativo, de que as informações podem ser apresentadas com mais precisão, encadeamento lógico, linguagem poética e ao mesmo tempo objetiva. A elaboração dos perfis permitiu a união de duas paixões – jornalismo e xadrez, com o objetivo de apresentar o xadrez para as pessoas e realçar as potencialidades que o esporte possui para transformar vidas além do aspecto competitivo. Além dos xeque-mates.਀ ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀 BRUM, Eliane. A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2006.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䠀䔀一䬀Ⰰ 䐀愀瘀椀搀⸀ 伀 樀漀最漀 椀洀漀爀琀愀氀㨀 漀 焀甀攀 漀 砀愀搀爀攀稀 渀漀猀 爀攀瘀攀氀愀 猀漀戀爀攀 愀 最甀攀爀爀愀Ⰰ 愀 愀爀琀攀Ⰰ 愀 挀椀渀挀椀愀 攀 漀 挀爀攀戀爀漀 栀甀洀愀渀漀⸀ 吀爀愀搀甀漀Ⰰ 刀漀戀攀爀琀漀 䘀爀愀渀挀漀 嘀愀氀攀渀琀攀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 䨀漀爀最攀 娀愀栀愀爀 䔀搀⸀Ⰰ ㈀  㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀