ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01075</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Vinheta premiação Expocom</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Eduardo Giovanni da Fonseca Domingues (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Irídio Magaldi Johansen de Moura (Pontifícia Universidade Católica do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Comunicação Audiovisual, Motion Design, Vinheta, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A partir das combinações e cruzamentos entre conceitos de grafismos abordados nas disciplinas de Direção de Arte, Cinema/Produção Audiovisual e Multimídia, orientadas ao curso de Publicidade e Propaganda, desenvolveu-se uma série de vinhetas, representadas no presente trabalho por uma de suas versões em específico:  Categoria Cinema e Audiovisual  Modalidade Filme de Ficção . Inspirando-se na cultura de vinhetas em premiações (como Oscar, Grammy, dentre outros), planejou-se a adoção de vinhetas na cerimônia de premiação do Expocom do Intercom Sul 2016. Apresenta-se aqui um resumo desse processo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De acordo com Freitas (2006, p. 27), a vinheta constitui-se como uma das primeiras dinâmicas de programação visual. Aberta a diversas linguagens, estéticas e tecnologias. Segundo uma das definições dadas pelo Minidicionário Houaiss de Língua Portuguesa, vinheta é um  ornamento tipográfico que ilustra texto ou livro (HOUAISS; VILLAR, 2009, p.771). A origem dessa nomenclatura é datada da Idade Média, onde a igreja Católica tinha na vinheta o objetivo de  chamar a atenção para o conteúdo do texto escrito que adornava, funcionando como uma espécie de deleite visual (SCHIAVONI, 2011, p. 06). Ou seja, desde sua criação, o propósito inicial da vinheta era relacionado com a questão estética. Tal formato tornou-se bastante recorrente na linguagem televisiva. Contudo, também tem sido constante em eventos de premiação, como Oscar, Grammy, dentre outros. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante os dias 26, 27 e 28 de maio de 2016, o campus de Curitiba da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) sediou o XV congresso da regional Sul do Intercom. O evento, que tem como foco o  fomento e à troca de conhecimento entre pesquisadores e profissionais , estimuluando  o desenvolvimento de produção científica não apenas entre mestres e doutores, mas também entre alunos e recém-graduados em Comunicação (PORTAL INTERCOM, online) necessitava de peças comunicacionais para a divulgação, instrução de participantes, decoração de espaços, entre outras razões. A estratégia original da campanha para o evento incluia a criação de vinhetas para integrar a identidade visual do evento e sua possível extensão para o ambiente online. Os vídeos produzidos foram utilizados para revelar os vencedores das modalidades da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação - o Expocom  e deixar o ambiente mais dinâmico. Com uma estética simples que remete ao Flat Design, os vídeos possuem um background mais claro e limpo, contendo apenas uma das seis categorias como elemento textual em um fundo branco. Esse plano contrastava com o primeiro, que continha formas e cores presentes na identidade visual da edição. O conjunto desses vídeos seria vinculado durante 28 de maio de 2016, último dia do Intercom Sul e que foi destinado à revelação dos ganhadores indicados em uma das 69 modalidades do Expocom, que são distribuídos em seis categorias  Jornalismo; Publicidade e Propaganda; Relações Públicas e Comunicação Organizacional; Cinema e Audiovisual; Produção Transdisciplinar; e, por fim, Rádio, TV e Internet. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Bem como sua proposição original, uma das funções pretendidas com o conjunto de vinhetas para o Expocom era justamente a de caráter decorativo. Contudo, o encerramento do congresso era um momento único, a vinheta também funcionava como elemento comunicacional. Ao falar de vinhetas televisivas, Lima (2002, p. 67) comenta que exercem um papel diferenciado de propaganda, pois  compõem a identidade visual dos canais de TV, orientando o telespectador entre as diversas opções de emissoras e programas . Assim como as de TV, as vinhetas do evento demarcavam qual edição do evento, modalidade e categoria concorrida, assim como eram um dos últimos momentos para se relacionar com os presentes e gerar memória com a marca. Inspiradas na linguagem audiovisual de grandes premiações da cultura pop, como o Oscar e o Grammy, as vinhetas criadas para o Expocom visavam reproduzir a emoção do aguardo, da torcida e da celebração de artistas ou cantores favoritos ao conquistarem prêmios. A literatura que abrange vinhetas, por ser muito específica, muitas vezes tangem a produção televisiva. Tomando emprestado a divisão feita por Schiavoni (2011, p.11), os produtos feitos para o Intercom se encaixariam como vinhetas de abertura uma vez que, segundo a autora,  são videografismos que marcam o início dos programas, apresentando-os. São muitas vezes narrativas descritivas ou mensagens que buscam efetivar contratos com o telespectador . Logo, ao apresentarem cada modalidade, categoria e vencedor, as vinhetas conduziam os candidatos por uma breve narrativa, partindo de uma animação inicial até a nomeação do ganhador. Essa breve narrativa, ao relacionar elementos visuais  formas, cores, movimento, etc  e de conteúdo  identidade atrelada ao congresso, a premiação, a cidade, o momento da revelação  auxiliam a criar um ambiente emocional. A escolha das vinhetas para compor esse ambiente foi assertiva, já que, como sinaliza Aznar (1997, p. 51),  vinhetas são fantasias visuais que estão presentes no vídeo, levando aos telespectadores momentos de emoção e criações artísticas . Além de transmitir emoção, como sua função primordial em livros sagrados, as vinhetas empregadas no congresso também tinham como intuito serem lúdicas e decorativas. Schiavoni (2011, p.06), por exemplo, comenta que  a função de adorno da vinheta atingiu condições de expressão fantásticas, envolvendo o telespectador . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As vinhetas tinham como imagem principal uma animação minimalista. O estilo, que integrava todas as peças de comunicação para o congresso, eram orientados pelos elementos gráficos do logotipo criado especialmente para o evento. Tais elementos expressavam a paisagem da cidade de Curitiba em formas bidimensionais em diferentes cores, aludindo a diversidade cultural. Quando reunidas, essas formas geométricas formavam do troféu do Expocom (FIGURA 1). Segundo Ambrose, e Harris (2009, p. 07), o movimento minimalista defendia  a simplificação radical da forma, é não representacional e se caracteriza pelo uso extremamente restrito de elementos visuais . Dentro do minimalismo, a vertente aplicada foi a do Flat Design, que faz uso de espaço, cores vibrantes e ilustrações planas (CAMPBELL-DOLLAGHAN, s/a, p. 03). Essa abordagem permitiu mais facilidade na produção das vinhetas, já que a grande quantidade delas exigia praticidade. Durante a animação das formas, o background da vinheta era composto por um all-type com o nome da modalidade multiplicado diversas vezes, formando um quebra-cabeça com tamanhos variados (FIGURAS 2, 3, 4, 5, 6 e 7). A opacidade do all-type era suficiente para ser lida sem intervir no contraste com as formas. Dessa forma, a modalidade era explicitada e ao mesmo tempo fazia parte do plano de fundo da vinheta. Com duração aproximada de 10 segundos, a construção temporal das vinhetas, além de prezar pela leitura e clareza do texto, estimulava a ansiedade e o suspense da indicação do ganhador. De acordo com Lima (2002, p. 67), a animação é a forma mais adequada para produzir movimentação em uma vinheta. Por ter um movimento lento e transições suaves, a espera para evidenciar o vencedor demorava. Silva (2011, p. 79) comenta que  o suspense é a espera dilatada de que algo, iminente ou tardio, aconteça [...]. O suspense, como efeito de sentido, é um recurso do enunciador para retardar o desfecho de uma situação, com o intuito de despertar e manter o interesse do enunciatário . Portanto, o uso das vinhetas também alimentava o ambiente de curiosidade na revelação dos campeões. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após um brainstorming que definiu ideias centrais e a produção da vinheta, a equipe encarregada da criação utilizou o software After Effects para a execução dos vídeos. Usando a terminologia de Velho (2008), que propõe uma categorização para o motion graphics, é possível compreender melhor a construção das vinhetas. Segundo o autor, o motion graphics conta com oito componentes visuais (VELHO, 2008, p. 70), sendo elas: espaço; linha; forma; tom; cor; textura; movimento; e ritmo. Ausente de profundidade, o espaço da vinheta era construído de modo plano, dentro de dimensões de 1920 pixels&#8198;de largura por 1080 pixels de altura. A ideia de longitude era simulada apenas pelo movimento das formas e do troféu e, posteriormente, pelo sombreamento sob o texto das modalidades. Velho (2008, p. 77) separa a percepção da linha no motion graphics em duas: linhas perceptíveis e imperceptíveis. Ainda de acordo com essa divisão, os vídeos produzidos para o Intercom Sul contavam com borda, eixo e trilha. Bordas estão presentes perciptivelmente em elementos bidimensionais e delimitam os objetos. Já os eixos se mostram presentes em direções verticais ou horizontais. Por fim, trilhas se relacionam com o movimento descrito pelos objetos, sendo imperceptíveis. As formas do vídeo são representações de paisagens presentes na cidade de Curitiba. Essas inspirações faziam parte do logo da décima quinta edição do congresso e faziam parte do troféu dado aos premiados no Expocom. Dentro da classificação de tom, os elementos de tonalidades mais escuras, como as formas do troféu ou a tipografia utilizada, contrastavam com o fundo do vídeo, mais claro. Sobre cor, a formatação utilizada foi RGB, indicada para a produção digital. As cores utilizadas também fazem menção ao logo do congresso e ao troféu da premiação, mantendo assim a mesma identidade visual. A textura das vinhetas foi composta pela diferença de contraste no plano de fundo do produto audiovisual. As categorias, escritas em cinza e com efeitos de iluminação, se diferenciavam do fundo branco. Com o plano de fundo estático, o movimento avaliado é do objeto  as formas e o troféu. Iniciando separadas, as seis formas partiam de cantos diferentes da tela, tendo como ponto de encontro o centro e formando assim o corpo do troféu. Após alguns segundos parados, o objeto se dirigia ao canto inferior direito do enquadramento, diminuindo confome prosseguia sua trajetória. A referência está no próprio congresso, que aconteceu em Curitiba e foi ponto de encontro de comunicólogos de toda região. O ritmo adotado para os movimentos de objetos e a propria montagem/edição, respeitou o tom solene e épico do evento. São movimentos crescentes, que remetem a evolução, construção. Prezando pela praticidade e pela produção prática, as vinhetas de cada categoria só diferenciavam em seu texto de fundo. Ao comentar de vinhetas de televisão, Aznar (1997, p. 48) comenta que  o telespectador é capaz de perceber melhor as vinhetas de abertura das novelas dada a sua repetição; poderão analisá-las e, então, interpretá-las . Logo, não foi considerado um problema a não produção singular de vinhetas para cada uma das seis categorias já que, ao mudar de uma categoria para outra, a diferença no fundo seria notada. Para ilustrar todo esse processo, apresenta-se aqui a vinheta da Categoria de Cinema e Audiovisual, na Modalidade de Filme de Ficção (FIGURA 8). Devido a limitações técnicas no momento da cerimônia, infelizmente tal vinheta foi a única a ser transmitida, dentre as 69 (FIGURA 9). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A construção de um produto audiovisual com intenção de ser transmitido em um evento pode encontrar obstáculos durante sua produção e que acabam por modificar no resultado final. O roteiro original das vinhetas pretendia acrescentar o nome dos vencedores após a apresentação da categoria. Porém, a lisura do processo de divulgação dos ganhadores fez com que os vídeos só apresentassem a categoria concorrida  pois em hipótese alguma os resultados poderiam ser compartilhados antes do momento do evento, nem mesmo com a equipe que organizava o Congresso e suas programações. Assim, após a primeira categoria e respectiva modalidade, uma transição levava até uma apresentação multimídia  PowerPoint, que funcionaria como apoio na revelação. Na enunciação do segundo campeão, o sistema de transmissão travou, causando incômodo devido ao aguardo. Dessa maneira, optou-se por continuar apenas com a apresentação multimídia, pois esta continha os nomes dos ganhadores. Por fim, a estratégia de reutilizar as vinhetas no ambiente digital não teve continuidade. Contudo, a experiência sediando o XV Intercom Sul fez com que as oportunidades de comunicação para a melhor exposição do congresso fossem exploradas, dentre elas, a utilização de vinhetas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AMBROSE, G.; HARRIS, P. Design básico cor. Porto Alegre: Bookman, 2009. Disponível em: http://www.grupoa.com.br/uploads/imagensextra/legado/a/ambrose_gavin/cor/liberado/iniciais.pdf Acesso em: 15 abr. 2017.<br><br>AZNAR, S. C. Vinheta: do Pergaminho ao Vídeo. São Paulo: Arete & Ciência/ UNIMAR, 1997.<br><br>CAMPBELL-DOLLAGHAN, K. O que é flat design? Disponível em: http://www.wga.com.br/pvpg/_apres_29_08_minima/Flat%20Design.pdf Acesso em: 16 abr. 2017. <br><br>FREITAS, L. F. A vinheta e sua evolução através da história: da origem do termo até a adaptação para os meios de comunicação. 2006. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social)  Faculdade dos Meios de Comunicação Social, PUCRS. <br><br>HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. Minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 3 ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.<br><br>LIMA, B. M. Animação, vinhetas e publicidade na tv brasileira. Disponível em: http://www.academia.edu/7456274/Anima%C3%A7%C3%A3o_vinhetas_e_publicidade_na_TV_brasileira Acesso em: 16 abr. 2017.<br><br>PORTAL INTERCOM, A Intercom. Disponível em: http://portalintercom.org.br/a-intercom Acesso em 2017-04-16<br><br>SCHIAVONI, J. E. Vinheta televisiva: uso e funções. Disponível em: http://www3.usp.br/significacao/pdf/5_Significac%C3%8C%C2%A7a%C3%8C%C6%92o35_Jaqueline%20Esther%20Schiavoni.pdf Acesso em: 16 abr. 2017.<br><br>SILVA, O. J. M. da. O suplício na espera dilatada: a construção do gênero suspense no cinema. 2011. Tese (Doutorado em Semiótica e Lingüística Geral) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-07102011-144235/pt-br.php Acesso em: 17 abr. 2017.<br><br>VELHO, J. Motion graphics: linguagem e tecnologia - anotações para uma metodologia de análise. 2008. Dissertação (Mestrado em Design)  Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Disponível em: http://lvelho.impa.br/docs/ESDI_JVELHO_MS.pdf Acesso em: 19 abr. 2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>