ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01298</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Traça Literária: formando hábitos de leitura através do rádio.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Jéssica Caminha Cofferi (Universidade Feevale)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornalismo Cultural, Literatura, Radiojornalismo, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa Traça Literária foi um projeto experimental desenvolvido nos laboratórios de rádio da Universidade Feevale em 2016. As pautas envolveram assuntos do universo literário, como escritores da região e dicas de livros, buscando incentivar o hábito de leitura para os ouvintes através dos diálogos proporcionados. A produção e apresentação foi feita por voluntários e estagiários do curso de Jornalismo da instituição, e sua veiculação ocorreu dentro da grade do laboratório de rádio da Universidade através da Rádio ABC 900 AM, emissora local. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Traça Literária é um programa radiofônico desenvolvido através do projeto em fase experimental Web Rádio Feevale e posteriormente veiculado através da Rádio ABC 900 AM, mantenedora de parceria com a Universidade Feevale. Criado a partir dos âmbitos da disciplina de radiojornalismo, usou as premissas do jornalismo cultural para sustentar suas ideias, entendendo a importância de se desenvolver um hábito de leitura para a construção do intelecto e compreensão das palavras. Durante sua elaboração buscou trazer informações sobre o movimento literário e entrevistas com escritores. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro objetivo do programa Traça Literária foi poder utilizar as técnicas apreendidas na disciplina de radiojornalismo em uma atividade prática e fomentar o conhecimento adquirido através de um viés cultural. Os estudantes participaram ativamente da produção do conteúdo do programa e também de sua apresentação e edição. O segundo objetivo foi incentivar os hábitos de leitura para os ouvintes, que puderam conferir dicas literárias e ouvir diálogos com especialistas. Desta forma buscou-se levar ao público de maneira clara e objetiva, a importância da literatura para melhor forma de expressão e ampliação de seu vocabulário, além de estimular a imaginação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O hábito de leitura costuma ser incentivado durante a infância, porém muitas vezes é abandonado na vida adulta. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, 56% da população mantém hábitos de leitura. A média de livros lidos pelos entrevistados foi de 2,54 a cada três meses, sendo 1,06 do começo ao fim. O conceito utilizado por Thompson (1995) baseado através de estudos antropológicos do século XX, define cultura como  o conjunto de crenças, costumes, idéias e valores, bem como os artefatos, objetos e instrumentos materiais, que são adquiridos pelos indivíduos enquanto membros de um grupo ou sociedade (THOMPSON, 1995, p. 173). O Traça Literária enquadrou a literatura como produto desenvolvido em sociedade e adentrando assim aos conceitos de cultura, por aproximar indivíduos que compartilhem os mesmos hábitos. De acordo com Piza (2003) o surgimento dos veículos de comunicação de massa fizeram entrar em debate o papel do jornalismo. No âmbito do jornalismo cultural, o rádio teve papel histórico na distribuição de um repertório nacional comum com as radionovelas; o cinema foi o principal veículo influente entre as décadas de 1920 e 1940; a televisão na década de 1950 fez as produções culturais serem produzidas em maior escala transmitindo valores através de seu conteúdo. Segundo o autor, o jornalismo cultural acompanha a história remoldando sua forma conforme a época.  O jornalismo que faz parte desta história de ampliação do acesso a produtos culturais, desprovidos de utilidade prática imediata, precisa saber observar esse mercado sem preconceitos ideológicos, sem parcialidade política. Por outro lado, como a função do jornalismo é selecionar aquilo que reporta, influir sobre os critérios de escolha dos leitores, fornecer elementos e argumentos para sua opinião, a imprensa cultural tem o dever do senso crítico, da avaliação de cada obra cultural, e das tendências que o mercado valoriza por seus interesses, e o dever de olhar para as induções simbólicas e morais que o cidadão recebe. (PIZA, 2010, p. 45). A escolha do rádio para veiculação do programa ocorreu por avaliação de acessibilidade. De acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, o rádio ainda é o segundo meio de comunicação mais acessado pelos brasileiros, atrás apenas da televisão, e 89% da população brasileira tem acesso a um aparelho radiofônico. A flexibilidade para a realização de outras tarefas auxilia na popularização do rádio, já que apenas 16% dos ouvintes costumam ouví-lo exclusivamente. A maioria das pessoas que escutam rádio o fazem enquanto realizam tarefas domésticas, no carro ou como plano de fundo de uma conversa. Ainda de acordo com a pesquisa, a internet, meio originalmente pensado através do projeto em fase experimental Web Rádio Feevale, alcança 49% da população brasileira. O programa Traça Literária buscou abordar o assunto da literatura através da linguagem coloquial e de fácil acesso do rádio, buscando a fácil compreensão para despertar o interesse de seus ouvintes. De acordo com Felice (1981)  Palavras ou expressões de uso restrito a especialistas ou certos grupos de pessoas não devem ser empregadas na linguagem de rádio, cabendo ao redator traduzí-las (FELICE, 1981, p.22). Assim o programa Traça Literária se justifica por permitir que acadêmicos de jornalismo trabalhem os conceitos de jornalismo cultural através de um veículo de comunicação de massa, e por levar aos ouvintes conteúdo que estimule seu senso crítico através do fácil acesso e linguagem popular do rádio. Desta forma ocorre a aproximação com o ouvinte, que consegui sentir-se motivado para pesquisar mais sobre o que está sendo informado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa Traça Literária foi gravado dentro do laboratório de rádio da Universidade Feevale, que contém um estúdio à prova de som externo, semelhante aos estúdios profissionais. Foi determinado quem seria apresentador, produtor e editor de cada programa. Antes de cada edição foi realizada uma reunião de pauta com o auxílios dos professores, para definir quem assumiria cada tarefa, e escolher qual seria o assuntos, a estruturação do roteiro e os convidados para o próximo programa. Para a realização do programa, as técnicas aprendidas em sala de aula foram utilizadas acompanhadas de uma pesquisa prévia sobre o assunto definindo como pauta que a partir do resultado gera a elaboração de pergunta. De acordo com Felice (1981) o repórter deve manter a o controle das entrevista e  a iniciativa deve ser sempre do repórter, cujas intervenções, contudo, devem se limitar a perguntas rápidas e objetivas, evitando, sempre, o tom tendencioso (FELICE, p.94, 1981). Durante o programa, com o planejamento adequado, a entrevista é conduzida com base no material anteriormente pesquisado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As edições do programa Traça Literária foram gravadas em formato de mesa redonda, onde o apresentador dialoga com os entrevistados em uma conversa na íntegra. Cada edição foi dividida em dois blocos de 15 minutos, apresentando quadros especiais ao final e começo de cada bloco, como curiosidades sobre autores e informações a respeito dos diferentes movimentos literários da história. A trilha sonora contava com uma melodia fixa como vinheta de abertura onde a voz da narradora falava o nome do programa, e em cada quadro havia um som de fundo que variava de acordo com o tema. Ao todo foram gravadas quatro edições, executados na programação de férias entre janeiro e fevereiro na grade dos programas Revista Feevale e Conversas da Comunidade, ambos veiculados na rádio ABC 900 AM, que mantém parceria com a universidade. O piloto do programa foi arquivado para o projeto Web Rádio Feevale, que ainda se encontra em fase experimental, não havendo veiculação externa no momento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O programa Traça Literária possibilitou aos ouvintes o acesso a um conteúdo informativo que incentiva a leitura, trazendo especialistas convidados e dando dicas de autores dos mais variados gêneros. Utilizando o rádio para atender uma demanda da população, que ainda tem uma baixa porcentagem de leitores comparada ao número de habitantes no Brasil, o programa contribuiu na melhoria da informação acerca das possibilidades encontradas dentro da literatura. Elaborar este produto incentivou também os hábitos literários dos estudantes de jornalismo, que por estarem envolvidos na produção, tiveram que pesquisar e ler o conteúdo que seria indicado para os ouvintes. A conversa com os escritores trouxe visibilidade para o trabalho desenvolvido por eles, e permitiu a ampliação de conhecimento acerca do conteúdo gerado na região e também fora do Estado. A Universidade Feevale até então não contava com um programa voltado para literatura em sua grade radiofônica, e tendo aberto esse espaço para os estudantes se mostrou disposta a apoiar projetos diversificados e contribuir com a disseminação do jornalismo cultural.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">FELICE, Mauro de, Jornalismo de Rádio. Brasília, Thesaurus, 1981 <br><br>PIZA, Daniel de, Jornalismo Cultural. São Paulo, Contexto, 2010 <br><br>THOMPSON, J. B. Ideologia e Cultura Moderna. Petrópolis: Vozes, 1995. <br><br> </td></tr></table></body></html>