ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01311</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Modern(idade) líquida</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Bianca Renate Dilly (Universidade Feevale); Vanessa Amália Dalpizol Valiati (Universidade Feevale); Rosana Vaz Silveira (Universidade Feevale)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;jornalismo, modernidade, reportagem, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho se trata de um produto de reportagem produzido durante a faculdade de Jornalismo. Parte integrante de uma revista laboratorial com a temática de "Rupturas" na sociedade, o texto apresentado tem o nome de "Modern(idade) líquida". Essa produção aborda novos comportamentos adotados por dois públicos em específico: os jovens e os idosos. O objetivo, com ela, é destacar as características dos jovens com personalidade mais reservada, em comparação com idosos que se tornam cada vez mais livres conforme o tempo passa. As visões técnicas de profissionais, bem como o apoio de pesquisas, fundamentaram o projeto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem  Modern(idade) líquida foi uma produção individual para a disciplina de Projeto IV  Jornalismo de Revista, da Universidade Feevale. O tema foi decidido baseado na temática da 2ª edição da Revista Nó(s), idealizada nesta cadeira: rupturas. A produção aborda os  jovens idosos e  idosos jovens , tratando sobre essas duas rupturas de comportamento na sociedade atual. Enquanto que uma parcela da população idosa está cada vez mais ativa, parte dos jovens torna-se mais reservada, adotando um estilo de vida anteriormente característico de quem tem a idade mais avançada. A ideia surgiu, sobretudo, com base nos estudos de Zygmunt Bauman acerca da nova posição da sociedade moderna: sua liquidez. Fazendo parte das atuais transformações observadas entre as pessoas, minha análise da modernidade líquida visa verificar quais são as posições adotadas por esses dois públicos em polos extremos. Sendo assim, se busca confrontar esses dois perfis de jovens e idosos com o que se via há alguns anos, quando os mais velhos eram considerados  rabugentos , e os de menos idade lutavam rebeldemente por sua liberdade. Com a análise, a finalidade é a estudar, sociologicamente, novas abordagens humanas, bem como delinear as novas personalidades que surgem em meio ao período das grandes e incessantes revoluções tecnológicas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A reportagem  Modern(idade) líquida possui, inicialmente, cinco objetivos a serem atingidos. Com essas metas, acredita-se que será possível chegar à conclusões prévias e satisfatórias acerca da temática. O primeiro objetivo, mais panorâmico, dá conta de estudar novos modelos comportamentais adotados por jovens e idosos. Esses modelos, conforme já expresso, são sobre os jovens que optam por um estilo de vida mais recatado. Não são fãs de aglomerações de pessoas em festas, como a maioria dos integrantes desse público se caracteriza. Já dos idosos, por outro lado, serão constatadas as escolhas de um novo perfil, que não se prende aos algarismos expressos na carteira de identidade. Para corroborar com essas afirmações, o trabalho verificará as pesquisas existentes no âmbito, sendo este, portanto, seu segundo objetivo. Questões como a quantidade de idosos utilizando a internet, bem como o tempo que os jovens dedicam para realizar exercícios físicos e cuidar de sua saúde serão aproveitadas no confrontamento das ideias. Tendo esta validação como apoio, passa-se ao terceiro objetivo, que é a investigação para as motivações dessas mudanças. Neste quesito, será aproveitado o quarto objetivo, que é o de abranger a visão de profissionais técnicos acerca da temática, como psicólogos e sociólogos. Por fim, com base nas entrevistas realizadas às fontes e os dados coletados em toda a pesquisa, será descrito parte das formas de viver de preferência desses dois públicos. Este é o último objetivo. O aparecimento dos objetivos ao longo do texto não se dá de forma fechada. Os objetivos se mesclam ao longo da reportagem, podendo serem contemplados até mais de um no mesmo trecho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Com o que observamos na sociedade, e dentro dos próprios círculos sociais selecionados, por um lado os idosos do período atual viajam por todo o mundo, fazem tatuagens, namoram, organizam festas, usam as redes sociais constantemente e mostram que a idade não é um limitador para nada. Por outro, alguns jovens preferem cada vez mais a calmaria de passar um final de semana em casa, assistindo a filmes e séries, dormindo muito e navegando na internet. Com o objetivo de entender e estudar esses novos perfis, foi optado pelo tema da reportagem em que ocorrem rupturas comporta(mentais). Ou seja, rupturas de modelos de personalidade, e, além disso, quebras no padrão das ideologias dos públicos. Isso significa que a idade não define mais padrão ou limita as pessoas a agirem de determinada forma. Essas afirmações são comprovadas por diversas pesquisas utilizadas no texto, como o levantamento feito pelo Instituto Locomotiva, de São Paulo. Segundo os dados captados, as redes sociais já não são espaço exclusivo dos mais novos. 5,2 milhões de pessoas com mais de 60 anos utilizam regularmente a web no país. Desse total, 4,8 milhões de novos usuários surgiram nos últimos oito anos, o que equivale a 940%. Além disso, o surgimento da proposta se baseou na teoria criada pelo sociólogo Zygmunt Bauman, a teoria que dá nome à reportagem: modernidade líquida. Conforme BAUMAN (2001), a sociedade passa de um estado de solidez para a liquidez. Isso significa, segundo ele, que as relações passam a ser mais fluídas e as mudanças, efêmeras. Não há mais padrões fechados, ciclos definidos. As pessoas se adaptam de acordo com as situações. Com a modernidade e a rapidez na velocidade das transformações, tudo se torna moldável. São esses padrões, códigos e regras a que podíamos nos conformar, que podíamos selecionar como pontos estáveis de orientação e pelos quais podíamos nos deixar depois guiar, que estão cada vez mais em falta. Isso não quer dizer que nossos contemporâneos sejam livres para construir seu modo de vida a partir do zero e segundo sua vontade, ou que não sejam mais dependentes da sociedade para obter as plantas e os materiais de construção. Mas quer dizer que estamos passando de uma era de 'grupos de referência' predeterminados a uma outra de 'comparação universal', em que o destino dos trabalhos de autoconstrução individual (& ) não está dado de antemão, e tende a sofrer numerosa e profundas mudanças antes que esses trabalhos alcancem seu único fim genuíno: o fim da vida do indivíduo (BAUMAN, 2001). Mas as bases técnicas não são os únicos procedimentos adotados. O apoio e o respaldo do próprio depoimento de pessoas que vivem essas transformações são fundamentais. Conversando com elas é que foi possível conceber mais claramente o que está ocorrendo com esses dois novos modelos comportamentais da sociedade. Dessa forma, o produto é de interesse de toda a sociedade. Visto que a reportagem envolve desde jovens até idosos, de todos os gêneros, pode-se dizer que o público da mesma é abrangente. O alvo varia de adolescentes a adultos entre 17 e 25 anos, até idosos a partir dos 60 anos, idade definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre essas faixas etárias, o texto pode interessar a boa parte da população, em virtude de, ou já se ter passado pela juventude, ou por se estar chegando à mais idade. Além de informar e comunicar, o texto também é uma forma de lazer para o leitor. Escrita em modelo narrativo, a reportagem conta histórias de pessoas comuns, sendo uma maneira leve de compreender quais os rumos que nossas comunidades estão tomando e passar a refletir sobre o que nos aguarda futuramente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Para a elaboração da reportagem da disciplina de Projeto IV  Jornalismo de Revista, uma série de métodos e técnicas foram seguidos. A maioria dos passos foi definida em acordo com os professores, na sala de aula, e outros recursos foram sendo adicionados enquanto que o projeto recebia seguimento e de acordo com as necessidades observadas nesse período. Em um primeiro momento, ocorreu a reunião da turma para a definição do tema central da revista. A temática eleita para a primeira edição ressaltava os  encontros entre pessoas e situações. A segunda edição, realizada em nosso semestre, de 2016/02, precisava abordar outro mote. Por se tratar de um grupo de estudantes com o perfil mais alternativo, decidiu-se por um tema oposto ao anterior: dos  encontros , para as  rupturas . Neste sentido, passou-se para a discussão sobre a relevância do assunto escolhido para nossa produção. Verificamos que a temática carecia de pesquisas e começaram a surgir múltiplos e relevantes tópicos de discussão para a sociedade. Pontos como a ruptura no mercado profissional, rupturas de identidade, nos modos de se relacionar, a quebra de padrões através do esporte e a forma de encarar doenças tornaram nosso brainstorm rico em tratamentos. Junto aos colegas, também precisei definir o tema da minha reportagem. De início, surgiram variadas ideias. Pessoas que não querem ter filhos e optam pelos animais como suas novas gerações, séries da Netflix que são um tapa na cara da sociedade brasileira, pessoas que têm o mundo como lar, ou seja, os novos nômades, que não possuem residência fixa, as Olimpíadas que não vemos e, por fim, os jovens idosos e idosos jovens foram os principais conteúdos trazidos. Analisando a importância de pensar sobre novos padrões comportamentais da sociedade, e eu me sentindo incluída nos jovens que se tornam cada vez mais reservados, acabei optando por esse tema. Os colegas e professores também se interessaram pelo assunto e o consideraram relevante no cenário atual, sendo, portanto, definido como meu ponto de partida para a produção. Com o início definido, foi necessário delimitar os próximos passos para efetivamente começar a produção da reportagem. A busca pelas fontes aconteceu por meio das redes sociais, como o Facebook e Whatsapp, e em trocas de ideias com pessoas próximas. Alcançando várias possibilidades de entrevistas, uma nova seleção foi proposta. Por fim, foram decididos por quatro fontes: dois jovens idosos e dois idosos jovens. Aí que ocorreu o contato com as mesmas e a marcação das entrevistas. Os cases escolhidos foram entrevistados em dois finais de semana distintos e consecutivos, ambos no sábado, no mês de agosto de 2016. Coincidentemente, o primeiro sábado foi voltado para os idosos e o segundo para os jovens. Nessas entrevistas, foram preparadas imagens para a ilustração da revista e a gravação em áudio e vídeo, para posteriores novos produtos gerados, além do registro para eventuais consultas. As entrevistas com os profissionais selecionados ocorreu de maneira mais simples. O contato inicial foi por troca de e-mails. Uma das profissionais, a psicóloga, respondeu aos questionamentos presencialmente, no ambiente da Universidade Feevale. Estas respostas também foram gravadas em áudio, para sua fiel utilização. O segundo profissional, um sociólogo, recebeu e respondeu as dúvidas em trocas de mensagens online, por meio do e-mail. Ambos os profissionais fazem parte do corpo docente da Universidade, portanto, me vali da estrutura técnica e humana proporcionada pelo local de ensino. Depois de reunir todas as entrevistas necessárias para a elaboração do texto, iniciou-se a transcrição completa das mesmas. Para obter as respostas o mais condizente possível com o que as fontes relataram, todos os áudios, somando aproximadamente três horas de conversa, foram transformados em arquivos de texto. Ao todo, esses arquivos renderam 27 páginas de perguntas e respostas. Ainda, apoiando as entrevistas, a busca pelas pesquisas e levantamento de dados reuniu sete principais fontes. Essas somaram seis novas páginas. Com tanto conteúdo conquistada, foi necessária uma nova seleção, captando, agora, somente os principais aspectos de interesse para o texto. Para organizar a estrutura da reportagem, previamente à sua escrita, foi elaborado um roteiro para objetivar o andamento fluído do texto. Com o desafio de transformar, de forma interessante e chamativa, todo o material captado em apenas quatro páginas, mais esse passo foi necessário. O roteiro foi uma sugestão passada por outra professora de uma disciplina estreitamente ligada ao projeto: a cadeira de Gênero Revista. Finalmente, a primeira versão do texto passou a ser escrita. Sua estrutura-base levou cerca de duas semanas para ser construída. Após esse período, passou-se para a primeira avaliação das professoras. Com este parecer realizado, um novo processo de mudanças e itens faltantes, além de correções, iniciou. Como dito, a disciplina de Gênero Revista caminhou junto com o Projeto. Por isso, as revisões foram feitas em conjunto por três professoras, de ambas as cadeiras. Novas sugestões eram acrescentadas a cada nova leitura do texto, para deixa-lo o mais aprimorado possível. Conforme o objetivo do Projeto, de transformar as produções de toda a turma em um material a ser impresso, foi preciso pensar na diagramação do texto. Para isso, o primeiro momento foram as conversas em grupo para a definição da identidade visual da produção. Foram escolhidas tipografias comuns a todos, além de uma paleta de cores principal a ser aproveitada. Pensando na minha temática, com a sua liquidez, e por ser tendência de mercado, optei por uma diagramação que utilizasse elementos de aquarela. Por ser a cor característica da água, o azul foi o protagonista das minhas artes. Outro ponto importante a ser levado em conta na diagramação foi a necessidade de novos cortes no texto, em virtude do espaço máximo delimitado para cada texto. Com o acréscimo das fotos, as quatro páginas diminuíram de espaço. Ao final de todo essa metodologia aplicada, novas revisões ocorreram. As professoras releram e verificaram todos os nossos textos e diagramações, assim como as reportagens passaram entre os colegas para avaliação. Um parecer do mercado de trabalho foi obtido na atividade da banca avaliativa, que também revisou nossas produções e apontou sugestões. Essas ideias foram posteriormente encaminhadas na versão final do trabalho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A reportagem faz parte de uma revista elaborada para a disciplina de Projeto IV: Jornalismo de Revista, da Universidade Feevale  Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. A Revista Nó(s), no segundo semestre de 2016, estava em sua segunda edição, visto que também era a segunda turma pertencente à cadeira. O tema da segunda edição, rupturas, foi definido em consenso com a turma, após a realização do brainstorm e do briefing. Para entender melhor a definição desse tema, é importante observar a descrição proposta pelas professoras da disciplina, Vanessa Valiati e Rosana Vaz Silveira, além da colaboração da professora Neusa Ribeiro, da disciplina de Gênero Revista, concomitante à anterior. A segunda edição da revista Nó(s) vem discutir a ruptura de padrões aos quais estamos submetidos, muitas vezes, sem perceber. É o esforço de uma turma que quer desatar os nós de uma existência padronizada por meio da reflexão, trazendo à tona histórias de gente que, de alguma forma, foge de estilos de vida preestabelecidos. Histórias de gente que começa de novo, que vê o amor ser multiplicado e a família aumentar, que não se importa com as determinações e definições de gênero, idade ou padrões estéticos e se redescobre em meio à superação de obstáculos. Contar essas histórias, na maioria das vezes delicadas ao extremo, era o desafio. Assim, ter este exemplar em mãos (e observar os bastidores das reportagens no blog da revista) nos dá indícios de que estamos no rumo certo: formar jornalistas sensíveis e capazes de questionar sempre (RIBEIRO; SILVEIRA; VALIATI, 2016). Fazem parte da Nó(s) doze matérias produzidas por mim e pelos meus colegas. Cada texto era de escrita individual. Os trabalhos que compõem a Revista, de acordo com a ordem do sumário, são:  Começar. De novo ,  Modern(idade) líquida ,  Fluidez do ser ,  O amor multiplicado ,  Maternidade sem romantismo ,  Câncer tem cura. E depois? ,  Libertamente ,  Rap Caviar ,  Geração Canguru ,  O corpo que eu tenho, o corpo que eu amo ,  Adrenalina na veia e  As (in)definições de família . Englobando o veículo impresso, cada reportagem possuiu um número determinado de páginas. A produção total resultou em 62 páginas. Para o meu texto, foram disponibilizadas seis páginas, que foram distribuídas entre o texto, as imagens e as artes gráficas, como pequenas ilustrações e vetores. Os estudantes também tiveram a responsabilidade de conceituar o projeto, criando uma espécie de  Carta ao leitor . Esta tarefa foi assumida, após determinação das professoras, por mim e minha colega Bárbara Viacava. Buscamos expressar e traduzir o que sentimos a longo desse intenso semestre da seguinte maneira: Um balão cheio d água estourando em câmera lenta. O ovo que cai e tem a casca transformada em inúmeros pequenos pedaços. O copo e a parede rachados, cheios de tantos significados. O nó, antes preso com firmeza, que acaba sendo arrebentado. O vaso que quebra e ninguém faz questão de arrumá-lo, afinal, ele não precisa de conserto nenhum, sua nova forma é seu novo modo de ser. Rupturas. NÓ(S), doze acadêmicos de Jornalismo da Universidade Feevale, fomos em busca de rompimentos de padrões, de pessoas corajosas que mudaram suas vidas, por vontade própria ou porque o destino as levou a isso, pessoas que enfrentam olhares atravessados de muitos outros, mas há muito tempo deixaram de se importar. Buscamos trazer novas percepções para fatos que a sociedade não está acostumada a ver. O tema  Rupturas como enfoque da segunda edição da Revista foi escolhido por todos esses fatores citados acima. Nós, enquanto uma turma e um grupo, concordamos que cada ser humano é único e merece poder transbordar toda a essência que há nele, independente das formas definidas como aceitáveis ou não pelos padrões impostos pela sociedade. Como estudantes de Comunicação, refazemo-nos diariamente, e achamos, através dessa revista, o momento oportuno para falar sobre desconstruções. Queremos mostrar para todo mundo que é bem melhor ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo, como bem disse Raul Seixas, e nós concordamos. As novas formas de viver, os diferentes tipos de comportamento e os paradigmas apresentados em nossas produções apontam que o que vale a pena mesmo, hoje em dia, é ser feliz do jeito que cada um considerar melhor, sem limites ditados pelos outros (DILLY; VIACAVA, 2016). A frase escolhida por toda a turma para representar o sentimento da nossa produção é um poema de Paulo Leminski, que diz:  Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além . Escolhemos este pequeno trecho pois essa é justamente a concepção da nossa revista  provar que as pessoas podem ser o que quer que elas desejam, e que é isso que as torna mais autênticas e únicas. Conforme comentado no item acima, a minha reportagem individual foi produzida com entrevista a quatro cases, dois profissionais com opinião técnica e embasamento em pesquisas e referências bibliográficas. As entrevistas com as fontes não oficiais ocorreram todas nas casas das pessoas, de forma a sentir as característica e personalidades daqueles ambientes. As fontes técnicas foram questionadas no espaço da Universidade. Todas as fotos das matérias também foram tiradas por mim. Para a disciplina de Gênero Revista, elaboramos um texto especial referente aos bastidores da nossa reportagem. Como as entrevistas foram longas e havia muito material captado que não pode ser aproveitado no texto principal, esta foi a alternativa encontrada para valorizar ainda mais o trabalho dos acadêmicos. Nossa produção em turma, e consequentemente a individual, teve o apoio e financiamento de todos os setores administrativos da Universidade Feevale, nas pessoas da Reitora, Profª Dra. Inajara Vargas Ramos, Chefe de Gabinete, Luciane Kayser Costa, Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e Extensão, Prof. Dr. João Alcione Sganderla Figueiredo, Pró-reitor de Administração, Prof. Me. Alexandre Zeni, Pró-reitor de Inovação, Prof. Dr. Cleber Cristiano Prodanov, Pró-reitora de Ensino, Profª Dra. Cristina Ennes da Silva, Diretora do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Profª Me. Angelita Renck Gerhardt e Coordenadora do Curso de Jornalismo, Profª Me. Adriana Stürmer. A orientação foi da Profª Me. Rosana Vaz Silveira, Profª Me. Vanessa Dalpizol Valiati e Profª Dra. Neusa Maria Bongiovanni Ribeiro. O Projeto Gráfico da Revista ficou de responsabilidade da Equipe Nó(s). A arte, foto e modelo da capa e do verso ficou por conta da estudante Mariana Devogeski. As reportagens e diagramação foram feitas por Alex Günther, Bárbara Viacava, Bianca Dilly, Carla Fogaça, Clara Machado, Jéssica Cofferri, Jéssica Antero, Layne Maciel, Mariana Devogeski, Taylor Abreu, Wendel de Matos e William Brizola. O blog da disciplina está disponível no link www.blogrevistanos.wordpress.com </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> Com a realização deste projeto, vários aspectos foram atingidos. Inicialmente, se pode citar o aprimoramento das qualidades técnicas para a profissão de jornalista, como a realização da entrevista e a criação da parte textual. Esses sãos dois processos fundamentais e inerentes à carreira que desejamos e buscamos. Analisando de outro ângulo, o tema foi de essencial importância no desenvolvimento da reportagem. Escolher um assunto com o qual me identifico, além de poder estudar mais sobre os novos processos comportamentais na sociedade, contribui muito para outro âmbito da formação acadêmica, que são as experiências pessoais e a bagagem cultural adquirida. Conhecer mais sobre os jovens idosos e idosos jovens, explorar o conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, ouvir especialistas e transformar tudo isso em um momento de lazer e informação para o leitor é gratificante. Na minha visão, a reportagem é a base para um jornalista. Quem consegue contar as histórias da vida de forma narrativa, sendo, também, atraente, consegue contar qualquer fato. Ser repórter é dar voz aos outros, é apurar, é confrontar, é tirar o melhor de cada situação vivenciada. Portanto, por extensão, este foi um dos trabalhos mais significativos para a minha instrução acadêmica até o momento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, 255p.<br><br>BRETAS, Valéria. Quem são e como vivem os idosos do Brasil. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/quem-sao-e-como-vivem-os-idosos-do-brasil#1>. Acesso em: 23 de ago. 2016.<br><br>ESTATUTO DO IDOSO. Legislação da pessoa idosa. Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/legislacao/estatuto-do-idoso>. Acesso em: 12 de ago. 2016.<br><br>MARQUES, Jairo. 'Cinquentão' busca intercâmbio com conforto e cultura. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396437-cinquentao-busca-intercambio-com-conforto-e-cultura.shtml>. Acesso em: 23 de ago. 2016.<br><br>NETO, José Sorima. Novo público na rede: país já tem 5,2 milhões de idosos com acesso à web. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/novo-publico-na-rede-pais-ja-tem-52-milhoes-de-idosos-com-acesso-web-19918051>. Acesso em: 23 de ago. 2016.<br><br> </td></tr></table></body></html>