ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01523</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Conscientização: o surf além do mar</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;julianne shtorache gomes (Unibrasil Centro Universitário); Thais Aniceto de Farias (Unibrasil Centro Universitário); Igor do Nascimento Souza (Unibrasil Centro Universitário); Lydio Roberto Silva (Unibrasil Centro Universitário); Gabriel Bozza (Unibrasil Centro Universitário)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Conscientização, Estudos Culturais, Produção de Áudio, Spot, Surfista</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho tem como objetivo apresentar um spot fictício de 45 segundos para rádios realizado pela disciplina Estudos Culturais em parceria com a disciplina Produção de Áudio do curso de Publicidade e Propaganda do UniBrasil Centro Universitário. A peça criada faz parte de uma campanha de conscientização voltada para a reflexão e construção de uma sociedade capaz de aceitar diferentes tribos urbanas ou subculturas. Para isso, fomos instigados a criar um spot radiofônico fictício sobre os surfistas com o intuito de quebra de paradigmas existentes na sociedade e construção de um pensamento adequado, não preconceituoso e estereotipado sobre a tribo urbana.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho busca conscientizar a sociedade a partir de um spot radiofônico fictício sobre as transformações existentes na sociedade. Ele busca transmitir a necessidade de repensar ações sociais e pré-conceitos e juízos de valor concebidos a respeito de grupos sociais, principalmente, pelo retrato da tribo urbana / subcultura jovem dos surfistas. As tribos urbanas e subculturas são objeto de estudo de diversos estudiosos ao redor do mundo. Os Estudos Culturais nascem em Birmingham, em meados de 1950, buscando entender as variações culturais. Seu terreno mais fértil é a análise e entendimento dos grupos sociais diferenciados que emergiam no grande contexto dos centros urbanos e da intensificação das relações sociais do período. Assim, surgem os bikers, punks, hippies, rockers, rastas, entre outras tribos e subculturas. Entender este cenário a qual os Estudos Culturais britânicos tiveram grande relevância na imersão de estudos, passa por refletir as formas de pensar da sociedade atual, que deslegitima a atuação e progresso de grupos sociais, minoritários ou não, ou de subculturas urbanas ou tribos urbanas constituídas e reconhecidas pelos valores aos quais são atribuídos, positivos ou negativos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo inicial do trabalho é desenvolver uma campanha de conscientização sobre o surf, acabar com o estereótipo, preconceito que a maioria das pessoas ainda tem sobre o estilo de vida, esporte e filosofia. Para isso, desenvolvemos um spot radiofônico de 45 segundos, objeto deste artigo. Pela pesquisa realizada, constatamos que os adeptos do surf, são vistos pela sociedade como desocupados, sem responsabilidade social e por isso são inferiorizados e marginalizados. A comunicação que foi realizada visava desconstruir e romper este estereótipo e preconceito. O produto de áudio identifica em sua narrativa a essência e a importância da aplicabilidade da disciplina no contexto social do curso de Publicidade e Propaganda. A comunicação proporciona a atitude de pesquisa e reflexão sobre a produção e conteúdo que serão veiculados. É relacionar a teoria e prática para proporcionar inserção social ou integração social de núcleos constituídos de comunidades invisíveis ou pouco apreciados Dar atenção as pessoas e olhar com carinho para elas são a essência do comunicador social. Entendemos ainda a importância e ligação de duas disciplinas que mantém em sua essência uma visão humanística e a consciência social de seus estudantes que precisam se deparar com problemas sociais existentes, necessários de serem entendidos para resultarem em mudanças sociais. Novos olhares para o outro e grupos marginalizados da sociedade necessitam entrar nas pautas das agências de publicidade e propaganda brasileiras. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Toda justificativa de um projeto institucional se mostra valioso para que nós, estudantes de Publicidade e Propaganda, tenhamos a oportunidade de realizar a produção de materiais próximo da realidade do mercado de trabalho. Pensar sobre o ponto de vista da relevância social e acadêmica do trabalho, passa por estimular a reflexão de criação de novos modelos de peças ou campanhas para promoção social e conscientização, assim como contribuir com o mercado publicitário em transformação. Romper com modelos conhecidos e recorrentes é necessário para os novos profissionais. Pensar as pessoas é fundamental. Além disso, nos leva ao uso de ferramentas práticas para experimentar possíveis formatos radiofônicos que poderão nos ser solicitados no dia-a-dia. Com isso, nos conscientizamos da responsabilidade de criar produtos comunicacionais que contribuam para a quebra de estereótipos do grupo social trabalhado. Para Armand Mattelart, autor do livro Introdução aos Estudos Culturais: Pensar os conteúdos ideológicos de uma cultura, nada mais é que perceber, em um contexto dado, em que o sistema de valores, as representações que eles encerram, levam a estimular processos de resistência ou de aceitação do status quo, em que discursos e símbolos dão aos grupos populares uma consciência de sua identidade e sua força, o participam do registro  alienante da aquiescência as ideias dominante (MATTELART, 2004). Portanto, o presente trabalho propõe uma reflexão através da contraposição dessas características com argumentos do que mais se aproxima das reais particularidades em que a tribo se encaixa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a produção desta peça radiofônica, primeiramente foi estudado o tema tribos urbanas, na disciplina Estudos Culturais e, em paralelo, os elementos utilizados na produção de áudio e materiais de conscientização. As aulas teóricas embasaram a produção e construção de um conhecimento e repertório cultural para agir e produzir um conteúdo aceito pelos próprios personagens do narrado, quanto pelos ouvintes de rádios a serem direcionados o spot. Considerando o que foi estudado inicialmente e partindo-se do briefing criado a partir de uma problematização sobre estereótipos de tribos urbanas, proposta pelo professor da disciplina, foi decidido o formato do produto publicitário a ser entregue: spot institucional, de conscientização, tempo de duração, o tipo de locução, o background ou música de fundo e, logicamente, o texto que foi roteirizado para a gravação. Toda execução do trabalho foi realizada dentro do estúdio de rádio do UniBrasil Centro Universitário, segundo orientação do professor da disciplina. O desenvolvimento do trabalho foi acompanhado pelo professor responsável da disciplina e realizado pelos acadêmicos do grupo Igor do Nascimento Souza, Julianne Shtorache Gomes e Thais Aniceto de Farias. A edição e finalização do projeto foi realizado pelo produtor técnico João Pires, seguindo roteiro previamente escrito e orientação do grupo. Quatro etapas de produção foram realizadas: construção do briefing, gravação do spot em duas aulas, e finalização do arquivo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na disciplina de Estudos Culturais, tivemos o desafio de desenvolver uma campanha com um viés mais social, que tinha como objetivo a conscientização, o respeito às diferenças e a quebra de padrões e estereótipos. Foram disponibilizadas diversas tribos na escolha dos alunos para a construção da campanha. A tribo escolhida por este grupo foi a tribo dos surfistas. A campanha deveria ser constituída por cinco peças publicitárias que eram: uma mídia impressa, no caso um anúncio para revista, uma mídia externa, na qual se optou por um mobiliário urbano e três spots para rádio, um de 45 segundos, um de 30 segundos e um terceiro de 15 segundos. Em parceria com a disciplina de Produção de Áudio I foram criados e produzidos os três spots, sendo que o de 45 segundos deu origem a este artigo. O processo foi iniciado com um briefing desenvolvido pelos próprios alunos a partir do tema de escolha, entendendo que o problema é a quebra desse estereótipo. Em seguida iniciou-se o processo de criação da campanha, na qual se fez necessário a realização de pesquisas a respeito da tribo, analisando o surf como esporte, sua filosofia e história. Também se fez necessário desenvolver um estudo acerca de como os adeptos e praticantes do esporte eram vistos e rotulados perante a sociedade. A partir dessas informações, demos inicio a criação da campanha. Para tanto, produzimos um spot fictício de 45 , apoiada por um BG, uma música do estilo surf music, a tribo, com o intuito de fortalecer o conceito da campanha. As locuções foram feitas em voz masculina e sua trilha sonora de fundo que remetesse a tribo escolhida. A trilha por sua vez foi Santeria da Banda Sublime. A linguagem utilizada na comunicação deste spot foi informal pela utilização das palavras e assim gerando impacto na mensagem para o ouvinte. Ouça no link a seguir o spot: https://soundcloud.com/tha-s-aniceto/2005-surf-45 </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A experiência que nos foi proporcionada através da realização deste trabalho fez a equipe pensar e idealizar uma campanha com viés mais social, voltado para a conscientização, por meio de spot para rádio. Gerou ainda um conhecimento mais aprofundado a respeito dos estudos culturais, e que mesmo o produto sendo fictício, possibilitou testarmos nossas habilidades, como: potencial criativo, compreensão na prática da criação e produção de matérias de áudio. O trabalho também nos fez refletir acerca do nosso papel enquanto publicitários, vivenciando a realidade dos profissionais já atuantes no mercado. Além disso, demonstrou o papel do publicitário em repensar as práticas sociais, os valores e conceitos atribuídos a grupos sociais, subculturas e tribos urbanas pouco observados nas produções veiculadas na mídia. Promover o papel social e pertencimento destes indivíduos na coletividade deve ser objeto de atenção frequente dos profissionais do setor. Sem sombra de dúvidas, este trabalho nos oportunizou uma experiência bastante relevante e significativa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">LARAIA, Roque de Barros. Cultura, um conceito antropológico. Rio de Janeiro. Jorge Hazar Editor. 20º edição. 2014. MATTELART, Armand. Introdução Aos Estudos Culturais. São Paulo. Parabola Editorial. 2004. <br><br> </td></tr></table></body></html>