INSCRIÇÃO: 00055
 
CATEGORIA: PP
 
MODALIDADE: PP04
 
TÍTULO: Saber e Prevenir : Pesquisa sobre o uso de preservativos por jovens da região de Curitiba
 
AUTORES: KAMILE OLIVEIRA BONATO (Centro Universitário Curitiba); ISAAK NEWTON SOARES (Centro Universitário Curitiba); Pamela Gonçalves dos santos (Centro Universitário Curitiba); Rafael de Souza Izidoro (Centro Universitário Curitiba); Estefanny Caroline Aparecida (Centro Universitário Curitiba); Paola Pereira de Oliveira (Centro Universitário Curitiba); Maikon Buch da Silva (Centro Universitário Curitiba); Lucas dos Santos Camargo (Centro Universitário Curitiba); Deyvid Colonelli Sanches (Centro Universitário Curitiba); Paloma Miranda (Centro Universitário Curitiba)
 
PALAVRAS-CHAVE: Comportamento de consumo, jovens, Pesquisa mercadológica, preservativos,
 
RESUMO
Este trabalho foi realizado pelos alunos da disciplina de Pesquisa Mercadológica do curso de Publicidade do UNICURITIBA, cujo o objetivo era analisar o comportamento do uso e não uso de preservativos entre jovens de 18 a 29 anos da região de Curitiba. Primeiramente, foi feita uma leitura de dados secundários sobre DST´s, prevenção e campanhas de preservativos. Na sequência, uma etapa qualitativa, com entrevistas em profundidades com jovens heterossexuais de ambos os sexos e rapazes gays. E por último uma quantitativa, por meio de um questionário online, respondido por 473 pessoas, de ambos sexos e de diferentes orientações sexuais. As conclusões de toda a pesquisa auxiliaram a compreender a relação deste público com preservativos e auxilio a construção de uma peça-conceito para uma campanha sobre preservativos para o target.
 
INTRODUÇÃO
Se nos anos 80 e 90, o medo de contrair HIV era um grande estímulo ao uso de preservativos, os dados atuais mostram mudanças de comportamento. A Secretaria de saúde de São Paulo, informa que nos últimos 6 anos, houve um aumento de 603% nos casos de sífilis neste Estado (BERNANDO, 2016). Entre os jovens de 15 a 24% os casos HIV aumentaram 85% nos últimos 10 anos (NAVAJAS, 2017). Aspectos como o esquecimento em prevenção, a falta de medo da AIDS, a facilidade das novas tecnologias para contatos íntimos como redes sociais e aplicativos e ainda os dados crescentes de outras doenças e a gravidez indesejada, mostram que é necessário discutir sobre preservativos. O UNICURITIBA pensou na ideia de uma comunicação aos alunos sobre preservativos. Esta proposta, além dos dados acima, foram os motivadores para desenvolver esta pesquisa por nós, alunos da disciplina de Estatística e Pesquisa Mercadológica, do 5º semestre do curso de Publicidade & Propaganda desta Instituição. A ideia era gerar informações que pudesse dar subsídios a uma campanha sobre preservativos entre jovens de 18 a 29 anos, tanto heterossexuais como homossexuais. A pesquisa foi realizada em 3 fases. Primeiro, foi feita uma coleta de dados secundários sobre DST´s, uso de preservativos e gravidez, que ajudou na montagem das 2 etapas seguintes, e na justificativa deste trabalho. Depois, uma etapa quali, com 8 entrevistas em profundidade para cada um dos 3 targets estudados: gays, rapazes e meninas héteros. Por último, a fase quanti, com 473 pessoas da região de Curitiba, dentro da faixa etária apresentada e diferentes orientações sexuais. Os resultados foram analisados e feitas considerações para uma campanha destinada a este público. Sendo alunos do curso publicidade, também foi montada uma peça-conceito para apresentar como poderia ser a comunicação a este público.
 
OBJETIVO
A pesquisa teve o seguinte objetivo geral: analisar o comportamento de uso e não de preservativos entre jovens de 18 a 29 anos da região de Curitiba. Para tanto foram estabelecidos os objetivos específicos abaixo, que foram vistos tanto na etapa qualitativa, como na etapa quantitativa. Aliás, os dados resultantes da qualitativa, permitiram encontrar indicadores numéricos na fase quantitativa. (a) Conhecer as situações de uso e não uso de preservativos, (b) identificar os motivos para uso e não uso de preservativos, (c) conhecer as fontes de informações usadas pelos targets para saber sobre preservativos e dts´s, (d) verificar as atitudes do target com relação aos tipos de campanhas sobre preservativos, (e) conhecer as crenças sobre dst´s e preservativos, (f) Comparar o comportamento sobre preservativos entre os grupos mulheres heterossexuais, rapazes heterossexuais e rapazes gays, (g) gerar informações para possíveis campanhas sobre uso de preservativos voltadas ao público de 18 a 29 anos.
 
JUSTIFICATIVA
Visto que o uso de preservativos tem caído cada vez mais entre as pessoas, principalmente os jovens do país, buscamos interpretar e entender de forma dinâmica o quanto e porque esse cenário vem mudando tanto. A revista saúde teve acesso a um levantamento da Gentis Panel, empresa especializada em pesquisa de mercado, que entrevistou mais de 2 mil pessoas de todas as regiões do Brasil e obteve resultados preocupantes: 52% dos brasileiros nunca ou raramente usam preservativos, 10% utilizam às vezes e só 37% se protegem sempre ou frequentemente (ALVES, 2016). Uma pesquisa feita pelo (IBGE) com alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas revelou que, entre 2012 e 2015 em três anos a redução dos jovens que usaram preservativo foi de 9 pontos percentuais (LEAL, 2016). Os dados sobre novos casos de HIV no país, também reforçam a ideia de realizar uma pesquisa sobre o tema preservativos. Segundo dados de um relatório da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (2016), De 2007 até 2016, foram registrados 380.456 casos de infecção pelo HIV no país, sendo 241.347 em homens (63,4%) e 138.965 (36,5%) em mulheres. Os números entre jovens são alarmantes, a faixa etária com maior taxa de detecção foi a de homens de 15 a 19 anos, passando de 2,4 casos por 100 mil habitantes em 2006 para 6,7 casos em 2016. O aumento entre as meninas na mesma idade também foi acentuado: 3,6 casos para 4,1 por 100 mil habitantes na última década (MARIZ, 2017). Através destes dados, notamos a necessidade de entender o grau de consciência e consequências do não uso dos preservativos, para pôr fim concluirmos qual o motivo do uso dos preservativos estarem diminuindo entre os jovens. Dados mostram que mais de 95% da população sabe que a camisinha é a forma mais eficaz de não ter o vírus da aids. Todavia para muitos profissionais da área da saúde, os motivos de "não uso" podem ser distintos em diferentes idades; enquanto os adolescentes acabam não dando a devida importância a prevenção; os mais velhos não tem o hábito, pois iniciaram a vida sexual sem preservativos, não tendo este costume (ALVES, 2016). Para Artur Kalichman, coordenador adjunto do Programa DST/Aids de São Paulo, "É preciso deixar claro que o impacto da Aids mudou, ficou menos assustador, mas o vírus HIV é o mesmo e continua grave apesar das quedas de mortalidade" (MARQUES, 2017) Alves(2016) mostra em sua reportagem que outro fato que contribuiu para o não uso da "camisinha" é a popularização da pílula anticoncepcional, onde muitas mulheres usam o comprimido, mas não utilizam outros métodos de prevenção; fazendo com que a preocupação com a gravidez seja maior do que as consequências de contatos desprotegidos. Marques (2017) também mostra que um dos obstáculos para a afastar os jovens da camisinha é a comunicação, pois no passado, uma propaganda de TV conseguia atingir toda a população, e atualmente, os jovens não veem muito TV aberta e passam mais tempo no celular. Assim, a comunicação para este target, tem quem pensar não apenas no caráter da mensagem, mas também nas mídias a serem usadas. Com todos estes dados apresentados, vimos a possibilidade de nós, alunos de publicidade, fazermos uma pesquisa para um agrupamento que tem a nossa mesma faixa etária, que estão no começo da sua vida profissional e economicamente ativa, é um grupo com forte uso em mídias digitais e estão em aplicativos como tinder e grindr que favorecem os contatos íntimos. No mais, a ideia do UNICURITIBA em realizar uma campanha para seus alunos, nos motivou em compreender a relação entre "preservativos & jovens". Para isto, não pensamos apenas no alunos destas Instituição, mas sim, em pessoas de Curitiba e região, entre 18 e 29 anos, de modo que os resultados da pesquisa possam ser uteis tanto para instituições de ensino superior, como para entidades públicas e privadas que queiram se comunicar com tal público.
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
A partir do objetivo de analisar o comportamento de uso e não de preservativos, dividiu-se a pesquisa em três etapas. Primeiro foi realizada um trabalho de desk research, também chamados de dados secundários, ou seja, aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados, e às vezes, até analisados e que estão catalogados à disposição dos interessados (MATTAR, 1996). Esta coleta por desk research possibilitou conhecer vários indicadores e outras pesquisas sobre DSTs, preservativos e comportamento de uso em diferentes grupos sociais, o que além de embasar a justificativa da pesquisa, permitiram uma compreensão mais ampla sobre o tema, de modo a auxiliar na estruturação dos objetivos e no roteiro de perguntas para a fase qualitativa. Na sequência, foi elaborada uma etapa inicial qualitativa. Para Denzin e Lincoln (2006), a pesquisa qualitativa envolve uma abordagem interpretativa do mundo, o que significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem. Richardson (1999) acrescenta que a pesquisa qualitativa é especialmente válida em situações em que se evidencia a importância de compreender aspectos psicológicos cujos dados não podem ser coletados de modo completo por outros métodos. Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. Com base nesses conceitos, nesta etapa quali foi usado o método de entrevista em profundidade individual, com o auxílio de um roteiro de perguntas, resultante da etapa de desk research. As entrevistas foram gravadas e tinham um tempo médio de 30 minutos. O público-alvo entrevistado eram jovens de 18 a 29 anos, de Curitiba e região, excluindo os profissionais ou estudantes da área da saúde, a fim de não prejudicar as respostas e assim obter resultados mais fidedignos, já que pessoas com conhecimento na área podem alterar os resultados da pesquisa. A amostra foi dividida em três grupos, sendo cada formado respectivamente por mulheres heterossexuais; rapazes heterossexuais e rapazes homossexuais, cada grupo composto por 8 entrevistados. Esta amostragem é considerada "não probabilística por conveniência", já que os indivíduos selecionados, se enquadravam no perfil do público-alvo e de fácil contato e disponíveis a participar desta etapa, e também deve-se destacar que os mesmos não foram selecionados por meio de um critério estatístico, haja vista ser uma etapa de natureza qualitativa. Para esta fase, o roteiro consistia de perguntas específicas para cada um dos grupos, que foi subdividido em tópicos relacionado aos temas: primeiro contato com preservativos; importância dos mesmos no cotidiano; comportamento de compra e consumo; preservativos gratuitos & pagos; nível de conhecimento sobre DSTs; avaliação de campanhas publicitárias de preservativo e as perguntas exclusivas para cada grupo (mulheres, rapazes heterossexuais e homossexuais). Na análise e sua apresentação, os participantes tiveram suas identidades preservadas. As entrevistas foram gravados e transcritos digitalmente; depois foram analisadas a partir dos dados de cada um dos targets, buscando ver as singularidades em cada grupo, os elementos em comum aos 3 grupos, as partes mais relevantes dos discursos dos entrevistados, assim como palavras consideradas chaves. Isto auxiliaria na construção do questionário da fase posterior, nos resultados finais e na construção de uma campanha publicitária. Esta etapa foi de grande valia à pesquisa, pois a mesma permitiu uma proximidade com as pessoas, sentir de fato qual a percepção delas sobre o uso de preservativos, sobre as campanhas e sentindo o que elas tinham para dizer sobre este tema, e principalmente o retorno de dois grupos específicos, as mulheres e os gays. Os resultados da qualitativa deu mais compreensão sobre o comportamento de compra e consumo de preservativos, além de auxiliar na montagem da próxima etapa da pesquisa. Então tendo em vista os objetivos traçados, foi realizada uma pesquisa de natureza descritiva e quantitativa. Para Michel (2005), esta é um tipo de abordagem que utiliza a quantificação nas modalidades de coleta de informações e no seu tratamento, mediante técnicas estatísticas. O método usado foi um survey online. Este método, Malhotra (2001) o define como sendo a aplicação de perguntas aos participantes sobre seu comportamento, intenções, atitudes, percepções, motivações, além da demografia e estilo de vida. Tais perguntas formam um questionário estruturado com uma ordem pré-estabelecida. Assim sendo, neste survey online, foi montado um questionário com perguntas em escalas nominais e intervalares, feito a partir da ferramenta de confecção de formulários do google drive. Na definição da população, foi mantida a mesma da fase anterior (pessoas de 18 a 29 anos residentes da região de Curitiba, que não trabalham nem estudam na área de saúde), esta população foi considerada infinita. O procedimento de escolha da amostra (amostragem) foi considerado não probabilístico, e segundo Malhotra (2001) pode ser classificado como de conveniência, por julgamento e pela internet. Para este autor, as amostragens pela web, feitas sem mailing, são consideras não probabilísticas. A amostra teve 473 respondentes que passaram pelos filtros estabelecidos, de modo a selecionar as pessoas de acordo com a definição do target. O questionário foi disponibilizado na web, no período de 20 a 31/10 de 2017. No pré-teste com 10 participantes, verificou-se que o tempo médio de término do questionário era de 15 minutos. Para a propagação do mesmo foi utilizado as redes sociais. Para a análise dos dados, foi usado o software Excel, do pacote office da Microsoft, utilizando as ferramentas de tabela dinâmica e de estatística descritiva. Nas questões de natureza nominal e intervalares, foram analisadas as frequências absolutas e relativas; e foi vista as médias das questões de natureza intervalar. Além disto foi feita uma comparação das questões de crenças e atitudes com relação ao uso de preservativos, entre os grupos de meninas héteros, rapazes héteros, rapazes gays e bissexuais. Como resultado da etapa qualitativa, optou-se por considerar um grupo de bissexuais, além dos demais 3 targets mencionados. Em termos de limitações da pesquisa, deve-se considerar que a mesma foi feita online, onde mesmo com os filtros, há uma perda de controle se comparado a pesquisas com entrevistadores em campo. Ao mais, a base dos resultados é apenas de pessoas da região de Curitiba, devendo ter cuidado na generalização dos resultados para outras áreas geográficas.
 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
Na fase quali, teve os seguintes dados. Sobre o 1º contato com preservativos, todos conheceram através da escola e amigos, porém tanto meninas quanto os rapazes héteros nunca conversaram do tema com os pais, já os gays, tiveram na mãe a principal incentivadora. Há um alto nível de confiança dos entrevistados com os parceiros fixos e só usam preservativo quando não conhecem os parceiros. "Eu não uso com a minha namorada, porque confio, com as outras, eu não conheço e não sei se tem doença" (rapaz ht). Dificuldade de uso - foi mencionado: preço, ter colocar durante o sexo e a falta de informação. Todas as garotas falaram que o uso do preservativo no sexo oral é importante, mas que não usam. Entre os rapazes ht´s, 2 afirmaram que o preservativo afeta o prazer; e para os gays, o motivo de não uso, é esquecer de levar. Tipo de preservativos - apenas 3 das 8 garotas entrevistadas confiam nas camisinhas do governo e 2 nunca as usaram. Os gays são os que mais usam os gratuitos, já os héteros não confiam e preferem comprar as marcas conhecidas. Aquisição - metade das garotas se sentem constrangidas ao comprar. A maioria afirmou preocupar-se com doenças, mas na hora do sexo, a preocupação diminui. Para as garotas ainda acham ser uma dificuldade realizar exames de DST´s pelo preconceito, fazendo com elas evitem fazer o teste com frequência. Dentre os gays, todos sabem como se contrai o HIV, mas a maioria tem dúvidas sobre outras doenças e afirmam ter conhecimento mediano sobre o tema. Já os rapazes héteros dizem conhecer de DST´s, um deles disse: "Sempre penso nas DST's, querendo ou não é um negócio foda. Não me aprofundo, mas lembro da Aids, Sífilis e gonorreia Aids pode ou não ficar incubada, sífilis são bolinhas e gonorreia é um negócio amarelo". Todos os grupos reclamaram da falta de campanhas que incentivam o uso de preservativo fora da época de Carnaval, e que os temas deveriam ser mais ligados a informações sobre doenças. Um dado preocupante levantado foi que nenhuma das entrevistadas usou camisinha feminina, algumas nunca viram e outras acham de difícil acesso além de acreditam ser mais trabalhoso de colocar. Os dados da etapa quantitativa, são apresentados a seguir. De acordo com a tabela 1, a pesquisa atingiu 473 pessoas após o filtro, sendo 52,9% de mulheres e 47,1% de rapazes. Renda familiar - 50,7% das pessoas tem renda entre R$1.501,00 e R$5.000,00, enquanto 6,1% tem renda acima de R$ 12.000,00. Tipo de relação - 54,3% (257 pessoas) tem parceiros fixo, porém 6,8% mantem uma relação aberta a outros parceiros. Orientação sexual (tabela 2) - 80,1% são heterossexuais (379 jovens); 9,3% são homossexuais e 8,9% de bissexuais. Quando é cruzado a orientação com o gênero, verifica-se que 19,7% dos rapazes são gays. A pesquisa tinha 3 targets (gays, meninas e rapazes hts) e acrescentou mais um grupo na análise, devido a sua relevância, os bissexuais; mas não foi feita uma distinção de gênero, para que o número de pessoas no grupo (42 jovens) fosse mais robusto. Sobre a quantidade de parceiros num semestre (tabela 3), só foi considerado as pessoas sem parceiro fixo ou com a relação aberta (ver tabela 1) e 216 pessoas da amostra responderam à pergunta. 53,7% tem 2 parceiros/semestre; mas 19,4% tem entre 6 a 20 parceiros/semestre, 23,6% tem de 3 a 5 parceiros (tabela 3). Ao cruzar o número de parceiros/semestre com os 4 grupos, verifica-se que as meninas tem o menor número de parceiros; 73,6% delas tem no máximo 2 parceiros por semestre, contra 51,3% dos rapazes héteros e 25,8% dos gays (tabela 3). Os gays e os bissexuais tem a maior quantidade de parceiros/semestre. 21,4% dos bissexuais e 19,4% dos gays tem entre 6 a 10 parceiros. E 9,7% dos gays e 14,3% dos bissexuais disseram que tem mais de 20 parceiros (tabela 3). Estes dados mostram comportamentos distintos entre os targets. A tabela 4 mostra quem trouxe as primeiras informações sobre preservativos à amostra. 73,3% dos entrevistados revelou que adquiriu as primeiras informações sobre uso de camisinhas na escola, contra 41% que foi informado via internet, e 40,3% que aprendeu através de campanhas; a mãe vem em 4º lugar com 495 respondentes (39,3%). A tabela 5 mostra o percentual de uso de preservativos. Para não ter viés na análise, não responderam esta pergunta as pessoas que se consideravam monogâmica, assim sendo de uma amostra total de 473 pessoas, apenas 420 participaram da questão. Enquanto 31,9% destas pessoas dizem que usam preservativos em todas relações, 10,2% nunca usam preservativos. Quando analisados por grupos, verifica-se que o grupo das meninas héteros é o que menos usa preservativos, 24,4% delas, nunca usa ou só usa em até 10% das relações. Ou seja, 1 a cada 4 meninas tem a maioria de suas práticas sem proteção. Os gays tem mais parceiros, mas usam mais preservativos, 43,6% deles usam em todas as relações, somente 5% nunca utiliza. 51,% dos bis e 56% dos meninos ht, usam em 90 a 100% das relações. Todavia, estes dados poderiam ser mais robustos e aumentar a incidência de uso (tabela 5). Foi apresentado aos respondentes 8 peças aleatórias sobre o uso de camisinhas. As mesmas foram escolhidas buscando uma diversidade dos temas e dos apelos e podem ser vistas na figura 1. Foi perguntado quais eram mais estimulares para os jovens usarem preservativos. As mais estimulantes foram a peça 6 (alguém tem aids) com 22,2% e a peça 2 (Tinder e Grindr) com 16,9%. Quando a preferência é vista pelos targets, observa que as meninas héteros, mantém a preferência pelas mesmas peças (tabela 6). Entre os gays, a favorita foi a n. 2, com 31,8%, é maior percentual desta peça entre os grupos; mostrando que a facilidade dos contatos virtuais com o uso de aplicativos, favorecem este tipo de campanha. Os bis também preferiram esta peça, com 21,4%. Já os rapazes ht´s, preferiram a peça 6 (21,2%) e a número 8 (20%), visto que esta conversa diretamente com eles, como forma de evitar a paternidade (tabela 6). Nos motivos para NÃO USAR preservativos, utilizou-se uma escala de concordância de 1 (discordo totalmente) até 5 (concordo totalmente). Cada motivo teve sua média e feito comparações de médias entre os grupos. O motivo tenho confiança no parceiro foi o de maior concordância ( 4,01). Na comparação entre grupos, os héteros (meninas e rapazes) foram os de maiores médias de concordância, ou seja, são estes grupos que não usam por achar que reduz o prazer, acham desconfortável, quebra o clima e confiam nos parceiros (tabela 7). Noutra escala de concordância de 5 pontos, analisou-se uma série de opiniões sobre preservativos e DST's, estas médias foram comparadas entre os grupos. A maior média (4,3) foi sobre as campanhas terem que falar mais de riscos e consequências das DST´s. Ou seja, a amostra percebe que as campanhas tem que ser mais sérias e diretas, e sabem que é fácil pegar DST´s, porém não lembram disto nas relações. Os gays tiveram as maiores médias de concordância no que diz respeito a usar mais preservativos depois que souberam que amigos tiveram doenças e quando viram mais campanhas do tema. Os grupos também tem uma alta concordância (3,34) sobre as campanhas serem mais sérias e menos humoradas (tabela 8). Sobre a frequência de uso situações específicas, foi usada uma escala de 5 pontos, de 1 (nunca uso) até 5 (sempre uso). Pela tabela 9, verifica-se que a maior média de uso é quando sai pela primeira vez com alguém (4,63) e estando num novo relacionamento (4,45); mas namorando ou em relação fixa, o uso cai. O dado é preocupante, visto que ideia de fidelidade é relativa, basta ver o número de relações abertas e o risco da gravidez para os hts e bis. Na análise de grupos, os rapazes hts(3,34) e gays(3,49) usam mais preservativos nas relações fixas em comparação com bis e meninas. Como o grupo amostral de bis tem mais mulheres, pode-se dizer que as meninas, no geral, acabam usando menos preservativos nas relações fixas; o que reforça a média alta da confiança no parceiro (tabela 7).
 
CONSIDERAÇÕES
Com as fases quali e quanti, viu-se que o consumo do preservativo parece ser baixo entre os jovens, principalmente nas mulheres, e ainda há um preconceito na relação as mulheres e a posse do preservativo. É visto que as meninas tem uma menor quantidade de parceiros por semestre e os gays, a maior quantidade; todavia, são os gays, o grupo que mais usa camisinhas. Para comparar, 24% das meninas monogâmicas não usam preservativos ou só usam em 10% das relações, enquanto os gays 43% usam em todas as relações. O grande índice de confiabilidade entre parceiros fixos faz com que eles deixem de lado a proteção. Dados da quanti mostram que a média de uso do preservativo, quando sai pela primeira vez é 4,63 e num relacionamento novo é de 4,45. Porém quando está numa relação fixa é de 3,43. E para isto é necessário considerar que o conceito de relação fixa é de não é o mesmo de monogamia. A pesquisa traz dados com relação a publicidade de preservativos, onde é਀瘀椀猀琀漀 焀甀攀 愀猀 挀愀洀瀀愀渀栀愀猀 猀漀 甀洀愀 搀愀猀 ㌀ 昀漀渀琀攀猀 瀀爀椀洀爀椀愀猀 搀攀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 猀漀戀爀攀 瀀爀攀瘀攀渀漀Ⰰ 愀琀爀猀 搀愀 攀猀挀漀氀愀 攀 搀愀 椀渀琀攀爀渀攀琀⸀ 䄀猀 昀愀猀攀猀 焀甀愀氀椀 攀 焀甀愀渀琀椀 洀漀猀琀爀愀洀 焀甀攀 愀猀 挀愀洀瀀愀渀栀愀猀 搀攀瘀攀洀 琀攀爀 甀洀 琀漀洀 洀愀椀猀 猀爀椀漀Ⰰ 椀渀昀漀爀洀愀琀椀瘀漀 攀 洀攀渀漀猀 攀渀最爀愀愀搀漀⸀ 䄀猀 瀀攀愀猀 瀀爀攀昀攀爀椀搀愀猀 琀攀洀 甀洀愀 氀椀渀最甀愀最攀洀 洀愀椀猀 搀椀爀攀琀愀 攀 椀洀瀀攀爀愀琀椀瘀愀 攀 昀爀椀猀愀瘀愀 渀漀洀攀猀 搀攀 搀漀攀渀愀猀 攀 挀漀渀猀攀焀甀渀挀椀愀猀⸀ 吀愀氀 搀愀搀漀  挀漀渀昀椀爀洀愀搀漀 渀愀 攀猀挀愀氀愀 搀攀 挀漀渀挀漀爀搀渀挀椀愀Ⰰ 漀渀搀攀 愀 漀瀀椀渀椀漀 愀猀 挀愀洀瀀愀渀栀愀猀 瀀愀爀愀 漀 甀猀漀 搀攀 瀀爀攀猀攀爀瘀愀琀椀瘀漀猀 搀攀瘀攀爀椀愀洀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀爀 洀愀椀猀 猀漀戀爀攀 爀椀猀挀漀猀 攀 挀漀渀猀攀焀甀渀挀椀愀猀 搀攀 䐀匀吀됀猀 挀漀洀 洀搀椀愀 㐀Ⰰ㌀⸀ 䄀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 搀愀 瀀攀愀ⴀ挀漀渀挀攀椀琀漀 ⠀昀椀最甀爀愀 ㈀⤀  挀漀渀猀挀椀攀渀琀椀稀愀爀 猀漀戀爀攀 甀猀漀 搀攀 瀀爀攀猀攀爀瘀愀琀椀瘀漀猀 搀攀 洀愀渀攀椀爀愀 挀氀愀爀愀 攀 挀漀洀 甀洀愀 氀椀渀最甀愀最攀洀 搀椀爀攀琀愀⸀ 匀甀愀 椀渀昀漀爀洀愀漀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀  爀攀昀漀爀愀搀愀 瀀漀爀 搀愀搀漀猀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀猀 渀漀 瀀爀瀀爀椀漀 挀漀爀瀀漀 搀攀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀Ⰰ 琀爀愀稀攀渀搀漀 挀漀渀昀椀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 愀 焀甀攀洀 氀 樀甀渀琀漀 愀 甀洀 琀漀洀 搀攀 愀氀攀爀琀愀 瀀愀爀愀 攀瘀椀琀愀爀 焀甀攀 愀 猀椀琀甀愀漀 挀漀渀琀椀渀甀攀 猀攀 爀攀瀀攀琀椀渀搀漀⸀ 䐀攀猀琀愀挀愀ⴀ猀攀 焀甀攀 愀 瀀攀愀  挀漀渀挀攀椀琀甀愀氀Ⰰ 愀瀀攀渀愀猀 瀀愀爀愀 洀漀猀琀爀愀爀 漀猀 攀氀攀洀攀渀琀漀猀 焀甀攀 愀 挀愀洀瀀愀渀栀愀 搀攀瘀攀 愀戀漀爀搀愀爀 挀漀洀漀㨀 搀椀猀挀甀爀猀漀 搀椀爀攀琀漀Ⰰ 椀洀愀最攀洀 昀攀洀椀渀椀渀愀Ⰰ 搀愀搀漀猀 猀漀戀爀攀 爀椀猀挀漀猀 攀 搀漀攀渀愀猀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀搀㘀㈀愀 㠀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䄀一섀䰀䤀匀䔀 䔀倀䤀䐀䔀䴀䤀伀䰀팀䜀䤀䌀䄀 䠀䤀嘀⼀䄀䤀䐀匀 ㈀  㜀ⴀ㈀ ㄀㘀Ⰰ 刀攀氀愀琀爀椀漀 搀愀 匀攀挀爀攀琀爀椀愀 搀攀 匀愀切搀攀 搀漀 䔀猀琀愀搀漀 搀攀 䴀椀渀愀猀 䜀攀爀愀椀猀Ⰰ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 http://www.saude.mg.gov.br/images/noticias_e_eventos/000_2017/AN%C3%81LISE_EPIDEMIOL%C3%93GICA_HIV_1_DEZEMBRO_2017.pdf, acessado em 16 setembro 2017.

ALVES, Joana. Mais da metade dos brasileiros não usa camisinha, mostra pesquisa.਀㈀㈀ 漀甀琀甀戀爀漀 ㈀ ㄀㘀Ⰰ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀猀愀甀搀攀⸀愀戀爀椀氀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀戀攀洀ⴀ攀猀琀愀爀⼀洀愀椀猀ⴀ搀愀ⴀ洀攀琀愀搀攀ⴀ搀漀猀ⴀ戀爀愀猀椀氀攀椀爀漀猀ⴀ渀愀漀ⴀ甀猀愀ⴀ挀愀洀椀猀椀渀栀愀ⴀ洀漀猀琀爀愀ⴀ瀀攀猀焀甀椀猀愀⼀㸀Ⰰ 愀挀攀猀猀愀搀漀 攀洀 ㄀㔀 猀攀琀攀洀戀爀漀 ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䈀䔀刀一䄀刀一䐀伀Ⰰ 䄀渀搀爀⸀ 䐀漀攀渀愀猀 猀攀砀甀愀氀洀攀渀琀攀 琀爀愀渀猀洀椀猀猀瘀攀椀猀 渀漀 瀀愀爀愀洀 搀攀 挀爀攀猀挀攀爀Ⰰ ㌀  愀最漀猀琀漀 ㈀ ㄀㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀猀愀甀搀攀⸀愀戀爀椀氀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀戀攀洀ⴀ攀猀琀愀爀⼀渀甀洀攀爀漀ⴀ搀攀ⴀ椀渀昀攀挀挀漀攀猀ⴀ猀攀砀甀愀氀洀攀渀琀攀ⴀ琀爀愀渀猀洀椀猀猀椀瘀攀椀猀ⴀ渀愀漀ⴀ瀀愀爀愀ⴀ搀攀ⴀ挀爀攀猀挀攀爀⼀㸀Ⰰ 䄀挀攀猀猀愀搀漀 攀洀 ㄀㤀 猀攀琀 ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䐀䔀一娀䤀一Ⰰ 一⸀ 䬀⸀ 攀 䰀䤀一䌀伀䰀一Ⰰ 夀⸀ 匀⸀ 䤀渀琀爀漀搀甀漀㨀 愀 搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀 攀 愀 瀀爀琀椀挀愀 搀愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 焀甀愀氀椀琀愀琀椀瘀愀⸀ 䤀渀㨀 䐀䔀一娀䤀一Ⰰ 一⸀ 䬀⸀ 攀 䰀䤀一䌀伀䰀一Ⰰ 夀⸀ 匀⸀ ⠀伀爀最猀⸀⤀⸀ 伀 瀀氀愀渀攀樀愀洀攀渀琀漀 搀愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 焀甀愀氀椀琀愀琀椀瘀愀㨀 琀攀漀爀椀愀猀 攀 愀戀漀爀搀愀最攀渀猀⸀ ㈀⸀ 攀搀⸀ 倀漀爀琀漀 䄀氀攀最爀攀㨀 䄀爀琀洀攀搀Ⰰ ㈀  㘀⸀ 瀀⸀ ㄀㔀ⴀ㐀㄀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䰀䔀䄀䰀Ⰰ 䰀甀挀椀愀渀愀⸀ 倀攀猀焀甀椀猀愀 搀漀 䤀䈀䜀䔀 愀瀀漀渀琀愀 爀攀搀甀漀 渀漀 甀猀漀 搀攀 瀀爀攀猀攀爀瘀愀琀椀瘀漀猀 瀀漀爀 愀搀漀氀攀猀挀攀渀琀攀猀Ⰰ 猀椀琀攀 搀漀 樀漀爀渀愀氀 伀 䔀猀琀愀搀漀 搀攀 匀漀 倀愀甀氀漀⸀ ㈀  漀甀琀甀戀爀漀 ㈀ ㄀㜀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀 ㈀㘀 愀最漀猀琀漀 ㈀ ㄀㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀猀愀甀搀攀⸀攀猀琀愀搀愀漀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀渀漀琀椀挀椀愀猀⼀最攀爀愀氀Ⰰ瀀攀猀焀甀椀猀愀ⴀ搀漀ⴀ椀戀最攀ⴀ愀瀀漀渀琀愀ⴀ爀攀搀甀挀愀漀ⴀ渀漀ⴀ甀猀漀ⴀ搀攀ⴀ瀀爀攀猀攀爀瘀愀琀椀瘀漀猀ⴀ瀀漀爀ⴀ愀搀漀氀攀猀挀攀渀琀攀猀Ⰰ㄀     㜀㈀ ㈀㠀㸀Ⰰ 愀挀攀猀猀愀搀漀 攀洀 ㄀㔀 猀攀琀 ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䄀䰀䠀伀吀刀䄀Ⰰ 一愀爀攀猀栀Ⰰ 倀攀猀焀甀椀猀愀 搀攀 洀愀爀欀攀爀琀椀渀最 ጀ†甀洀愀 漀爀椀攀渀琀愀漀 愀瀀氀椀挀愀搀愀Ⰰ ㌀ꨀ 攀搀椀漀Ⰰ 倀漀爀琀漀 䄀氀攀最爀攀㨀 䈀漀漀欀洀愀渀Ⰰ ㈀  ㄀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䄀刀䤀娀Ⰰ 刀攀渀愀琀愀Ⰰ 䔀洀 甀洀 愀渀漀Ⰰ 渀漀瘀漀猀 挀愀猀漀猀 搀攀 䠀䤀嘀 愀甀洀攀渀琀愀洀 㐀Ⰰ㄀─ 渀漀 瀀愀猀Ⰰ 猀椀琀攀 最氀漀戀漀⸀挀漀洀Ⰰ  ㄀ 搀攀稀攀洀戀爀漀 ㈀ ㄀㜀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀漀最氀漀戀漀⸀最氀漀戀漀⸀挀漀洀⼀猀漀挀椀攀搀愀搀攀⼀猀愀甀搀攀⼀攀洀ⴀ甀洀ⴀ愀渀漀ⴀ渀漀瘀漀猀ⴀ挀愀猀漀猀ⴀ搀攀ⴀ栀椀瘀ⴀ愀甀洀攀渀琀愀洀ⴀ㐀㄀ⴀ渀漀ⴀ瀀愀椀猀ⴀ㈀㈀㄀㌀㜀㜀㠀㈀⌀椀砀稀稀㔀䌀㘀吀䈀䔀㜀㔀㠀㸀Ⰰ 愀挀攀猀猀愀搀漀 攀洀  㠀 愀戀爀椀氀 ㈀ ㄀㠀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䄀刀儀唀䔀匀Ⰰ 䴀愀爀椀愀 䨀切氀椀愀Ⰰ 倀漀爀 焀甀攀 漀猀 樀漀瘀攀渀猀 渀漀 甀猀愀洀 挀愀洀椀猀椀渀栀愀Ⰰ 猀椀琀攀 甀漀氀⸀挀漀洀⸀戀爀Ⰰ ㄀㌀ 昀攀瘀攀爀攀椀爀漀 ㈀ ㄀㜀Ⰰ 搀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀渀漀琀椀挀椀愀猀⸀甀漀氀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀猀愀甀搀攀⼀甀氀琀椀洀愀猀ⴀ渀漀琀椀挀椀愀猀⼀爀攀搀愀挀愀漀⼀㈀ ㄀㜀⼀ ㈀⼀㄀㌀⼀瀀漀爀ⴀ焀甀攀ⴀ漀猀ⴀ樀漀瘀攀渀猀ⴀ渀愀漀ⴀ甀猀愀洀ⴀ挀愀洀椀猀椀渀栀愀⸀栀琀洀Ⰰ 愀挀攀猀猀愀搀漀 攀洀 ㈀  猀攀琀攀洀戀爀漀 ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䄀吀吀䄀刀Ⰰ 䘀愀甀稀攀 一⸀ 倀攀猀焀甀椀猀愀 搀攀 洀愀爀欀攀琀椀渀最㨀 洀攀琀漀搀漀氀漀最椀愀Ⰰ 瀀氀愀渀攀樀愀洀攀渀琀漀⸀ ㌀⸀ 攀搀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䄀琀氀愀猀Ⰰ ㄀㤀㤀㘀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䤀䌀䠀䔀䰀Ⰰ 䴀愀爀椀愀 䠀攀氀攀渀愀⸀ 䴀攀琀漀搀漀氀漀最椀愀 攀 倀攀猀焀甀椀猀愀 䌀椀攀渀琀昀椀挀愀 攀洀 䌀椀渀挀椀愀猀 匀漀挀椀愀椀猀㨀 甀洀 最甀椀愀 瀀爀琀椀挀漀 瀀愀爀愀 愀挀漀洀瀀愀渀栀愀洀攀渀琀漀 搀愀 搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀 攀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀猀 洀漀渀漀最爀昀椀挀漀猀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀Ⰰ 䄀琀氀愀猀Ⰰ ㈀  㔀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䤀一䄀夀伀Ⰰ 䴀愀爀椀愀 䌀攀挀氀椀愀 搀攀 匀漀甀猀愀 ⠀伀爀最⸀⤀⸀ 倀攀猀焀甀椀猀愀 猀漀挀椀愀氀㨀 吀攀漀爀椀愀Ⰰ 洀琀漀搀漀 攀 挀爀椀愀琀椀瘀椀搀愀搀攀⸀ 倀攀琀爀瀀漀氀椀猀㨀 嘀漀稀攀猀Ⰰ ㈀  ㄀⸀ 㠀 瀀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀一䄀嘀䄀䨀䄀匀Ⰰ 䜀愀戀爀椀攀氀⸀ 唀猀漀 搀攀 挀愀洀椀猀椀渀栀愀 攀渀琀爀攀 漀猀 樀漀瘀攀渀猀 挀愀椀 攀 䐀匀吀猀 瀀爀攀漀挀甀瀀愀洀Ⰰ 猀椀琀攀 搀漀 樀漀爀渀愀氀 伀 䔀猀琀愀搀漀 搀攀 匀漀 倀愀甀氀漀⸀ ㈀  漀甀琀甀戀爀漀 ㈀ ㄀㜀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀攀洀愀椀猀⸀攀猀琀愀搀愀漀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀渀漀琀椀挀椀愀猀⼀挀漀洀瀀漀爀琀愀洀攀渀琀漀Ⰰ甀猀漀ⴀ搀攀ⴀ挀愀洀椀猀椀渀栀愀ⴀ攀渀琀爀攀ⴀ漀猀ⴀ樀漀瘀攀渀猀ⴀ挀愀椀ⴀ攀ⴀ搀猀琀猀ⴀ瀀爀攀漀挀甀瀀愀洀Ⰰ㜀   ㈀ 㔀㌀㤀㔀㌀㸀 Ⰰ 愀挀攀猀猀愀搀漀 攀洀 ㄀㘀 猀攀琀攀洀戀爀漀 ㈀ ㄀㜀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀刀䤀䌀䠀䄀刀䐀匀伀一Ⰰ 刀⸀ 䨀⸀ 倀攀猀焀甀椀猀愀 猀漀挀椀愀氀㨀 洀琀漀搀漀猀 攀 琀挀渀椀挀愀猀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䄀琀氀愀猀Ⰰ ㄀㤀㤀㤀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀