ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00258</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Documentário  Alma Mater : retratos e relatos sobre gravidez e maternidade no ambiente universitário</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Amanda Mariano Santos (Universidade Tecnológica Federal do Paraná); Larissa Alves Dias (Universidade Tecnológica Federal do Paraná); Carolina Fernandes da Silva Mandaji (Universidade Tecnológica Federal do Paraná); Anuschka Reichmann Lemos (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;comunicação organizacional, audiovisual, documentário, temas sociais, mães na universidade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário Alma Mater - Jovens, universitárias e mães contempla o depoimento de três jovens que no decorrer do curso de graduação se viram na mesma situação: enfrentar uma gravidez não planejada. Alma Mater pretende proporcionar uma reflexão a partir das histórias e experiências das estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) sobre o tema. O documentário é dividido em três fases principais: a descoberta da gravidez, a gestação e a conciliação da vida acadêmica no pós-parto. Caroline, Amanda e Bianca são as vozes que colocam em pauta um assunto pouco comentado no ambiente acadêmico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como estudantes da comunicação concluímos que o documentário tem um forte objetivo dentro da sociedade: pautar assuntos que não são colocados em discussão pelas mídias tradicionais. Aliado à disciplina de Audiovisual, o documentário em questão surgiu pela ansiedade em gerar conteúdo crítico sobre o tema Maternidade versus Universidade. Alma Mater é uma expressão empregada de dois significados: (1) locução latina que significa  mãe criadora, mãe que nutre e atualmente usada para designar (2) a universidade ou instituição que forma intelectualmente alguém (PRIBERAM, 2008-2013). A ocorrência de uma gravidez não planejada em jovens universitárias causa como consequência, em sua maioria, o abandono dos estudos e a falta de perspectiva para uma futura vida profissional. Segundo o Senado Federal (2017),  a gravidez precoce tem consequências sérias para a vida das jovens e para o país (...) leva as jovens a enfrentar conflitos psicológicos e familiares, abandonar os estudos e ter maior dificuldade para se encaixar no mercado de trabalho . Nesse cenário, é necessária a reflexão sobre a construção de melhores oportunidades para essas mães e; futuras mães conseguirem concluir os estudos e terem a chance de conquistar uma vida melhor. Bitencourt (2017, p.6) afirma que o ambiente acadêmico nunca foi um lugar pensado para as crianças e pouco se discute sobre a necessidade de creches dentro dos campus, seja para os filhos dos alunos ou servidores. Como seria então possível mudar a realidade de desigualdade de oportunidades que tantas meninas e mulheres enfrentam no ambiente acadêmico? Não seria da instituição de ensino o papel de auxílio na continuação dos estudo dessas alunas? Considerando que o documentário tem poder de defender causas, apresentar argumentos e transmitir pontos de vista (NICHOLS, 2005, p.73), Alma Mater pretende incentivar a permanência dessas jovens nos estudos acadêmicos a partir das histórias de uma parcela mínima que enfrentou essa situação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo principal das alunas do curso de Bacharel em Comunicação Organizacional foi produzir um documentário de 15 (quinze) a 20 (vinte) minutos sobre o tema Universidade X Maternidade baseadas em histórias do campus de Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná para conclusão da disciplina de Audiovisual. Os objetivos específicos do trabalho em questão são causar uma reflexão sobre a gravidez não planejada no ambiente universitário e problematizar a questão da falta de apoio familiar, julgamento por parte da sociedade e do papel social das instituições de ensino na vida dessas alunas que engravidam durante os estudos. Outro ponto é ressaltar a importância da conciliação dos estudos e da maternidade para a conquista do diploma acadêmico a fim de que outras estudantes, que passam pela experiência, possam se basear suas trajetórias nas histórias de Alma Mater. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O tema do documentário Alma Mater surgiu a partir da experiência de uma das integrantes do grupo de trabalho que estava passando por uma situação de gravidez não planejada durante a graduação de Comunicação Organizacional. A questão da  ideia selecionada onde surge da própria vivência pessoal (COMPARATO, 2016, p.46) foi importante em Alma Mater pois quando nos propomos a falar sobre um tema tabu na sociedade é importante que haja representatividade no grupo que deseja abrir essa porta. Ao presenciar as dificuldades, preconceitos e falta de apoio, percebemos que o tema era de grande importância social, visto que em um cenário de milhares de estudantes mulheres na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, era provável que essa realidade estivesse presente na vida de algumas delas. A legislação que prevê e ampara a estudante gestante é a Lei Federal nº 6202/75, que regulamenta o regime de exercícios domiciliares, instituído pelo Decreto-Lei nº. 1.044/69: " Lei 6.202/75,  Art. 1º A partir do oitavo mês de gestação e durante três meses a estudante em estado de gravidez ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-lei número 1.044, 21 de outubro de 1969 . Contudo, entre o regime domiciliar e o abandono dos estudos existe uma linha muito tênue, diversas estudantes, por falta de apoio, tempo e dinheiro, acabam  estendendo essa fase domiciliar e não voltando mais para a Universidade. Seguir a faculdade ou trancar a matrícula? São essas questões que permeiam as alunas do ensino superior quando descobrem uma gravidez não planejada e decidem seguir com a situação. Essa decisão sobre os estudos não influencia apenas o período de gestação, mas também o pós-parto e a conciliação com amamentação e cuidados com o bebê. As alunas do curso de Comunicação Organizacional da UTFPR viram nesse cenário a oportunidade de retratar histórias que deram certo do ponto de vista de retorno aos estudos a fim de que outras estudantes, grávidas e mães, possam construir uma perspectiva mais positiva sobre o retorno aos estudos e sua importância na construção de um ambiente mais igualitário para as mulheres. Outro fator importante para a o documentário foi a fórmula do  eu falo- ou nós falamos - de nós para você (NICHOLS, 2005, p.45) onde o cineasta e os outros representantes em questão pertencem ao mesmo grupo, já que a partir desse nível de vivência, o audiovisual alcança um  grau de intimidade que pode ser bastante comovente (NICHOLS, 2005, p.46). Alma Mater surge na tentativa de compreender as expectativas e experiências (positivas e negativas) que as estudantes que engravidam durante a universidade enfrentam, como também o papel de universidade nesse cenário. Acreditamos que quando se dá voz às pessoas que precisam, as mudanças podem começar a acontecer. Considerando que os estudos na universidade são baseados em prazos, a vida acadêmica acaba exigindo muito tempo e dedicação por parte dos alunos. A conciliação entre os estudos e a maternidade é um período de muito trabalho para essas mães. Aulas, estágios e trabalhos. A rotina acadêmica não abre brechas para a maternidade. Esse cenário faz com que as mulheres sejam mais propensas a abandonar o curso quando vem a maternidade ou quando se casam sem um planejamento prévio. Em meio a todo o contexto, ainda há a inexistência de creches públicas, preconceito, falta de infraestrutura (fraldário, rampas e outros) para que essas mães levem seus filhos para as aulas, o que só comprova que a o ambiente acadêmico  não é feito para mães universitárias, deixando-as em situação inferior ao restante dos alunos. Ao escolhermos o método de entrevista para Alma Mater, colocamos um dos  desafios fundamentais do cinema: a questão do outro (COMOLLI,2008, p.86). A ideia do documentário vem da necessidade de relatar, de tornar voz e gerar debate social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para dar início ao documentário foi necessária uma pesquisa bibliográfica e audiovisual sobre o tema para construir uma base norteadora do processo. Uma pesquisa em torno dos meios midiáticos também foi feita com o objetivo de compreender os discursos que estavam sendo feitos sobre o assunto. Essa retomada do acervo já existente sobre o assunto foi essencial para estruturar o roteiro e as técnicas de filmagem e entrevistas para Alma Mater. Cada audiovisual retomado no processo teve sua função no projeto de Alma Mater. Para roteiro, câmera e edição o grupo se respaldou nos documentários  A Janela da Alma de João Jardim e Walter Carvalho,  Mãe - O melhor lugar do mundo de Bruno Sander e Kenya Campos,  Clandestinas - documentário sobre o aborto no Brasil de Renata Corrêa e  Odeio a maternidade, amo meu filho de Caroline Balduci de Mello. Todos os respectivos filmes trazem consigo a  fórmula das entrevistas. Comolli (2008, p.55) ressalta a importância de  colocar-se à escuta da fala das pessoas, aquela que nos propormos a filmar, no momento mesmo da filmagem, escutá-las, sugerir-lhes que se coloquem a partir disso, do fato bem simples de que há na escuta. A câmera escuta. Que eles atuem, então, a partir de suas próprias palavras, ouvidas por nós, aceitas, acolhidas, captadas . Como o objetivo era produzir um documentário a partir das experiências sobre gravidez e maternidade durante a universidade, esse método foi fundamental para o projeto em si. A partir da realização de um formulário de interesse em participar do documentário, disponibilizado online na rede social Facebook, as autoras obtiveram 14 respostas que filtradas, estrategicamente, resultaram em três histórias distintas. Para protagonizar Alma Mater, o grupo escolheu Bianca, Caroline e Amanda, todas estudantes de graduação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR. Nos dias da produção, 06 e 13 de maio de 2017, foram usadas três câmeras em posicionamentos estratégicos de uma sala reservada nos ambientes internos da UTFPR. O objetivo dessas três câmeras foi justamente captar essas estudantes de três lugares diferentes da sala, em ângulos diferentes. Em alguns momentos da gravação, foi utilizado o recurso de desfoque do plano de fundo da imagem e em outros foi preferencial a sua não utilização para enfatizar o ambiente acadêmico da Universidade. Cada uma das entrevistadas possuía um lugar único de posicionamento frente às câmeras. A captação de som foi feita a partir de um microfone de lapela e um microfone direcional. A cena inicial do documentário foi elaborada durante a aula de Audiovisual com a assistência de um carrinho de trilho para captação de imagens feita em chão. O total de material gravado nos dias de produção foi de 94 minutos de conteúdo. No momento de pós-produção, feito pelo editor de vídeo Adobe Premiere, foi feita uma curadoria perante as entrevistas e selecionados os melhores trechos dos depoimentos, visto que utilizados na íntegra fariam com que a duração do audiovisual se tornasse algo desinteressante de veiculação. Os cortes trazem consigo uma distribuição estratégica das falas das participantes do projeto, todos padronizados pelos temas principais pré-estabelecidos pela equipe. O áudio do documentário é construído pelo som direito que entra em sincronia com as imagens, originado no momento da filmagem (PUCCINI, 2009, p.130). Foram utilizadas fotografias disponibilizadas pelas estudantes para enriquecer a edição do documentário. Por fim, a trilha sonora vem para completar o projeto de Alma Mater e foi escolhida e utilizada a partir do acervo gratuito de músicas da plataforma de vídeos Youtube. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário Alma Mater teve como intuito dar voz às jovens universitárias que engravidaram durante a graduação a fim de compartilhar experiências e desafios com outras jovens. O filme propõe levantar o questionamento acerca do julgamento, falta de apoio e falta de estrutura nos ambientes acadêmicos para que essas jovens mães retornem seus estudos sem ter oportunidades tão inferiores em relação aos outros alunos. A equipe do projeto foi formada por 5 (cinco) estudantes do curso de Comunicação Organizacional do quinto período da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. As funções dentro do grupo foram divididas conforme as habilidades de cada integrante. Compôs o quadro de funções: diretor, roteiro, captação de áudio, captação de imagem e edição de vídeo. A escolha das protagonistas do audiovisual foi feita a partir do questionário. De início, Alma Mater compreendia além das mães universitárias, mas também as que engravidaram na adolescência, contudo, no decorrer da análise das respostas, o grupo escolheu incluir apenas as jovens da graduação pois tinham um conteúdo mais rico a ser retratado no audiovisual, diminuindo o número 14 (quatorze) para 8 (oito) respostas e por fim, 3 (três) protagonizaram o audiovisual. A partir desse momento, foi realizado um contato inicial com essas participantes via mensagem no Whatsapp a fim de explicar quais eram os próximos passos a serem dados e confirmar a seleção. Após contato formalizado, foi fechado um cronograma de filmagens que ficou definido para os dias 06 de maio e 13 de maio, ambos no sábado no período da manhã e da tarde. As filmagens foram realizadas em sala de aula e quadra de esportes da UTFPR. Amanda, Bianca e Caroline trazem histórias de três perspectivas: Amanda (21 anos), estudante de Comunicação Organizacional engravidou durante os estudos e no momento da gravação estava grávida de oito meses. O desafio dessa protagonista consiste em conciliar os estudos com as dificuldades físicas e psicológicas enfrentadas na gravidez não planejada, junto da falta de apoio vinda de alguns familiares. Bianca (23 anos) teve que largar os estudos após o nascimento do filho e encarou um casamento às pressas, idealizado pelas famílias envolvidas.Após algum tempo, Bianca retornou aos estudos e começou a enfrentar a jornada de mãe e estudante. Caroline (22 anos) também não teve apoio por parte do pai da criança e encarou muitos julgamentos pela família. A estudante trancou um período da faculdade e teve que mudar de cidade para voltar a morar com a mãe, contudo, retornou os estudos e levou a filha, Alice (2 anos) para as salas de aula da nova faculdade por um longo tempo. Essa escolha de personagens se deu pelo fato de que seria possível explorar melhor a história de um número reduzido do que um número grande de jovens. Alma Mater foi estruturado da seguinte forma: experiências sobre a descoberta da gravidez, a gestação e o pós-parto. Cada entrevista girou em torno de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) minutos. Durante esse tempo aconteceram conversas pautadas no roteiro-base mas com toda uma flexibilidade que as entrevistas e documentários devem conter para retratar mais adequadamente da relação com o outro. Segundo Comolli (2008, p. 54), precisamos  organizar o menos possível e, nos momentos de graça, não organizar mais nada , assim deixamos as personagens se encarregarem das intervenções (como quando a filha de Caroline aparece em meio às cenas),  em vez de mandar os atores trabalhar, seguíssemos a lógica dos personagens: não se trata mais de  guiar , mas de seguir (COMOLLI, 2008, p.54). Após o grupo determinar que seriam apenas as histórias das alunas do ensino superior, a escolha do título do documentário se deu a partir de pesquisas sobre o conteúdo e assim foi encontrada a expressão  Alma Mater que remete, em sua dupla significância, exatamente os temas envolvidos no audiovisual em questão: mães e universidade. A partir dessa denominação, o grupo construiu a vinheta de abertura do documentário. O intuito era criar uma abertura dinâmica que iniciasse o tema proposto nessa relação da gravidez dentro do universo acadêmico. Visando o objetivo, o local escolhido para a gravação foi a quadra de esportes aberta da UTFPR e o recurso utilizado para construir a cena foi o time-lapse que consiste em uma  sequência de fotos separadas por um cálculo de tempo (COLLEGE CANON, 2017). A trilha sonora de Alma Mater foi composta por duas faixas sonoras. Na abertura do audiovisual foi escolhida uma faixa instrumental de piano, que apesar de proporcionar um tom mais dramático a cena, também trouxe consigo a delicadeza como intuito de traduzir o início do documentário. Ao final, a segunda faixa traz consigo um tom mais alegre para enfatizar os momentos de superação que envolviam o final da narrativa juntamente com o notícia do nascimento de Sarah, filha da personagem Amanda. A pós-produção foi separada por blocos temáticos, de acordo com o assunto que era abordado no roteiro base do audiovisual. O membro de equipe responsável pela edição, seguiu a linha das perguntas, em ordem cronológica, alternando entre as falas das entrevistadas. A ideia foi construir uma linha positiva, crescente: no início, alinhado à trilha sonora, um tom dramático com a notícia inicial da gravidez e os fatos mais complexos, como as primeiras dificuldades enfrentadas pelas estudantes e a relação difícil com a faculdade. Em um segundo momento, a superação e a força para continuar os estudos, assim como os pontos positivos das narrativas envolvidas, no geral. A trilha acompanha esses momentos dos blocos temáticos, com o intuito de reforçar a narrativa do documentário. No design gráfico envolvido no título do documentário e no momento de divisão dos blocos foi optado pela estampa floral para expressar a delicadeza, contudo, com traços mais fortes e marcantes junto ao contraste para também salientar a força feminina. No geral, a pós-produção foi construída com o intuito de contrastar a dramaticidade com a delicadeza e os pontos negativos com os pontos positivos de superação na narrativa. Após finalizado o audiovisual ficou com a duração de 15 (quinze) minutos e 50 (cinquenta) segundos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A função social do documentário como disseminador de temas e proporcionador de reflexões para os debates sociais é importante para construção de um novo olhar em assuntos pouco ou ainda não explorados. Alma Mater tem a sua relevância a partir do momento que propõe compreender a questão social de desigualdade que jovens mães enfrentam dentro das organizações de ensino superior. Ser universitário é lidar com prazos, provas,estudos e estágio. Junta-se isso ao papel da maternidade, as responsabilidade e julgamentos dobram, multiplicam-se. A rotina é exaustiva e as universidades não estão prontas para receber essas mães. A falta de projetos advindos do ambiente acadêmico para a não evasão dessas universitárias é essencial para haja uma perspectiva de um futuro melhor, assim como a empatia do corpo acadêmico para com os filhos dentro das salas de aulas. Essa evasão por conta de gravidez não deve ser ignorada. Como estudantes de Comunicação Organizacional, concluímos que é necessário questionar as organizações de que fazemos parte. Num universo de milhares de alunos, o ambiente acadêmico deve pensar em estratégias para viabilizar a continuação dos estudos dessas alunas. A ausência de infraestrutura, como os fraldários, é visível na maioria dos ambientes acadêmicos. Ser mãe não é um problema, mas ser mãe jovem e universitária é viver pensando em estratégias de sobrevivência. Após a conclusão do projeto audiovisual, a equipe também agregou conhecimento, reflexão e respaldo crítico sobre o assunto abordado. No decorrer do processo, o grupo percebeu que alguns temas sociais só são percebidos pela própria sociedade quando alguém se propõe à disseminá-los e dar voz à eles. Apesar de ser impossível envolver todos os indagamentos acerca do tema  mães na universidade dentro de um audiovisual de um pouco mais de 15 (quinze) minutos, espera-se que Alma Mater possa semear as vozes que compõe a narrativa a fim de que se cultive uma universidade e uma sociedade mais maternal.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BITENCOURT, Silvana Maria. Maternidade e Universidade: desafios para a construção de uma igualdade de gênero . 2017. Disponível em: <https://www.anpocs.com/index.php/papers-40-encontro-2/gt-30/gt13-17/10724-maternidade-e-universidade-desafios-para-a-construcao-de-uma-igualdade-de-genero/file>. Acesso em 6 de abril de 2018. <br><br>BRASIL. DECRETO Nº 1.044, de 1969, LEI Nº 6.202. Atribui à estudante em estado de gestação, Brasília DF, 17 de abril de 1975. Disponível em:<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6202.htm>. Acesso em 6 de abril de 2018. <br><br>COLLEGE, Canon. Como fazer time-lapse. 2017. Disponível em: <http://college.canon.com.br/dicas/como-fazer-timelapse-113 >. Acesso em 30 de maio de 2017. <br><br>COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder, a inocência perdida: cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.<br><br>COMPARATO, Doc. Da criação ao roteiro: teoria e prática. 4ª ed. São Paulo: Summus, 2016.<br><br>CÔRREA, Renata. Clandestinas -Documentário sobre aborto no Brasil. Youtube. 28 de setembro de 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=AXuKe0W3ZOU>. Acesso em 3 de abril de 2017.<br><br>DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA. "alma mater", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. 2008-2013. Disponível em: <https://www.priberam.com/dlpo/alma+mater>. Acesso em 3 de abril de 2018.<br><br>JARDIM, João. CARVALHO, Walter. Janela da Alma. Youtube. 13 de fevereiro de 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4F87sHz6y4s>. Acesso em 3 de abril de 2017. <br><br>MELLO, Caroline Balduci de. Odeio a maternidade, amo meu filho. Youtube. 01 de fevereiro de 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KtjN3DHFXvs>. Acesso em 4 de abril de 2017.<br><br>NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. 1. ed. São Paulo, Papirus, 2005.<br><br>PUCCINI, Sérgio. Documentário e roteiro de cinema: da pré-produção à pós-produção. 2007. Disponível em <http://livros01.livrosgratis.com.br/cp141999.pdf >. Acesso em 15 de abril de 2018. <br><br>SANDER, Bruno. Mãe - O Melhor Lugar do Mundo. Youtube. 5 de maio de 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Zw_KFvsKjlE>. Acesso em 10 de abril de 2017.<br><br>SENADO FEDERAL. Gravidez precoce ainda é alta, mostram dados. 2017. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/gravidez-precoce-ainda-e-alta-mostram-dados>. Acesso em 12 de abril de 2017. <br><br> </td></tr></table></body></html>