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INSCRIÇÃO: | 00261 |
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CATEGORIA: | PT |
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MODALIDADE: | PT06 |
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TÍTULO: | João Feijão: Técnicas mistas na ilustração para o universo infantil |
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AUTORES: | Bianca Julia Rudiniki Costanski (Universidade Tecnológica Federal do Paraná); Anuschka Lemos (Universidade Tecnológica Federal do Paraná); Bruna Valéria Figueiredo (Universidade Tecnológica Federal do Paraná); Camila Raphaela Peres Mancio (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) |
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PALAVRAS-CHAVE: | Editoração, Ilustração, João Feijão, Técnicas Mistas, |
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RESUMO |
O presente trabalho irá descrever a releitura da obra: "João Feijão", de Sylvia Orthof (1983) – proposta da disciplina de Editoração, no curso de Comunicação Organizacional, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Curitiba (PR) – que apresenta um redesenho formulado e composto a partir de categorias plásticas plurais (Ilustração, fotografia e fundos chapados) na busca da promoção de uma harmonia na composição final do produto. Como base visual para o nosso trabalho, utilizamos como referências os designers Giovanni Bianco e Bruna Assis Brasil. Para melhor compreensão e análise do universo infantil, Magda Soares e Paulo Freire. E como estudo de composição plástica, Antonio Vicente Pietroforte e Luciano Guimarães. Com este novo arranjo visual, buscamos desenvolver um material de literatura infantil atrativo para crianças em idade de alfabetização. |
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INTRODUÇÃO |
A principal proposta da disciplina de Editoração – presente na grade curricular do quarto período do curso de Bacharelado de Comunicação Organizacional da Universidade Federal do Paraná, campus - Curitiba (PR), ministrada pelas professoras Anuschka Lemos e Juliana Sousa – foi elaborar uma nova proposta editorial de um livro infantil, de um autor brasileiro pré-sugerido pela professora responsável pela disciplina, com base em referências de trabalhos de designers gráficos brasileiros. O primeiro passo foi a escolha de uma obra de um autor brasileiro. Nós optamos por Sylvia Orthof, por suas obras já terem sido lidas pelas integrantes do grupo em suas infâncias e por seus livros terem grande aderência ao público infantil. Deste modo, a obra escolhida da autora foi "João Feijão", publicado em 1983. Em seguida, realizamos a escolha do designer brasileiro que iria nortear nossa reconstrução gráfica e visual da obra escolhida. A priori, elegemos o designer Giovanni Bianco, por seu trabalho com cores fortes e chapadas, e formas geométricas. E posteriormente, também agregamos as nossas referências a designer Bruna Assis Brasil, que emprega em seus trabalhos as cores marcantes, a composição de elementos com diferentes texturas e a ilustração à mão livre. A pretensão do nosso projeto foi a utilização de novas práticas de releitura, como novos processos de criação e redesenho, potencializando antigas obras e produções gráficas. Assim, novos conceitos foram elaborados na tentativa de afetar novos receptores por estes produtos. Esta discussão permeou a releitura da obra: "João Feijão" – escrito em 1983 por Sylvia Orthof – a qual proporcionou uma busca por uma harmonia plástica visual em diferentes linguagens de um texto. Com base em estudos sobre composição de imagens e o universo infantil, agregamos três principais elementos para proposta da composição do nosso trabalho: a colagem por meio de fotografias, o desenho a mão livre e os fundos com colorações vivas e chapadas. |
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OBJETIVO |
No presente trabalho tivemos como objetivo propor um editorial criativo, com propostas de ilustração diferenciadas da obra original de Sylvia Orthof –"João Feijão", a partir disso, buscamos exercitar a criatividade de crianças e motivá-las a ler por meio da contação de histórias, atraindo-as, através da releitura visual desta obra. Para a nossa proposta, buscamos explorar a contação de história entre pais e filhos, explorando assim, o universo infantil de crianças com idade entre 4 e 6 anos de idade, em fase de alfabetização, tornando o material atrativo para esse público, na tentativa de estimular o interesse pela leitura nesse período inicial de aprendizagem gramatical. Também, realizamos a exploração de um software de editoração e diagramação, a pesquisa entre a harmonia e o equilíbrio entre imagens e texto e a experiência de confeccionar um material gráfico impresso, a compreensão de conceitos de diagramação e ergonomia visual – tanto no meio digital, quanto impresso -, a utilização da linguagem editorial e as técnicas empregadas para a sua construção (tratamento de imagem, uso da cor, tipografia, entre outros). Com base no briefing elaborado pela equipe, o redesign do livro "João Feijão", de Sylvia Orthof, teve como objetivo trabalhar com uma nova estruturação da antiga ilustração e tipografia, adicionou-se uma nova proposta editorial, buscando criar, personagens mais carismáticos e com um desenho mais simplificado e que não contenham cor. Deste modo, o material abre a possibilidade de interação entre a criança e a obra, por meio da pintura subjetiva, visando a matização e como método de desenvolvimento criativo nessa fase infantil. Também utilizamos, na composição do todo, colagens fotográficas de bancos de imagens, inseridas de maneira rústica, que remetem a realidade no meio de um ambiente rudimentar. E a utilização de fundos chapados de cores vivas, para atribuir contraste entre o personagem acrômico, dando ênfase ao mesmo. |
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JUSTIFICATIVA |
Esse projeto surgiu da necessidade e vontade de uma busca por desenvolver uma obra atrativa à leitura de crianças de 4 a 6 anos de idade, proposta disciplinar da disciplina de Editoração, no segundo semestre de 2017. A priori, nós precisávamos explorar como o universo é entendido nessa faixa etária, pois é nesta fase que a criança tende a descobrir e experienciar o seu próprio mundo, juntamente com sua articulação textual, tanto da palavra escrita quanto falada. Uma das maneiras de se constituir esta articulação é pela leitura, pois quando apropriada ao público infantil, é capaz de promover um processo de associação entre as palavras e as ilustrações descritivas das obras. Infelizmente, esta prática não é comum no país. Para compreensão melhor este cenário, trouxemos a “Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil” publicada pelo Instituto Pró-Livro no ano de 2016, que revela que a média de leitura do brasileiro (tanto o público infantil quanto adulto) é de apenas 1 livro a cada 3 meses em média (4,54 ao ano) - os dados levantados foram coletados em 2015. Ao considerarmos somente o público infantil da pesquisa realizada - 5 à 10 anos de idade - apenas 50% são estimuladas por meio da contação de história em ambientes domésticos e escolares a produzirem leituras. Deste modo, torna-se uma escolha cultural e social pouco difundida em nosso país. Neste sentido, esta nova proposta editorial se sustenta por, ainda que embrionariamente, buscar trazer uma nova abordagem/design para a obra de Sylvia Orthof, e assim, contribuir para a prática da leitura (não apenas na linguagem textual, mas a maneira como a criança concebe/compreende seu mundo) do público infantil. A importância da prática de leitura, pode levar a criança a estimular seu repertório cultural e linguístico, pois é a partir da linguagem verbal que os discursos são formados. O escritor e pesquisador Paulo Freire (1981, p.7) discute que a alfabetização é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras mas numa conexão que vincula linguagem e realidade. Uma das reflexões importante levantada pela pesquisadora Magda Soares (2005, p.14), sobre o processo de letramento e alfabetização é a compreensão de como a criança se relaciona com estes objetos de estudo. Isto é, a criança, na maioria das vezes, tende a explorar os elementos inseridos em sua vida cotidiana, pois é nessa época em que as perguntas começam a ser feitas? “O que é isso?”, “É de comer?”, entre tantas perguntas. Isto se dá especialmente, porque é nesta época que seu repertório cultural e social está sendo formado. Dessa maneira, a contação de histórias pode estimular a prática de letramento, definido pelas palavras da pesquisadora (2002, p.143) como práticas sociais de leitura e escrita e os eventos em que essas práticas são postas em ação, bem como as conseqüências delas nos contextos sociais e culturais, promovendo assim uma relação entre a alfabetização e a prática da contação de histórias, pois ao compreender os símbolos e fazer associações entre estes elementos ilustrados uma obra com a linguagem textual e verbal, a criança vai aos poucos constituindo sua personalidade e sua maneira de ler a vida. Portanto, não se trata apenas de um hábito ou produto de entretenimento, apesar de que alguns contextos a prática da leitura pode ser utilizada com tal, mas dentro desta delimitação e especialmente pelo público que se deseja atingir, o trabalho se justifica por trazer um outro olhar à obra de Sylvia Orthof, o qual pode auxiliar na prática do letramento e aproximar a família pela prática da leitura. |
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MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS |
A criatividade é, de acordo com Zinker (2007), inerente à vida humana, por isso os indivíduos estão sempre buscando novas formas para concretizar seus projetos. Deste modo, uma das maneiras para unir a criatividade e a prática é pelo processo de criação. Por isso, o processo envolvido nesta obra se baseou em imersões criativas, que ocorreram em distintos momentos do projeto, isto é, tanto na fase de ilustração por meio de esboços livres (conforme podemos observar na Imagem 1) até mesmo por testes nos próprios softwares da adobe Photoshop CC17 (Imagens 2 e 3) e Indesign CC17 (Imagem 4), elencando quais linguagens formariam uma composição adequada a nossa proposta. A metodologia deste projeto tem caráter experimental e se desenvolveu a partir de três etapas: Pré-produção, produção e pós-produção, as quais serão descritas na etapa de “Descrição do Produto ou do Processo”. Deste modo, é importante destacar que as técnicas escolhidas por nós, foram desenvolvidas em vista da atratividade do material serem direcionadas para o público escolhido. Como a criança nessa faixa etária, em sua grande maioria, ainda está em processo de alfabetização verbal e visual, as ilustrações são muito utilizadas para ajudar na sua associação e compreensão de mundo e no ensino em geral (escolar, cultural, religioso, verbal, entre outros). Sobre esta temática, o pesquisador Luciano Guimarães (2001) aborda que “[...] as imagens vão ocupando cada vez mais espaço em nosso cotidiano, não mais ilustrando textos, mas se propondo como textos, culminando na expansão dos processos da visualidade e da visibilidade imagética” A escolha da ilustração dos personagens feitos à mão livre, teve como proposta a aproximação do leitor com o material elaborado. E a opção de os personagens serem acrômicos (Imagem 5) , pode gerar o condicionamento da ludicidade, deixando uma livre interpretação no aspecto cor para a criança decidir, levando a possibilidade da escolha da livre pintura, trabalhando com o seu imaginário. De acordo com Ivan Bystrina, (1995 apud GUIMARÃES, 2001, p.1) uma das realidades humanas é concebida pela criatividade, imaginação e fantasia humana, tem um caráter sígnico e é essencialmente narrativa, sendo assim, deixamos essa abertura para a criança poder explorar sua criatividade. Para complementar o segundo plano (fundo das ilustrações), optamos pela utilização de imagens fotográficas reais, que são recortadas de forma rústica. Que representam os espaços físicos marcantes da narrativa, como o chão, a água e a igreja. Utilizamos essa composição para contrastar o mundo real com o lúdico. E, completando a composição feita, utilizamos fundos de cores fortes e chapadas (amarelo, azul e rosa). As cores sem interferência foram postas na composição para que não houvesse interferência entre os elementos principais da narrativa – os personagens - além de que proporciona a contraposição entre os mesmos. Assim como relevado por Luciano Guimarães (2001), uma das soluções para o contraste da composição das imagens é a intermediação de outras cores, que ao atingirem o equilíbrio visual, geram harmonia. Pois, segundo Varela, a cor não é entendida singularmente no contexto em que está inserida. O seu significado está sempre ligado ao cenário em que está incluído. Além de que, cada cor, tem a proposta de complementar e acompanhar a narrativa literária e simboliza uma fase da vida do personagem principal. Como mencionado por Pastoureau (1987 apud GUIMARÃES, 2001, p.11) “A cor não é nem uma substância, nem uma fração da luz. É uma sensação, a sensação de um elemento.”, sendo essa a nossa proposta ao escolhermos os fundos coloridos, dando ênfase a sensação da cor na narrativa. Além disso, dentro da etapa de escolha tipográfica, uma das preocupações era sobre a legibilidade e compreensão da fonte. Isto é, como o texto escrito seria identificado na história. Para tanto, escolhemos a tipografia Myriad e destacamos algumas das palavras por meio de tamanho distintos (tamanho 14 na maioria do texto corrido e 18 em palavras-chave da obra). Deste modo, a escolha das palavras em destaque foram feitas a partir do sentido da palavra e sua relação com a ilustração e com a narrativa do livro. Assim, como a obra aborda a seca, destacamos palavras como: chuva, sede, seca e terra, para dar ênfase à história da obra. Já as fotografias foram retiradas de bancos de imagem gratuitos na internet ((https://pixabay.com/ e http://compfight.com/). Neste sentido, a proposta era trabalhar com imagens que destacam a narrativa da própria obra, dando uma ênfase exacerbada, gerando uma hipérbole, ao que estava acontecendo nas ilustrações da história. Por exemplo: Ao retratar a seca, nós buscamos um chão extremamente árido (Imagem 6). E, ao retratarmos a chuva, ocupamos um espaço maior da página com água (Imagem 7). Desta maneira, a partir do software Photoshop CC17, nós juntamos todos estes elementos - a ilustração, fotografia fundos chapados coloridos e a tipografia - no layout da página em busca de uma composição que alinhasse estes elementos de maneira harmônica. Por exemplo: Na parte da seca, coloração amarela, personagem visivelmente cansado (Imagem 8). Além disso, dentro deste processo, a desconstrução de elementos. Isto é, sem uma ordem já pré estabelecida, foi essencial na tentativa de construir uma proposta sólida e formulação de uma identidade ao redesenho, pois a partir de tentativas, buscamos construir composições que se alinhassem em conjunto. (Exemplo: Fundo chapado, coloração rosa e o personagem principal feliz, como visto na imagem 9). Para o pesquisador e designer, Erik Spiekrman (p.39), a disposição de vários elementos influencia a maneira como o receptor irá receber a informação. Deste modo, a estrutura do grid foi moldada de maneira livre, a partir da formulação das informações no layout, levando em consideração como os elementos se harmonizavam em conjunto. Para isso, desenvolvemos diversas tentativas com elementos distintos (personagens, cores, tipografias, ambientes e fundos). Destaca-se assim, que pensar e explorar estes elementos é, sobretudo uma maneira de encontrar uma identidade ao produto, pois conforme lecionado por Erik Spiekrman (p.81) a junção de diversos elementos faz com que a página aparente ser apenas uma imagem e não uma sequência de diversos elementos plásticos. E que para Pietroforte (2017 p. 77), o que dá significado ao conteúdo do texto, não é a forma como os elementos são dispostos entre si, mas a relação da composição em categorias semânticas. Após a definição da fotografia, fundo e personagem, separamos estas páginas finalizadas e nos propomos a inserir o texto escrito. Para tanto, utilizamos o software Indesign CC 2017 e assim, definimos a posição das páginas, a partir de uma página-mestre, que serviu como base para a fixação das informações textuais e da própria ilustração nas outras páginas (Imagem 10). O texto escrito foi, na maioria das vezes, inserido à página anterior à página ilustrativa (esquerda da parte inferior), acompanhado de uma linha de mesma coloração predominante do fundo ilustração, para harmonizar ambos os conteúdos. Nesta etapa, definida também pelo auxílio da página-mestre, tivemos o cuidado de alinhar o texto escrito da mesma maneira em todas as páginas. Isto é, na mesma ordem e com os espaçamentos equivalentes, mesmo tendo fontes em tamanho distinto, como já descrito anteriormente). Com exceção de duas folhas em que há uma quebra, para destacar o conteúdo da própria narrativa. |
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DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO |
A releitura do livro “João Feijão” é uma tentativa de recriar um design atrativo para crianças (4-6 anos) em processo de alfabetização e letramento, incentivando assim, a prática de contação de história no ambiente familiar e escolar. Para isso, buscamos aplicar a técnica de ilustração feita à mão livre e a composição formada por diferentes categorias plásticas. Esta proposta conta com 29 páginas, além da capa e contra-capa. Deste total, 15 são ilustrações. Na maior parte das ilustrações, os personagens foram inseridos no centro da imagem. A obra “João Feijão” escrita por Sylvia Orthoff em 1983, conta a história de uma semente de feijão, desde seu nascimento até sua vida adulta. Ao longo da narrativa, a seca é evidenciada sutilmente pela autora. Assim como a sede do personagem, sua luta por sobrevivência e até o nascimento de seu filho. (Germinação de outra semente). Além do personagem principal “João Feijão”, incorporam-se a obra: “Passarinho”, “Sino” e “Nuvem”. A coloração foi uma categoria plástica essencial na construção deste redesign, pois conforme a narrativa se passa, as cores acompanham as fases desta narrativa. O verde foi escolhido para representar o nascimento do personagem, o amarelo a seca enfrentada, o azul representa a busca pela água e o rosa a felicidade do personagem em um novo ciclo de sua vida. Optamos por desenvolver personagens ilustrados a mão livre, com poucos detalhes para que eles se destacassem e criassem uma harmonia visual com fundos chapados coloridos e as fotografias selecionadas. Além disso, as crianças podem interagir mais com o livro, quando o mesmo oferece a possibilidade de colorir os personagens. Além destas escolhas, decidimos trabalhar com a hipérbole, pois o uso de elementos que se voltem para o exagero podem chamar a atenção da criança. Exemplo: quando finalmente choveu na narrativa, inserimos a fotografia do mar, para representar a fartura. Além disso, destacamos algumas palavras por meio de uma alteração no tamanho da fonte, assim palavras como: sede, chuva, água ganharam destaque dentro da narrativa. Já a capa segue a mesma escolha editorial deste arranjo visual, traz uma das ilustrações da obra trabalhada dentro de uma colagem diferente, juntamente com uma tipografia distinta de borda grossa para dar ênfase ao título do livro e uma tipografia fina e sem serifa para o nome da autora. À nível de detalhes, a capa traz o personagem principal com expressão de felicidade, com os braços erguidos para cima sob uma terra árida. Diferente das representações da seca em que a coloração deste clima foi representada pelo uso do amarelo, na capa o azul foi escolhido, especialmente por ter potencial de representar uma mudança neste período. A contracapa segue a mesma coloração da capa e traz informações básicas das atividades desenvolvidas pela equipe. (Ilustração, revisão, diagramação). Por trabalharmos com linguagens plásticas distintas, tivemos o cuidado para não deixar a composição final (de cada página e o redesign como um todo) carregada. Para tanto, apesar de trabalharmos com diferentes técnicas, optamos por trazer poucos elementos em cada página ilustrativa. Para a concretização deste projeto, realizamos um planejamento para dar conta de concluir todas as etapas do projeto de criação e editoração, especialmente por se tratar de uma disciplina com prazos já pré-estabelecidos. Para tanto, as etapas de pré-produção, produção e pós produção serão descritas a seguir. A fase de pré-produção se dividiu nas seguintes etapas: (a) Escolha de um livro infantil; (b) Brainstorm (Chuva de ideias) para definir e afunilar qual seria estética e conceito da reedição; c) Análise dos elementos que compõem as narrativas infantis, para assim identificar e compreender o processo como um todo; d) Divisão de tarefas na equipe, levando em consideração as competências de uma e e) Escolha de uma estética visual, considerando as categorias plásticas que mais se adaptaram a história/estória selecionada. Já a etapa de produção se materializou em: (a) Esboços para definir os bonecos dos personagens da narrativa (João Feijão, o Pássaro, Sino e a Nuvem) (Imagem 10) ; (b) Coloração dos personagens, para a escolha do personagem ser acromático ou colorido (Imagem 11); (c) Renderização do formato final escolhido dos personagens, sendo estes acromáticos; (d) Testes com a composição das imagens, com os personagens da narrativa e (e) Definição da composição da ilustração final. Por fim, a fase de pós-produção com as seguintes etapas: (a) Junção das páginas do livro no software Indesign, levando em consideração à ordem da narrativa; (b) Enumeração das páginas e inserção dos textos que compõem a narrativa por meio do recurso da página-mestre do recurso do próprio Software e (c) Visualização do produto final, levando em consideração os elementos como um todo, isto é, quais detalhes deveriam ser alterados e c) Renderização. Ao completarmos as fases do processo do nosso projeto, realizamos a impressão do material final, para que pudéssemos ter em mãos, o resultado materializado de todo o trabalho que foi realizado ao longo da disciplina de editoração. |
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CONSIDERAÇÕES |
Aqui é importante trazer à tona que ao se trabalhar com técnicas mistas de representação gráfica e diferentes categorias plásticas e linguagens dentro de uma obra, às ilustrações se reconstroem e tendem a promover novos sentidos e experiências a seus leitores. Propomos que a reedição desta obra, por ser uma leitura destinada para crianças (4-6 anos) pode inclusive, ser utilizada nas escolas e em ambientes domésticos, estimulando assim a prática de contação de histórias, a alfabetização e o estímulo à leitura infantil. É válido ainda, trazer à memória que ao ouvir uma história, a criança pode criar novas relações com seu próprio mundo, estimulando seu potencial criativo e novos aprendizados. E isso pode ser realizado a partir de experiências com linguagens plásticas, fazendo com que o leitor - no caso a criança - se sinta estimulado a leitura, ou não. Após concluirmos o trabalho, construímos novos olhares e percepções – tanto em nível técnico quanto teórico. Além disso, tivemos a percepção de como o redesign e a composição de uma ilustração - principalmente em histórias infantis - pode mudar completamente - para melhor - o modo como a criança pode perceber e carregar consigo, um estímulo positivo ou negativo da ação da leitura. 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀搀㘀㈀愀 㠀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䄀䴀伀刀䤀䴀Ⰰ 䜀愀氀攀渀漀 攀琀 愀氀⸀ 刀攀琀爀愀琀漀猀 搀愀 氀攀椀琀甀爀愀 渀漀 䈀爀愀猀椀氀⸀ 䤀渀猀琀椀琀甀琀漀 倀爀ⴀ䰀椀瘀爀漀Ⰰ ㈀ 㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䈀夀匀吀刀䤀一䄀Ⰰ 䤀瘀愀渀⸀ 吀瀀椀挀漀猀 搀攀 猀攀洀椀琀椀挀愀 搀愀 挀甀氀琀甀爀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䌀䤀匀䌀Ⰰ 㤀㤀㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䘀刀䔀䤀刀䔀Ⰰ 倀愀甀氀漀⸀ 䔀搀甀挀愀漀 挀漀洀漀 瀀爀琀椀挀愀 搀愀 氀椀戀攀爀搀愀搀攀⸀ 䔀搀椀琀漀爀愀 倀愀稀 攀 吀攀爀爀愀Ⰰ ㈀ 㐀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䜀唀䤀䴀䄀刀쌀䔀匀Ⰰ 䰀甀挀椀愀渀漀⸀ 䄀 挀漀爀 挀漀洀漀 椀渀昀漀爀洀愀漀㨀 愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 戀椀漀昀猀椀挀愀Ⰰ 氀椀渀最甀猀琀椀挀愀 攀 挀甀氀琀甀爀愀氀 搀愀 猀椀洀戀漀氀漀最椀愀 搀愀猀 挀漀爀攀猀⸀ ㌀ꨀ 䔀搀椀漀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䄀渀渀愀 䈀氀甀洀攀Ⰰ ㈀ ⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀伀䄀刀䔀匀Ⰰ 䴀⸀ 䈀⸀ 䔀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 挀漀洀 䴀愀最搀愀 匀漀愀爀攀猀⸀ 䰀攀琀爀愀 䄀㨀 伀 樀漀爀渀愀氀 搀漀 䄀氀昀愀戀攀琀椀稀愀搀漀爀Ⰰ 䈀攀氀漀 䠀漀爀椀稀漀渀琀攀 愀渀漀 Ⰰ 渀⸀ Ⰰ 愀戀爀⸀⼀洀愀椀漀 ㈀ 㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀伀䄀刀䔀匀Ⰰ 䴀愀最搀愀⸀ 一漀瘀愀猀 瀀爀琀椀挀愀猀 搀攀 氀攀椀琀甀爀愀 攀 攀猀挀爀椀琀愀㨀 氀攀琀爀愀洀攀渀琀漀 渀愀 挀椀戀攀爀挀甀氀琀甀爀愀⸀ 䔀搀甀挀愀漀 ☀ 匀漀挀椀攀搀愀搀攀Ⰰ 瘀⸀ ㈀㌀Ⰰ 渀⸀ 㠀Ⰰ ㈀ ㈀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀倀䤀䔀䬀䔀刀䴀䄀一一Ⰰ 䔀爀椀欀⸀ 䄀 氀椀渀最甀愀最攀洀 䤀渀瘀椀猀瘀攀氀 搀愀 吀椀瀀漀最爀愀昀椀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䈀氀甀挀栀攀爀Ⰰ ㈀ ⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀䤀䔀吀刀伀䘀伀刀吀䔀Ⰰ 䄀渀琀漀渀椀漀 嘀椀挀攀渀琀攀⸀ 䄀渀氀椀猀攀 搀漀 琀攀砀琀漀 瘀椀猀甀愀氀㨀 愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀愀 椀洀愀最攀洀⸀ ㈀ꨀ 䔀搀椀漀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䔀搀椀琀漀爀愀 䌀漀渀琀攀砀琀漀Ⰰ ㈀ 㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀刀팀ⴀ䰀䤀嘀刀伀Ⰰ 䤀一匀吀䤀吀唀伀⸀ 刀攀琀爀愀琀漀猀 搀愀 氀攀椀琀甀爀愀 渀漀 䈀爀愀猀椀氀 ㌀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䤀洀瀀爀攀渀猀愀 伀昀椀挀椀愀氀 搀漀 䔀猀琀愀搀漀 搀攀 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䤀渀猀琀椀琀甀琀漀 倀爀ⴀ䰀椀瘀爀漀Ⰰ ㈀ 㘀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀伀刀吀䠀伀䘀Ⰰ 匀礀氀瘀椀愀㬀 伀一伀Ⰰ 圀愀氀琀攀爀⸀ 䨀漀漀 昀攀椀樀漀㨀 吀攀砀琀漀⸀ 㤀㠀㌀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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