ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00580</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Moda e consumo: uma abordagem mercadológica</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Julia Mantovani (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Barbara Moreira Fontes Dias (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Igor Henrique Bisello (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Juliana Del Secchi (Pontifícia Universidade Católica do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Estampa, Estilista, Estilo, Moda, Vestuário</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este projeto trata-se de uma pesquisa mercadológica realizada em cinco etapas, sendo três delas, qualitativas e, duas, quantitativas, abordando o consumo de moda em Curitiba e no sul do Brasil. As pesquisas são parte do Projeto Experimental do curso de Publicidade e Propaganda da PUC-PR, cuja proposta era a elaboração de uma campanha para a cliente Amanda Ditzel, uma estilista de Curitiba que cria estampas autorais e exclusivas para suas peças voltadas ao público feminino. O objetivo das pesquisas foi de entender a atitude de mulheres em relação à moda fast fashion - peças produzidas, consumidas e descartadas de forma rápida - em comparação com peças produzidas por estilistas. Assim, foi possível compreender as diferenças e motivações dos dois lados, bem como características do perfil dos públicos estudados.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A moda faz parte do dia a dia da população, inevitavelmente, exteriorizando um pouco da nossa personalidade por meio de roupas e acessórios. Estas peças atendem à todos os estilos e tendem a melhorar a autoestima do consumidor, mas, o que leva alguém a adquirir peças de lojas de rede ou diretamente com estilistas? As pesquisas em questão se mostraram necessárias a partir dos desafios encontrados nos ambientes micro e macro da empresa Amanda Ditzel, em que percebeu-se a carência de informações sobre o setor e o comportamento do público em questão. Pesquisas de mercado têm a responsabilidade de "oferecer informações que ajudem a detectar problemas e oportunidades para, se necessário, descobrir o suficiente para tomar decisões" (AAKER; KUMAR; DAY, 2011, p. 28), portanto, no caso da cliente, que é pouco conhecida no mercado, as pesquisas qualitativas formaram uma base de informações que foram, posteriormente, confirmadas na etapa quantitativa. Dessa forma, foram realizadas entrevistas em profundidade com especialistas da área, com a intenção de conhecer o meio em que a cliente atua e como está acontecendo a mudança da produção em massa para um mercado de moda mais sustentável; entrevistas em profundidade com clientes da marca Amanda Ditzel, para conhecer as motivações de compra e experiências vividas por estas mulheres; um grupo focal com consumidoras de produtos e serviços de estilistas, para compreender opiniões, hábitos e interesses relacionados à área; e pesquisas quantitativas acerca do consumo do setor vestuário em Curitiba e do consumo de produtos e serviços de estilistas no sul do Brasil, para verificar dados encontrados nas pesquisas anteriores e comparar as motivações destes dois grupos distintos, mas próximos, de consumidoras. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A cliente em questão é pouco conhecida no mercado de moda local, mesmo entre aqueles que são adeptos à moda slow fashion - produção de peças de forma exclusiva e quase artesanal -, que é o estilo utilizado pela marca Amanda Ditzel. A empresa tem ruídos em comunicação e diversos concorrentes conhecidos pelo público local, porém nenhum concorrente com diferenciais com tanto potencial quanto Amanda, que desenha manualmente estampas que serão, posteriormente, transformadas em vestidos, saias e jaquetas. Assim, o objetivo das pesquisas é de conhecer o meio de contato principal entre marcas de estilistas e seus consumidores, além de compreender as opiniões deste público que valoriza o trabalho exclusivo de estilistas em comparação com a produção em massa das lojas habituais. Além disso, busca-se entender, também, o comportamento do consumidor de moda em relação aos momentos de crise, pois as peças de estilistas tendem a ser mais caras do que as peças encontradas em lojas de rede. A relação dos produtos com a autoestima, o processo de fidelização do cliente e a percepção do público em relação às marcas concorrentes do mercado curitibano também são fatores que devem ser analisados nas etapas da pesquisa em questão. Assim, pretende-se perceber, dentre o setor e as opiniões das consumidoras, onde se encontram as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da marca Amanda Ditzel. Dessa forma, pode-se trabalhar as potenciais forças e corrigir fraquezas, bem como aproveitar oportunidades e analisar ameaças, construindo uma comunicação que alcance o público de forma efetiva, demonstrando as características da empresa, com destaque para a natureza artística encontrada nas estampas criadas pela estilista.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O estudo realizado por meio das fases da pesquisa em questão tem potencial para o desenvolvimento de uma comunicação eficaz para a marca, além de uma maior compreensão por parte da empresa em relação ao setor em que se encontra, e as ideias e características de perfil de suas consumidoras. A marca Amanda Ditzel conta com estampas autorais, atendimento com horário marcado e localização privilegiada no bairro Batel, porém é uma marca desconhecida, com comunicação falha e forte concorrência, até mesmo no próprio bairro. Dessa forma, é fundamental que a empresa, mesmo sendo relativamente pequena, realize pesquisas para entender a situação do mercado e saber o que seus concorrentes estão fazendo, além de conhecer seus consumidores e suas exigências (Posner, 2015). Trata-se de uma empresa com apenas 2 anos de mercado, mas que deseja crescer e ser reconhecida por suas características únicas, pois são características valorizadas e buscadas por um nicho - crescente - da população. Estas percepções sobre o que o público busca e que parcela do público busca exatamente o que sua empresa tem a oferecer, são as percepções que foram discutidas e reafirmadas nas etapas da pesquisa em questão. Estas informações que serão encontradas nas pesquisas podem ser transformadas em diferentes posicionamentos de marca, identidades visuais, campanhas, ensaios fotográficos, slogans, entre outros. Tudo pode mudar ou se tornar mais forte dependendo dos dados percebidos em pesquisas de caráter qualitativo, além de pesquisas quantitativas, que se mostram eficazes na comprovação de características e na comparação de dados e posicionamentos distintos. As entrevistas com especialistas são fundamentais para a compreensão do ponto de vista de alguém que vive e estuda o setor em questão, além de proporcionarem insights sobre mudanças oportunas na atitude dos consumidores e tendências a se considerar. Já as entrevistas com clientes da marca se mostram eficazes na percepção da forma de contato destas mulheres com a empresa, além da possibilidade de se conseguir dados das experiências das consumidoras com a marca, sendo estes dados positivos ou negativos. O grupo focal com consumidoras de produtos e serviços de estilistas locais tem potencial para discussão fluida acerca dos concorrentes da marca Amanda Ditzel, além de trazer opiniões sobre diferentes estilos aplicados pelos estilistas. Então, as pesquisas quantitativas vêm para trazer conclusões acerca das diferenças de consumo entre marcas de rede e marcas de estilistas, bem como pontuar características demográficas de cada um destes públicos, que se comportam de formas diferentes, porém de forma paralela. Há a possibilidade, então, de se notar, por meio das pesquisas, quais são os fatores chave que causam estas diferenças nos dois perfis de consumidores, e se há tendência para um tipo de comportamento ou outro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em relação à primeira pesquisa realizada - entrevista com especialistas - a pesquisa exploratória é essencial para compreender  a natureza geral de um problema, as possíveis hipóteses alternativas e as variáveis relevantes que precisam ser consideradas (AAKER; KUMAR; DAY, 2011, p. 94). Alguns fatores associados à esse tipo de pesquisa são os métodos qualitativos, flexíveis e com pouco conhecimento prévio. A flexibilidade permite com que surjam novas e diferentes visões sobre o tema abordado (AAKER; KUMAR; DAY, 2011). Para compreender o contexto do assunto abordado, utiliza-se a pesquisa qualitativa, pois proporciona melhor visão gerando maior compreensão dos objetivos propostos. Ao contrário do método quantitativo, onde utilizam-se perguntas fechadas e respostas precisas, a qualitativa utiliza perguntas abertas, tornando-se possível entender os  valores, emoções e motivações que se situam no nível subconsciente (MALHOTRA, 2001, p. 155) do entrevistado. O método de obtenção de dados qualitativos foi feito por meio de entrevistas em profundidade. De acordo com Malhotra (2001), são entrevistas realizadas individualmente, com duração entre 30 minutos a 1 hora, não estruturadas - onde o entrevistador realiza a primeira pergunta e depois vai desenvolvendo as outras de acordo com as respostas do entrevistado. Existem diversas formas de aplicação das entrevistas em profundidade, entre elas, a entrevista com profissionais da área. A entrevista em profundidade com consumidoras da marca Amanda Ditzel segue o mesmo padrão, pois pesquisas exploratórias são essenciais para entender os consumidores da marca, uma vez que estas caracterizam-se como  pesquisas que visam estudar atitudes, opiniões e crenças sobre o consumo (NIQUE; LADEIRA, 2014, p. 67). Quando se trata de consumo e fatores que levam as pessoas a praticar o ato de consumir, torna-se essencial a aplicação de métodos qualitativos, como grupos focais e entrevistas individuais com roteiros de perguntas - pois ao contrário, utilizando-se o método quantitativo, obtém-se respostas limitadas e, possivelmente, desconexas. Para obter-se os dados qualitativos necessários, foi usada a técnica de entrevistas em profundidade. De acordo com Churchill Júnior, Brown e Suter (2011), as entrevistas têm como objetivo explorar a experiência daqueles que detém informações relevantes à questão. A aplicação feita aqui foi com consumidoras da marca, capazes de acrescentar informações úteis, vivenciadas apenas por elas mesmas, muitas vezes, em momentos especiais. Já na terceira pesquisa, com consumidoras de produtos e serviços de estilistas, a melhor metodologia para gerar o máximo de informações possíveis sobre o assunto é a implementação de um Grupo de Foco. Pesquisas com natureza exploratória são feitas frente a frente, em entrevistas individuais, como as duas primeiras pesquisas realizadas, ou em grupo, na forma de grupos focais. Estes grupos são mediados por uma pessoa treinada para levar a discussão de maneira natural para os tópicos necessários, conversando com um grupo de pessoas apropriadas de acordo com o mercado-alvo da pesquisa (MALHOTRA, 2005). Pelo potencial de descobertas em uma discussão que flui naturalmente,  as discussões em grupo são os mais importantes procedimentos da pesquisa qualitativa (MALHOTRA, 2005, p. 115). Dessa forma, o grupo discute com harmonia seus sentimentos e atitudes a respeito dos tópicos, complementando pensamentos uns dos outros e incentivando comentários ainda mais profundos sobre. A gravação em vídeo também ajuda na interpretação das expressões faciais e da linguagem corporal das pessoas, enquanto conversam entre si por meio da condução do moderador, que deve estabelecer relação entre estes participantes, buscando suas opiniões mais reservadas (MALHOTRA, 2005). Então, evidencia-se a relevância do método quantitativo. Com objetivo de verificar dados relacionados ao consumo do setor vestuário em Curitiba, bem como ao consumo de produtos e serviços de estilistas no sul do Brasil, foram realizadas duas pesquisas quantitativas com finalidade de reafirmar razões de rejeição e aceitação, validar as características de consumo do setor e constatar meios para alcançar o público desejado. A partir das pesquisas anteriores, para tirar conclusões sobre os hábitos de consumo do público alvo, foram aplicadas pesquisas quantitativas, definidas como conclusivas descritivas transversais e únicas. Conclusiva, pois esse método se baseia em amostras grandes e auxilia na tomada de decisões de caminhos para solucionar os problemas, e, conforme Kotler (2000), o pesquisador deve saber exatamente qual a meta que pretende alcançar ou qual informação pretende conseguir com a pesquisa. A pesquisa conclusiva é, de maneira geral, mais formal e estruturada do que a exploratória. Ela trabalha com amostras representativas, em que os dados, por serem conclusivos, são muito utilizados na tomada de decisões gerenciais (MALHOTRA, 2001). Dentro da pesquisa conclusiva, foi escolhido o método descritivo, onde  o principal objetivo é descrever alguma coisa, normalmente características ou funções de mercado (MALHOTRA, 2001, p. 108), ou seja, determina as características dos grupos e permite uma melhor compreensão do seu comportamento e elementos que influenciam determinada ação, como o consumo. As pesquisas descritivas também podem ser classificadas como transversais únicas ou múltiplas, e, ambas as duas pesquisas aplicadas pelo Grupo Sul foram classificadas como transversais únicas. Nesse caso, a extração de respostas acontece somente com uma amostra de entrevistados da população alvo, e são obtidas somente uma vez as informações da amostra (MALHOTRA, 2001). O método utilizado pela equipe foi o survey que, de acordo com Malhotra (2001, p. 179)  se baseia no interrogatório dos participantes, aos quais se fazem várias perguntas sobre seu comportamento, intenções, atitudes, percepção, motivações, e características demográficas e de estilo de vida . As perguntas podem ser feitas pessoalmente, por email, ou, como neste caso, disponibilizadas e compartilhadas na internet, com questionários estruturados de forma padronizada para auxiliar na coleta de dados. Com uma coleta estruturada de dados, é elaborado um questionário formal, de perguntas feitas em uma ordem predeterminada, deixando o processo direto, clarificando o objetivo da pesquisa (MALHOTRA, 2001).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na entrevista com especialistas da área, por tratar-se de uma pesquisa qualitativa, houve a escolha de uma amostra pequena e não representativa, formada por duas profissionais atuantes na área de moda no sul do país e um profissional carioca criador de uma marca sustentável, que participam desse mercado há anos e que acompanham as constantes mudanças deste meio. A coleta de dados com as profissionais do Sul - Camila e Cindy - partiu de um roteiro base igual com 20 perguntas abertas, para conseguir entender a visão de duas profissionais que trabalham na mesma região mas com funções diferentes. Logo, para o André Carvalhal, foram criadas perguntas relacionadas como a sua mudança de visão de uma pessoa que trabalhava em uma grande marca até a criação de sua própria marca sustentável - assuntos discutidos em seus livros  A Moda Imita a Vida e  Moda com Propósito . Entre os assuntos abordados nas três entrevistas, é possível destacar algumas questões, como em relação à mudança do movimento fast fashion para o slow fashion, onde Camila acredita que é uma mudança notável e que estão surgindo cada vez mais iniciativas e discussões, disseminando o assunto e trazendo mais gente para essa forma de consumo e produção conscientes. Porém, Cindy não reconhece esta mudança como significativa o suficiente para ser notada. Considerando as profissões das especialistas, compreende-se o posicionamento diferenciado delas, pois Camila é estilista adepta ao slow fashion, e Cindy trabalha dentro da indústria do fast fashion. Já Carvalhal coloca os 3 vetores de transformação com base na consciência do público e das marcas, além da crise. Tanto a marca Amanda Ditzel quanto seu público já possuem e valorizam este tipo de posicionamento, sendo ou não muito afetados pela crise - como veremos nas próximas pesquisas. Considerando a falta de modelos e exemplos de marcas bem sucedidas na área, André enxerga a oportunidade de liberdade que uma marca como Amanda Ditzel pode ter. Sendo um assunto novo em um cenário em transformação, há infinitas possibilidades de produção que possam se provar de sucesso. Na entrevista com consumidoras da marca, foram contatadas clientes do ateliê, as quais caracterizaram uma amostra, na qual, por meio de suas experiências de compra vivenciadas, puderam acrescentar uma opinião real e qualificada sobre diversos fatores. A amostragem desta pesquisa caracteriza-se como não probabilística por conveniência, pois nela, segundo Samara e Barros (2002, p. 94): "os elementos da amostra são selecionados de acordo com a conveniência do pesquisador. São as pessoas que estão ao alcance do pesquisador e dispostas a responder a um questionário". A entrevista se deu com 10 mulheres, de 23 a 44 anos e de profissões diversas, com um roteiro composto de 23 perguntas, as quais exploraram informações pessoais básicas, aspectos de motivação de compra, além de percepções acerca da marca e do mercado. Nos resultados da pesquisa, percebeu-se uma peculiaridade na forma de contato das clientes para com a marca. Muitas das consumidoras já possuíam algum tipo de relação com a estilista. As demais, a conheceram via redes sociais além do evento LABModa, realizado pelo shopping Pátio Batel. Os principais relatos acerca do diferencial no trabalho de Amanda Ditzel foram sobre as estampas criadas pela estilista, bem como a exclusividade, a qualidade, o cuidado e o relacionamento com os clientes. Das dez entrevistadas, sete conheciam o termo slow fashion, porém todas acreditavam, mesmo que com ressalvas, em uma moda sustentável. Indagadas sobre a moda curitibana, as respostas apontaram para um cenário no qual fabricam-se peças exclusivas, simples e sofisticadas, de acordo com o clima e estação da região, valorizando pessoas locais. Em relação ao grupo focal com consumidoras de produtos e serviços de estilistas, para o recorte da amostra, entende-se a necessidade de que todas as participantes sejam mulheres, de 20 a 40 anos, que tenham tido experiências com estilistas curitibanos, tanto com peças de coleção quanto com peças sob medida. Na reunião com 6 mulheres, foi possível perceber que, dentre os resultados adquiridos no grupo focal, evidencia-se a relevância da percepção das participantes acerca da grande presença de marcas de estilistas nas mídias online, principalmente no Facebook e Instagram. A maioria das participantes enaltece a exclusividade dos produtos e serviços de estilistas, pois percebe que as grandes marcas, por muitas vezes, têm coleções muito parecidas. Como mencionado por uma das participantes:  o bacana da moda autoral é justamente isso, de propor às vezes alguma coisa que não vai só de encontro com a tendência, mas sim com o estilo, a característica específica de alguma coisa que o estilista gosta de desenvolver . Então, na pesquisa quantitativa acerca do consumo do setor vestuário em Curitiba, a amostra foi de consumidores de roupas em geral, a fim de entender suas atitudes relacionadas à compra de peças do setor. Enquanto a pesquisa quantitativa acerca do consumo de produtos e serviços de estilistas foi configurada para abranger uma amostra mais ampla, ou seja, a pesquisa foi aberta para mulheres de todo o sul do Brasil que já compraram com estilistas. Assim, percebeu-se, no primeiro questionário, principalmente, que os motivos de consumo de peças do vestuário se mostram como desejo de bem estar e ocasiões especiais. Já os fatores classificados de acordo com a importância na hora da compra se dão como, principalmente, em relação ao preço, qualidade e conforto das peças. No segundo questionário, a maioria das respondentes teve contato com o estilista por meio de recomendação, comprando, principalmente, peças sob medida e mais de uma vez. Os motivos para o interesse foram, em sua maioria, a exclusividade, estilo, qualidade do acabamento e opção de peças sob medida. Além disso, somente 13% conhecem a marca Amanda Ditzel. Todos os 86% que não conhecem a empresa são adeptos ao consumo autoral, e, consequentemente, potenciais consumidores da estilista. As características mais valorizadas pelas respondentes que conhecem a marca Amanda Ditzel são a estampa autoral e o estilo das peças.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Dentre as informações relevantes obtidas nos resultados das cinco pesquisas realizadas, intensifica-se a questão da mudança de cenário da moda fast para slow fashion. Os especialistas, as consumidoras da marca e as participantes do grupo focal percebem a ascensão de morais relacionadas aos métodos de trabalho e à sustentabilidade. As consumidoras da marca Amanda Ditzel, bem como as participantes do grupo focal e as respondentes do questionário, conheceram seus estilistas por meio, principalmente, de recomendação, redes sociais e eventos. Os respondentes que não têm experiências com consumo de estilistas afirmam como motivações, em sua maioria, a falta de informações sobre estilistas e a falta de conhecimento sobre a área. Há, então, potenciais consumidores deste tipo de serviço, porém, pela falta de divulgação, este público permanece com uma lacuna referente à este tipo de experiência. Tanto as consumidoras da marca em questão, quanto as respondentes do questionário acerca dos serviços de estilistas, afirmam que fatores como a exclusividade, modelagem, estilo e qualidade de tecidos, são diferenciais que agregam na hora da decisão de compra, todos fatores presentes na empresa em questão. Os resultados relacionados aos perfis e estilos compreendidos pelas marcas de estilistas são relevantes para a cliente, pois as pessoas tendem a buscar identificação exterior que combine com seu interior. Dessa forma, percebe-se a relevância dos conhecimentos adquiridos por meio das pesquisas realizadas, pois conclui-se que a marca atende às necessidades do nicho de consumidoras em questão, porém falha na forma de contato com este público. Além disso, compreende-se o momento de transição para a moda slow fashion que o mercado encontra-se, atualmente, além da importância de se trabalhar com um estilo próprio em uma marca de moda.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AAKER, David; KUMAR, Vinay; DAY, George. Pesquisa de marketing. São Paulo: Atlas. 2011. <br><br>CHURCHILL JÚNIOR, Gilbert; BROWN, Tom; SUTER, Tracy. Pesquisa básica de marketing. São Paulo: Cengage Learning. 2011.<br><br>KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2000. <br><br>MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman. 2001.<br><br>MALHOTRA, Naresh. Introdução à pesquisa de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2005.<br><br>NIQUE, Walter; LADEIRA, Wagner. Pesquisa de marketing: uma orientação para o mercado brasileiro. São Paulo: Atlas. 2014. <br><br>POSNER, Harriet. Marketing de moda. São Paulo: GGmoda. 2015. <br><br>SAMARA, Beatriz; BARROS, José. Pesquisa de marketing: conceitos e metodologia. São Paulo: Prentice Hall. 2002. <br><br> </td></tr></table></body></html>