ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00667</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Te quero Baby</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Raquel Salles da Silva (Centro Universitário Curitiba); Janiclei Aparecida Mendonça (Centro Universitário Curitiba); Nelson Gonçalves Neto (Centro Universitário Curitiba); Guilherme Rafael Bueno Alves (Centro Universitário Curitiba); Ana Marcelina Moraes da Cruz (Centro Universitário Curitiba); Fernanda Joppert Carvalho de Souza (Centro Universitário Curitiba); Aline Pereira dos Santos (Centro Universitário Curitiba); Leandro Rosa Stahsefski (Centro Universitário Curitiba); Luana Nadyne de Siqueira Galdino (Centro Universitário Curitiba)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Curitiba, Diversidade, Independente, Música, Videoclipe</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O videoclipe TE QUERO BABY da banda Boogie Jump Blues Band foi desenvolvido na disciplina Produção Audiovisual no primeiro semestre de 2017. A história contada envolve um casal que, numa de suas saídas pela noite, conhecem uma figura misteriosa e envolvente que irá, fatalmente, mudá-los. O vídeo, que tem duração de aproximadamente 6min foi pensado para divulgação na internet e a abordagem audiovisual contempla a câmera na mão e o jumpcut, ambas técnicas advindas da Nouvelle Vague. Para tanto, o embasamento teórico contempla autores como Luiz Carlos Oliveira Jr., Amiel Vincent e Alfredo Manevy por abordarem sobre a mise-en-scène, a montagem e a Nouvelle Vague. Após exposição, são tecidas considerações sobre referências cinematográficas assim como o processo de criação, produção, execução e finalização da obra para, enfim, se relatar sobre a experiência da equipe.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">TE QUERO BABY (Bárbara Ribas e Fabiano Wunder, 2016) conta a história de uma mulher independente e apaixonada que toma as  rédeas do relacionamento declarando-se e inquirindo o outro. A música, que se trata de um blues, insere o contexto na noite curitibana, envolvendo o ouvinte pelo ritmo alegre. Com isso em mente, o videoclipe foi pensado visando o público-alvo da banda (jovens e adultos de 20 a 50 anos, que gostam da noite, curtem pubs e blues) e foi desenvolvido para contar uma história nesse ambiente boêmio. Para tanto, o estilo da escola cinematográfica Nouvelle Vague foi a base de referência para o estilo fílmico da obra. Assim, foram consultados autores como David Bordwell e Kristin Thompson, Jacques Aumont e Alfredo Manevy por abordarem sobre a linguagem cinematográfica, a montagem e a Nouvelle Vague. Essa referência nos possibilitou estruturar o estilo do videoclipe que contempla planos longos nos quais foram realizados cortes (jumpcut) e cuja técnica de filmagem foi a câmera na mão. Dessa maneira, foi possível elaborar um vídeo no qual é realizado um  passeio pela narrativa, criando uma mise-en-scène dinâmica, aos moldes da música.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Podemos dividir o objetivo dessa produção em dois momentos. O primeiro, que diz respeito à disciplina, foi possibilitar aos acadêmicos a experiência da prática na produção de um videoclipe, uma vez que cada formato, em termos gerais, se distingue entre si, isto é, a linguagem de um videoclipe precisa de alguns recursos que lhe são próprios como, por exemplo, atentar-se ao ritmo da música. E em um segundo momento, o objetivo do videoclipe foi atender a um cliente real, produzindo o vídeo para uma de suas músicas no intuito de contar uma história de maneira envolvente, saindo dos clichês de clipes já filmados para blues.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Produzir uma obra audiovisual é uma atividade que só se realiza em equipe e precisa de muita dedicação, pois cada etapa de produção demanda horas de empenho e atenção para que todos os elementos sejam arrematados ao fim do trabalho de edição. Somente com o trabalho em equipe é que todos podem aprender sobre as possibilidades e dificuldades de uma produção. Assim, a justificativa desse trabalho se define no aprendizado técnico e criativo calcado na prática de produção e, com isso, geral reflexões sobre as etapas, a linguagem audiovisual e narrativa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">TE QUERO BABY conta um momento específico na vida de um casal que sai à noite para se divertir num pub em Curitiba e acaba conhecendo uma mulher que os envolve em diferentes momentos, sendo alguns deles simultâneos. A ideia era a de contar essa história sem cair nos clichês de outros videoclipes que associam a figura do Diabo ao blues e, portanto, trocamos a figura do Diabo pelo a da mulher, a empoderando. Essa associação acontece pelo figurino, atitudes da atriz e desfecho, momento no qual ela apresenta uma carta de baralho para o espectador. Ainda na ideia, pensou-se em trabalhar o vídeo durante a noite, mais precisamente em um pub, em meio a circulação de freqüentadores desse local. Esses freqüentadores não eram atores, mas pessoas  reais que estavam ali para se divertir enquanto ouviam a banda BoogieJump Blues Band tocar. Assim, foi decidido que o videoclipe aliaria marcação dos três atores e pessoas que por ali transitavam. Bem por isso, a decisão pelas técnicas utilizadas foi a da Nouvelle Vague que inauguroua concepção da câmera na mão, um olhar mais livre, e o jumpcut, que se trata de cortes no decorrer das sequências que dinamizam ritmicamente a narrativa. Segundo Manevy, a Nouvelle Vague era formada por uma consciência que  alojaria tanto a inocência criativa quanto o descrédito do cinema, propiciando o abandono da janela estável e transparente do ilusionismo clássico (MANEVY, 2012, p. 221). Dessa maneira, a escola cinematográfica incorpora a estética do fragmento, acasos, polifonia narrativa e formas que eram usadas comumente no documentário, literatura e artes. Nesse sentido, o trabalho da mise-en-scène no videoclipe que, segundo Oliveira Jr., se trata de uma visão sobre o mundo, ou seja, a cena é montada para ser enquadrada na lente da câmera de maneira que possamos contar essa história, foi elaborada de maneira a captar a noite curitibana em um pub. Os planos contemplam as pessoas, a iluminação escassa e os elementos que compõem o espaço do pub no intuito de remeter a história, imediatamente, aquele momento e ação. Metz preconiza que um plano sozinho não contém em si todo o significado e, bem por isso, a montagem torna-se fundamental na construção do significado da obra audiovisual que, por sua vez, trabalha com elementos fílmicos como, por exemplo, enquadramentos, luz, cor, elipses, som, cenário, figurino, entre outros que, são a base da linguagem audiovisual. Em relação ao tipo de montagem, foi privilegiada a montagem rítmica para que o visual do videoclipe se adequasse à trilha, sendo essa montagem fundamental para o ritmo da obra como um todo, uma vez que  repetições de longe em longe, similaridades aproximativas, sensações que abrem à memória um espaço diferente, e projetam noutros lugares sentimentos que voltam a palpitar [...] as rimas visuais são de todas as naturezas, assumem múltiplas expressões (AMIEL, 2016, p. 93). Por fim, aliada a essa estética, e para além do empoderamento da protagonista, também foi trabalhado o diverso, as pessoas enquanto indivíduos únicos. Essa ideia fica explícita quando no videoclipe foi dado ênfase em alguns personagens como a DragQueen, o nerd, o malandro, o roqueiro, a hippie, entre outros, dançam para a câmera. Nesse momento, cada um é filmado isolado em meio ao público. Para tanto, a equipe de figurino e maquiagem trabalhou com afinco para conseguir os figurinos e reunir pessoas que tivessem o perfil para compor o vídeo. Por fim, a banda que estava tocando naquela noite também foi filmada para queinserts fossem inseridos. No entanto, a banda não foi o foco da narrativa, mas ficou em segundo plano propositadamente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha da banda foi decidida por requisitos pré-estipulados, como ser da capital Curitiba, com uma música pronta e gravada e com disponibilidade de tempo para a gravação do videoclipe. Antes das gravações, tivemos dois encontros com integrantes da banda, para definir alguns dos processos de gravação e escolha do local. Após, foi elaborado um roteiro no qual se objetivou criar uma história que falasse da letra, mas ao mesmo tempo criasse seu próprio universo. Com a aprovação, a equipe se preocupou em procurar a locação, figurino e equipamentos. O processo de captação das imagens foi desafiador, pois o local escolhido para a gravação do videoclipe foi um Pub  Purple Reis, que foi cedido gratuitamente para nossa gravação. Mas ele não foi fechado para a gravação, ou seja, no momento da captação das imagens, o Pub estava recebendo clientes, com movimentação maior que o normal devido ao show da banda, o que gerou mais espectadores do clipe do que imaginávamos. A banda apresentou mais músicas no dia enquanto se preparava para a gravação do clipe. O Pub ainda cedeu espaço para os atores e a turma participante, para montagem dos looks, maquiagem, troca de roupas, organizações gerais e, também, um local para os colaboradores ficarem durante a gravação do videoclipe. Os looks usados foram cedidos por uma das integrantes da equipe, a maquiagem e o cabelo foram preparados por duas outras integrantes. As cenas externas da antagonista foram gravadas na rua e na calçada próxima ao pub, durante a mesma noite de gravação do videoclipe, para mostrar o início da história contada. Logo depois, foram gravadas cenas da banda se organizando no palco, com alguns coadjuvantes dançando e se divertindo durante as músicas, com o intuito de mostrar a diversidade e a liberdade pregada pela história do videoclipe. Com o decorrer do show, mais cenas foram captadas pela equipe para enfatizar o vídeo com cenas de vários ângulose para mostrar todas as faces de todas as pessoas ali envolvidas. A pista de dança foi criada de forma que todos pudessem dançar com espaço, com as mesas sendo recolhidas nos cantos, além de que os protagonistas da história atuaram em uma cena de dança no mesmo espaço, que mostra os coadjuvantes ao fundo. O áudio da música foi gravado em estúdio para ter uma qualidade mais elevada. O trabalho de pós-produção envolveu a utilização de filtros para equilibrar a temperatura de cada cena, a técnica do jump cut para dar ritmo às sequências e, com isso, mostrar a sensualidade divertida contida na música e também no contexto do vídeo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Gravar um videoclipe em um espaço público, com muitos figurantes e luz ambiente é um grande desafio, que exige muito planejamento para a execução sair perfeita. Exige também uma dose de improviso e raciocínio lógico para encontrar soluções rápidas e eficientes. Desenvolver esse videoclipe proporcionou experiência prática em várias áreas, desde o trabalho em equipe, confiança e força de vontade concluir da melhor forma possível esse desafio de gravar no meio do público, durante a noite e na cidade. Compreender o processo de produção em um ambiente tão dinâmico foi fundamental para que o videoclipe fosse desenvolvido da forma que imaginamos no roteiro, aproveitando assim o espaço cedido, a química da banda para com o público a fim de passar a energia da banda e dos fãs num clipe com baixíssimos custos de produção. O trabalho não foi fácil, mas o resultado foi satisfatório para toda a equipe e também foi aprovado com louvor pela Boogie Jump Blues Band.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">OLIVEIRA JR., Luiz Carlos. A mise-en-scène no cinema. Do clássico ao cinema de fluxo. Campinas: Papirus, 2013.<br><br>AMIEL, Vincent. Estética da montagem. Lisboa: Edições Texto e Grafia, 2016.<br><br>MANEVY, Alfredo. Nouvelle Vague. In: MASCARELLO, Fernando. História do cinema mundial. São Paulo: Papirus, 2012.<br><br> </td></tr></table></body></html>