ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00786</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Almanaque da Cibercultura: série audiovisual</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;HELOUISE MARLI SILVA DE DOMENICO (UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ); Yasmin Coelho de Santana (UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ); Edna Miola (UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Cibercultura, Comunicação científica, Produção audiovisual, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O "Almanaque da Cibercultura" consiste em um projeto de Comunicação Científica no formato audiovisual produzido no âmbito da disciplina de Cibercultura do curso de Comunicação Organizacional da UTFPR. O projeto envolve o planejamento, a roteirização, a produção e a veiculação de conteúdos audiovisuais em um canal do Youtube (https://www.youtube.com/channel/UC1HL0hSwJUrPJMlplNKEgEQ) e em um site hospedado no servidor da universidade (http://cibercultura.ct.utfpr.edu.br). Os vídeos (acompanhados de textos) abordam temas pertinentes à compreensão da cibercultura como um fenômeno que possui dimensões sociais, culturais, políticas, tecnológicas e, especialmente, comunicativas. Até o momento, foram publicados 34 vídeos e a intenção é manter a produção e a veiculação ativa, aumentando o banco de conteúdos e transformando o canal e o site em um repositório relevante, acessível e atualizado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Buscando inovar e tornar acessível o conhecimento científico, o projeto "Almanaque da Cibercultura" surge como plataforma de divulgação e acesso aos conteúdos relacionados à disciplina de Cibercultura, mantido e alimentado por alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Fugindo da ideia de que o que é produzido na academia deve ser mantido dentro dela, ou transmitido de maneira tradicional, como artigos extensos, o site e canal do Youtube aqui apresentados hospedam diversos conteúdos da disciplina, apresentados de maneira interativa e adequada a internet por meio de textos e vídeos curtos, com diversas técnicas, como live action, colagem e animação digital; a partir de diversos estilos de realização, como telejornalismo, documentário, ficção e videoaula. Assumindo como desafio a afirmação de Castells (2003) - "A velocidade da transformação tornou difícil para a pesquisa acadêmica acompanhar o ritmo da mudança com um suprimento adequado de estudos empíricos sobre os motivos e os objetivos da economia e da sociedade baseadas na Internet" - este projeto procura promover a reflexão sobre conceitos pertinentes aos fundamentos da cibercultura, e também dialogar com o que há de mais recente na disseminação de dispositivos, plataformas e meios de comunicação digital.. E o ambiente acadêmico, propiciando suporte em termos de capital intelectual, recursos humanos dedicados à produção e estrutura, como os equipamentos, softwares e servidor para a hospedagem do conteúdo, contribui para que o projeto seja realizado e tornado disponível de maneira gratuita.Um último aspecto a destacar é o caráter contínuo que o Almanaque da Cibercultura pretende ter. Com produção dedicada desde o primeiro semestre de 2017, o repositório, que já acumula 34 produções em texto e vídeo, deve ser mantido e atualizado pelos próximos alunos, servindo como acervo para futuras pesquisas, tanto para material de apoio a outros docentes, como para buscas de usuários da web.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto Almanaque da Cibercultura tem quatro objetivos: 1) discutir conceitos relacionados à Cibercultura; 2) promover a popularização de conceitos importantes para o campo da comunicação e também para a produção de conhecimentos técnicos na área; 3) garantir a acessibilidade de conteúdos a partir da tradução em imagem e texto; 4) promover a experimentação na produção colaborativa e na difusão a partir das redes sociais digitais. O primeiro dos objetivos se relaciona com o domínio de saberes da Cibercultura. Compreendendo os fenômenos relacionados às tecnologias da comunicação como mediadoras das relações humanas (BRIGGS, BURKE, 2004; CASTELLS, 2003) é de importante qualificar estudantes, profissionais e o público em geral para lidar criticamente com os impactos que as inovações podem produzir na existência humana e suas sociabilidade. O segundo objetivo do Almanaque da Cibercultura trata da comunicação científica. Entende-se que é papel da academia não apenas a produção do conhecimento especializado mas também a sua respectiva difusão no mercado profissional, junto àqueles que na universidade constroem sua formação e na sociedade em geral O terceiro objetivo está relacionado à popularização da ciência e leva em conta os novos perfis de consumo de informação e entretenimento a partir de formas tecnologicamente mediadas. Isso quer dizer que é uma preocupação que os saberes tornados disponíveis sejam acessíveis do ponto de vista dos conhecimentos técnicos e teóricos abordados, do ponto de vista dos perfis de atividade das pessoas nos ambientes digitais de comunicação e do ponto de vista da inclusão de públicos no que tange a condições de visão e audição (a meta foi utilizar simultaneamente imagens, textos e narração). O último objetivo se relaciona ao método colaborativo de produção, que permite aos estudantes participarem de um projeto coletivo no qual diferentes funções foram assumidas e decisões (como a escolha da marca e da vinheta) foram tomadas em conjunto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Assim como outras inovações, a cibercultura revolucionou diversos aspectos das relações humanas, a exemplo do aprimoramento da velocidade com que se produz e se distribui informação, popularizando conhecimentos rapidamente ao redor do mundo. O que tornou o uso das tecnologias de comunicação em rede tão popular, como defende Francisco Rüdiger (2011), foi a publicidade e a mercantilização do meio cibernético:  O aparecimento do que, daí então, foi passado a ser chamado de cibercultura por vários comunicadores e intelectuais tem a ver sobretudo com esta transformação dos novos aparatos de informação em recurso de uso ordinário por parte de pessoas e instituições (p. 7). Ou seja, a própria disseminação da internet como forma preponderante de troca de informações e de meio de sociabilidade influenciou a definição de cibercultura que temos atualmente. A comunicação científica  forma de circulação de informações específica, que se difere daquela produzida no campo do jornalismo, por exemplo  pode ser assim definida: O que se entende hoje por comunicação científica engloba uma variada gama de atividades e estudos cujo objetivo maior é criar canais de integração da ciência com a vida cotidiana das pessoas, ou seja, despertar o interesse da opinião pública em geral pelos assuntos da ciência, buscando encontrar respostas para a sua curiosidade em compreender a natureza, a sociedade, seu semelhante (Brandão, 2012, p. 3). Além da própria definição de cibercultura, este trabalho aborda a importância da comunicação científica, para não apenas divulgar conteúdos científicos, mas discuti-los, promovendo o melhor estímulo para busca e aprofundamento. Segundo Malcher e Lopes, a comunicação científica pode ser entendida como uma mensagem enviada em linguagem acessível aos seus públicos:  del científico al coloquial, para posibilitar que una información científica de dominio del investigador sea legible, comprensible para un público lego (2013, p 78). Ou seja, a mensagem, no caso científica, sai do meio acadêmico para o público em geral, e, no escopo deste trabalho, os conceitos relacionados à cibercultura são traduzidos em sons, imagens e textos escritos, sendo transmitidos por meio do site e canal do Youtube para o público com acesso à internet. As tecnologias da comunicação têm sido amplamente utilizadas não apenas de maneira comercial, mas, especialmente, como meio de manter e construir novas redes de relacionamentos. Como afirmam Briggs e Burke, (2014),  A mídia precisa ser vista como um sistema, um sistema em contínua mudança, no qual elementos diversos desempenham papéis de maior ou menor destaque (p. 15). É interessante estar em constante adaptação aos meios, pois a comunicação em rede recebe diariamente atualizações. Mais até do que outros meios, a internet passa por processos de ampliação, podendo assumir funções comerciais e não comerciais, com serviços pagos e gratuitos, o que requer que a universidade cumpra seu papel na disponibilização dos conteúdos, de maneira gratuita:  é preciso notar que os serviços gratuitos proliferam ainda mais rapidamente. Estes serviços vêm das universidades, dos órgãos públicos, das associações sem fins lucrativos, dos indivíduos, de grupos de interesse e das próprias empresas (LÉVY, 1999, p.13). A partir dessas considerações, julga-se que a proposta de um canal de informação científica, como o Almanaque da Cibercultura, está em diálogo com as principais características da sociedade em rede (CASTELLS, 2003) que produz e consome informação de modo horizontalizado (LEMOS, LÉVY, 2010; RECUERO, 2007), mas que ainda demanda referências ancoradas em organizações que sempre detiveram a primazia da produção do conhecimento científico. A universidade, portanto, deve por a autoridade da qual sempre gozou a serviço da propagação de conteúdo qualificado, acessível e de interesse público nos meios que detêm a maior parte da audiência no contexto contemporâneo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A metodologia do projeto envolve três etapas distintas  que envolveram desde a concepção do projeto, até a veiculação dos conteúdos. Essas etapas são descritas a seguir. A primeira fase, que envolveu a concepção e pré-produção do Almanaque da Cibercultura, teve como meta definir parâmetros para o desenvolvimento dos conteúdos, delimitar os temas pertinentes e elaborar os elementos que proporcionariam a unidade temática/visual/sonora uma vez que as produções  realizadas por diferentes grupos de estudantes  contavam com grande liberdade criativa. Definiu-se, então, a duração dos vídeos (entre 3 e 5 minutos, idealmente); a extensão dos artigos a acompanharem os vídeos (entre 400 e 600 palavras); e os parâmetros visuais e sonoros (uma estética retrô-futurista inspirada em produções audiovisuais da década de 1980 e na literatura de ficção científica, tais como a obra Neuromancer, de William Gibson). A segunda fase tratou das produções audiovisuais propriamente ditas. Os estudantes foram orientados a (1) estudar textos científicos de referência sobre os temas selecionados para serem abordados nos vídeos; (2) elaborar um artigo de divulgação científica, nos quais os conhecimentos teoricamente fundamentados pudessem ser traduzidos para um público leigo, sem perder o rigor nem tratar os conhecimentos científicos de modo simplista; (3) elaborar roteiros de produção audiovisual; (4) captar imagens; (5) editar os vídeos, produzir efeitos de pós-produção e inserir a vinheta elaborada para o projeto. A terceira fase do projeto envolveu a produção dos artigos e vídeos, que alimentaram o site e o canal do YouTube. Entende-se que é fundamental dar mecanismos para que a sociedade, acadêmica ou não, possa estudar e iniciar ou aprimorar os seus conhecimentos no tema. Dessa forma, o incentivo à produção de conhecimentos teóricos e técnicos da área mostrou-se eficaz em unir estes pontos convergentes. A criação do blog e do canal do YouTube são necessários para a manutenção e acessibilidade do conteúdo criado, uma vez que são conteúdos qualificados e que podem servir como material de apoio para outros docentes. Trabalho esse que também auxilia produção colaborativa de conteúdos e na difusão de informações a partir das redes sociais digitais, objetos de estudo da Cibercultura. As principais preocupações relacionadas à área da Cibercultura envolveram questões como a circulação de informações nos contextos tecnológicos; a autodeterminação e a autonomia dos indivíduos; comportamentos indesejados nos espaços digitais; o capital social e a estima nos relacionamentos mediados; a proteção dos direitos e a privacidade dos indivíduos, entre outros. Os temas contemplados até o momento são (em ordem alfabética): Arte eletrônica; Blogs; Censura; Ciberbullyng; Clickbait; Comunidades virtuais; Cookies e suas aplicações na internet; Crowdfunding; Crowdsourcing nas organizações; Curadoria digital; Criptomoedas, dinheiro Virtual e bitcoin; Direitos Autorais e Pirataria; E-commerce; Fake News; Fanfics; Indexação de Conteúdo; Indústrias Criativas; Internet das Coisas; Mecanismos de busca; Memes; Métricas; Nudes Omnichannel; Políticas Regulatórias para a Internet; Pós-humanismo; Prestígio e Reputação nas redes; Publicidade digital no Facebook; SEO e AdWords; Uberização das relações de trabalho; Vigilância. Há, ainda, uma série de outros temas que devem ser contemplados com a continuação do projeto, por exemplo: Algoritmos; AmazonDash; Análise de redes em sites de redes sociais; Assistentes digitais (Cortana, Siri, Alexa); Astroturfing; Audiovisual de imersão (Vídeo 360º, Hololens/Windows etc.); Automação e mercado de trabalho; AVA  Ambientes virtuais de aprendizagem; Big data; Buzzmarketing nas redes digitais, viralização; Cauda longa; Ciberativismo/netativismo; Cibercidades, cidades inteligentes, smart cities; Clickfarms; Criptografia; Deep web; Direitos autorais digitais; Gamefication; Hackers, crackers e contramovimentos da cibercultura; Inteligência artificial; Inteligência coletiva; Jornalismo de dados; Literacia midiática/tecnológica; Machine learning; Marco civil da Internet no Brasil; Mídias locativas, geolocalização, mobilidade; Paywall e a cultura do "grátis"; Pirataria e direitos autorais; Selfies e cultura hedonista na cibercultura; Termos e condições de uso; Transmidiação, intermidialidade, convergência; Wearables, tecnologias  vestíveis ; Wikileaks. Os requisitos fundamentais para a produção dos vídeos foram a duração já mencionada e a inserção da vinheta do projeto, no início dos vídeos, e dos créditos (que também tinham conteúdo padronizado). Para ilustrar a diversidade de abordagens permitida aos estudantes, há vídeos que optaram por uma estética informal, com inserts de memes e humor ( Comunidades virtuais https://www.youtube.com/watch?v=2temHnxHpQ8), ou no padrão de youtubers ( Dinheiro virtual e Bitcoin https://www.youtube.com/watch?v=EBKO8pLRTCI,  Nudes https://www.youtube.com/watch?v=4vEzjbk7wMk e  Memes https://www.youtube.com/watch?v=ks2ZPza2uPA), utilizando animação digital ( Publicidade digital no Facebook https://www.youtube.com/watch?v=pK2AnSkfU-M) e animação de imagens ( Blogs https://www.youtube.com/watch?v=lzqHm3sbfNM) e, ainda, utilizando padrões de videoaulas ( Indústrias Criativas https://www.youtube.com/watch?v=wv0aw7cekH0,  Ciberbullying https://www.youtube.com/watch?v=s_N0Vpiv1us ) e mesmo fazendo referência direta ao Telecurso 2000 ( Vigilância https://www.youtube.com/watch?v=dtnp9WdoipI).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A pré-produção envolveu a definição dos objetos iniciais do blog, como a logo do Almanaque da Cibercultura, a vinheta que seria utilizada nos vídeos e os conteúdos e conceitos a serem tratados em cada um dos trabalhos. A participação das autoras deste paper se deu a partir do segundo semestre de 2018, quando já havia uma proposta de logo pronta, com elementos que remetem aos anos 80 e tons de neon com fundo preto. De início, foi proposta uma nova logo composta de cores neon, também, porém, com fundo branco e elementos remetentes ao universo gamer. A nova logo, porém, foi arquivada após reuniões, pois a vinheta também já estava pronta, com a logo anterior e já em uso pelos primeiros vídeos produzidos pelos alunos. As duas etapas mencionadas (vinheta e logo) foram apresentadas as alunas ao longo do projeto, porém, os temas dos trabalhos já haviam sido acordados em aula, entre a professora e os estudantes da disciplina não podendo ser modificado então. A primeira etapa, efetivamente, contou com a produção por parte dos alunos, sendo os materiais de vídeo e texto, com amplo detalhamento e normas para produção sendo elas especificadas a seguir. Para os artigos, a construção deveria ser pensada a partir de referências de comunicação científica, a exemplo da Revista FAPESP (http://revistapesquisa.fapesp.br/). Para o material em vídeo, houve a etapa de roteiro, a captação de imagens e escolha de locações, além da edição final, com tempo aproximado de cinco minutos. Para a segunda fase, o canal do Youtube e o site seriam os pontos principais, devendo passar pela fase de montagem, aprovação e finalização para upload dos conteúdos. O canal do Almanaque da Cibercultura na plataforma do Youtube já estava pronto desde o primeiro semestre de 2017, com a logo na imagem de apresentação e também upload de alguns vídeos, em modo não listado, sendo necessário o carregamento dos demais vídeos produzidos ao longo de 2017/2 bem como a publicação e arquivamento e classificação desses conteúdos em playlist específicas, para facilitar a busca de quem entra diretamente pelo canal e não pelo blog. Já o site foi construído desde o início pelas estudantes autoras do paper, passando por modificações até chegar ao seu formato final, descrito mais adiante. Para o lançamento do site, em abril, os conteúdos estavam devidamente verificados e organizados para publicação, tanto para o blog quanto para o canal. Está no cronograma futuro o acompanhamento e verificação das métricas de acesso, como forma de contabilizar e analisar os perfis de acesso ao site e ao canal, o envolvimento dos visitantes em cada publicação e a descrição de todos os resultados obtidos, na forma de relatório. Vídeos e textos Ao longo da disciplina de Cibercultura, foi proposto aos estudantes, como forma de avaliação para seus alunos, a seleção de temas voltados para o universo das tecnologias da comunicação, a partir dos quais os alunos produziram um artigo e um vídeo, visando o aprofundamento do conteúdo aprendido em sala, o incentivo à pesquisa ativa pelos discentes e a produção de conteúdos relevantes para outros públicos. A turma foi dividida em grupos de até três pessoas (cada grupo trabalhando com três temas) para a produção desses materiais, que foram confeccionados nos semestres de 2017/1 e 2017/2 orientados pela professora da disciplina e monitorados pelas estudantes autoras deste paper. Além disso, foram propostos parâmetros específicos para cada tipo de produção, como linguagem e formato de textos e tempo limite para os vídeos, além de questões técnicas de áudio e edição para melhor visualização e audição das falas, evitando assim, possíveis ruídos. Cada vídeo foi acompanhado de um artigo curto (entre 400 e 600 palavras) que foi inserido no site. Canal do Youtube O YouTube é atualmente a principal mídia social quando se trata de produções em audiovisual. Por ser uma plataforma pioneira (existe desde 2005) que construiu certa autoridade na distribuição de vídeos e que mantém grande popularidade entre os usuários, optou-se pelo uso do Youtube como plataforma de armazenamento e compartilhamento dos vídeos produzidos pelos estudantes da disciplina. O canal do Almanaque de Cibercultura foi criado no primeiro semestre de 2017, utilizando-se a logo elaborada pelos estudantes naquele semestre. Também foram  upados vários dos vídeos produzidos então. Os vídeos já postados no canal foram mantidos em modo  privado até o lançamento de todo o material. Site O princípio de todo o site foi a criação da URL junto à Coordenadoria de Gestão de Tecnologia da Informação (COGETI), órgão do campus Curitiba da UTFPR. Foram sugeridas algumas alternativas ao COGETI para serem acrescidas de parte obrigatória do endereço (ct.utfpr.edu.br). Depois de duas semanas, o endereço cibercultura.ct.utfpr.edu.br foi disponibilizado e o site foi hospedado no servidor do campus. Concomitante, no início do projeto as estudantes responsáveis puderam acompanhar em sala de aula, orientadas pela professora, o avanço da produção dos materiais em formato de vídeo, auxiliando os alunos da disciplina em questões de edição, incluindo recorte de cenas, narração ou legendas, brilho e contraste das gravações, bem como outras questões pertinentes ao tratamento das imagens e escolha de efeitos. Muitos estudantes já estavam em fase final da produção do vídeo, pedindo auxílio apenas em questões estéticas ou mesmo funcionais de elementos. Após a verificação dos materiais, a hospedagem pela universidade foi liberada e, então, os acessos foram enviados para ambas as alunas e professora, para prosseguirem com o desenho do site. Uma vez que a universidade utiliza a plataforma Wordpress, foi necessário que as estudantes se familiarizassem com as características do painel de edição, para criarem a página completamente  do zero . Era possível que houvesse a seleção a partir de templates prontos, sendo necessária apenas a alteração da aparência da página. Para o Almanaque da Cibercultura, foram priorizadas as questões de tempo e praticidade. Tendo em vista que nenhuma das alunas possuía grandes conhecimentos em programação de sites, optou-se assim, pela escolha de um template específico, denominado  Graphene , modelo este em formato de blog para conteúdo textual, imagem e vídeo, formado por apenas uma página com scroll infinito, formato também conhecido como one page (não há mudanças de páginas  1,2,3&  ), aba para busca de termos pelo site e também, duas abas de informações. A primeira,  Sobre o projeto traz informações sobre o Almanaque da Cibercultura, sua criação e manutenção, para informar aos visitantes questões relativas ao projeto e à disciplina. Na aba  Autores dos materiais , é possível encontrar informações a respeito dos estudantes envolvidos nas produções textuais, audiovisuais e do próprio site. A paleta de cores do tema foi planejada em tons de roxo, cinza e preto, ornando com a logotipo que contém tons de roxo, azul, neon e fundo preto. Há também uma aba para localização de posts de acordo com os temas. Na fase final de construção do site, após reuniões para aprovação do layout, foram carregados os primeiros arquivos de artigos e o vídeo, para então, lançamento do projeto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Passando por etapas de planejamento, produção e avaliação, o site e o canal do Youtube Almanaque da Cibercultura propuseram aliar, de forma acessível e tangível a qualquer público, conteúdos relacionados à área da cibercultura, a partir das reflexões teóricas e produções técnicas desenvolvidas no Curso de Comunicação Organizacional da UTFPR. Como afirma Castells,  A internet é um meio de comunicação que permite, pela primeira vez, a comunicação de muitos com muitos, num momento escolhido, em escala global (2003, p.8), ou seja, os materiais produzidos em sala, e divulgados na web podem ser acessados, independente do número de cliques ou lugar no mundo. Com temáticas diversas, os alunos puderam compor textos e vídeos variados, porém, com formato e planejamento específico para a web, como forma de divulgar e mesmo popularizar os conteúdos científicos produzidos na academia. Os alunos puderam falar da Cibercultura no próprio meio digital, utilizando a linguagem e tecnologia, de forma não-comercial, de acordo com certos princípios defendidos por autores como Pierre Lévy: Peço apenas que permaneçamos abertos, benevolentes, receptivos em relação à novidade. Que tentemos compreendê-la, pois a verdadeira questão não é ser contra ou a favor, mas sim reconhecer as mudanças qualitativas na ecologia dos signos, o ambiente inédito que resulta da extensão das novas redes de comunicação para a vida social e cultural. Apenas dessa forma seremos capazes de desenvolver estas novas tecnologias dentro de uma perspectiva humanista. (1999, p 12) Além da própria produção audiovisual realizada pelos estudantes da disciplina de Cibercultura entre o primeiro e o segundo semestres de 2017, a produção do canal no Youtube e do website, de responsabilidade das autoras do paper, demonstra na prática uma lógica colaborativa que reforça uma das características mais importantes da sociedade em rede, que é a ideia de inteligência coletiva (Lévy, 1993). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BRANDÃO, Elizabeth Pazito. Conceito de Comunicação Pública. In: Duarte, Jorge (org.). Comunicação Pública: Estado, mercado, sociedade e interesse público. 3ª Ed. São Paulo, Atlas, 2012. p. 1-33.<br><br>BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma História Social da Mídia. 3ª Ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2004.<br><br>CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003.<br><br>JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2ª ed. São Paulo, Aleph, 2009.<br><br>LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo, Ed. 34, 1999.<br><br>LÉVY, Pierre. Inteligência coletiva. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1993.<br><br>MALCHER, M. A.; LOPES, S. C. Construyendo una noción de Comunicación de la Ciencia. Revista Latinoamericana Comunicación Chasqui, v. 122, 2013. p. 74-81.<br><br>RÜDIGER, Francisco. As teorias da cibercultura: perspectivas, questões e autores. Porto Alegre, Sulina, 2011.<br><br>SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia? 2ª Ed. São Paulo, Loyola, 2002. <br><br> </td></tr></table></body></html>