ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00973</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Onda Social - Campanha Digital</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ariel Bernardes (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Rodrigo Portes Valente da Silva (Escola Superior de Propaganda e Marketing)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;campanha, digital, comunicação integrada, ONG , voluntariado</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A campanha digital da Onda Social foi uma campanha de comunicação integrada, desenvolvida por estudantes vinculados ao curso de Publicidade e Propaganda, da ESPM-Sul, na disciplina de Campanha Institucional e Governamental, durante o ano de 2017. A campanha conteve esforços digitais publicados nos canais de comunicação da organização "Onda Social", um grupo que tem seu maior foco em realizar ações pontuais em instituições que abrigam crianças carentes. O objetivo principal da campanha foi aumentar seu reconhecimento como instituição. Através das ferramentas da comunicação integrada, a campanha buscou garantir novos públicos, comunicar propósito, ativar públicos atraídos e manter os públicos atuais engajados. No final da ação, o apoio financeiro mensal foi dobrado, uma nova instituição parceira foi adquirida e, pela primeira vez, quatro empresas fizeram um investimento financeiro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Onda Social foi fundada por Laura Grassi Terra, em Porto Alegre, com o objetivo de realizar ações de apoio dentro de instituições que abrigam crianças carentes. Desta forma, Laura escolhe os voluntários a partir de um filtro desenvolvido no site da Onda, para que os mais disponíveis e potencialmente engajados participem dos grupos de apoio. Este modelo é muito importante para as ações, pois a Onda Social organiza grupos determinados e recorrentes para cada instituição, visando a criação de um vínculo entre os voluntários e as crianças, de forma que elas não se sintam abandonadas a cada troca de grupo. O grupo Onda Social foi formado em agosto de 2016 e, hoje, já conta com três instituições parceiras, mais de 20 voluntários engajados, 20 doadores mensais e alguns armários lotados de doações de todos os tipos. Atualmente, o movimento não é considerado juridicamente como ONG, pois isso requer um grupo de colaboradores engajados para dividir as tarefas de gestão, que são todas feitas por Laura no momento. A Onda Social foi tratada como cliente na realização de uma campanha realizada, na disciplina de Campanha Institucional e Governamental, ministrada pelo Prof. Rodrigo Valente, para os alunos de Publicidade e Propaganda. Através das ferramentas de Comunicação Integrada, trabalharam para resolver problemas internos e externos de percepção dos principais públicos que se relacionam com a Onda Social. A escolha das mídias digitais ocorreu em virtude do movimento já contar com um público grande e bem engajado em suas redes sociais, direcionando o formato criativo das peças entre postagens e vídeos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A disciplina de Campanha Institucional e Governamental trouxe ao grupo o desafio de colocar em prática as estratégias de comunicação integrada, unindo esforços para ajudar uma organização beneficente. A partir disso a equipe iniciou um trabalho de pesquisa para encontrar um instituição que necessita-se de apoio e que estivesse disposta a aplicar as estratégias desenvolvidas pelo grupo. Assim, após pesquisar instituições que estivessem dispostas e realizar algumas reuniões, encontramos a Onda Social. Um dos objetivos iniciais do grupo era fomentar o reconhecimento da instituição (por ser muito nova e ter ambições grandes), pois as ONGs prospectadas não acreditavam no seu modelo de atuação. Mesmo assim, a instituição tinha uma lista grande de voluntários, muitos em lista de espera, e já possuía um número razoável de doadores. Com isso em mente, a campanha foi pensada para disseminar a missão da Onda Social como iniciativa, fortalecendo sua imagem e atraindo novos públicos vitais, como novas ONGs e financiadores. Para isso, o grupo de alunos listou os seguintes objetivos: garantir novos públicos, comunicar propósito, ativar públicos atraídos e manter os públicos atuais engajados. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após a realização de uma pesquisa junto a fundadora e aos gestores da Onda Social, percebeu-se que a causa da instituição não estava bem definida,pois foram ouvidas diversas definições sobre a missão e os valores pelos stakeholders - qualquer pessoa, grupo ou entidade que tenha uma relação ou interesses, diretos ou indiretos, com ou sobre a organização (Heinzen, Rosseto e Altoff, 2013). Percebeu-se que a gestão era toda realizada por Laura, a fundadora, evidenciando uma necessidade urgente de descentralizar as atividades da instituição de sua criadora. A partir das experiências e visões dos voluntários, o grupo entendeu necessário a formulação de um posicionamento próprio para a Onda Social, resultando em um comunicação institucional mais clara. Este posicionamento seria obtido a partir da identificação dos diferentes pontos fortes e propósitos da instituição, e seria divulgado através de mídia digital para os stakeholders. Para justificar o presente trabalho, o grupo utilizou-se de estratégias de comunicação integrada. Segundo Marcélia Lupetti (2007), a comunicação integrada tem o objetivo de criar sinergia no sistema de comunicação e unificar a linguagem empresarial. Para Adriana Machado (2008), comunicação integrada envolve integração informatizada de processos, assim como comunicação em tempo real e conteúdos múltiplos, conceitos que eram adequados a necessidade do grupo de comunicar um novo propósito para diversos públicos com agilidade, mensurando suas reações e se adaptando a elas em tempo real. Este tipo de comunicação reúne quatro tipos de estratégias. A primeira, a comunicação administrativa, abrange tudo aquilo que se encaixa no cotidiano da administração, ou seja, é o processo de comunicação que viabiliza o funcionamento da organização - normas, instruções, memorandos, cartas técnicas, portarias, índices, taxas, regulamentos, avisos, etc. Esta comunicação tem por objetivo central organizar o fluxo das atividades do ambiente de trabalho. A segunda estratégia é a mercadológica, que tem por objetivo englobar toda a comunicação capaz de atingir um objetivo de marketing - sempre pensada a partir do público-alvo. Alguns exemplos de comunicação mercadológica são: propaganda, promoção de vendas, merchandising e eventos. Em seguida, há a comunicação institucional. O intuito da estratégia é gerar simpatia e confiança dos clientes pela empresa. A comunicação tem por objetivo, também, reforçar os norteadores da organização para que, desta forma, todas as ações realizadas pelo público interno tenha uma origem que abranja e reforce a missão, os valores e a visão da empresa. A imagem corporativa, a propaganda institucional e a assessoria de imprensa são exemplos de atividades desempenhadas pela comunicação institucional. Por último, a comunicação interna, que é voltada exclusivamente para os stakeholders internos da empresa. Em suma, é a maneira em que as informações são passadas aos colaboradores da empresa, como as políticas que concernem os funcionários e interessados no dia-a-dia da organização. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os métodos de comunicação usadas na campanha para mídia digital foram escolhidas seguindo os princípios da comunicação integrada. A primeira delas foi o teaser - pequena peça publicitária com intuito de causar interesse pelo tema. O teaser foi desenvolvido para atender a comunicação institucional, dessa forma, pode ser veiculado em qualquer mídia social e deve dar ao espectador uma ideia sobre o que irá acontecer/está acontecendo na campanha. Também foram produzidos vídeos de call to action - que incitam o público a realizar uma determinada ação, de forma quase que imediata. Estrategicamente, o grupo utilizou a comunicação mercadológica e escolheu influencers - figuras públicas que, de acordo com seu estilo de vida e comportamento, influenciam pessoas a agirem e consumirem seu conteúdo, para serem os  garotos propaganda destas ferramentas. Outras ferramentas também foram escolhidas, como os posts com ativações segmentados para os stakeholders, isto é, toda pessoa ou empresa que se relaciona com o projeto ou com potencial para que a campanha atingisse seus objetivo, para os posts utilizou-se todas linhas de comunicação. Novas Ongs e voluntários foram exemplos de stakeholders envolvidos neste projeto. Por fim, para a prestação de resultados, o grupo usou o formato de videocase, um produto audiovisual que tem o intuito de mostrar, além do processo realizado, os resultados obtidos em uma ação. Os teasers, veiculados através de posts, tinham o intuito de gerar interesse antes do início da campanha. Mitsuru (2011) diz que, o "brasileiro-digital" tem um dos maiores tempos médios de navegação, superando, inclusive, os norte-americanos. Com isso, a internet passou a ser o terceiro maior veículo de comunicação de maior alcance. O programa Pretinho Básico, que em abril de 2017 comemorou 10 anos no ar, é o carro chefe da emissora da rádio Atlântida. Além disso, é o terceiro podcast da Região Sul do Brasil, com um conteúdo acessado e consumido na internet no momento em que o ouvinte quiser, sem a necessidade de ter um horário específico. O formato, ainda, permite uma segmentação determinada, como, por exemplo, cultura nerd. O podcast pode ser transmitido em formato de vídeo. Desta forma, o programa busca manter um forte engajamento com o público, aderindo a uma estratégia digital que busca estar presente onde os consumidores do programa estão  além da transmissão em rádio, o Pretinho Básico está fortemente presente no Facebook, emplacando a marca de um milhão de seguidores na sua página. Segundo Henry Jenkins, estudioso dos meios de comunicação e autor de   Cultura da Convergência (2009)  e   Cultura da Conexão (2014)  , a convergência de mídias pode ser entendida como uma transformação tecnológica, social e mercadológica, que possibilita a utilização de múltiplas plataformas de mídia. Este fenômeno tem como característica a atração do público pela procura de novas experiências de entretenimento, ou seja, as mídias, tanto off-line quanto online, tem o poder de trabalharem juntas para a satisfação do consumidor:   Onde as velhas e novas mídias se colidem, onde a mídia corporativa e a mídia alternativa se cruzam[...]  (Jenkins, 2009, p. 29). O Pretinho Básico atua, hoje em dia, de maneira forte e competitiva nas redes Facebook e Youtube, utilizando o recurso de vídeo e livestream  transmissão ao vivo do programa no Facebook, em tempo real. Para isto, conta com uma equipe encarregada exclusivamente de produzir o conteúdo de áudio e vídeo, desde a sua roteirização, captação e edição do material, até a finalização e postagem nas redes. Segundo Recuero (2009), as redes sociais permitem aos atores sociais estar mais conectados. Isso significa que há um aumento da visibilidade social desses nós. A visibilidade é constituída enquanto um valor porque proporciona que os nós sejam mais visíveis na rede. Para melhor acompanhamento da campanha, o grupo a separou em quatro fases planejadas para serem executadas de forma linear durante as três semanas determinadas. Cada uma das fases contava com pelo menos dois tipos das linhas de comunicação que servem como pilar da comunicação integrada: administrativa, institucional, mercadológica e interna. Além de separar a campanha em quatro fases, foram atribuídas linhas de comunicação principais para cada objetivo: "Garantir novos públicos" - Institucional e Mercadológica; "Comunicar propósito" - Institucional e Interna; "Ativar públicos atraídos" - Mercadológica; "Manter os nossos públicos atuais engajados" - Administrativa e Interna. Ao contrário do que alguns imaginam, as antigas tecnologias não se tornam obsoletas com a chegada de novas ideias. A ferramenta Instagram, por exemplo, ao implementar em seu aplicativo a possibilidade de fazer vídeos verticais, com duração máxima de 15 segundos, os chamados "Stories", não fez com que as postagens tradicionais na rede fossem deixadas de lado - as pessoas utilizam os dois recursos, de maneiras, muitas vezes, diferentes. Nas palavras de Mitsuru (2011): ''inovações trazidas pelas tecnologias digitais não invalidam as tecnologias anteriores, mas trazem uma ressignificação dos processos de comunicação como um todo (MITSURU, 2011, p.21). Nos dias de hoje, as ferramentas online se tornam absolutamente necessárias para que uma ideia seja vista e compartilhada por determinado grupo de pessoas. Em sua obra, Palagi (2009) fala sobre este fenômeno: "mídias sociais são ferramentas online projetadas para permitir a interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos (PALAGI, 2009, p.13)". Posto isso, implementou-se a utilização de cards de ativação com intuito de auxiliar a comunicação entre o público interno - abrigos, investidores, doadores e voluntários. Outro modelo utilizado na campanha foi o videocase, onde o grupo relatou os resultados obtidos na campanha, bem como a mudança que as ações alcançaram. Este material foi mostrado a equipe da Onda Social, que pode, através dele, concluir que a iniciativa do grupo ultrapassou as expectativas da organização de forma positiva. Para que o vídeo pudesse ser visualizado não apenas pelo público interno da organização, mas a todos aqueles que se interessam por esse tipo de material, o grupo realizou a postagem do case na plataforma Youtube. O case postado no Youtube foi alinhado com a linha da comunicação interna e sua escolha pode ser justificada na palavras de Marien, 2008, p. 52:  [...] o que é dito nos blogs ou mostrado no Youtube tem impacto imediato na reputação da empresa, que não tem mais o controle das informações . O vídeo está disponível neste link: https://youtu.be/85yYzMNsi6k. A ideia de transmitir a ação no programa surgiu através da leitura da obra de Jenkins (2009) denominada "Cultura da Convergência". O autor relata a importância da convergência de mídias, onde as plataforma tradicionais complementam as plataformas digitais, ou seja, uma não substitui a outra. Posto isto, o grupo decidiu que a melhor abordagem para dar força a ação era juntar o que já estava na plataforma digital com o anúncio da campanha na rádio - tudo de forma espontânea, sem custo algum ao grupo e a instituição.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No primeiro momento, o grupo investiu tempo em realizar um diagnóstico da Onda Social, no qual procurou-se mapear o público interno e externo, incluindo seus problemas e desafios, após o mapeamento dos públicos, procurou-se analisar os interesses e ruídos dos públicos mapeados. Dessa forma, pode-se entender a fundo as dificuldades enfrentadas pela organização Onda Social. Em conversa com os responsáveis pelo projeto, também foi possível descobrir que o problema, não era a carência no número de voluntários ou doadores (atualmente, a Onda Social tem um número elevado de pessoas que tornam o projeto viável) mas, sim, a falta de reconhecimento por parte de potenciais investidores (isto, porque, a Onda Social, além de possuir poucos anos de funcionamento, tem grandes pretensões para o futuro). Tendo em vista esta problemática, foi traçado os objetivos de comunicação, o principal objetivo foi aumentar o reconhecimento da instituição. Além disso, o intuito desta campanha foi aumentar o reconhecimento da Onda Social, fortalecendo, desta forma, a credibilidade do projeto e o interesse por parte de novos investidores. Levando em consideração o contato com os públicos como principal recurso criativo, cruzou-se depoimentos, anseios e ruídos com os diferenciais da iniciativa da Onda Social e construiu-se um conceito que atendesse o objetivo: Laços, o conceito foi escolhido como base para o discurso nas diferentes linhas de comunicação. Para aumentar os resultados da campanha os influenciadores do programa Pretinho Básico entraram nessa parceria, cada um deles foi selecionado para ser porta-voz de uma linha de comunicação. O conceito "Laços" foi construído pensando na necessidade da Onda Social explicar como funciona, os alunos comunicaram como os voluntários constroem laços com as crianças a partir do momento que se comprometem às visitas periódicas. Com o objetivo geral de comunicar o propósito do grupo para todos os stakeholders, o conceito de "Laços" foi atribuído a todas as peças da campanha. Algumas ferramentas sociais foram tomadas como plataformas para a divulgação: Facebook, Instagram e Youtube. Segundo Recuero (2009)  A comunicação digital, na internet, mais do que possibilitar indivíduos a se comunicarem, amplificou a capacidade de conexão, permitindo que redes sociais mediadas pelo computador fossem construídas e expressas nesse espaço (RECUERO, 2008, p.16) . As redes sociais foram constituídas para fortalecer as interações sociais construídas pelos seres humanos, ou seja, elas servem como ponte para que nós, indivíduos da sociedade, pudéssemos manter contato de forma não pessoal. Segundo a autora Raquel Recuero (2012), essas plataformas tendem a ser modificadas e transformadas pela mediação das tecnologias e, principalmente, pela apropriação delas para a comunicação. Facebook, Twitter e Instagram são alguns exemplos das plataformas mais utilizadas por usuários na atualidade. No entanto, a origem da expressão  Rede Social é muito mais antiga: na sociologia, o conceito representa a análise da interação entre indivíduos, grupos, organizações e, até mesmo, sociedades advindas do século XIX. Para que o projeto obtivesse sucesso, objetivos foram traçados. Em primeiro lugar, prezou-se por garantir novos públicos. Nesta etapa, a campanha contou com a ajuda dos influenciadores do programa Pretinho Básico - inserido da programação da Rádio Atlântida, o programa tem a maior audiência do rádio em seu horário de veiculação, atingindo mais de duas milhões de pessoas diariamente. Além disso, o Pretinho básico conta com livestream - vídeo, em tempo real, do programa, transmitido pela plataforma Facebook - e grande interação com o público nas redes sociais através de produtos audiovisuais. Os integrantes do programa gravaram vídeos e fizeram posts nas plataformas digitais, direcionando suas bases de fãs a voltarem sua atenção para a organização, o que, consequentemente, gerou um grande impulsionamento na campanha. A próxima etapa do trabalho teve o objetivo de comunicar o propósito da ação. Através de um vídeo institucional, uma mensagem, de forma conceitual e precisa, foi veiculada nas redes sociais - sempre com o apoio dos integrantes do programa Pretinho Básico que, desta vez, atuaram, também em formato de vídeo, explicando a missão da organização. Em terceiro lugar, uma ação call to action foi necessária para atingir as metas do projeto. Nesta etapa, após transmitir informações a respeito da onda Social para os novos públicos, buscou-se a conversão destes - através da landing page ondasocial.net. Ao entrar na página, o novo usuário poderia entrar em contato com a organização e se juntar a causa - como financiador, doador ou voluntário. Além disso, disponibilizou-se uma equipe unicamente para responder comentários nas páginas das plataformas Facebook e Instagram. Após, tornou-se necessário manter os públicos atuais engajados na causa (doadores, voluntários e ONGs). Para isso, construiu-se uma série de ativações diretas que buscaram valorizar o trabalho e resultar na permanência destes junto à Onda Social. As postagens, ao final da ação, se tornaram as publicações com o maior engajamento da história da organização. Além disso, o projeto dobrou o apoio mensal prestado a Onda Social, fechou parceria com uma nova ONG e conquistou o apoio financeiro de quatro novas empresas - estas se identificam com posicionamento da organização. A execução do processo se deu em em uma série de postagens, variando entre vídeos de ativação, cards institucionais e gifs - imagens de mapa de bits muito usado na world wide web, quer para imagens fixas, quer para animações- animados, durante três semanas, veiculadas nas redes sociais do grupo. Ao final da campanha, os esforços foram voltados para a criação de um videocase que, através da comunicação interna, de forma rápida e direta, mostrou os resultados da ação. A produção teve intuito de avaliar o alcance que o grupo proporcionou para a Onda Social e, principalmente, verificar se os objetivos traçados no começo da campanha foram, de fato, alcançados. Com o dinheiro revertido da ação, a Onda Social definiu que investiria em novos eventos com crianças, agora com um porte mais elevado - como, por exemplo, viagens para a praia, idas ao cinema e festinhas de aniversário. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O planejamento e execução do projeto foi de grande importância para os estudantes, pois foi posto em prática muito do que era somente visto como teoria dentro do conceito de Comunicação Integrada. Medir os resultados em tempo real e agir de acordo com as interações do público foi facilitado pela escolha da plataforma digital como único meio de veiculação. Medidas integradas de comunicação permitem um processo otimizado dos recursos e ferramentas, que também reduzem consideravelmente a margem de erro para a geração de ruído na tentativa de construir uma sinergia entre as redes sociais. Além de direcionar os posts para um objetivo em comum, entregando a mesma mensagem para diferentes públicos em níveis diferentes, a comunicação integrada permite a redução de recursos humanos e financeiros. Devido a presente conjuntura dos fatos, os alunos acreditam que a aplicação dos processos de comunicação integrada em um ambiente mais holístico em estado de germinação (a Onda Social), facilita a orquestração dos diferentes canais de comunicação e mensuração dos resultados obtidos em cada esforço. A partir do momento em que é definido um objetivo geral e seus objetivos específicos para serem resolvidos, as linhas de comunicação administrativa, mercadológica, interna e institucional trabalham em harmonia para entregar a mesma mensagem para o diferentes públicos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CASALI, A. Comunicação Integrada e novas tecnologias de informação. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008.<br><br>HEINZEN, D. A. M.; ROSSETTO, C. R.; ALTOFF, J. R. Identificação e categorização dos stakeholders de uma organização do terceiro setor, 2013.<br><br>JENKINS, H. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.<br><br>JENKINS, H.; GREEN, J.; FORD, S. Cultura da conexão: criando valor e significado por meio da mídia propagável. São Paulo: Aleph, 2014<br><br>KUNSCH. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 2 ed. São Paulo: Summus, 2003. <br><br>LUPETTI, M. Gestão estratégica da comunicação mercadológica. São Paulo: Thomson Learning, Cap.11, 2007.<br><br>MARIEN, V. Mídia social dá poder ao cliente. Revista Valor Setorial - Comunicação Corporativa, p. 52, 2008.<br><br>MITSURU, HIGUCHI, YANAZE. Gestão de marketing e Comunicação. São Paulo: Saraiva, 2011.<br><br>PALAGI, L. Entendendo as mídias Sociais, 2009. Disponível em: <http://www.slideshare.net/leopalagi/midias-sociais-a-insero-da-publicidade-em-redes-sociaispresentation>. Acesso em: 29 mar. 2018 <br><br>RECUERO, R. C. Redes sociais na Internet, pg.108, 2009.<br><br>RECUERO, R. C. A conversação em rede: comunicação mediada pelo computador e redes sociais na Internet. Porto Alegre, RS: Sulina, 2012.<br><br> </td></tr></table></body></html>