ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01003</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Websérie Cinese: Uma Produção Jornalística Audiovisual Especializada no Cenário Evangélico</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Giseli Pereira Alves (Universidade Federal do Pampa); Sara Alves Feitosa (Universidade Federal do Pampa)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;audiovisual, jornalismo, midiatização, religião, websérie</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho é resultado de Projeto Experimental em formato de WebSérie audiovisual, denominada Cinese, a intenção está na experimentação de um jornalismo especializado na Religião Evangélica. A base teórica foi constituída pelo conceito de midiatização, das definições e características que orientam a produção de jornalismo especializado e jornalismo audiovisual. A metodologia aplicada utiliza de bibliografias sobre formatos originários do telejornalismo que apresentam técnicas de pré-produção, produção e pós-produção, com foco na construção de uma narrativa jovem, jornalística e inovadora no campo da World Wide Web. O produto tem como resultado a estrutura de três websódios unitários em série que reportam de forma jornalística alguns aspectos sobre a temática proposta.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O artigo apresenta a construção do Trabalho de Conclusão de Curso elaborado no ano de 2017. O projeto teve uma metodologia experimental, uma vez que tínhamos como objetivo geral a produção de uma WebSérie de Jornalismo especializado na religião Cristã Evangélica originária do movimento Protestante . A origem do trabalho esteve na observação de produtos midiáticos já existentes lançados por instituições religiosas nos quais notou-se uma apropriação do termo 'Jornalismo Cristão', pois há uso de certas noções técnicas e estéticas. Porém o que produzimos aqui foi uma aplicação dos princípios do jornalismo, já que para um produto midiático ser considerado jornalístico deve levar em conta as discussões éticas da profissão, compromisso social que diz respeito às informações por elas produzidas. O produto, websérie Cinese, é endereçado ao público cristão da faixa-etária entre 18 e 30 anos. No ano de 2016 os dados do Instituto de Pesquisa DATAFOLHA, mostraram que entre dez jovens três se denominavam evangélicos. Essa parcela de jovens representa 37% da população de 44,4 milhões de evangélicos no Brasil atualmente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no censo 2010 foi identificado um crescimento de 61,45% de pessoas que se autodenominam evangélicos, um crescimento expressivo se comparado aos cerca de 26,2 milhões que se apresentaram como evangélicos no início dos anos 2000. Um dos movimentos mais contemporâneos é a Cultura Gospel, caracterizada pela superprodução de produtos culturais altamente ligados à mídia como shows de estruturas modernas, artistas influenciadores, igrejas lotadas devido às tecnologias de transmissão de seus cultos e eventos. Para Gedeon Alencar (2007, p. 50) "o movimento das tendas na década de 1940 chegou-se ao gospel hoje. Tudo é Gospel: música, griffes, camisetas, bonés, sites, grupos de dança, rock, funk, pagode, há de tudo para todos os gostos. É o máximo de aculturação".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho foi norteado pelo objetivo de elaborar uma produção em audiovisual que permitisse orientar a discussão e futuros materiais jornalísticos que venham a cobrir fatos e informações sobre a Religião Evangélica. O enfoque experimental era colocar em prática o formato de WebSérie se caracterizando segundo Diego Mera (2010) como uma série de websódios, ou cápsulas audiovisual, áudio, ou textual exibidas on-line ou em telefones móveis. Termos que nascem a partir deste formato são: Serials web (seriados exclusivos para web), websódios (websódios inéditos para web), estes subgêneros estão ligados a outras noções de online, web, vídeo, roteiros e programas exclusivos. Inserido na experimentação, está à proposta de Jornalismo especializado para jovens com interesse na Religião Evangélica. Para Carolina Abiahy (2005) uma vez que o público é bem delineado, o material produzido consegue obter informações mais adequadas e aprofundadas, com isso as empresas de comunicação conseguem ganhar cada vez mais aproximação com seus leitores, ouvintes e espectadores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Observamos que muitos meios se apropriam do termo "Jornalismo Cristão" levando-nos a pensar sobre que características esses produtos continham para serem considerados jornalísticos; em que princípios éticos eles eram embasados; que código profissional se estruturavam, ou seja, vimos que se tratava de assessoria para uma instituição do que Jornalismo propriamente dito. Foram essas questões que nos levaram a construir a Websérie Cinese. A propósito, o Cristianismo durante séculos considerou a mídia e principalmente a televisão como um instrumento de destruição das doutrinas, dogmas e da própria Igreja. Porém, o que vemos hoje são as mesmas instituições religiosas utilizando um espaço notável das transmissões em TV, jornal impresso e nas rádios. Atualmente segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, 22% da população brasileira se denomina evangélica, ou seja, cerca de 44 milhões de brasileiros consideram-se evangélicos. Com esse número surgem pesquisas científicas nas mais diversas áreas, como levantamentos econômicos que investigam como e o que esse grupo da sociedade consome, além de análises políticas de como essa parcela populacional vota e se relaciona com a política. Na comunicação não é diferente, ao longo dos anos foram desenvolvidos vários estudos sobre o relacionamento da religiosidade cristã com as mídias e sobre seus interesses. Fatores distintos apontam a importância que tem o campo midiático para o redesenho dessas novas formas de religiosidades. Em primeiro lugar, os desafios impostos às igrejas pelos cenários e pelos efeitos de problemáticas sociais e políticas, principalmente com o enfraquecimento de instituições responderem com suas estratégias convencionais ao "aqui" e "agora" do mal-estar material e espiritual vivenciado pelas pessoas em tempos modernos de acordo com Antônio Neto (2002). Entre as obras que foram encontradas durante a revisão bibliográfica, constatamos que nenhuma aborda de forma experimental produções que partam de um Jornalismo Audiovisual Digital, com o formato de websérie e que seja especializado em fatos sobre a Religião Evangélica, o que proporciona a esse trabalho uma característica de ineditismo, sem correr o risco de replicar o discurso de pesquisas já existentes.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A metodologia aplicada teve como base livros de telejornalismo que orientaram o processo de produção. Entretanto, para realização do produto houve a necessidade de utilização de algumas etapas metodológicas típicas de pesquisa como, por exemplo: revisão bibliográfica, observação e análise de material jornalístico produzido para a Igreja Evangélica. Um dos livros consultados foi: "Jornalismo diante das câmeras" de Ivor Yorke (1998); na obra Yorke aborda técnicas sobre a relação do jornalista com sua equipe, com as fontes, com os equipamentos e a produção de materiais jornalísticos em audiovisual. Soma-se a isto, o "Manual de Telejornalismo: Os Segredos da Notícias na TV" de Heródoto Barbeiro (2013). Na obra o autor apresenta as práticas nas redações de TV, além de apresentar a ética como um dos fatores fundamentais para a o andamento da produção com algumas indicações do comportamento ético em jornalismo. Para a produção específica de um jornalismo em audiovisual para web há uma diversidade de formatos, interpretações, personagens sociais e experimentação estética, segundo Beatriz Becker (2012) tendo como principal característica a interação com a audiência. Segundo João Canavilhas (2001) uma das possibilidades proporcionada pela web está justamente no livre-arbítrio do público em escolher e participar do conteúdo que lhe é proposto pelo jornalismo. É partindo destas premissas que a formatação da websérie aqui apresentada foi em webjornalismo audiovisual. Becker (2008, p. 83) diz que o formato "oferece a possibilidade de aproveitar todo o potencial da convergência midiática na elaboração de novos conteúdos e de novos modos de narrar histórias do cotidiano, outras e diferentes maneiras de representar a realidade". Segundo Sergio Puccini (2007), ao falar do processo de produção de documentário, a pré-produção se concentra em caracterizar a construção da proposta do produto idealizado, a viabilidade do projeto, a realização de uma pesquisa direcionada aos assuntos principais do conteúdo proposto (incluem-se entrevistas necessárias e pesquisas das locações como cenário e externas). Puccini (2007), por referir-se mais precisamente de documentário, inclui na etapa de produção a questão do roteiro com possíveis conflitos entre os personagens e o tempo narrativo. Porém para este trabalho especifico foca os em elementos de espaço, estrutura narrativa do assunto tratado, o tratamento estético, as produções e captação das entrevistas. A pós-produção, o último processo de construção do nosso produto, teve a função da montagem e de tratamento do material bruto, que incluíram elementos de edição, costurando a narrativa através de uma conversa entre entrevistas, imagens de apoio, a performance da apresentadora e as artes utilizadas. Para o quesito de apresentação utilizamos o artigo "Entre tecnicidades e ritualidades: formas contemporâneas de performatização da notícia na televisão", de Juliana Gutmann (2014). O texto expõe um perfil de apresentador/repórter, denominado persona, caracterizado por usar o corpo como forma de expressão e interpretação do fato, traduzida na "postura próxima em relação ao interlocutor. Repórter se inclui na ação narrada, torna-se personagem do relato e diálogo explícito com o espectador" (GUTMANN, 2014, p.118). Este perfil pertence a um contexto mais contemporâneo de apresentação em noticiários, o que serve como influência de forma mais adequada para a construção de um padrão de performance de apresentação para a WebSérie Cinese, uma vez que a mesma está no âmbito da web tendo uma necessidade do mediador ter uma interpretação mais humana e interativa com o outro lado da tela. Aproveitamos como metodologia para a concepção da persona em nosso trabalho o conceito de "Apresentação Youtuber" apresentado em outro momento de pesquisa das autoras ALVES;FEITOSA (2017, p.7), durante o artigo "Jornalismo audiovisual nas web TV's Folha, Estadão e O Globo: transposição das lógicas do telejornalismo para web" no qual é destacado a performance de apresentação fazendo uso de postura coloquial e objetiva da informação, um exemplo de utilização dessa técnica é o quadro "Folha Explica" produzido pela TV Folha.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro foi realizar a pré-produção com uma breve pesquisa para construirmos pautas sobre os assuntos mais falados entre o público jovem, porém também levamos em consideração a questão do conceito de "interesse público" mesmo que em nosso caso seja um público específico. Feita esta pesquisa, fizemos um recorte dos assuntos e escolhemos tratar dos seguintes temas: música nas igrejas, os evangélicos como cidadãos e os 500 anos da reforma protestante. A pauta músicas nas igreja foi pensada à luz do conceito de Infotenimento, que segundo Luiz Mauro Sá Martins (2017) é um formato híbrido que apresenta informações em narrativa de entretenimento, possuindo expressões artísticas e conteúdos de cunho jornalístico. "A sucessão rápida de imagens e narrativas, reais e ficcionais, reforça a quebra de ambientes específicos entre um e outro: a fronteira do real e do imaginário se dilui no infotenimento" (MARTINS, 2017, p.53.). Este websódio foi dividido entre duas narrativas diferentes, uma entrevista com dois membros de uma banda do gênero Gospel (Banda Adorar), e, após o diálogo, um espaço para a realização de um musical em forma de clipe; a escolha do tema deu-se através da expressiva relação dos cristãos com a musicalidade para a expressão de sua religião e fé. Jôezer Mendonça (2017) em seu livro "Música e religião na era do pop" diz que na programação religiosa é dado privilegio para shows musicais, videoclipes, entrevistas e debates, mesmo que esta colocação do autor esteja se referindo a programas midiáticos evangelísticos contemporâneos, essa característica de agenda serviu para nos dar um parâmetro de assuntos e formatos consumidos pelo público evangélico. A Pauta "O Cristão na Sociedade" foi concebida após o processamento crítico e intelectual dos acontecimentos sociais brasileiros que estão ligados aos fiéis e formadores de opiniões evangélicos, a atuação da bancada evangélica na política brasileira, assim como questões sociais, de cultura e suas transformações. A técnica inicial de entrevista que utilizamos é a enquete, de acordo com Guilherme Rezende (2000) ela é um conjunto de pequenas entrevistas com a população sobre um certo tema, então, uma vez que se trata de um assunto social, nada mais apropriado que consultarmos a opinião da população. Em outro momento entrevistamos em estúdio um sociólogo especialista em religiões devido a propriedade cientifica e compreensão crítica dos fenômenos ocorridos e uma entrevista externa com um pastor. A pauta os 500 anos da Reforma Protestante é a única pauta na websérie Cinese que trata-se de um "tema quente" (que significa no jornalismo tratar-se de um fato que ainda está em voga, um evento programado que ainda não ocorreu ou tema que está em discussão), no nosso caso estávamos no ano em que os protestantes e evangélicos comemoraram os 500 anos da Reforma Protestante que ocorreu no dia 31 de outubro de 2017. Em nossa pré-produção decidimos tratar o fato de forma histórica fazendo um resgate do surgimento e contexto deste movimento. A estética que utilizamos para intercalar com a fala do historiador é a técnica de Draw my life (desenhe minha vida, em português) usada pela primeira vez no Youtube no vídeo "Draw My Life - Sam Pepper"9 do youtuber Sam Pepper, postado em 8 de janeiro de 2013, a técnica "viralizou" na Internet e recebeu o nome de "meme do Youtube", ele é utilizado para contar histórias pessoais e utilizar da narração para prender o espectador. Eles são caracterizados por serem desenhos amadores feitos em um quadro ou papel e gravuras recortadas. A ordem de descrição da pós-produção se deu seguindo a mesma lógica das pautas. Sendo assim, a primeira produção realizada foi a pauta "Música na Igreja" que teve o foco de dialogar sobre o contexto da arte da música nas igrejas, uma vez que a maioria delas estão longe dos holofotes e das grandes indústrias fonográficas. Para isso entrevistamos os membros da Banda Adorar, formada em 2015 por jovens da Igreja do Evangelho Quadrangular da cidade de Uruguaiana. Rafael Bernini (multi-instrumentista e líder de louvor) e Clayton Bitencourt (vocais), a escolha e o agendamento com as fontes foram etapas tranquilas, uma vez que os personagens foram receptivos e disponíveis para a execução do planejamento. A propósito disso, o primeiro momento de relevância do conteúdo foi a entrevista com os músicos, no formato de bate-papo. O segundo instante do websódio é caracterizado pelo musical onde os músicos realizaram uma performance artística característica de quase todas as igrejas evangélicas. A música gravada tem por título o nome de "Ninguém Explica Deus", conhecida por ser parte do repertório da banda de Soul e Black Music "Preto no Branco". O segundo websódio "Cristãos na sociedade", abordamos sobre a inserção do cristão evangélico na sociedade e qual é seu comportamento. Abordamos de forma que a estrutura fosse algo simples visualmente dando valor as falas ditas durante as entrevistas. Ouvimos cerca de 10 pessoas nas ruas de Uruguaiana, sendo que selecionamos apenas cinco para incluir na edição final, entrevistamos o Professor Doutor Rafael Gonçalves, especialista na sociologia das religiões e Ezequiel Jauris, pastor de jovens. Escolhemos introduzir com uma enquete, pois acreditamos que esse formato daria um olhar da sociedade, opinando sobre os cristãos, como se comportam e para saber se os entrevistados estão a par dos assuntos que envolvem esse grupo social. Já as entrevistas com os especialistas foi decidida a partir do objetivo de não resumir o conteúdo aqui produzido em apenas um censo comum e sim trazer dados, informações e opiniões embasadas em estudos. Por fim, escolhemos a pauta "500 anos da Reforma Protestante" para compor nosso quadro de produções da Websérie Cinese. Neste websódio abordamos de forma documental e histórica os elementos principais que compuseram esta data para os cristãos protestantes e evangélicos. Para isso, utilizamos em nossa narrativa a técnica de draw my life e recorremos a um historiador para nos dar uma visão mais precisa dos acontecimentos. Para a produção desta técnica foi necessária a confecção de gravuras adequadas para o vídeo. Pode ser notado que este websódio foi o único que não houve aparição de algum jornalista seja na entrevista e também estando ausente na apresentação, pois achamos necessário que ele se diferenciasse dos demais por se tratar de um websódio de pauta especial. Em noções técnicas, nossos produtos foram pensados sobre quais elementos estéticos visuais que tornariam as narrativas mais atrativas. Para esta pós-produção foram utilizados os softwares Adobe Premiere, Photoshop, After Effects e Sony Vegas Pro 14. As animações que utilizamos no primeiro websódio foram apenas as janelas extras e o uso dos GC's foram desenhados a partir de um design simples para não haver uma confusão de informação na tela do internauta. A coloração foi empregada para mudarmos de forma inesperada a narrativa do websódio e então criarmos um "meme audiovisual". Investimos no efeito preto e branco para causar um efeito de apreensão devido a pergunta "escutar música que não é cristã é pecado?" ainda que a pergunta seja de cunho mais sério a repórter decide dar uma "quebra de gelo" o que possibilitou na edição acentuar o tom de humor com a mudança da imagem e um efeito sonoro. A intenção em inserir textos no websódio dois foi uma forma que encontramos de substituir imagens de apoio durante as falas por dois motivos: 1) a dificuldade que encontramos de produzir imagens que ilustrassem exatamente o que as fontes estavam expressando e 2) pelo o grande peso visual na estética que estaria sendo posto se usássemos imagens de outros veículos de informação que teriam outro visual que não aquele proposto na pauta. O terceiro e último websódio explorou as transições e imagens vetorizadas para incrementar os efeitos visuais da produção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A criação da Websérie Cinese propôs desde o início do trabalho desenvolver a elaboração de um produto no formato de websódios unitários jornalísticos especializados em noticiar fatos sobre o cenário cristão, com uma estética irreverente mirando seu público alvo: o público jovem, além da exploração e aplicação das leis éticas da profissão. Por que falar de Religião de uma forma jornalística? Pois bem, houve em nós uma percepção de uma brecha no mercado jornalístico que tratasse informações de cunho religioso e pouca visibilidade dada aos conteúdos científicos produzidos dentro desta temática. O que justificou nosso empreendimento foi justamente os quase 44 milhões de evangélicos inseridos em nossa sociedade exercendo não só seus direitos e deveres, mas também colocando em prática suas ideologias morais provenientes da sua religião. A fim de que haja conscientização e informação sobre fatos específicos, todavia produza uma relação explícita e empática com coletividade diversa. No instante da metodologia nós utilizamos de linguagem técnica do audiovisual tanto de televisão como para a web, pois nós averiguamos que em sentido de produção acadêmica sobre as técnicas do webjornalismo audiovisual que ainda estão em desenvolvimento. Através desta etapa listamos os gêneros jornalísticos audiovisuais, discorremos sobre o formato audiovisual websérie, construímos a identidade visual de nosso produto e roteirizamos os processos de pré-produção, produção e pós-produção que viemos utilizar ao longo de todo nosso trabalho sem nenhuma alteração de atividades. O trabalho transcende a barreira de uma religião e apresenta aos interessados nessas áreas de conhecimento que é possível fazer na prática um Jornalismo sobre Religiões, conceito este já trabalhado por alguns autores, porém sentimos dificuldades com a carência de textos para o desenvolvimento prático para dar suporte a produção com essas informações, tornando nosso trabalho um "pontapé" na discussão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ABIAHY, Ana Carolina de Araújo. O jornalismo especializado na sociedade da informação. Universidade Federal da Paraíba. Bocc,Paraíba, 2005. <br><br>ALENCAR, Gedeon. Protestantismo Tupiniquim. Arte Editorial, São Paulo, 2005. <br><br>ALVES, Giseli. Jornalismo audiovisual nas web tv s folha, estadão e o globo: transposição das lógicas do telejornalismo para web. Anais Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Curitiba, 2017.<br><br>BARBEIRO, Heródoto. Manual de Telejornalismo: Os Segredos da Notícias na TV, Elsevier Brasil, São Paulo, 2013. <br><br>BECKER, Beatriz. Pensando e Fazendo Jornalismo Audiovisual: A experiência do projeto TJ UFRJ. Editora E-papers, Rio de Janeiro, 2012. <br><br> BECKER, Beatriz.Webjornalismo audiovisual:uma análise do jornalismo como forma de conhecimento na contemporaneidade. Revista ECOPós, Rio de Janeiro, 2008. <br><br>CANAVILHAS, João. Webjornalismo: considerações gerais sobre o jornalismo na web. 2001.Ed.Unisinos: Casa Leiria,2013. <br><br>DATAFOLHA, Instituto de Pesquisa. Perfil e opinião dos evangélicos no Brasil  total da amostra. São Paulo, 2016. <br><br>GUTMANN, J.F. Entre tecnicidades e ritualidades: formas contemporâneas de performatização da notícia na televisão. Galaxia (São Paulo, Online), n. 28, p. 108-120, dez. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/1982-25542014216654 <br><br>IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Censo demográfico : 2010 : características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Janeiro, 2012. <br><br>MARTINS, Luís Mauro Sá. Mídia, religião e sociedade: Das palavras às redes digitais. Editora Paulos, São Paulo, 2017.<br><br>MENDONÇA, Joêzer. Música e religião na era do pop. Appris Editora e Livraria Eireli  ME. 11 de jul de 2017 - 205 páginas.<br><br>MERA, Diego Darío López. WebSeries: Nuevo fenômeno de experimentación audiovisual y entretenimiento. Universidad de Chile y La Universidad de Caldas, 2010.<br><br>NETO, Antônio F. Processos midiáticos e construção das novas religiosidades-Dimensões discursivas. Galáxia, n. 3, 2002. <br><br>PUCCINI, Sérgio. Documentário e Roteiro de Cinema. Campinas, 2007. <br><br>REZENDE, Guilherme Jorge de. Telejornalismo no Brasil: um perfil editorial. Summus, São Paulo, 2000.<br><br>YORKE, Ivor. Jornalismo Diante das Câmeras. Summus, São Paulo, 1998.<br><br> </td></tr></table></body></html>