ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01004</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Honestiqueta</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Lisiane Rizzi (Escola Superior de Propaganda e Marketing); PAULO PINHEIRO GOMES JUNIOR (Escola Superior de Propaganda e Marketing)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;aplicativo, comunicação, inovação, meio ambiente, moda</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho  Honestiqueta se trata do conceito de um aplicativo desenvolvido na disciplina de Produção Web, para promover a conscientização do consumidor em relação aos danos ambientais provocados pela indústria da moda e pelo modelo de negócios fast fashion. Objetiva-se provocar a reflexão individual em relação ao ato do consumo, ao revelar para o usuário dados sobre a produção de itens de vestuário, a partir da leitura do código de barras disponível na etiqueta das peças.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A indústria da moda cresce a cada dia mais, em termos de produção e consumo. Atualmente, a maior parte das grandes marcas de roupa atua com o modelo de negócios fast fashion, um sistema utilizado pelo varejo com o intuito de fomentar o consumo a partir da rápida mudança das tendências vigentes, e pela renovação constante de coleções de roupas (NUNES; DA SILVEIRA, 2016). Segundo dados do Ibevar, Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo, as 5 maiores empresas segmento Moda e Esporte no Brasil em 2017 foram Renner, Riachuelo, C&A, Pernambucanas e Havan, todas baseadas no modelo fast fashion. O faturamento dessas marcas chegou a 67,6%, mais da metade de todo o faturamento do setor. Da mesma forma pela qual a moda é consumida rapidamente, também é descartada. Segundo dados da Fundação Ellen Mac Arthur publicados pela Folha de S. Paulo, mais da metade dos itens adquiridos no modelo fast fashion são descartados dentro do período de um ano. O problema não está somente no descarte, mas também no alto consumo de recursos naturais para a produção de peças, como é o caso da água. São 93 bilhões de metros cúbicos gastos anualmente na produção têxtil (GAMA, 2017). A mesma pesquisa (2017), ainda revela que a moda gera por ano cerca de 1,2 bilhão de toneladas de gases do efeito estufa, além de lançar aos mares meio milhão de toneladas de microfibras de plástico por ano com a lavagem de peças. De todo material produzido pela indústria da moda, menos de 1% é reciclado para se tornar uma nova peça, ou seja, o restante é destinado ao meio ambiente e contribui para a geração de diversos problemas ambientais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em vista dos dados alarmantes relacionados a indústria de moda fast fashion, encontra-se a necessidade de refletir sobre as consequências relativas ao ato do consumo. Por mais que existam dados e pesquisas disponíveis, observa-se que por vezes não chegam a um grande número de pessoas, ou não geram impacto por não serem palpáveis em relação aos impactos individuais, por não mostrarem uma saída que possibilite mudanças neste cenário. Com o intuito de contribuir com o problema proposto, desenvolveu-se um projeto de uma plataforma para possibilitar a disseminação de informações e dados relacionados aos danos provocados pela indústria da moda, a fim de despertar a consciência individual e gerar mudanças positivas para a sociedade e o meio ambiente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para cumprir o objetivo de conscientizar as pessoas e mostrar como cada peça de roupa consumida pode impactar a sociedade e o meio ambiente, desenvolveu-se o conceito de uma plataforma interativa chamada  Honestiqueta . O nome vem da ideia de uma etiqueta de roupa honesta, na qual seja possível enxergar a origem daquele produto, e ver qual o real custo ambiental causado para que tal item pudesse ser produzido. Essa plataforma foi pensada em forma de aplicativo de smartphone , para possibilitar fácil e rápido acesso das informações, além de permitir a interação do usuário. Atualmente a forma mais simples de acessar conteúdos de diversas origens é pelo celular. O autor Tom Chatfield (2012), afirma que para os usuários nativos digitais,  o telefone celular é a primeira coisa que você pega quando acorda, pela manhã, e a última a largar à noite, antes de dormir. Uma vez que o usuário possui toda a atenção voltada para o seu aparelho digital, ele busca ali novas formas de comunicação e transmissão de conhecimento, a partir de ferramentas que possam ampliar sua visão de mundo (CHATFIELD, 2012). Por esse motivo, entende-se que o aplicativo é o caminho mais adequado para se chegar ao consumidor e captar seu interesse. Ron Adner (2013) argumenta que o celular já não é um simples telefone, e sim um aparelho capaz de manter o usuário conectado a web a todo momento e em qualquer lugar, graças a internet portátil. Isso é de suma importância para que as pessoas consigam obter informações sempre atualizadas, bem como interagir e colaborar com seu ponto de vista. Mais do que uma plataforma tecnológica, o  Honestiqueta parte do princípio da participação ativa dos usuários. O autor Henry Jenkins (2015) afirma que essa busca do consumidor por novas informações e conexões em meio a diversos conteúdos, trata-se de uma transformação cultural. A partir disso, objetiva-se que o consumidor entenda mais sobre a indústria da moda ao mesmo tempo que sinta que está participando e contribuindo ativamente para a causa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto do aplicativo  Honestiqueta foi desenvolvido através da disciplina de Produção Web. A primeira etapa se deu a partir de um estudo de problemas relacionados ao meio ambiente e a sustentabilidade, para que assim pudesse se pensar em uma solução envolvendo plataformas digitais. Uma vez detectada a possibilidade de abordar a questão dos impactos causados pela indústria da moda, foi realizado um brainstorm e busca de referências para se chegar em uma ideia final. Nessa etapa optou-se pela forma de aplicativo, para que se cumprisse o objetivo planejado. Após a orientação do professor montou-se um board para explicar a ideia, expor o problema, bem como a solução. Foi proposto também o design do aplicativo e da a sua marca, com imagens representando a navegação das telas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O aplicativo  Honestiqueta foi planejado para que os usuários pudessem interagir e obter informações de forma objetiva e fácil, acerca dos impactos causados ao planeta pela indústria da moda. O layout valoriza as cores relacionadas a sustentabilidade, tons de verde, mas sem competir com os demais elementos, de forma a privilegiar o conteúdo de texto. A tela de abertura do aplicativo consiste na apresentação do logo do  Honestiqueta construído em cima da ideia de um código de barras que revela a real procedência dos itens de vestuário. Automaticamente, o usuário é direcionado para a  Home , onde é possível acionar a câmera do celular para fazer a leitura de código de barras de uma peça de roupa. A partir da busca em um sistema banco de dados contendo o catálogo dos códigos de barras, o app revela para o consumidor informações de origem da peça de roupa: país, empresa, produto, litros de água gastos, metragem de tecido desperdiçada e quais químicos foram lançados ao meio ambiente na produção daquele item. A partir daí é possível compartilhar o resultado da busca nas redes sociais, ou acessar o menu para explorar as outras seções do aplicativo. Na aba  Manifesto é possível conhecer mais sobre o conceito e o propósito do aplicativo. Ao acessar o  Blog tem-se acesso a diversos links com conteúdos relacionados a moda sustentável e dicas que permitem que o usuário se engaje com a causa. Por último, na seção de  FAQ , lista-se diversas perguntas frequentes e respostas sobre o aplicativo e sobre o consumo consciente na moda.. É possível também entrar em contato com o  Honestiqueta para obter mais informações.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O processo de construção do conceito do  Honestiqueta significou um aprendizado em diversos sentidos, acerca não somente de plataformas digitais e web, mas também relacionados a indústria da moda e consumo. Este projeto possibilitou uma reflexão pessoal profunda sobre um problema extremamente atual, além de proporcionar a exploração de um conteúdo que normalmente não seria estudado dentro do currículo do curso de Publicidade e Propaganda. O aprendizado por si só já foi muito satisfatório, porém o resultado do projeto  Honestiqueta também foi reconhecido externamente, pelo prêmio  Comunicação Digital na categoria Ouro na 12ª Noite de Prêmios da ESPM-Sul, além de receber o reconhecimento de  Destaque Acadêmico pelo SEPRORGS (Sindicato das Empresas de Informática), que fomenta a indústria de Negócios Digitais no Rio Grande do Sul.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ADNER, Ron. Sob a lupa da inovação: uma abordagem sistêmica inovadora para gerar valor e criar negócios duradouros. São Paulo: Elsevier, 2013.<br><br>CHATFIELD, Tom. Como viver na era digital. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.<br><br>GAMA, Mara. Relatório aponta danos ambientais da indústria da moda . Folha de S. Paulo [Publicação Virtual], 8 dez. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/YqdyQq>. Acesso em: 31 mar. 2018.<br><br>IBEVAR. Ranking Ibevar 120 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro. Disponível em: <https://goo.gl/3VbheU>. Acesso em: 31 mar. 2018.<br><br>JENKINS, Harry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2015.<br><br>NUNES, Moema Pereira; DA SILVEIRA, Giuliana Alamada. Análise das motivações do consumidor de fast-fashion. 2016. Disponível em: <https://goo.gl/G2LSJU>. Acesso em: 31 mar. 2018.<br><br> </td></tr></table></body></html>