ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01057</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Sinal fechou</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Leonardo da Silva do Amaral (Universidade de Caxias do Sul); Maiara Zanatta Gallon (Universidade de Caxias do Sul); Adriana dos Santos Schleder (Universidade de Caxias do Sul)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Caxias do Sul, Artistas de rua , Trabalho informal, Grande reportagem, Telejornalismo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente paper detalha o processo de produção de uma grande reportagem, desenvolvida na disciplina de Telejornalismo II, do curso de jornalismo da Universidade de Caxias do Sul. A grande reportagem produzida tem como intuito abordar a realidade de pessoas que dependem das ruas para se sustentar. Sendo assim, esta matéria jornalística tem como objetivo dar voz a quem trabalha nas ruas, sem deixar de lado a opinião daqueles que não concordam com esse tipo de trabalho informal. Seja fazendo arte ou vendendo um produto, quem usa as ruas para o sustento conseguiu, com a divulgação do material no Facebook, que mais de quatro mil pessoas pudessem lhes ouvir. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A plataforma audiovisual oferece aos comunicadores alguns modos de produção de conteúdo, e cada um possui características específicas. Diferente das reportagens diárias ou factuais, as quais são pré-produzidas e produzidas praticamente no mesmo dia, as grandes reportagens, nome dado às matérias mais extensas, procuram concentrar sua atenção sobre uma situação, um fenômeno ou um acontecimento determinado, de forma profunda, cercando todos os ângulos (KOTSCHO, 2000, p. 71). Com o intuito de explorar este gênero do jornalismo, o grupo realizou uma grande reportagem baseada em entrevistas e depoimentos, de quem trabalha em semáforos e também de quem apenas passa por eles. Este material foi elaborado em Caxias do Sul, município localizado na Serra Gaúcha. Nos tópicos a seguir, pode-se verificar de que forma esta grande reportagem foi produzida, bem como o porquê da abordagem deste assunto. As grandes reportagens possuem amplo espaço na televisão aberta, mas, ainda assim, menos que o factual. Isso porque a televisão exige que seja passado o maior número de informações no menor período de tempo. Até hoje, diz-se que cada segundo na TV é precioso.  A televisão é um meio que tem pressa. Tem pressa porque o componente mais importante em toda a sua estrutura de produção é o tempo (MARCONDES FILHO, 1994, p. 23). Acredita-se, entretanto, que preciosidade é fazer com que as vozes caladas pela nossa sociedade possam ser ouvidas e entende-se que a pressa, após a produção deste material, vai de encontro à empatia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como objetivo geral, aprender a dominar as técnicas e métodos de uma produção de reportagem audiovisual, envolvendo os processos de roteirização e edição. Além disso, na questão da escolha da pauta, o intuito foi poder tratar de um assunto que, de acordo com a reportagem produzida, há ainda um certo preconceito. Isso fica evidenciado quando o doutor em Ciências Políticas, João Ignácio Lucas Pires, explica sobre a rejeição da sociedade para com o trabalho informal. O relato dos trabalhadores informais, também, foi imprescindível para comprovar isso e, logo, para chegar-se a outro objetivo: o de promover a reflexão tanto em quem produziu o material, quanto a quem assistiu a ele.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Por meio desta obra, a equipe de reportagem decidiu mostrar a realidade atualmente incrustada nos grandes centros populacionais do país, utilizando como cenário Caxias do Sul. Com base em experiências pessoais, o grupo percebeu que há um certo preconceito com quem trabalha nos semáforos da cidade. Buscando dar voz a esses trabalhadores, iniciou-se a produção da pauta. Pensou-se também em limitar apenas aos artistas que mostram sua arte nos sinais. Entretanto, uma boa conversa para vender qualquer produto é, também, de certa forma, um talento. Assim, decidiu-se ouvir trabalhadores de três áreas distintas que fazem das ruas seu ambiente de trabalho. Contudo, de acordo com Sponholz (2003, p. 110)  [...] jornalistas devem informar, mas nem devem opinar; é preciso ouvir os dois lados de uma questão . Sabendo desta máxima, tentou-se, sem perder a característica inicial, ouvir motoristas que discordam e concordam com esse tipo de trabalho informal. Esse tipo de reportagem é expositiva, aproxima-se da pesquisa e, às vezes, tem caráter denunciante.  Mas, na maioria dos casos, apoiada em dados que lhe conferem fundamentação, adquire cunho pedagógico e se pronuncia a respeito do tema em questão (SODRÉ, FERRARI, 1986, p. 64). Esse pensamento vai ao encontro do que foi produzido, pois se buscou ouvir estudiosos nas áreas da economia e ciências políticas, a fim de trazer reflexões a partir de dados trabalhistas, históricos e sociais. Nas grandes reportagens, assim como a realizada por este grupo, a notícia revela o fato em sua totalidade, identifica personagens, localiza geograficamente onde ocorreram ou ainda estão acontecendo, descreve suas circunstâncias, e os situa, num contexto histórico para dar-lhes perspectiva e noção da amplitude e dos seus significados (CURADO, 2002, p. 16). Aqui, então, entende-se o valor do jornalismo e, consequentemente, o desta reportagem. Foi com o intuito de promover reflexões que se buscou abordar uma pauta de importância significativa social e economicamente. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após uma discussão de pautas em sala de aula, o assunto foi definido e começou-se a pensar em fontes. Os alunos dividiram-se para ocupar o tempo da melhor forma. Primeiramente, elaborou-se um pré-roteiro, em que constavam as questões e assuntos a serem abordados, bem como as fontes participantes da reportagem. Após isso, foram organizadas saídas para coletar dados, entrevistas com especialistas, artistas de rua e vendedores de produtos diversos. Foi utilizada uma câmera, fixa nas entrevistas com especialistas e com movimentos nos depoimentos dos trabalhadores, procurando capturar ângulos diferenciados. Após algumas gravações, deu-se início ao processo de decupagem e edição, por meio do programa Adobe Premiere. O projeto como um todo, foi desenvolvido em aproximadamente dois meses, com saídas semanais e edições. A estrutura da reportagem foi construída com entrevistas intercaladas com imagens da movimentação nas ruas. A trilha sonora contou com a música Do It Right, livre e sem direitos autorais e, em alguns momentos, a música Sinal Fecho, de autoria de André Alvino e Gustavo Santos, malabaristas de rua que fazem parte da reportagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem Sinal Fechou, de seis minutos e 54 segundos, foi produzida na disciplina de Telejornalismo II, do curso de jornalismo da Universidade de Caxias do Sul, sob a supervisão da professora Adriana Schleder. O trabalho de vendedores e artistas de rua, e prestadores de serviço foi a temática do conteúdo produzido. Inicialmente, uma pesquisa de campo apontou os principais ambientes da cidade em que se encontravam os personagens da nossa reportagem. Após a realização de briefing, com câmera e microfone em mãos, a equipe foi às ruas para colher os depoimentos. A reportagem acompanhou o trabalho dos entrevistados para compreender suas rotinas e a missão de alcançar reconhecimento e valorização. O pouco tempo disponível para atraírem a atenção de motoristas nos cruzamentos testava, por muitas vezes, a criatividade e o jogo de cintura. Além disso, foram feitas abordagens aos motoristas, com a intenção de captar opiniões sobre o trabalho desenvolvido pelas pessoas na rua. O resultado se dividiu entre críticas e elogios, que fizeram parte do conteúdo audiovisual. A temática foi abordada, também, por especialistas. A gerente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Caxias do Sul, ngela Almeida, e a coordenadora do Observatório do Trabalho da UCS, Lodonha Soares, explanaram sobre o trabalho informal. Já o doutor em Ciência Políticas, João Ignácio Lucas Pires, explicou sobre o preconceito existente da sociedade para com os personagens urbanos. Tornou-se possível construir uma pequena reflexão acerca do trabalho de rua na sociedade caxiense, um fenômeno que faz parte da história do país e vai de encontro aos modelos tradicionais do capitalismo. A vontade e o compromisso acabam sendo fundamentais para quem depende da rua, pois não há folgas, substitutos e/ou estabilidade financeira. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Foi possível perceber ao longo deste paper de apresentação da grande reportagem Sinal Fechou, que pautas que não são cotidianas requer esforço e dedicação a mais, pois no concorrido mercado de trabalho o tempo é valioso. Assim, há pouco espaço para a elaboração e, consequentemente, a exibição de trabalhos de longo prazo. Dessa forma, utilizar o ambiente acadêmico para a produção desse tipo de material é de suma importância para a experimentação completa da graduação em jornalismo. A academia é o espaço ideal para que os estudantes inovem, testem, acertem e, logicamente, errem em seus trabalhos. A grande reportagem produzida pelos alunos de jornalismo da Universidade de Caxias do Sul teve esse intuito: experimentar e descobrir pautas que possam ir além do comum, do cotidiano. Buscar dar voz e vez a quem pede por espaço, por visibilidade. Expor condições, relatar todos os lados e, acima de tudo, contar histórias fazem com que o jornalismo seja especial, diferente de outras profissões. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CURADO, Olga. A notícia na TV: O dia-a-dia de quem faz Telejornalismo. São Paulo: Alegro, 2002. <br><br>KOTSCHO, Ricardo. A prática da reportagem. 4ª edição. São Paulo: Ática, 2000.<br><br>MARCONDES FILHO, Ciro. Televisão: a vida pelo vídeo. São Paulo: Moderna, 1988.<br><br>SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de Reportagem  Notas sobre a Narrativa Jornalística. São Paulo: Summus, 1986.<br><br>SPONHOLZ, Liriam. Objetividade em Jornalismo: uma perspectiva da teoria do conhecimento. Famecos, Porto Alegre, n. 21, 2003. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/download/3219/2483>. Acesso em: 7 abr 2018.<br><br> </td></tr></table></body></html>