ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01070</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;O Feminino Encarcerado</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;MAIKON BUCH DA SILVA (CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA); SUSANA GARCIA FERREIRA MARTINS (CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA); GUILHERME MILESKI CUNHA (CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA); NATÁLIA PEREIRA TOLEDO (CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA); DEYVID COLONELLI SANCHES (CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA); JANICLEI MENDONÇA (CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA); BRUNA DE SOUZA LOURES (CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA); PAOLA PEREIRA DE OLIVEIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;causas sociais, desconstrução, mulher no cárcere, penitenciária feminina, podcast</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Podcast DESPRENDIDOS, produzida na disciplina Produção em Áudio no quarto período de Publicidade e Propaganda no segundo semestre de 2017, com duração de aproximadamente 19 min, traz como tema O FEMININO ENCARCERADO que tem a intenção de discutir, ainda que brevemente, a realidade de mulheres encarceradas não apenas em Curitiba, mas também em âmbito nacional. Para tanto, o embasamento teórico usado foi Luiz Arthur Ferrarreto e Júlia Lúcia de Oliveira Albano da Silva. Após exposição, são tecidas considerações sobre referências radiofônicas, assim como o processo de criação e finalização do podcast para, enfim, se relatar sobre a experiência da equipe.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">DESPRENDIDOS é um podcast voltado para o público universitário e que debate, a cada programa, um tema que seja relevante social ou culturalmente no intuito de provocar a reflexão pelo ouvinte. Assim, o presente episódio intitulado O FEMININO ENCARCERADO trata sobre a realidade das mulheres encarceradas por meio da entrevista com a jornalista Michele Bravos, mestranda em Direitos Humanos, e com a Prof. Dra. Priscila de Sá, do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná e PUC-PR e que coordenou por três anos um projeto de extensão dentro das penitenciárias. Para a produção do podcast se recorreu aos autores Luiz Arthur Ferrareto e Júlia Lúcia de Oliveira Albano da Silva devido ao primeiro abordar sobre formatos de programas e, a segunda, por tratar sobre a plasticidade da palavra e paisagem sonora.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo do podcast foi criar um produto em áudio que dialogue com o público universitário trazendo temáticas emergentes na sociedade, mas que ao mesmo tempo não são muito discutidas no ambiente acadêmico. No entanto, a preocupação com o embasamento teórico é uma das diretrizes que a equipe procurou trazer para o programa, uma vez que, enquanto universitários, se considera fundamental uma discussão que consiga refletir os diversos aspectos dos temas considerando a coerência e a ética nas exposições e abordagens.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Considerando as diversas etapas de produção em áudio, principalmente de um podcast (programa), a execução desse tipo de projeto se torna fundamental para os acadêmicos que desejam atuar na área ou ao menos conhecer como é a elaboração de materiais para áudio. Assim, a justificativa do podcast se divide em dois âmbitos: o primeiro, que diz respeito à experiência, é importante para a imersão da equipe no desenvolvimento do trabalho que, a partir da produção, podem ampliar seu portfólio. O segundo, em relação a produção da peça, essa se faz fundamental por proporcionar à equipe a reflexão crítica de temáticas e de processos em áudio. Nesse sentido, o podcast DESPRENDIDOS se trata de um processo de discussão que se constrói a partir de diversos olhares e que procura refletir sobre temáticas pertinentes ao atual panorama da sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A criação de um podcast/programa é uma atividade que requer (principalmente de quem estuda Publicidade e Propaganda) atenção a alguns fatores importantes como a ética, a relevância social e/ou cultural e a clareza na exposição dos fatos. Esse apanhado se torna um exercício de reflexão sobre a própria função do publicitário, uma vez que assim como em Jornalismo, é preciso prezar pela coerência nos argumentos. No entanto, quando se trata da elaboração de um programa desse cunho, é preciso desenhar o percurso com maior atenção. Nesse sentido, Ferrareto nos diz que um a definição do formato de um programa deve ser elaborado segundo os parâmetros de identidade de quem se propõe a realizá-lo, ou seja, essa identidade será definida ou por uma estação de rádio ou por um podcaster. Assim, o formato de DESPRENDIDOS foi pensado para dialogar com o público jovem, isto é, para a escolha do ritmo, da linguagem e da disposição em três blocos que ao todo somam 19min foi considerado o perfil dos produtores (acadêmicos do quarto período de Publicidade e Propaganda) e o perfil do ouvinte já mencionado. Por fim, esse formato foi alinhado com o podcast, por se tratar de um formato de áudio que pode ser disponibilizado na internet e no qual o público jovem se sente mais a vontade. Quanto ao roteiro, foi escolhido o formato de uma coluna, sendo esse formato apresentado por Ferrareto, pois como se trata de um programa, o mesmo precisa ser elaborado previamente como um guia do que será falado, diferentemente do roteiro de duas colunas mais comumente usado na escrita de roteiro para spot ou filme publicitário. Em relação a plasticidade da palavra, Silva nos apont que o trabalho da voz confere realidade sígnica, uma materialidade que é formada à partir de uma voz descorporificada e, portanto, é a voz que torna o cenário presente, que dá vida aos personagens e confere emoção ao texto. A sonoplastia, por sua vez, vem colaborar com a linguagem no áudio, uma vez que esta explora um só sentido, de modo a evitar a fadiga ou monotonia. Dessa maneira, um dos seus trunfos é acentuar a persuasão para alimentar a imaginação do ouvinte com diferentes imagens auditivas, assumindo assim naturezas variadas conforme a intenção e significado intencionado pelo texto. Em se tratando de um programa no qual é discutido uma temática com abordagem mais teórica, a equipe optou por não inserir trilhas no decorrer das entrevistas para que isso não afetasse o entendimento do público. Reservou-se a trilha para início do podcast e para os spots inseridos nos intervalos dos blocos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A intenção principal do projeto é adentrar em uma camada negligenciada da sociedade para expandir o ponto de vista sobre um universo que não é comumente explorado. A escolha foi pensada justamente por se tratar de uma questão social, o que traz relevância e conhecimento de mundo para o ouvinte se desprender de pré-conceitos e expandir seus pensamentos. Com o apoio de mulheres com conhecimento pautado no assunto do feminino encarcerado, o tema inicialmente é abordado por Michelle Bravos, jornalista envolvida em um projeto que existe desde 2013, atualmente intitulado  Eu Vejo Flores com o objetivo de resgatar a identidade e autoestima de mulheres encarceradas. Michelle consegue trazer um amplo ponto de vista de alguém que possui contato e vivência com essas mulheres, trazendo um olhar mais humano e reflexivo sobre a causa. A busca pela identidade é outro assunto pertinente, mostrando que até mesmo em um meio em que as pessoas são massificadas e vistas como um padrão conjunto, ainda existe a necessidade dos indivíduos demonstrarem um pouco de sua personalidade, ainda que minimamente para reforçar seus ideais e crenças. A abordagem das falhas sociais também é bastante pertinente para mostrar os rumos tomados por mulheres em condições precárias e violadas durante fases de suas vidas. Em outro aspecto, a Dra. Professora Priscilla Placha Sá, atuante na área de advocacia, compartilha seu conhecimento adquirido em um projeto de extensão acadêmico dentro das penitenciárias que coordenou por quatro anos. O projeto criou visibilidade e possibilitou a reflexão sobre pautas de políticas públicas sobre as condições que mulheres no cárcere se encontram, pelo fato de não terem muitas representatividades legais que deem apoio à suas situações. Além disso, é denunciado o fato de que dificilmente essas mulheres são presas portando armas de fogo e geralmente possuem pouco dinheiro e pequenas quantidades de droga, abrindo ainda mais espaço para questionamentos sobre a sociedade em que elas estão inseridas e a questão de meritocracia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">DESPRENDIDAS é bastante pertinente para reforçar as falhas sociais e o desejo da mulher negligenciada pela sociedade em encontrar o seu lugar e receber a aceitação de alguém, por mais marginal que seja essa conduta. Esses esforços feitos para se encaixar muitas vezes acabam resultando em consequências capazes de mudar uma vida pra sempre devido a má influência dos envolvidos. Estes fatores mostram consequências de estruturas desequilibradas e com isso quebra pré-conceitos a partir de uma visão mais ampla de um tema delicado e negligenciado. Além disso, é vale ressaltar a questão da singularidade de cada mulher e o impacto que isso tem quando elas são submetidas a um sistema que é feito para ignorar as características e crenças destas pessoas para torná-las em seres massificados. Por fim, além de ressignificar o papel da mulher, o podcast abre espaço para reflexões sobre as condições de tratamento no cárcere feminino e a linha entre o ético e o insensato. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">SILVA, Júlia Lúcia de Oliveira Albano da. Rádio: oralidade mediatizada. O spot e os elementos da linguagem radiofônica. São Paulo: Annablume, 2009.<br><br>CALABRE, Lia. A era do rádio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2012.<br><br>FERRARETO, Luiz Artur. Rádio. Teoria e Prática. São Paulo: Summus, 2014<br><br> </td></tr></table></body></html>