ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01071</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A família de quem não tem lar</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Hellen Veridiane Barbosa da Silva (Universidade Positivo); Maria Claudia Souza Batista (Universidade Positivo); Maria Zaclis Veiga (Universidade Positivo)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Adoção, Afeto, Cotidiano, Crianças, Família</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção de fotorreportagem intitulada  A família de quem não tem lar ilustra de forma simples e harmônica a vida de crianças e adolescentes que vivem em lares de adoção, com o intuito de despertar o desejo pela adoção entre as famílias paranaenses. Para alcançar esse objetivo, três temas foram abordados nas fotos: o cotidiano, as brincadeiras e o afeto entre as crianças do Lar Mãe Maria, em São José dos Pinhais, PR. O produto surgiu a partir da necessidade de se produzir uma reportagem fotojornalística, como trabalho final da disciplina de Fotojornalismo, do 1° ano do curso de Jornalismo da Universidade Positivo - Curitiba, PR.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Lar Mãe Maria fica em São José dos Pinhais - Paraná, região metropolitana de Curitiba, sob os cuidados das Irmãs Beneditinas da Divina Providência que acolhem e abrigam, crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude. O Lar conta com cinco Casas Lares com pais sociais, que recebem remuneração e têm suas rotinas normais, de trabalho, lazer, e etc, como todo pai e mãe de qualquer família. Cada casa pode abrigar de dez a doze dessas crianças e adolescentes. Todas elas possuem obrigações. Desde ajudar no trabalho doméstico, ir para a escola, e até cuidar dos outros  irmãos de coração. Além de eles terem oportunidade de participar de oficinas de trabalhos manuais, reforço escolar, aulas de computação e esportes. Todas essas atividades, na parte do contra turno escolar. A estrutura do Lar também conta com um centro de atividades e uma quadra poliesportiva, ampliando, assim, as atividades oferecidas. Atividades e elementos explorados no decorrer da reportagem, que poderá ser visto quando falarmos sobre o produto, com riqueza de detalhes e alto grau de descrição. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo da reportagem é despertar o interesse pela adoção de crianças e adolescentes, visto que no Paraná há 544 menores disponíveis, segundo o Cadastro Nacional de Adoção. A ideia é humanizar as crianças e adolescentes que moram em lares, possibilitando um novo olhar sobre esses menores que, normalmente, são marginalizados pela mídia com o uso de tarjas pretas nos olhos para evitar o reconhecimento. Tal recurso foi evitado na reportagem fotográfica, e por isso, o propósito é focar em detalhes do rosto, gestos, expressões e ações. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A relevância da pauta  Adoção no Paraná foi discutida inúmeras vezes pelas integrantes do grupo, que se basearam em dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), sistema de informações hospedado nos servidores do Cadastro Nacional de Justiça, o qual consolida os dados de todas as Varas da Infância e da Juventude referentes a crianças e adolescentes em condições de adoção. Hoje, no Paraná, há 544 menores disponíveis para adoção  o equivalente a 11,18% do total do país (4.867), segundo o Cadastro Nacional de Adoção. O Paraná está no ranking de estados - junto com São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais - que mais promoveram a adoção no ano de 2016, últimos dados registrados pelo CNA. Sentimos a necessidade de falar sobre isso, para o Paraná, levando em consideração a realidade das crianças daqui, por notar a carência de relatos e da representação, com o real objetivo de despertar a vontade de adoção e mostrá-las de forma mais singela e inocente possível, para que ficasse evidente a fuga da opinião preconceituosa que esses indivíduos são sujeitados. E que pelo fato de ela estar em um lar, visto com um olhar pejorativo na maioria das vezes, não faz dessa criança menos ou mais, apenas uma criança como todas as outras. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O principal método, discutido desde a primeira reunião de pauta, foi a necessidade de estabelecer algum tipo de relação com os personagens fotografados (as crianças), já que precisávamos deixar elas a vontade para que pudéssemos captar fotos espontâneas e que representassem a realidade do cotidiano, sem que houvesse a nossa interferência. Para isso, fizemos uma imersão na vida dos personagens, conceito essencial do fotojornalismo Outro método discutido, e encarado como uma das dificuldades na produção da reportagem, foi o fato de não podermos mostrar os rostos das crianças, por se tratarem de menores de idade. A partir desse momento desenvolvemos estratégias para superar esse obstáculo, como focar em detalhes, ações, brinquedos, características, expressões e etc, e evitar fotos que aparecem os olhos das crianças, uma vez que não poderiam ser reconhecidas. Lembrando desde o começo que humanizar esses personagens era o nosso principal objetivo, descartamos assim, a possibilidade de uso de tarjas pretas e borrões, como é utilizado frequentemente pela mídia, que dá um teor pejorativo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Há uma grande dificuldade ao realizar reportagens fotográficas com menores de 18 anos, pois não pode ser revelada a sua identidade, e para isso, é comum colocar tarjas pretas nos olhos  o que acaba marginalizando essas crianças. Sabendo disso, nossa maior dificuldade foi tirar fotos que evitassem o reconhecimento delas, focando em detalhes do rosto e objetos. Por isso, durante toda a produção pode-se perceber a riqueza de detalhes em todas as fotografias, como gestos e expressões que caracterizavam essas crianças. As fotos apresentam uma riqueza de detalhes, através do foco em expressões, gestos e ações, que representavam cada criança no seu dia a dia. Dessa forma, não haveria tarjas pretas para evitar o reconhecimento dos menores. A reportagem foi dividida em três sessões, cada uma simbolizando uma das características abordadas, sendo elas: cotidiano, afeto e lazer. Mostramos que assim como toda criança, as que moram em lares adotivos brincam, estudam, e ajudam os pais sociais nas atividades domésticas. A sessão  Cotidiano busca ilustrar o auxílio aos pais sociais, os estudos e obrigações diárias que cada criança tem, representada pela foto de uma menina lavando a louça, outra escrevendo no caderno de português, e andando com uma vassoura. Como contextualização dessas imagens, os textos complementares abordam informações sobre o Lar Mãe Maria, como localização, quantidade de crianças, e atividades complementares oferecidas. O lazer foi ilustrado na segunda sessão, que retrata as atividades de recreação das crianças, como os passeios e as brincadeiras no balanço. Para despertar o interesse pela adoção, foram colocadas informações gerais sobre o processo de adoção, como quem pode adotar e quais os pré-requisitos. A relação e o afeto com os irmãos de sangue, irmãos do coração, o cuidado dos pais sociais e a felicidade e sorriso das crianças, foi muito abordada na reportagem, pois remete à uma verdadeira família. Esse sentimento foi contextualizado com a história da bebê Maju, que foi para o Lar Mãe Maria com apenas dois dias de vida, e é cuidada por todas as crianças, como a irmã mais nova na família, buscando ilustrar a relação de proteção que as crianças têm umas o com as outras. Além, foi perceptível o carinho que, um pouco tempo, as crianças já demonstravam para nós enquanto tiravamos as fotos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Os dados divulgados pelo Cadastro Nacional da Adoção exemplifica a importância de se discutir esse tema. Contudo, entender o cotidiano dessas crianças e ter uma nova visão humanizada e afetiva sobre lares de adoção, desperta o desejo pela adoção. Essa foi a mensagem que queríamos passar com essa reportagem, a mesma sensação que sentimos ao fotografar e interagir com essas crianças. O importante, além de ter a consciência sobre o tema é se envolver de alguma forma com lares, por meio de visitas e doações de brinquedos e roupas. Explorar esse sentimento através das técnicas usadas na fotografia foi essencial para construir uma narrativa que transmitisse e simplificasse a relação que toda criança conquista logo nos primeiros minutos de convivência. Por isso, foi extremamente importante o foco em detalhes do rosto e expressões. O uso das tarjas iria fazer com que a essência da reportagem se perdesse. Além, é uma oportunidade de proporcionar às crianças, uma visão diferente da qual são retratadas pela mídia, evitando a marginalização e a irreal ideia de abandono. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">http://www.cnj.jus.br/sistemas/infancia-e-juventude/20530-cadastro-nacional-de-adocao-cna<br><br> </td></tr></table></body></html>