ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01090</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;INVERSO: videoclipe da banda Mutuamente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Franciele Carolina Vaz (Universidade Paranaense); Milena Silva Rosa (Universidade Paranaense); Lucas Mateus Golçalves da Cruz (Universidade Paranaense); Ana Lucia Ribas (Universidade Paranaense); Eduardo Jose Sebim (Universidade Paranaense)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;audiovisual, autoral, independente, regional, videoclipe</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produção do videoclipe 'Inverso' da banda assis-chateaubriense MutuaMente fez parte de uma atividade da disciplina de Criação Publicitária em RTV do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Paranaense. Tal atividade tem como objetivo explorar e exercitar a capacidade dos acadêmicos em criação e produção para mídias audiovisuais, desde a criação do roteiro, atendimento ao cliente e técnicas de pré-produção, produção e edição, além de valorizar os trabalhos de artistas locais com produções autorais independentes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O videoclipe pode ser considerado, desde seu surgimento, como expressão artística audiovisual como uma maneira sedutora de bandas e artísticas dos mais diversos gênero divulgarem seus álbuns e músicas. A princípio com poucos recursos audiovisuais e retratando apenas a performance, ou seja, com poucos recursos narrativos. O videoclipe com o passar dos anos passou ganhou novas roupagens, com o advento de plataformas como youtube, podendo ser explorado como forma de expressão em diversos aspectos, como duração, roteirização, até mesmo mesclando com outras formas de linguagens. Antes visto apenas como um material de divulgação para lançamento de álbuns, o videoclipe teve de se reinventar, agregando diversas ferramentas midiáticas, tomando outros formatos e concepções estéticas (MACHADO, 2003 p. 173). Dessa forma, o desafio da atividade proposta era desenvolver um videoclipe, para a música 'Inverso', da banda MutuaMente, do município de Cascavel, Paraná. Tal trabalho visou valorizar a letra da música escolhida, imprimindo a visão e essência artística da banda através do roteiro construído em conjunto entre os integrantes do grupo. O desafio criativo foi de que a mensagem passada pelo vídeo desse ao espectador a noção dos sentimentos e a situação descrita pelo compositor na letra, retratando simbolicamente os momentos vividos, utilizando metaforicamente de lugares, objetos e expressões. Em síntese, o presente trabalho descreve o processo criativo, produção e pós-produção para o desenvolvido para o videoclipe 'Inverso'.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O intuito do trabalho foi de explorar os conceito e conteúdos, utilizando-se de técnicas para realização do briefing, desenvolvimento de roteiro, com atenção para observações do cliente, ordem do dia, produção e edição. O projeto desenvolvido na disciplina de Criação Publicitária em RTV oportuniza a artistas regionais a produção de um videoclipe, que posteriormente é utilizado na valorização e divulgação de seus trabalhos autorais. Após o primeiro encontro com os músicos, algumas ideias vieram à tona, tendo como inspiração a jornada relatada pelo baixista, compositor da canção Guilherme Wandermurem Martins. Sua experiência pessoal serviu de inspiração para a composição da música, na qual descreve a sua angústia ao deixar sua cidade natal, Assis Chateaubriand, em busca maiores oportunidades profissionais em São Paulo. Após se decepcionar com a vida na cidade grande, ele percebe então que a simplicidade do interior era o que realmente o fazia feliz, decidindo então voltar para Assis. Sendo assim, buscou-se adaptar esses conjunturas ao roteiro, aliando à letra representada em vídeo, de forma similar, utilizando materiais e locais que remetesse à ideia principal da música. A roteirização se baseou em uma narrativa não-linear, que partiria de uma visão do presente relembrando o passado, como se tudo não passasse de uma lembrança ruim. O próximo desafio foi representar uma metrópole, visto que não havia verba de produção viagens distantes. A solução encontrada foi gravar em Cascavel, maior cidade oeste paranaense, devido a proximidade. Após retratar a rotina metropolitana, o vídeoclipe traria em seu desfecho a ideia de felicidade, sugerindo que a vida simples trouxesse alegria.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A criação de produtos autorais regionais ainda tem se mostrado limitada devido à falta de espaço e apoio da sociedade em incentivar esses trabalhos. Dessa maneira, a produção cultural se utiliza dos veículos de mass media, suprimindo a produção artística independente e regional. É importante ressaltar a importância de iniciativas dessa natureza, que levem a cultura em suas diversas facetas, para diferentes públicos. O rock, gênero musical da banda MutuaMente, pode ser considerado menos popular se comparado a outros que fazem sucesso entre os jovens paranaenses e até mesmo no Brasil como um todo. Segundo uma matéria realizada pelo Jornal Nexo, por meio de dados disponibilizados pelo Spotify, a maioria dos usuários brasileiros prefere ouvir sertanejo, eletrônico e hip-hop. Apenas 9% dos usuários do aplicativo ouvem rock. Dessa maneira, a banda escolhida pertence a um gênero com pouca visibilidade popularmente falando, principalmente quando tem em seu repertório muitas produções próprias. Portanto, a produção de um videoclipe pode ser uma das ferramentas principais com o poder de dar maior notoriedade a um artista, especialmente aqueles que não possuem vínculo com gravadoras ou patrocínio para se manter.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desde o momento de escolha da banda com o qual seria realizado o trabalho, não se sabia ao certo qual gêneros e referências iria se tomar como inspiração para a produção do material. Em encontro com os músicos, os integrantes do grupo tiveram grande identificação e afinidade, havendo uma troca de ideias bastante produtiva, chegando ao esboço do que seria o argumento do filme. A partir da ideia central começou-se a desenvolver o roteiro, que tinha como proposta uma história na qual haveria um único personagem, que seria o protagonista, optou-se por uma protagonista mulher. Em Inverso, essa personagem relembra a fase de sua vida em que saiu de sua cidade natal, em busca de uma vida melhor. Nesse momento, ela coloca uma velha fita VHS, como se assistisse ao seu passado, e então começa a música. Desse ponto em diante, o vídeo mostra como ela saiu de sua cidade e como sua vida acontecia na cidade, sua rotina entediante e sua tentativa de felicidade sendo frustrada. Foi desenvolvido um plano de produção, com introdução, sinopse, argumento, proposta, descrição dos personagens, locações, abordagem, recursos humanos e cronograma. Esse material serviu como guia para elaboração e para que a produção saísse de acordo com o esperado. Com plano de produção e roteiro aprovados pode-se colocar em prática a gravação do videoclipe. Foram necessários trës dias de gravação, dois dias em Assis Chateaubriand e um dia em Cascavel. Para a captação das imagens foram utilizadas uma cämera digital DSLR Canon EOS Rebel T5i, uma cämera Canon EOS 60D e uma câmera de ação 4k, lentes 50mm e 18-55mm. Na cidade de Cascavel, serviu como locação um pequeno apartamento que representaria a casa da personagem, onde ela passaria vivenciaria alguns momentos rotineiros de sua vida. Em outra passagem, ela está andando pelo centro da cidade, olhando as pessoas e com um olhar de melancolia. Para representar tristeza sentida pela personagem, um pedaço de papel craft com um sorriso desenhado ficou colocado em sua boca durante o período de tempo vivia na grande cidade até o momento do ápice do audiovisual, no qual a personagem arranca bruscamente o "sorriso". Muitas vezes, se critica o clipe por sua montagem demasiado rápida, seus planos de curtíssima duração e o encavalamento de diversas tomadas dentro do mesmo quadro. (...) As imagens do clipe têm sido tão esmagadoramente contaminadas pelas suas trilhas musicais que acaba sendo inevitável sua conversão (...) numa calculada, rítmica e energética evolução de formas no tempo." (MACHADO, 2001: 178). Durante todo o videoclipe, a câmera foi guiada pelo olhar da personagem, pois apensar seu sorriso, o olhar era o que demonstrava a tristeza. Dali em diante, inicia a performance banda, que fica em segundo plano. Portanto, do mesmo modo que uma canção é ao mesmo tempo a música e sua respectiva performance, a audiência não consome somente as sonoridades, mas também a performance virtual inscrita nos gêneros. (JANOTTI JR, 2003).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A música remete a experiências vividas pelo vocalista e guitarrista, e uma das exigências era que resultado em tela retratasse esses momentos, de maneira explícita ou implícita. Sendo assim, desenvolveu-se o roteiro com base nesses relatos. Outro aspecto de grande influência no videoclip, é a utilização de recursos técnicos de filmagens. Pode-se perceber uma aplicação de planos detalhes, primeiro plano e primeiríssimo plano que dão uma estrutura definida para o videoclipe, onde conta-se uma história absorvida do membro da banda. Precisamos "compreender de que forma a música está inserida na dinâmica do videoclipe como o elemento musical vai dialogar com a imagem e com a edição. Afinal de contas, a música é tanto o constituinte videoclíptico que evoca uma espécie ou efeito de narrativa quanto responsável, de maneira geral, pelo ritmo da montagem do vídeo.''(SOARES THIAGO, 2012, p.41). É notável em partes do videoclipe, o movimento de câmera travelling que consiste em uma ação de aproximar-se (in) ou distanciar-se (out) do personagem, nas cenas em que ocorre tal movimento de zoom out, destaca-se o uso do primeiro plano e a atriz como elemento dominador já na primeira cena do videoclipe. Na sequência, há um plano médio que vem acompanhado com o efeito de edição de multiplicação, tende-se a usar este efeito para caracterizar todas as fases da personagem em um só pensamento."[No videoclipe] tudo muda na passagem de um plano a outro: a indumentária dos intérpretes, o lugar onde se ambienta a canção, a luz que banha a cena, o suporte material (filme ou vídeo de bitolas distintas) e assim por diante. Os planos de um videoclipe (...) são unidades mais ou menos independentes, nas quais as idéias tradicionais de sucessão e de linearidade já não são mais determinantes, substituídas que foram por conceitos mais flutuantes, como os de fragmentos e dispersão." (MACHADO, 2001: 180). A próxima cena vem com a utilização da câmera de ação, onde é caracterizado como um movimento de câmera subjetiva que remete-se a visão do personagem na cena, ela fuma seu cigarro olhando janela a fora. O videoclipe mostra-se em uma visão mais objetiva, uma rotina de monotonia e decepção. Na sequência do filme, a edição tem um momento importante em que a sincronia entre imagem e a música são relevantes com o contexto da canção no início do refrão, onde a atriz retira os objetos que a prende, em cada batida e nota tocada alguns adereço icônicos são retirado, levando a ideia de liberdade. Na parte final do filme, a banda já está presente no cenário, junto com a atriz que tem um movimento específico para marcar o final do videoclipe, ela assopra a vela e vai para a luz, transferindo para o espectador uma sensação de liberdade e confiança, encerrando o filme produzido.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O material audiovisual produzido, em seu resultado final, atendeu aos requisitos acadêmicos, no que se refere a criação prática audiovisual, possibilitando grande aprendizado a toda a equipe envolvida. O projeto em si, representava a priori, grandes esforços logísticos e de planejamento, demandando dos envolvidos execução com destreza de cada uma de suas responsabilidades delegadas. Considerando os pré-requisitos apontados pelos músicos, ao assistiram o filme ficaram satisfeitos, sendo este um grande estímulo para a divulgação de seu trabalho artístico. Logo, produção deste trabalho surpreendeu em diversos aspectos, devido ao baixo orçamento investido, equipamentos por vezes improvisado e outros imprevistos que surgiram durante seu desenvolvimento. Enquanto gênero audiovisual, o videoclipe permite diversas abordagens, narrativas, experimentações, possibilitando aos artistas se expressarem e evoluíram cada vez mais, explorando infinitas possibilidades, promovendo seus trabalhos muitas vezes invisíveis ao público local, que se delimita aos grandes nomes da cena nacional. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">JANOTTI JR, Jeder. Aumenta que isso aí é rock and roll: mídia, gênero musical e identidade . Rio de Janeiro:E-papers, 2003b. <br><br>MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo, SP: Brasiliense, 1997. <br><br>SOARES, Thiago. Videoclipe: o elogio da desarmonia. Recife, PE: Livro Rápido, 2004.<br><br>MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. São Paulo: Editora SENAC, 2000.<br><br>O gosto musical dos países de acordo com o spotify. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/grafico/2016/11/07/o-gosto-musical-dos-países-de-acordo-com-o-spotify>. Acesso em: 01 abr. 2018.<br><br> </td></tr></table></body></html>