ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01159</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Elas não são musas</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Naesha Pereira Proença de Carvalho (Escola Superior de Propaganda e Marketing)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Radiojornalismo, Rádio Documentário, Mulheres, Radiojornalismo Esportivo, Produção Radiofônica</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O rádio documentário  Elas Não São Musas foi desenvolvido em sala de aula, a partir da metodologia da Aprendizagem Baseada em Projeto, na disciplina de Produção e Edição de Rádio II, no terceiro semestre do curso de Jornalismo na ESPM-Sul. A intenção do referido projeto era exercitar novas linguagens, gêneros e formatos de rádio. A principal intenção do rádio documentário era de transmitir, de forma simples, coloquial e com inúmeros exemplos, a realidade do machismo no jornalismo esportivo brasileiro. Assim, o rádio documentário de 12 minutos aborda o assédio e a hierarquia de gênero no jornalismo esportivo. Como destaque dos programas, os depoimentos de cinco jornalistas que passam por situações constrangedoras cotidianamente no meio de trabalho. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A construção do rádio documentário ocorreu ao longo do primeiro semestre do ano de 2017, na disciplina de Produção e Edição de Rádio II, durante o terceiro semestre do curso de Jornalismo. A proposta era produzir um rádio documentário com até 15 minutos. O método utilizado pela professora foi o ABP (aprendizagem baseada em projeto) e o projeto foi disponibilizado online, no SoundCloud. A escolha do tema do rádio documentário passou por modificações desde o seu princípio, chegando a conclusão de que iria abordar o machismo no jornalismo esportivo no Brasil. Não foi fácil falar sobre um tema que atinge a totalidade de mulheres que trabalham com jornalismo no país. E esse desafio foi, justamente, o que motivou a continuar com o projeto. O contato com profissionais dispostas a contarem as suas histórias e transmitirem suas dores dentro da profissão que amam exigiu por completo a função de uma repórter de rádio. No rádio documentário Elas Não São Musas contamos com os depoimentos de Christiane Matos, Laura Frajndlich, Quetelin Rodrigues, Renata de Medeiros e Taynah Espinoza.  No jornalismo, o saber e o ser não podem andar dissociados. Não há qualidade de informação se não houver comportamento ético. (JUNG, 2004,80) </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os principais objetivos do projeto foram produzir um rádio documentário, ou seja, um formato novo do que já havíamos exercitado em sala de aula, usando uma linguagem adequada, mantendo a objetividade e clareza.  Existe uma linguagem quando se estabelece um conjunto de signos compartilhados entre quem fala e quem ouve, ou seja, entre um emissor e um receptor. As emissões de rádio lançam mão justamente desse conjunto de signos, que se configura numa linguagem que assume particularidades específicas ao meio radiofônico, composta por diferentes elementos sonoros: a palavra dita, a música, os efeitos acústicos e até mesmo o silêncio (IAROCHINSKI, 2017, 76.) Além disso, o rádio documentário possui como objetivo a denúncia do machismo no jornalismo esportivo no país. O rádio documentário de 12 minutos conta com entrevistas, locuções, trechos de arquivos radiofônicos (matérias das jornalistas entrevistadas) e trilha sonora. Elas Não São Musas, desde o primeiro até o seu último minuto, teve a intenção de realizar um progresso no universo de quem ouvisse, um momento de reflexão, de forma que se pudesse escutar os depoimentos com a força, clareza e importância que o assunto merece. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto e a temática possuem tanto um valor pessoal quanto para a sociedade. O rádio documentário trata sobre o machismo, que é um problema presente no corpo social desde o seus primórdios e que até hoje afeta as mulheres, sem qualquer previsão de melhora. Ao escutar o rádio documentário, o ouvinte se depara com fatos cotidianos, caracterizando os valores-notícia, fundamentais para um bom produto jornalístico. Além disso, apesar de ser um problema atual e corriqueiro, o machismo que afeta as mulheres jornalistas não é tão discutido e abordado no país. Recentemente, após inúmeros casos de assédio enquanto as jornalistas exerciam suas atividades profissionais, nasceu o projeto  Deixa Ela Trabalhar . O movimento incentiva a conscientização e o debate sobre o desrespeito e constrangimento que as profissionais sofrem tanto dentro quanto fora dos estádios e ambiente de trabalho. Dessa forma, a temática foi escolhida visando dar oportunidade para que as jornalistas pudessem compartilhar suas histórias, conscientizando o público. A grande função desse projeto foi estudar novos gêneros, formatos e linguagens jornalísticas, produzindo, editando e apresentando um rádio documentário que expõe experiências jornalísticas que ultrapassam as questões técnicas. O rádio documentário foi produzido pensando nos ouvintes e em todas as mulheres que já se sentiram oprimidas pelo machismo em algum momento. O projeto circulou por diversas áreas do jornalismo mantendo uma linguagem coloquial, de modo claro e objetivo, porém com a informação em primeiro lugar. Por isso, os depoimentos das jornalistas humanizam o rádio documentário e foram tão importantes na construção da narrativa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após a escolha da pauta do rádio documentário, foi necessário estabelecer e desenvolver uma narrativa para contextualizar o machismo no jornalismo esportivo no Brasil. Por isso, Elas Não São Musas conta com trechos que expõem a realidade do machismo no país, entrevistas com cinco jornalistas e a locução. A principal técnica utilizada foi a entrevista, base do jornalismo, independentemente do formato.  A entrevista é uma das formas básicas de que dispõem os jornalistas para a coleta de informações que, mais tarde, servirão como base para a confecção de matérias jornalísticas, seja no corpo da matéria ou em off (LUCHT, 2010, 64) O rádio documentário trata sobre algo muito especial: histórias de vida. Essas histórias que dão movimento ao produto jornalístico e promovem a emoção no ouvinte. São os detalhes, as curiosidades, os momentos bons e ruins. De acordo com Janine Lucht (2010),  ao gravar a entrevista e conseguir as respostas a todos os questionamentos citados acima, o jornalista obtém o mais importante: capta gestos, entonações, olhares, ritmos vocais que, mais tarde, serão transpostos ao texto dando o requinte necessário ao material que o transformará em algo prazeroso de ser escutado (LUCHT, 2010, 79.). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Inicialmente, o grande desafio do processo foi entender como o machismo se formou na sociedade e como até hoje influencia severamente na vida das mulheres jornalistas. O processo de produção e execução do rádio documentário foi dividido em etapas. Definição da pauta, ou seja, o machismo no jornalismo esportivo brasileiro. Pesquisa, análise e interpretação de todas as informações já disponíveis sobre o assunto. Escolha e procura de fontes, entrando em contato com diversas jornalistas esportivas. Captação de entrevistas, pessoalmente, no estúdio de radiojornalismo na ESPM-Sul e por telefone. Processo de decupagem das entrevistas, montagem do texto e gravação da locução. Após essas etapas, realizamos a edição e finalização do rádio documentário Elas Não São Musas, com divulgação através da plataforma SoundCloud. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Os objetivos do rádio documentário Elas Não São Musas baseavam-se em exercitar novos formatos do radiojornalismo e colocar em pauta o machismo no jornalismo brasileiro, proporcionado um espaço de fala para cinco jornalistas de diversas regiões do país. Conseguir abordar esse tema que é considerado tabu e que envolve questões pessoais, elaborar um texto que fosse capaz de contextualizar, exemplificar e proporcionar a prova social do machismo no jornalismo esportivo do Brasil foram os grandes desafios do projeto. Além disso, a limitação do trabalho aconteceu no processo de busca de fontes, visto que muitas jornalistas possuem receio de falar sobre o tema, expondo ainda mais o machismo no meio profissional. Para futuros estudos, o rádio documentário Elas Não São Musas poderia se estender e acompanhar os novos movimentos que atualmente acontecem no Brasil em prol da liberdade profissional para as mulheres, como por exemplo o projeto Deixa Ela Trabalhar. Desse modo, os objetivos do rádio documentário Elas Não São Musas foram cumpridos. Com uma linguagem adequada ao tema, exercitando um novo formato radiojornalístico, com diversas entrevistas e muita emoção, além de informações extremamente importantes para futuros debates sobre a pauta. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">JUNG, Milton. Jornalismo de Rádio. São Paulo: Contexto, 2004. <br><br>LUCHT, Janine Marques Passini. Gêneros radiojornalísticos. In: MARQUES DE MELO, José & ASSIS, Francisco (org). Gêneros jornalísticos no Brasil. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2010. <br><br>IAROCHINSKI, Ulisses. Escrevendo Para Falar no Rádio. Curitiba: InterSaberes, 2017. <br><br> </td></tr></table></body></html>