ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01206</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Sitcom</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ana Luísa Hübner (Universidade Federal do Paraná); Gabriel Spanamberg Silveira (Universidade Federal do Paraná); Elson Faxina (Universidade Federal do Paraná); Victoria Spengler (Universidade Federal do Paraná); Bruno Hecke Becher (Universidade Federal do Paraná); Alessandro Kath Silveira (Universidade Federal do Paraná); Clara Colla Bernardes (Universidade Federal do Paraná); Renata Farinas Rodrigues (Universidade Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Audiovisual, Curta, Ficcional, Sitcom, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">"SITCOM" é um curta-metragem, criado e produzido para a matéria de Fundamentos da Comunicação Audiovisual do curso de Publicidade e Propaganda da UFPR. A proposta era a produção de um curta no estilo "trash", de tema livre. O produto final se apresenta como resultado de uma pesquisa sobre o gênero audiovisual que o curta carrega no nome: as Sitcom's. Séries americanas como "Friends" serviram de inspiração para o processo. A relevância do trabalho se dá tanto pelo produto recreativo alcançado, quanto pelo aprendizado que os membro do grupo obtiveram, pois a produção permitiu o aperfeiçoamento de técnicas de redação, edição de vídeo, fotografia e filmagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante as aulas de Fundamentos da Comunicação Audiovisual, ministradas pelo professor orientador Elson Faxina, os alunos foram convidados a escrever e produzir um curta-metragem no estilo "trash", com tema livre para explorar tudo o que havia sido passado em sala. O grupo optou então por explorar o gênero audiovisual das séries. O curta foi escrito tendo como referências séries americanas, ao estilo de "Friends" e "How i Met Your Mother", e parte do pressuposto de que a série "SITCOM" tem episódios anteriores, fazendo então, parte de um conjunto maior de episódios, teoricamente. O curta tem pouco mais de 13 minutos de duração e intercala cenas com tramas independentes que dão dinâmica ao filme.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto carrega como objetivo geral a produção de um curta-metragem ficcional, no estilo "trash"  humor pastelão, escrachado  , de tema livre. E, após discussões do grupo, os objetivos específicos se tornaram: " Simular fielmente um seriado americano; " Fazer um curta-metragem cômico; " Criar um filme dinâmico. Dessa forma, o curta proporcionou uma imersão no estudo de séries cômicas americanas, para que fosse possível apresentar o dinamismo e a comicidade dessas séries, podendo ter uma simulação fiel das séries que inspiraram sua produção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O desenvolvimento desse filme teve como justificativa inicial fazer com que os alunos trabalhassem a criatividade e a técnica de todos os processos de uma produção audiovisual, resultando em um produto de entretenimento. O gênero "série" foi escolhido por trazer, além de uma dinâmica interessante para um trabalho audiovisual, uma novidade, pois quando se fala em curta metragem, se fala de um filme só, e séries têm sempre contam com mais de um episódio, portanto, trazer apenas um episódio para uma série fictícia e apresentá-lo como um curta se deu como uma forma inovadora de realizar o trabalho. Ao contrário da maioria dos filmes "trash", foi escolhido apresentar um trabalho com qualidade visual maior, e o formato de sitcom também foi preferido por possibilitar a transferência desse aspecto para um âmbito que é bastante discutido quando se fala em séries, que é a dublagem. Temos um episódio de uma série, dublado propositalmente para causar estranheza, da forma com que a opinião pública vê a dublagem, trabalhando com o aspecto cômico utilizado no texto. O humor em cima das dublagens e legendas traduzidas do inglês para o português brasileiro está na adaptação das piadas para o idioma, muitas vezes, falhas. Isso acontece, segundo Salvatore Attardo, pois: (& ) os efeitos dos jogos de palavras não são, necessariamente, humorísticos, sendo que os jogos de palavras são baseados nas associações de som/significado da linguagem.(ATTARDO, 202, p.194) Ou seja, o humor não é composto somente da mensagem pura, mas do modo e do contexto em que é contada, muitas vezes, atrapalhada pela diferença semântica das diferentes linguagens. (& ) em seriados cômicos, existem diversas características que podem trazer empecilhos à tradução. A principal delas é a dificuldade de manutenção do efeito cômico quando piadas são transpassadas de uma língua a outra, devido a diferenças nos conhecimentos prévios das audiências do Texto Fonte e do Texto Traduzido; diferenças de valores culturais, costumes e tradições; contexto profissional do tradutor, etc. (LIBERATTI, 2011, p.222)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a gravação do longa, pensando na aproximação da estética de um seriado americano, foi utilizado o processo de multicâmera, com 3 câmeras DSLRs (Digital Single Lens Reflex). Cada cena foi repetida de duas a três vezes, totalizando, então, de 6 a 9 pontos de visão estrategicamente posicionados para cada situação proposta. A estética foi mantida também com a utilização de planos abertos nas cenas gerais, com planos americanos em momentos de clímax e conversa face-a-face, aliados aos cortes dinâmicos durante as falas das personagens, pensando na captação de todas as expressões da cena, que conferem o humor à obra. As bases de duas dessas DSLRs foram fixas, com a utilização de tripés. A terceira foi montada sobre uma estrutura de estabilizador steadicam, equipamento que permitiu uma suavidade maior nos movimentos e a possibilidade de passeios pelos cenários, utilizados nos momentos de transição e em alguns planos abertos. Sobre a gravação das cenas de transição, foi utilizado um drone equipado de uma câmera. Sua função foi situar os locais dos cenários em que a trama acontecia. No início, foram exibidos takes filmados em uma área residencial de Curitiba, com casas e muitas áreas verdes. Um local tranquilo, apto para um grupo de amigos normal. Na cena da visita de Jéssica à casa de Carlos, a transição se dá durante o take de sobrevoo sobre um prédio de luxo, conferindo outro tom à situação  revelando a importância das transições no contexto da ambientação. Para a iluminação dos cenários, foram utilizados três spots de luz de forma suavizada, junto com duas softbox, além das luzes cuja locação já contava em sua estrutura. A luz do sol também foi bastante utilizada, pois muitos dos ambientes  como a sala da casa e a cafeteria  são bastante abertos e bem iluminados. A edição foi bastante cuidadosa, principalmente ao se falar da sincronia das gravações nas diferentes câmeras  6 a 9 takes por cena. Porém, a estética de uma série americana não se dá apenas no visual, mas também no auditivo, como ja mencionado. Por isso foi utilizada a técnica de dublagem e sonorização, com um gravador de som profissonal. Após a primeira montagem do filme, os participantes narravam todas as falas de seus personagens individualmente. Esses áudios foram cuidadosamente montados no processo de edição. Essa gravação de áudio paralela ao áudio original da captação das câmeras também teve como objetivo atingir uma qualidade sonora superior, visto que um único ponto de captação, durante as cenas, deixava a desejar em questão de entendimento das falas, por se misturar com sons indesejados, em distâncias diferentes. Após a mixagem dessas falas, para uma maior naturalidade sonora, foram gravados os sons das cadeiras, batidas na mesa, passos no chão, portas abrindo, mãos nos cabides, entre diversos outros elementos das cenas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para o desenvolvimento do projeto, em primeiro lugar, foi necessário um planejamento de conteúdo: definir o tom do humor, no caso, uma sátira às megaproduções de séries americanas, aliadas ao humor pastelão de seriados brasileiros, como Zorra Total. Em seguida, ocorreu a definição das personagens, com a grande utilização de estereótipos do audiovisual  a patricinha, a estressada, o brincalhão, comuns pelo gênero de Sitcom. Segundo Aronchi de Souza: A fórmula é mostrar cenas do cotidiano familiar com exagero das personagens do pai trabalhador, da mãe preocupada, do filho rebelde, do avô doente, de parentes enrolados, da empregada assanhada e de vizinhos chatos.(SOUZA, 2004, p. 136) Com isso em mente, ocorreu a definição das diferentes tramas que ocorrem dentro da série, contemplando desde a personagem que perde o seu calçado de marca Crocs  tido pelo gosto popular como antiquado  até os dois amigos conversando sobre o encontro da última noite. O grande desafio, então, foi o de amarrar todas essas tramas, criando pontos de contato entre si para se encaixarem na história de forma satisfatória, mas, também, manterem seu sentido mesmo sendo vistas separadamente. Então, ocorreu a montagem e refinamento do roteiro, feito em três tratamentos. Cada cena, clima, luz, personagem e sua respectiva fala foi contemplada na elaboração desse material, para facilitar o momento da gravação. A segunda etapa diz respeito ao planejamento de recursos e materiais. Definimos quantas luzes seriam necessárias, quais equipamentos, câmeras, objetos de cena e figurinos seriam utilizados, juntamente com toda a parte logística. Simultaneamente, cada pessoa envolvida na produção estudava, separadamente, todo o roteiro, com ênfase em suas falas, para a realização da dinâmica de leitura do roteiro em grupo. A gravação foi dividida em dois dias e agrupada por ambientes. Todas as gravações do primeiro dia foram feitas na sala e no escritório, enquanto as gravações do segundo dia seriam feitas externamente, em locações como a cafeteria, por exemplo, buscando a otimização do tempo na montagem das estruturas. Conforme já explicitado no último tópico, as cenas foram repetidas de duas a três vezes, cada uma contando com suas particularidades de iluminação, posição e operadores de câmera, continuidade, entre outras tantas. Um dos grandes obstáculos se deu pelo cansaço da equipe, devido às onze horas seguidas de gravação por dia. Os recursos  luzes, gravadores, câmeras  eram em parte próprios, em parte alugados e em parte emprestados, um problema logístico superado, além dos problemas com esses equipamentos na gravação em cena, que iam de sua montagem até sua operação e problemas técnicos. Após o processo de edição, o trabalho foi exibido em uma Mostra de Curtas do primeiro ano dos cursos de Comunicação da Universidade Federal do Paraná, ganhando o prêmio de melhor curta produzido. O filme também publicado em redes sociais de vídeo, como o YouTube (disponível em https://youtu.be/RjM-blIqnPA).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Em síntese, o filme SITCOM, realizado na disciplina de Introdução À Comunicação Audiovisual, teve sua importância pautada no desenvolvimento de diversas competências dos alunos participantes, sendo elas: produção de audiovisual, criação de roteiro, fotografia, direção, edição e logística. Tudo isso foi possível graças as pesquisas, estudos e orientações durante o semestre. O trabalho colaborou no crescimento acadêmico e pessoal dos integrantes, em busca da produção de um filme de qualidade. A intenção de realizar um episódio de uma SITCOM americana foi atingida com a dinâmica das tramas no episódio, a ideia de sequencialidade, a fotografia e a dublagem. O filme, apesar de todos os propósitos adicionados, como uma boa produção, ainda mantém a proposta original, trash, da disciplina, alcançada com as piadas, jargões e personagens estereotipados, atingindo o objetivo central. Além do reconhecimento como melhor filme da Mostra Anual de Curtas, o sentimento de realização de um grande projeto, ao vê-lo fora do papel, devidamente produzido e apresentado, é ainda mais gratificante. Foi considerado pelos professores o melhor curta realizado pelos alunos de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná em 2017.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ATTARDO, Salvatore. Translation and Humour: An Approach based on the General Theory of Verbal Humour (GTVH). In: The translator, volume 8, number 2 (2002). 173  194.<br><br>ARONCHI DE SOUZA, José Carlos. Gêneros e formatos na televisão brasileira. São Paulo: Summus, 2004<br><br>LIBERATTI, Elisângela. Legendação de séries humorísticas: um estudo da tradução do humor na série americana  friends . Scientia traductionis, Florianópolis, v. 1, n. 9, p. 221-232, 201./abr. 2018.<br><br> </td></tr></table></body></html>