ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #d62a08"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01275</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RP02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Pesquisa com Voluntários da Casa do Menino Jesus de Praga</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Carolina Paiva Ribeiro (Centro Universitário Ritter dos Reis); Tânia Silva de Almeida (Centro Universitário Ritter dos Reis)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #d62a08"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Terceiro setor, voluntários, Casa do Menino Jesus de Praga, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A gestão da comunicação e dos relacionamentos em entidades do Terceiro Setor tem se constituído em pauta relevante no cenário atual. Este trabalho trata da pesquisa realizada com voluntários da Casa do Menino Jesus de Praga (CMJP), entidade filantrópica que atua há mais de 30 anos prestando acolhimento integral às crianças portadoras de patologias cerebrais e motoras severas em Porto Alegre/RS. A Casa conta com colaboradores renumerados, mas também com a dedicação de parceiros voluntários. A pesquisa foi realizada pelos alunos da disciplina de Relações Públicas no Terceiro Setor, do UniRitter, durante o segundo semestre de 2017. Seu objetivo foi mapear o perfil do público voluntário, suas expectativas e necessidades no tocante ao trabalho desenvolvido na entidade. De posse deste diagnóstico, foram observados pontos a serem aprimorados no relacionamento entre a Casa e seus voluntários. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O curso de Relações Públicas da UniRitter tem por prática a integração entre academia e mercado. A disciplina de Relações Públicas no Terceiro Setor, ministrada no segundo semestre de 2017, trouxe como proposta para os alunos a realização de projetos voltados a um cliente real: a Casa do Menino Jesus de Praga (CMJP). Trata-se de uma instituição filantrópica que promove atendimento especializado e gratuito às crianças que acolhe. Atualmente a Casa atende 40 crianças especiais, provenientes de uma realidade social de extrema carência e abandono, que necessitam de cuidados especiais constantes prestados por uma equipe multidisciplinar com atendimento 24 horas. Para auxiliar nas demandas, a instituição conta com aproximadamente 80 voluntários das diversas profissões. Considerando isso, um dos grupos da disciplina desenvolveu uma pesquisa voltada aos voluntários da entidade com o objetivo de mapear o perfil, os pontos fortes e as opiniões deste público. A CMJP não possuía até então nenhum levantamento sobre este stakeholder. Sua perspectiva sobre a relação com os voluntários era fundamentada no empirismo, em impressões do dia a dia, porém sem um aprofundamento a respeito de determinados aspectos. A pesquisa veio ao encontro da necessidade de construir uma política de relacionamento entre a entidade e seus voluntários, o que se faz primordial para a adesão e continuidade das pessoas num programa de voluntariado. Os resultados deste trabalho forneceram dados para assessorar no planejamento de comunicação. A seguir serão apresentadas as principais etapas de realização desta pesquisa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A pesquisa realizada com os voluntários da Casa do Menino Jesus de Praga integrou a proposta pedagógica da disciplina de Relações Públicas no Terceiro Setor que tinha como objetivos: 1. Desenvolver criticamente os conceitos relativos ao campo social; 2. Correlacionar o conhecimento específico de Relações Públicas com a dinâmica do universo social como a melhor forma de identificar estratégias, políticas e linguagens para atender as necessidades comunicacionais de organizações e/ou projetos sociais. Com base nisso, foi proposto à turma o desenvolvimento de projetos articulados a estes objetivo como forma de materializá-los. A pesquisa teve como objetivo geral identificar o perfil dos voluntários da Casa. Para isso, teve como objetivos específicos: - Identificar o perfil sócio econômico dos voluntários, explorando informações como grau de escolaridade, renda familiar mensal, sexo; - Investigar os motivos que levaram os voluntários a participar do programa de voluntariado da Casa; - Analisar o potencial de comunicação entre os funcionários da Casa e os voluntários. Dentro deste contexto foi analisado o nível de concordância dos mesmos em relação as informações fornecidas, a cordialidade e proatividade dos funcionários para a realização do trabalho voluntário; - Investigar as dificuldades encontradas no dia a dia do voluntário dentro da Casa; - Por fim, explorar os fatores que mantém o voluntário motivado a fazer parte do programa de voluntariado da Casa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Orientados pela professora da disciplina de Relações Públicas no Terceiro Setor, professora Tânia Almeida, o trabalho teve como objetivo integrar os alunos à realidade de uma instituição de Terceiro Setor e estimular a autoconfiança do acadêmico em desenvolver um projeto prático para um cliente real. Roque (2007, p. 242) ressalta que  a universidade deve fomentar valores, organizar o conhecimento social, reproduzi-lo, ampliá-lo e devolvê-lo à sociedade, de maneira a produzir o máximo de acréscimo no seu bem-estar com máximo de equidade . A participação é o suporte para o exercício da cidadania, sem participação ativa, não há cidadania plena. Nesse aspecto, Murade (2007) diz que o profissional de Relações Públicas pode oferecer instrumentos, ou seja  ferramentas de comunicação (assessoria) que possibilitam a leitura de mundo (pesquisa-diagnóstico da realidade), a articulação em torno de pólos e de projetos reivindicativos (planejamento e organização), a ação transformadora da realidade (execução), para, uma vez superada a situação gerada da controvérsia, chegar ao consenso e estimular novas reivindicações - dissenso -, com base na releitura do mundo (avaliação). (MURADE, 2007, p. 159) A decisão por desenvolver uma pesquisa partiu do grupo após identificar as necessidades do cliente em conhecer mais profundamente seus voluntários e assim construir uma política de relacionamento, atraindo também novos voluntários. Para Dornelles (2015, p. 79)  o ato de pesquisar é premissa básica da comunicação. Está sempre presente no rol de atividade da área de Comunicação e Relações Públicas, uma vez que as mesmas lidam com pessoas e têm como matéria-prima a informação. O voluntário exerce um papel fundamental tanto para a organização quanto para a sociedade, pois promove o desenvolvimento social e é o principal pilar do Terceiro Setor. Uma demonstração disso é o fato de que próprio Governo Federal editou, em 28 de agosto de 2017, o Decreto Nº 9.149 que criou o Programa Nacional de Voluntariado, instituiu o Prêmio Nacional do Voluntariado e alterou o Decreto nº 5.707, de 23 de fevereiro de 2006, que instituiu a Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. O estímulo ao voluntariado passa então a consolidar-se como agenda das instituições públicas, buscando criar uma cultura do voluntariado. Em seu artigo primeiro, o Decreto determina que  Fica instituído o Programa Nacional de Voluntariado, com as seguintes finalidades: I  promover o voluntariado de forma articulada entre o Governo, as organizações da sociedade civil e o setor privado; e II  incentivar o engajamento social e a participação cidadã em ações transformadoras da sociedade, com enfoque no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. (DECRETO Nº 9.149, DE 28 DE AGOSTO DE 2017) Empresas privadas também estão engajadas em fomentar entre seus colaboradores o interesse em participar de programas de voluntariado. Por intermédio entidades empresariais, como o Grupo de Instituto e Fundações Empresariais (GIFE) e o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, o tema do voluntariado tem sido discutido no âmbito corporativo, como um valor a ser incorporado à política de gestão dos recursos humanos também. É o que levou, por exemplo, à edição, pelo Instituto Ethos do e-book intitulado  Como empresas podem implementar programas de voluntariado no início dos anos 2000. O texto de apresentação do e-book, assinado por Oded Grajew (Instituto Ethos) e Miguel Darcy de Oliveira (Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária), registra que o  voluntariado é uma das portas de entrada para o desenvolvimento da responsabilidade social das empresas (2001, pág. 07). Dentro deste contexto, é necessário mapear o perfil do voluntário para adotar estratégias que fortaleçam o programa de voluntariado dentro da instituição. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O desenho do projeto e sua implantação envolveu várias etapas que procuraram integrar os conhecimentos teóricos com a vivência prática. Para tanto, os alunos foram estimulados a não apenas basearem suas ideias em dados de briefing, como também a buscar suplementação por intermédio da pesquisa documental. Assim foram realizadas buscas em sites especializados sobre tema do voluntariado e investimento social privado e relatórios elaborados por órgãos públicos como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), ligado ao Ministério do Planejamento. Passamos agora ao detalhamento do processo percorrido a partir da proposta apresentada pela professora responsável pela disciplina. Primeira etapa: em reunião da professora da disciplina com a Relações Públicas da Casa, Carolina Monteiro Volpatto, e a Gerente de Processos e Pessoas, Elisângela Oviedo Jost, foram mapeadas as necessidades da entidade com o intuito de identificar quais projetos poderiam ser desenvolvidos com a turma de Relações Públicas no Terceiro Setor. Foram então definidos que seriam quatro projetos voltados a quatro frentes específicas: integração funcionários-voluntários; relacionamento com doadores da Casa; projeto Brechó Edição Especial e voluntários. Segunda etapa: iniciado o semestre, a professora reuniu com a turma e apresentou aos alunos o mapeamento de necessidades da Casa. Os grupos foram formados por afinidade e cada um escolheu o tipo de demanda com a qual se identificava mais. Nosso grupo, formado por esta autora e os colegas Rafaela Santos, Rafael Garcia e Marcelle Toaldo escolheu trabalhar com a pesquisa voltada aos voluntários. Terceira etapa: a turma visitou a Casa para uma primeira reunião geral de briefing e também para conhecer as instalações e seus integrantes. Num primeiro momento, os alunos percorreram algumas instalações da sede da entidade, conhecendo os serviços prestados e as equipes envolvidas no atendimento aos acolhidos. Ao término da visita, a turma foi acomodada no salão onde a Casa realiza suas atividades de integração e eventos institucionais. A reunião contou com a participação da diretoria, da responsável pelo Brechó da Casa, da Relações Públicas e do responsável pela coordenação do grupo de voluntários. Assim todos os quatro grupos puderam fazer um primeiro conjunto de perguntas com base em seus respectivos projetos. Na ocasião, os alunos puderam já identificar quais seriam os principais entraves ou dificuldades para colocar em prática as ações, podendo desta forma refletir melhor sobre as estratégias de ações. Quarta etapa: na semana seguinte à visita, os grupos reuniram em aula para discutir as ideias iniciais com base nas informações do briefing. Foi momento de brainstorming para definição dos objetivos da pesquisa e dos pontos que a pesquisa abordaria em suas perguntas. Uma pesquisa desk também foi realizada em sala de aula sobre o tema do voluntariado no país, a fim de ter mais subsídios para formulação do primeiro roteiro de perguntas. Quinta etapa: elaborado o questionário da pesquisa, o mesmo foi revisado pela professora antes de sua submissão à direção da Casa em apresentação feita em sala de aula. O instrumento de coleta de dados foi aprovado com poucos ajustes. Na ocasião, o grupo fez as combinações sobre o processo de aplicação da pesquisa como número de reproduções do questionário para aplicação presencial àqueles voluntários sem acesso à internet, forma de envio do link da pesquisa para os voluntários que pudessem acessar internet, data de devolução ao grupo dos questionários respondidos e entregues à relações públicas da Casa. Sexta etapa: Feitos os ajustes necessários no instrumento de pesquisa, o grupo realizou um pré-teste com três voluntários a fim de verificar se de fato o questionário estava claro e pronto para aplicação. O pré-teste não apontou necessidade de novos ajustes, o que permitiu então passarmos à etapa seguinte. Sétima etapa: o grupo realizou a aplicação da pesquisa no período de 13 a 23 de novembro de 2017. Foram reproduzidos dez questionários para aplicação presencial. Os mesmos eram entregues pessoalmente aos voluntários quando de sua chegada à Casa. O link com a versão eletrônica do questionário (ferramenta Google Formulário) foi divulgado via página da Casa no facebook por ser mais acessada que os e-mails de acordo com a relações públicas da entidade. Oitava etapa: Os dados foram tabulados com o auxílio do google formulário e logo após, interpretados e analisados pelo grupo que detalhou em relatório de pesquisa entregue à direção da CMJP e à professora da disciplina em apresentação feita na penúltima semana do semestre. Neste dia, a entidade convidou o grupo para apresentar os dados da pesquisa aos funcionários e gestores. A reunião foi realizada na primeira semana de dezembro e teve grande receptividade, pois foi a primeira pesquisa realizada sobre os voluntários. A visita às instalações, bem como a reunião de briefing com a direção, e a pesquisa a fontes secundárias contribuíram para que a visão dos integrantes do grupo sobre o tema do voluntariado se ampliasse. Dornelles observa que uma gestão eficiente da informação interna é estratégica para as organizações, representando um ativo altamente relevante para elas.  O levantamento de dados referentes às pessoas que de alguma forma fazem parte do dia a dia da empresa, aos ambientes formais e informais de trabalho e aos fluxos de comunicação compõe esse escopo informacional , afirma a autora (2015, pág. 79). O grupo vivenciou  por intermédio desta metodologia de trabalho - a pesquisa em sentido pleno, permitindo ter a noção real do que isso implica para o trabalho de um relações públicas.  O ato de pesquisar é uma premissa básica das comunicação. Está sempre presente no rol de atividades da área da Comunicação e das Relações Públicas, uma vez que as mesmas lidam com pessoas e têm como matéria-prima a informação , pontua Dornelles (2015, pág. 79). As principais constatações e análises serão detalhadas no item a seguir. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após discussão dos objetivos da pesquisa e do que exatamente buscávamos explorar no roteiro do instrumento de coleta de dados, passamos a construção do questionário, composto então por 14 perguntas, combinando perguntas abertas e fechadas. A pesquisa teve caráter quantitativo e qualitativo, o que para Demo não representa uma incongruência, uma vez que  todo fenômeno qualitativo é dotado também e naturalmente de faces quantitativas e vice-versa (2012, pág.07). O autor parte do ponto de vista que  entre quantidade e qualidade não existe dicotomia, pois são faces diferenciada do mesmo fenômeno (2012, pág. 07). Buscamos com a pesquisa compreender valores que orientam as ações dos voluntários, os motivos pelos quais escolheram fazer este trabalho na Casa, bem como suas atitudes. A formulação de perguntas fechadas com alternativas para serem marcadas buscava também imprimir agilidade na resposta ao instrumento, pois os voluntários  de acordo com relatos da direção da Casa  são pessoas que dedicam, em geral, um tempo limitado e que se encaixa às possibilidades de agenda. Isso vale, segundo reunião de briefing, mesmo nos casos em que os voluntários são aposentados. Assim sendo, buscamos elaborar questões fechadas com possibilidade de marcar a opção  Outro. Qual? quando o respondente não se sentia contemplado com as alternativas ofertadas a ele para marcar. Outra preocupação do grupo foi com relação à linguagem, uma vez que  ainda segundo relatos da Casa  o perfil dos voluntários é heterogêneo, o que levou a de fato chegar a uma redação clara e acessível a todos. As perguntas foram elaboradas, portanto, com uma linguagem direta, objetiva para os diferentes públicos presentes dentro do público voluntário. Foram 57 questionários respondidos, sendo, 47 respostas através do Google Formulário e 10 através do questionário impresso. As questões iniciais de um a cinco foram elaboradas com o objetivo de compreender o perfil dos entrevistados. Já as questões de seis a 14 foram elaboradas com o objetivo de compreender a visão e os sentimentos dos voluntários da Casa Menino Jesus de Praga. Em anexo consta o relatório final que foi entregue ao cliente, nele encontra-se o questionário para melhor compreensão: Como estratégia de divulgação, o grupo combinou com a relações públicas da entidade que os voluntários seriam informados da seguinte forma: " Pelos funcionários da recepção quando a chegada do voluntário a Casa; " Pela direção nas reuniões específicas com voluntários no decorrer do período de aplicação; " Por cartazes em formato A3 colocados nos murais instalados na entidade; " E por intermédio da plataforma digital  Facebook Com relação aos resultados obtidos, apresentamos alguns, pois o relatório da pesquisa encontra-se anexo. A pesquisa expôs que 60% dos voluntários da Casa são adultos com mais de 50 anos de idade, o que justifica muitos deles terem respondido que o voluntariado foi um planejamento para a aposentadoria. É importante destacar que 72% dos voluntários são mulheres e 47% possuem Ensino Superior completo. Salienta-se que 58% dos respondentes são economicamente ativos, ou seja, eles estão atualmente no mercado de trabalho, e a grande maioria tem renda familiar entre R$1874, 00 a R$9370,00. Perguntou-se a eles como conheceram a Casa e 47% responderam que foi através de programas de voluntariado. 26% dos respondentes trabalham voluntariamente entre um a cinco anos na CMJP dedicando-se em média 3 horas semanais. A maioria atua diretamente com os acolhidos, o que demonstrou nas perguntas qualitativas ser motivo de orgulho e gratidão. Os voluntários da casa demonstraram admiração pela missão da Casa e pela seriedade do trabalho desenvolvido com as crianças, para eles, esses fatores juntamente com o amor pelas crianças, são as principais motivações para fazer parte da CMJP. Ficou evidente pelas respostas o sentimento de fraternidade e responsabilidade existente entre a equipe. Na pergunta  Quais as dificuldades encontradas no dia a dia do voluntariado da Casa? a maioria apontou que não existem dificuldades, mas algumas respostas chamaram a atenção e vale a pena ressaltar, como a falta de comunicação entre o corpo diretivo e os voluntários, e a dificuldade em entender a dinâmica da Casa. Sobre o espaço físico da CMJP, alguns respondentes apontaram que falta uma sala de reuniões e espaço para realizar as atividades com as crianças, mas acreditam que com a nova sede esses problemas serão solucionados. A análise completa dos dados obtidos encontra-se em anexo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A pesquisa com os voluntários da Casa do Menino Jesus de Praga permitiu compreender o perfil deste público, analisar a comunicação e investigar possíveis ruídos no relacionamento Casa-Voluntário. Com base na análise desenvolvida pelo grupo, é possível auxiliar no planejamento de comunicação e desenvolver estratégias para fortalecer o relacionamento, gerar credibilidade e fidelizar o público voluntário, considerado peça chave para qualquer instituição de terceiro setor. Esta pesquisa tornou o processo de aprendizado dinâmico, proporcionando aos acadêmicos a oportunidade de aliar prática à teoria. Soma-se a isso o fato de que a experiência significou uma oportunidade de crescimento pessoal, pois conhecermos de perto um trabalho relevante socialmente para muitas pessoas. Não apenas para os que se encontram abrigados na Casa, mas também, e principalmente, para aqueles que trabalham como funcionários ou como voluntários. É perceptível, desde as primeiras reuniões de pesquisa e planejamento da pesquisa, que todos se sentem realizados com o que fazem e dizem aprender e ganhar muito com a troca de energia que vivenciam com os internos. O relações públicas atuando no Terceiro Setor tem a oportunidade sem par de fazer a diferença por intermédio da gestão estratégica da informação e dos relacionamentos que são tão caros a entidades que dependem fortemente da mobilização de capital social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #d62a08"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">DE ROQUE, Mauren Leni. Relações Públicas no terceiro setor. In KUNSCH, Margarida Maria Krohling; KUNSCH, Waldemar Luiz (Org.). Relações Públicas Comunitárias: A comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007.<br><br>DECRETO Nº 9.149, DE 28 DE AGOSTO DE 2017. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9149.htm Acesso em 16 de abril de 2018.<br><br>DEMO, Pedro. Pesquisa e Informação Qualitativa: aportes metodológicos. 5ª edição. Campinas, SP: Papirus, 2012.<br><br>DORNELLES, Souvenir Maria Graczyk. Pequisas que Apoiam Planejamentos de Comunicação Interna: Conhecendo as Realidades Organizacionais. In: Relações Públicas: de opinião, comunicação e de Mercado. Ana Roig [et al.] Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015.<br><br>GOLDBERG, Ruth. Como as empresas podem implementar programas de voluntariado. Instituto Ethos. Disponível em <https://www3.ethos.org.br/wp-content/uploads/2012/12/28.pdf > .Acesso em 16 de abril de 2018.<br><br> MURADE, José Felício Goussain. Relações públicas na construção da cidadania dos grupos populares. In KUNSCH, Margarida Maria Krohling; KUNSCH, Waldemar Luiz (Org.). Relações Públicas Comunitárias: A comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007. <br><br> </td></tr></table></body></html>